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Como atiçar a brasa

 


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maio 21, 2015

Mostra em SP revê impacto histórico da arte óptica por Silas Martí, Folha de S. Paulo

Mostra em SP revê impacto histórico da arte óptica

Matéria de Silas Martí originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 4 de maio de 2015.

Op-Art – Ilusões do Olhar, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, SP - 17/04/2015 a 01/06/2015

Talvez o mais famoso dos vestidos da coleção do Masp, uma peça criada por Hércules Barsotti é o abre-alas da seção de moda de uma mostra dedicada à chamada op-art agora no Museu da Casa Brasileira.

Vanguarda surgida nos anos 1960, a arte óptica tinha como princípio básico dar a ilusão de movimento, o que numa roupa a ser vestida ganhava potência dobrada.

No caso, a estampa de Barsotti, com faixas pretas e brancas saindo de um ponto entre os seios da modelo (veja foto acima), lembrava uma estrela minimalista na passarela.

Elegante, mesmo sendo quase um ímã para os olhos, a op-art encontrou na moda um terreno fértil de difusão fora das artes visuais. Já na esfera artística, simbolizou uma guinada no projeto construtivista, sendo o primeiro passo na estratégia de abandonar o plano bidimensional da pintura para adentrar a vida real.

"Essas formas geométricas levaram os artistas a uma questão de ritmo. Foi um caminho para que a obra saísse da tela", diz Denise Mattar, que organiza a mostra. "A tela começa a se mexer até chegar à sua desmaterialização."

Logo na entrada do museu, aliás, estão peças que lembram a mais influente exposição dessa vanguarda, que reuniu em 1961 no MoMA, em Nova York, obras de artistas visuais do mundo todo.

Uma delas, do britânico Jeffrey Steele, repete à exaustão uma mesma trama de elementos em preto e branco girando em torno de um eixo, dando a sensação de um turbilhão sobre o quadro.

Outra, do brasileiro Almir Mavignier, é uma variação de uma obra que também esteve no MoMA. Sem cores, são faixas de pontos brancos que à distância parecem ondulantes, como fitas que saltam para fora do quadro ou recuam para dentro dele.

"Na pintura concreta, eu fiz coisas como esse côncavo e convexo", conta Mavignier. "É um fenômeno espacial, um efeito de percepção visual."

MASOQUISMO E PROTESTO

"The Responsive Eye", filme do então jovem Brian de Palma, flagrou o impacto que essas percepções tiveram no público do MoMA na época.

Vendo o trabalho de Mavignier, William Seitz, que organizou a mostra americana, resumiu o esforço de construir suas ilusões de óptica como misto de "masoquismo e protesto", já que exigia do artista a paciência infinita de pintar milhares de quadradinhos de tamanhos variados para questionar a noção de pintura.

Luiz Sacilotto, outro artista da mostra agora em São Paulo, também trabalha essa ideia de ilusão de volumes com uma tela de quadrados vermelhos que parecem escorregar sobre um degrau e quase se desenrolar como uma língua para fora da tela.

Numa linguagem mais próxima do pop, Sacilotto e Mavignier surgem como a vertente mais extrema de uma vanguarda que começou com a abstração geométrica na base dos movimentos concreto e neoconcreto no país.

Mas também estão lá alguns dos pioneiros dessa levada, como Hélio Oiticica e Lygia Clark. Heróis do neoconcretismo no Rio, eles também foram desafiando o plano bidimensional da pintura com geometrias cada vez mais rebeldes, mas que não descambaram para os efeitos ilusórios da op-art clássica.

No caso deles, a tela virou escultura, ou seja, ganhou forma e peso tridimensional. Mas não deixa, como dizia Steele, de ser "estrutura lógica digna da atenção do olhar".

Posted by Patricia Canetti at 9:46 AM