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Como atiçar a brasa

 


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maio 27, 2008

Nunca antes neste país os museus..., por José do Nascimento Júnior, Folha de São Paulo

Nunca antes neste país os museus...

Artigo de José do Nascimento Júnior, originalmente publicado na Folha de São Paulo, no dia 21 de maio de 2008

Os museus são ferramentas para todas as classes sociais, instrumentos de mudança social e desenvolvimento

"Os conservadores são pessimistas quanto ao futuro e otimistas quanto ao passado" (Lewis Mumford)

Nunca antes neste país os museus foram tão discutidos. O espaço que o tema dos museus vem ocupando está refletindo positivamente para que as políticas culturais se aproximem mais do universo museal.

Atualmente, existem cerca de 60 mil museus em todo o mundo, dos quais 90% criados após a Segunda Guerra Mundial. Fazer uma reflexão sobre o papel dessas instituições é de fundamental importância e deve ser uma preocupação permanente.

Para que a sociedade se aproprie de suas múltiplas possibilidades, os museus aprofundam suas ações de comunicação, educação e pesquisa, que, por sua vez, possibilitam o desenvolvimento de novas ações de caráter inclusivo. Isso torna a instituição museu uma das mais complexas criadas pelo ser humano, com diversas expressões em mais de uma centena de países.

No Brasil, são cerca de 3.000 museus, que representam 5% dos museus do mundo. Por essa razão, tal como em outros países, a realidade museológica brasileira tem que ser pensada e repensada a todo momento.

Nossa diversidade museal tem relação direta com o tema do Ano Ibero-Americano de Museus, que comemoramos em 2008. O tema, que foi também adotado para as comemorações do Dia Internacional dos Museus, 18 de maio, é "Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento".

Olhando para esse cenário após cinco anos do lançamento da Política Nacional de Museus pelo ministro Gilberto Gil, podemos ver os resultados já alcançados: a criação do Sistema Brasileiro de Museus; a Semana de Museus, que vai para a sexta edição, com mais de 1.500 eventos em todo o país; o aumento da visitação, de 14 milhões, em 2003, para 21 milhões, em 2007; a ampliação dos investimentos, de R$ 24 milhões para R$ 140 milhões; a capacitação de mais 20 mil profissionais nesses cinco anos; e a ampliação da oferta de cursos de graduação em museologia, de dois para oito, em diversas regiões brasileiras.

A Política Nacional de Museus tem o reconhecimento internacional, servindo até mesmo de modelo para outros países.

Esses números mostram que o Estado deve assumir a coordenação de suas políticas públicas e ser gestor, indutor e regulador, diferentemente da receita neoliberal do Estado mínimo.

O Congresso nunca atuou tanto em relação aos museus como nos últimos cinco anos, a exemplo da proposta de criação do Estatuto de Museus e dos mais de dez projetos de lei que tramitam na Câmara e no Senado.

A Política Nacional de Museus tem em sua gênese um caráter democrático e participativo, rompendo com a lógica de barões e vassalos, ampliando os interlocutores, e continua recebendo diversas contribuições que chegam de toda a parte para aperfeiçoar esse processo colocado em marcha ao longo desses anos.

É claro que ainda falta muito a fazer nessa trajetória, pois apenas 20% dos municípios brasileiros têm museus.

Diferentemente da China, que decidiu que até 2010 criaria 5.000 museus novos, temos que sensibilizar cada vez mais a sociedade para a preservação da memória e para pensar os museus como ferramentas para todas as classes sociais, como instrumentos de mudança social e desenvolvimento.
Os museus são espaços de poder e muitos deles foram criados para simbolizar isso. Temos exemplos como o MoMa, de Nova York, que serviu à Guerra Fria, e até mesmo o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, que foi criado pelo Estado Novo para produzir uma idéia de nação.

Nessa nova fase, os museus brasileiros trabalham na institucionalização da política museológica, com a criação do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). Essa proposta integra o programa de governo do presidente Lula e é um passo fundamental para dar continuidade às conquistas da Política Nacional de Museus. É uma inovação em relação ao atual modelo de gestão do patrimônio cultural, inovação que já ocorreu em outros países.

Essas ações são uma construção da imaginação museal brasileira, que tem caminhado em busca de garantir um futuro perene para o campo museal brasileiro. Esse futuro se constrói hoje.

José do Nascimento Júnior, 41, antropólogo, mestre em antropologia da política, é diretor de Museus e Centros Culturais do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do Ministério da Cultura.

Posted by João Domingues at 11:24 AM

maio 20, 2008

Mostra repensa ligação Japão-Brasil, por Mario Gioia

Mostra repensa ligação Japão-Brasil

Matéria de Mario Gioia, originalmente publicada na Folha de São Paulo, no dia 20 de maio de 2008

"Laços do Olhar", com curadoria de Paulo Herkenhoff, exibe mais de 400 trabalhos no Instituto Tomie Ohtake, em SP

Exposição traz pinturas do século 19, como as de Visconti, fotografias de Araki e telas de Adriana Varejão, entre outras obras

Do "japonismo" moderno aos mangás e grafites, da poesia concreta à pintura abstrata, da arquitetura à arte conceitual.

As ligações e influências mútuas entre Japão e Brasil são o eixo da exposição "Laços do Olhar", que é aberta hoje para convidados no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Com curadoria de Paulo Herkenhoff -ex-Bienal de SP e atualmente integrante do comitê que escolherá o próximo curador da Documenta de Kassel-, "Laços..." reúne mais de 400 trabalhos, trazendo elos entre as duas culturas pouco abordados em outras mostras, das pinturas de Eliseu Visconti no século 19 às telas contemporâneas de Adriana Varejão.

"A cultura japonesa deixou legados muito mais fortes do que comumente se pensa. Tentei exibir algumas dessas heranças", conta Herkenhoff, que tem como curador-assistente Roberto Takaoka.
"Ajudei o Paulo a conhecer e localizar trabalhos que são pouco conhecidos fora da comunidade japonesa", diz Takaoka, filho de um casal de artistas japoneses radicados no Brasil, Massao Okinaka (1913-2000) e Alina Okinaka (1920-1992), com obras na mostra. Herkenhoff inicia a montagem da exposição com trabalhos produzidos ou adquiridos no século 19. Da Biblioteca Nacional, do Rio, vêm documentos e gravuras japoneses. Telas de Carlos Oswald (1882-1971) e, em especial, Eliseu Visconti (1866-1944) pontuam a influência do "japonismo" na pintura brasileira do século 19.

"Na Europa, o japonismo também tem grande influência entre os impressionistas. No Brasil, isso também é visto em alguns artistas cosmopolitas. A influência aparece em objetos, como as lanternas e os leques, e os fundos amarelados, por exemplo", afirma o curador.

Anita Malfatti (1889-1964) tem uma parede na qual sua visão sobre os japoneses se transforma. "Em tela de 1915-16, ela os trata como um tipo étnico, algo quase sem individualidade. Por isso, coloquei os auto-retratos como um contraponto a essa perspectiva", diz o curador, referindo-se a um dos destaques de "Laços...", uma parede repleta de auto-retratos de artistas nipo-brasileiros.
"É como se eles afirmassem a sua subjetividade", conta Herkenhoff, que coloca em evidência "Auto-Retrato" (1938), de Yoshiya Takaoka. "É a primeira obra do grupo japonês a ser adquirida por uma coleção brasileira [do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio]."

A arquitetura tem um módulo na mostra, no qual Herken-hoff exibe, entre outras coisas, a maquete da casa "japonesa" de autoria de Lygia Clark (1920-1988) e Sérgio Bernardes (1919-2002) e os projetos do pavilhão brasileiro na Exposição Universal de Osaka, em 1970, coordenado por Paulo Mendes da Rocha.

Erotismo
Outro dos destaques de "Laços..." é o seu segmento "erótico". Há desde xilogravuras japonesas "shunga" até fotografias contemporâneas de Nobuyohi Araki e telas de Adriana Varejão dos anos 90. "Estava pesquisando o cruzamento das culturas ocidentais e orientais naquela época. Na pintura "Cena de Interior", misturei a sexualidade oriental com algo brasileiro", conta a artista. Wesley Duke Lee é outro nome central da mostra, com um numeroso conjunto de trabalhos, incluindo a grande instalação "Helicóptero" (1969).

O lado pop japonês é exposto em mangás e bibelôs. O grafiteiro Titi Freak incorpora elementos orientais e faz uma instalação que lembra uma favela.

Obras que falam das oposições de tempo e espaço, do modernista Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) à jovem paulistana Naiah Mendonça, 29, fecham "Laços do Olhar".

Posted by João Domingues at 10:54 AM

maio 12, 2008

Anatomia da Polêmica, por Clara Passi, Jornal do Brasil

Anatomia da Polêmica

Matéria de Clara Passi, originalmente publicada no Jornal do Brasil em 9 de maio de 2008

Artista e dono da galeria A Gentil Carioca são intimados por delegacia em virtude de um painel de azulejos colocado na fachada, considerado ultrajante

A censura ameaça mostrar seus dentes de chumbo às artes plásticas: Márcio Botner, um dos donos da galeria A Gentil Carioca, ocupante há cinco anos do sobrado de número 17 na Rua Gonçalves Lêdo, no Centro, foi intimado a depor às 10h de ontem na 1ª DP (Praça Mauá) em decorrência de uma denúncia anônima de ultraje público ao pudor. Explica-se. De quatro em quatro meses, a galeria que Botner – também artista plástico – fundou com os colegas de pincel Ernesto Neto e Laura Lima convida artistas para decorar a fachada de 10m voltada para a Rua Luiz de Camões. O projeto Fachada Gentil convidou Fernando De La Rocque, 28 anos, egresso da Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, para vestir a parede de azulejos com o traço fino dos desenhos da série Colônias, em que homens e mulheres se entrelaçam em movimentos caleidoscópicos.

De acordo com Walter Heil, comissário de polícia encarregado do caso na 1ª DP (instalada, ironicamente, no prédio onde funcionou o Departamento de Ordem Política e Social [Dops] do regime militar), a queixa partiu de um homem que passava pela rua com a filha menor de idade a tiracolo e chocou-se com o erotismo escondido no emaranhado azul que emula os ladrilhos portugueses do Rio colonial.

No texto da queixa, relata o comissário Heil, o denunciante diz ter passado "grande constrangimento ao deparar-se com o painel que parecia de azulejos portugueses, mas tinha desenhos que se tratavam de obscenidade e orgia".

– Enviarei o caso ao Juizado Especial Criminal em 15 dias para que um juiz decrete que destino terá o painel – informou.

"A censura à arte acabou"

Nesse ínterim, Heil convidará De La Roque e o apoiador do Parede Gentil, Guilherme Magalhães Pinto, cujos nomes estão inscritos sob a obra, para um passeio incômodo na zona portuária.

– A arte tem potência para suscitar dúvidas e inquietações. Mas não admito que uma pessoa que receba esse tipo de inquietação não escolha discutir abertamente na sociedade e a desloque para dentro de uma delegacia, ainda mais à que era o Dops, lugar que remete à morte e à tortura – indignou-se Botner, à saída da DP da Praça Mauá. – O trabalho de De La Roque versa sobre o prazer de viver, do amor, do sexo. Quando alguém se choca contra isso está indo a favor da morte. Não me importo com a identidade do denunciante. Compreeendo-o, mas não aceito a denúncia.

Ao saber que suas serigrafias sobre calor humano e troca de amor viraram caso de polícia, De La Rocque pôs-se a se perguntar por que alguém que transitava pela área infestada de prostituição e tráfico de drogas se queixaria à polícia contra uma obra de arte.

– Tempos estranhos estes: enquanto pessoas jogam crianças pela janela e a novela Duas caras faz apologia da violência de uma madrasta contra o enteado, sou perseguido por falar de amor e de contato físico entre pessoas que sorriem – provoca o carioca do Humaitá, que começou a tracejar Colônias, composta de 60 desenhos, aos 17 anos.

O artista plástico Enesto Neto, um dos sócios da galeria, pondera:

– Vivemos numa democracia. As pessoas, mesmo que anonimamente, podem expressar sua opinião. O devaneio e a visão onírica do trabalho de De La Roque são algo que está no inconsciente coletivo de nossa sociedade, está na banca de jornal – justifica ele, que pedirá uma avaliação do Juizado de Menores sobre o painel. – Colocamos numa altura a que uma criança de 10 anos não teria acesso. Não imaginávamos que pudesse ser agressivo.

O próprio comissário Heil reconhece que é preciso chegar bem perto para enxergar a anatomia da polêmica.

– O artista não pode ser cerceado. A censura à arte acabou em 1988, com a Constituição. Se a questão é a obscenidade em local público, as revistas de mulher pelada estão aí, livres nas bancas – diz.

Posted by João Domingues at 9:50 AM | Comentários (2)

maio 9, 2008

Profissionais de dança contemporânea respondem à visão preconceituosa em matéria do jornal O Globo

Profissionais de dança contemporânea respondem à visão preconceituosa em matéria do jornal O Globo

A dança contemporânea está reagindo a mais uma matéria preconceituosa em relação às expressões contemporâneas. Trata-se de uma luta já velha e por isso mesmo cansativa, mas acreditamos ser importante estarmos sempre atentos e reagir a posturas levianas, principalmente quando esta se apresenta nos jornais de grande circulação.

Como manda o manual do “Como atiçar a brasa”, envie a carta para o jornal - axexeo@oglobo.com.br;Rodolfof@oglobo.com.br;nani@oglobo.com.br, para provocarmos uma abertura ao debate mais aprofundado sobre cultura.

Envie sua assinatura de apoio para faladanca@gmail.com.

Leia a matéria de Artur Xexéo originalmente publicada na Revista O Globo em 4 de maio de 2008.


Carta da Dança

Lamentável

Em sua coluna do último domingo, na Revista O Globo, Artur Xexéo tratou de forma leviana questões importantes para a dança e a arte contemporâneas e um de seus principais instrumentos de fomento e apresentação, o Espaço SESC.

O jornalista reduz a diversidade e a qualidade da produção da dança contemporânea carioca a uma série de clichês, revelando o seu imenso desconhecimento sobre o assunto.

É preocupante que uma visão tão preconceituosa e obscurantista possa estar na base da linha editorial do Segundo Caderno do jornal O Globo, do qual o colunista é também o editor. Isto é, sem duvida, incompatível com uma empresa jornalistica contemporânea e um desserviço aos leitores de um dos maiores jornais do pais.

Já assinaram:

Adriana Banana - diretora artística FID-Fórum Internacional de Dança (BH), vice-presidente Associação Dança Minas, Diretora artística Clube Ur=H0r
Alex Cassal - Ator e Diretor/RJ
Alex Neoral _Bailarino e Coreógrafo/RJ
Alexandre Rudáh - Ator
Ana Andréia - Bailarina e Coreógrafa/RJ
Ana Paula Kamozaki - Bailarino/Coletivo O 12 / SP
Andréa Bardawil Campos - Coreógrafa /CE
Andréa Bergallo – bailarina e coreografa/RJ
Andréa Sales - Prodança
Ariadne Felipe
Ariane Sampaio- Bailarino/Coletivo O 12/SP
Arthur Coutinho Moreau
Bibiana de Sá - Doutoranda em Comunicação e Cultura - ECO – UFRJ/Mestre em Ciência da Arte/ UFF
Bruna de Menezes Bizzotto
Bruna Ribeiro Lopes De Rose Souza - Bailarina
Calixto Neto – Bailarino/PE
Carla Reichelt – Bailarina/RJ
Carol Pires – Bailarina/RJ
Carolina Campos - Bailarina
Celso Curi /SP
Charles Watson – artista plástico/RJ
Christiane Jatahy – diretora de teatro/RJ
Christine Greiner - Professora da PUC-SP
Ciência da Arte – UFF/Licenciada em Dança – Centro Universitário da Cidade
Claudia Consolaro Valente
Claudia Mele - Bailarina e Coreógrafa/RJ
Cláudio Lacerda - Bailarino e Coreógrafo/RJ
Cristian Duarte - Bailarino e Coreógrafo/SP
Cynthia Garcia
Dani Lima - Bailarina e Coreógrafa/RJ
Daniela Visco /RJ
David Linhares -Diretor da Bienal Internacional de Dança do Estado do Ceará
Denise Stutz - Bailarina e Coreógrafa/RJ
Diana De Rose – bailarina/RJ
Diana Rodrigues Nassif - produtora musical
Edney D'Conti - Bailarina
Eduardo Bonito - Diretor do festival Panorama de Dança/RJ
Eduardo Fukushima
Elisa Lemos - Bailarina
Elisa Parente de Oliveira
Ellen Prado
Esther Weitzman - Bailarina, Coreógrafa e Professora de Dança/RJ
Fabio Ferreira – diretor de teatro, autor e curador/RJ
Felipe Rocha – Ator/RJ
Flavia Cândida – produtora/RJ
Franz Manata  – artista plástico e curador/RJ
Gijs Andriessen – Videomaker/RJ
Guilherme Santos - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Gustavo Ciriaco – bailarino e coreografo/RJ
Heber Stalin  - coreografo /CE
Helena Bastos – bailarina e coreografa/SP
Helena Katz - Professora universitária e Crítica de dança/SP
Iara Cerqueira-    Bailarina e Coreógrafa/BA
Isabel Stewart – Bailarina/RJ
Isabel Tornaghi - Bailarina
Ivana Mena Barreto – Coreógrafa/RJ
Jacqueline de Castro – Produtora/MG
João Paulo Gross – bailarino/RJ
João Saldanha – coreógrafo/RJ
Joelsson Gusson - Ator e Diretor/RJ
José Renato Fonseca de Almeida
Joubert Arrais - jornalista, crítico de dança (CE) e mestrando em Dança pelo PPGDanca/UFBA
Juliana M Gago
Juliana Medeiros dos Santos
Keyla Pitanga Monadjemi/MG
Lara Pinheiro - Bailarina e Coreógrafa/SP
Laura Samy de Castro – Bailarina/RJ
Leidson Ferraz Ator, jornalista, pesquisador teatral e um apreciador da Dança (Recife/PE)
Leo Nabuco – Bailarino/RJ
Lia Rodrigues – Coreógrafa/RJ
Lidi Domingues - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Lidia C. Larangeira
Ligia Veiga e Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades/RJ
Lucas Amorim - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Lúcia Floriano - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Marcela Donato – Bailarina/RJ
Marcela Levi – Coreógrafa/RJ
Marcellus Ferreira - Bailarino e Coreógrafo/RJ
Marcelo Braga – Bailarino/RJ
Marcelo Olinto - Ator e Figurinista/RJ
Marcia Rubin - Bailarina e Coreógrafa/RJ
Mari Mendes - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Maria Alice Silvério Lima/RJ
Marília Albornoz/RJ
Marise Reis - Professora de Dança/RJ
Marise Siqueira - Bailarina e Advogada/RS
Marta Moura - Bailarina/ Professora
Matias Marcier – arquiteto/RJ
Mônica Rêgo Maciel - Arte-educadora
Nayse Lopez – jornalista, editora do portal www.idanca.net e diretora do Festival Panorama de Dança/RJ
Neide Neves/SP
Patricia Barbara – produtora e performer/RJ
Patricia Canetti - artista multimídia, coordenadora do www.canalcontemporaneo.art.br
Paulo Caldas – Bailarino e Coreógrafo/RJ
Paulo Marques - Professor de Dança/RJ
Preta Ribeiro - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Rafael Bricoli - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Raquel Karro - Atriz
Renata Reinheimer – Bailarina/RJ
Renato Cruz - Bailarino e Professor de dança/RJ
Renato Vieira – Coreógrafo/RJ
Ricardo Basbaum - Artista Plástico/RJ
Rita de Cassia Ribeiro Lopes De Rose Souza – Bailarina/RJ
Roberta Repetto - Bailarina
Rodrigo Maia Barbosa Lima – Bailarino/RJ
Sandra Corradini
Sandro Amaral – produtor/RJ
Sandro Borelli – bailarino e coreografo/SP
Sara Calaza - Produtora Cultural/RJ
Simone Mello
Silvia Rinaldi - Psicóloga
Sofia Carvalhosa / assessora de imprensa/ SP
Sonja Gradel - Produtora Cultural/RJ
Stella Rabello - Atriz
Suzana Beiersdorff Bayona
Tati Almeida - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Thaís Gonçalves - pesquisadora em dança, bacharel e licenciada em Dança/UNICAMP, jornalista/SP
Thatiane Paiva de Miranda - professora, revisora e bailarina contemporânea
Thereza Rocha -Pesquisadora e professora /RJ
Thiago Alixandre  - Bailarino/Coletivo O 12/SP
Thiago Granato – bailarino e coreografo/RJ
Thiane Lavrador
Tony Hewerton - Bailarina
Valéria Martins - empresária e produtora cultural/RJ
Valeria Pinheiro - Coreógrafa/Fortaleza/CE
Verusya Correia – bailarina e coreografa/RJ
Wagner Carvalho - Diretor do Festival Internacional de Dança Move Berlim/Alemanha
Wagner Schwartz _Bailarino e Coreógrafo/MG
Zeca Assumpção – músico/RJ

Envie sua assinatura de apoio para faladanca@gmail.com.

Posted by Patricia Canetti at 11:19 AM | Comentários (1)

A Dança Contemporânea, por Artur Xexéo

A Dança Contemporânea

Texto de Artur Xexéo, originalmente publicada na Revista O Globo, no dia 4 de maio de 2008

Não tive boas experiências com dança contemporânea. Sei que essa frase pode dar a impressão de que fui um fracasso nas minhas tentativas de ser bailarino. Não é verdade. Nunca tentei. Estou me referindo às minhas experiências como espectador. Sou daqueles que são capazes de dar um grand-jeté se, em troca, for desconvidado para assistir a mais uma experiência coreográfica no Espaço Sesc. Desisti de tentar entender qual é a graça de entrar numa sala apertada, com mais 20 pessoas, sentar numa cadeira desconfortável para ver um grupo — bem, grupo é modo de dizer; geralmente, são três ou quatro bailarinos... bem, bailarino é modo de dizer... enfim, recapitulando: três ou quatro dançarinos pelados (se é dança contemporânea, para que gastar com figurino?, devem se perguntar os coreógrafos modernos), estáticos, sentados no chão e que, a cada 15 minutos, fazem, bem lentamente, um movimento circular com o dedão do pé direito. Tudo isso sem música. Afinal, é uma experiência coreográfica. E com muito gritos. Como se grita na dança contemporânea!

Tô fora. Abro uma exceção, a cada dois anos, para a companhia de Deborah Colker. É outra história. Ali, um grupo de 15 bailarinos enche o palco. Deborah faz um espetáculo. Sua trupe escala paredes, gira em rodas-gigantes, atravessa espelhos. Sua música — sim, existe música nos espetáculos de dança de Deborah Colker! — é marcante. Seus figurinos são surpreendentes. Os elementos coreográficos que dividem o palco com ela são impactantes. E o grupo... dança!!!

Digo isso porque senti uma certa implicância por parte dos amantes da dança moderna carioca com “Cruel”, a coreografia com que Deborah ocupou na semana passada o Teatro Municipal. “Cruel” não é mesmo o melhor espetáculo de Deborah — o que é muito natural numa companhia que já possui um repertório com dez espetáculos diferentes —, mas está muitos anos-luz à frente de qualquer outro apresentado recentemente pelas companhias modernas cariocas. Companhia é modo de dizer — a maioria das companhias cariocas só se forma quando tem algo para estrear.

Deborah Colker esteve em cartaz na semana passada e, mais uma vez, leu os comentários-clichê. Criticou-se a música — aí até entendo: quem elogia espetáculos sem música não pode gostar mesmo —; a frontalidade da coreografia — meu Deus, qual é o problema de bailarinos dançarem de frente para o público? —; a repetição dos movimentos... sou muito mais movimentos repetidos do que ausência de movimentos.

O verdadeiro problema de Deborah Colker é que seus espetáculos não cabem no mezanino do Espaço Sesc. Ela lota o Municipal, faz temporada de dois meses no João Caetano, dá a volta ao mundo deslumbrando platéias e demonstra, a cada apresentação, como é supérfluo o que a gente escreve sobre ela. Comentários negativos não lhe tiram um só espectador; os positivos não lhe dariam um espectador a mais. O público descobriu Deborah Colker sozinho. E não quer abandoná-la.

Posted by João Domingues at 11:06 AM | Comentários (15)