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abril 8, 2014

SP-Arte chega à 10ª edição ameaçada por alta de preços e economia frágil por Silas Martí, Folha de S. Paulo

SP-Arte chega à 10ª edição ameaçada por alta de preços e economia frágil

Matéria de Silas Martí originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo em 31 de março de 2014.

SP Arte 2014, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP - 03/04/2014 a 06/04/2014

Do mezanino do pavilhão da Bienal, Fernanda Feitosa olhava os operários erguendo as paredes da SP-Arte. "Parece que tudo começou ontem", dizia a diretora do evento, com um leve suspiro.

Mas a maior feira de arte abaixo da linha do Equador abre depois de amanhã as portas de sua 10ª edição, fechando um ciclo de expansão que viu o número de galerias no país saltar de oito, nos anos 1990, para mais de 50 delas em atividade agora.

Enquanto a SP-Arte faz dez anos, as galerias Luisa Strina e Raquel Arnaud chegam aos 40 e a Casa Triângulo completa 25, o mercado parece ter atingido sua maturidade. E com ela, vem a preocupação.

Em parte por este ser um ano atípico, de Carnaval tardio, que retardou o início das vendas, e com Copa do Mundo e eleições a caminho.

Isso tudo na ressaca do rebaixamento da nota da economia brasileira por agências de classificação de risco.

"É um momento tenso", diz Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo. "Muitas galerias abriram e já fecharam. Só as melhores vão ficar. A SP-Arte vai ser um grande teste."

Desde que começou, em 2005, a feira mais do que quadruplicou de tamanho físico e saltou de 41 galerias na primeira edição para 136 agora.

Só no ano passado, as cinco maiores casas do mundo -as americanas Gagosian, Pace e David Zwirner, a suíça Hauser & Wirth e a britânica White Cube- bateram ponto no Ibirapuera, uma reunião inédita na América Latina.

Mas depois do pico eufórico, a situação agora é outra.

"Está havendo uma retração no mercado", diz Luisa Strina, no escritório de sua galeria nos Jardins. Mas os motivos vão além da tensão no quadro macroeconômico.

No meio da entrevista, toca o telefone. "Ele quer 1 milhão? Jura? Dois milhões? Acho caro", dizia a galerista, equilibrando uma caneta sobre os dedos da mão. "Muito caro. Não tem condições."

De fato, preços estão em alta acelerada desde que comprar arte virou moda e fortunas se constroem e se desmancham no ritmo frenético do mercado financeiro.

Enquanto obras de estrangeiros que já custavam caro continuam no mesmo patamar, artistas brasileiros acompanham a ascensão do mercado global, batendo recordes em leilões.

Mas com o receio de uma estagnação econômica, a seleção de artistas nesta SP-Arte sofreu ajustes. Enquanto as obras no ano passado chegavam a custar R$ 14 milhões, agora a expectativa é de um pico em torno de R$ 5 milhões.

Victoria Gelfand, diretora de vendas da Gagosian, em Nova York, adiantou à Folha que o foco da galeria nesta edição da feira serão os artistas contemporâneos, mais baratos do que grifes modernas, como Pablo Picasso, que trouxe em anos anteriores.

"Mesmo que o mercado pareça robusto, as pessoas estão preocupadas", diz Alex Logsdail, diretor da galeria Lisson, em Londres. "Colecionadores estão cautelosos."

No alto escalão do mercado, galerias como a nova-iorquina Van de Weghe, que já trouxe à feira obras de Gerhard Richter, o artista vivo mais caro do mundo, com uma pintura leiloada por
R$ 83,5 milhões, também já estão bem mais comedidas.

Fantasmas à espreita

Outros dois fantasmas rondam a feira. Um deles é o problema dos altos impostos praticados no país, que chegam a 50% do valor de uma obra.
Mesmo com a isenção de parte deles assegurada pela feira em negociação com a Fazenda, galerias estrangeiras, tributadas pela importação das peças, sofrem com a burocracia e a falta de clareza.

Só as vendas de obras importadas para colecionadores do Estado de São Paulo têm o benefício fiscal, um dado que estrangeiros diziam ignorar.

"Foi um pesadelo no ano passado", diz Marc Payot, da galeria suíça Hauser & Wirth, uma das maiores do mundo, que desistiu de vir à SP-Arte. "É complicado demais. E não vamos mais voltar até que resolvam toda essa situação."

Na esfera nacional, o recente decreto do Instituto Brasileiro de Museus, órgão do Ministério da Cultura, que dá ao governo a prerrogativa de declarar como bens de interesse público obras em poder de colecionadores privados, preocupa os galeristas.

"É uma coisa muito séria, que vai abalar o mercado", diz Strina. "Esse decreto ainda precisa ser conversado."

No caso, o receio é de que obras mais raras deixem de vir ao mercado ou até mesmo emprestadas para exposições pelo medo dos colecionadores em ter uma peça declarada de interesse nacional, o que levaria a restrições à sua venda e até mesmo a seu monitoramento pelo governo.

É fato, no entanto, que isso tem maior potencial de atingir obras modernas e não peças contemporâneas, que são o grosso do mercado.

"Não sinto os colecionadores tão apavorados", diz a galerista Raquel Arnaud. "Também não sou uma pessoa apavorada. Acho difícil que esse decreto passe a funcionar."

Medos à parte, algumas galerias dizem não ter alterado seus planos para refletir o delicado momento econômico.

Diretores de duas das maiores do mundo, David Zwirner e Pace, contam que suas seleções serão como no passado, ou seja, caras e robustas.

Na mesma linha, a Marian Goodman, casa nova-iorquina que representa estrelas contemporâneas como Steve McQueen e Tino Sehgal, estreia agora na SP-Arte sem sinais de estresse.

Isso porque, na opinião de Feitosa, esse mercado é movido a "emoção e paixão".

Posted by Patricia Canetti at 7:03 PM