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Como atiçar a brasa

 


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abril 21, 2013

Galeria de arte une a alma da cidade à fama internacional por Catharina Wrede, O Globo

Galeria de arte une a alma da cidade à fama internacional

Matéria de Catharina Wrede originalmente publicada no jornal O Globo em 18 de abril de 2013.

Instalada na Praça Tiradentes, A Gentil Carioca se mantém popular e já planeja ir para a Zona Norte

RIO - É inevitável. Quando mencionada, uma galeria de arte sempre suscita no imaginário coletivo um cenário que contém vendedores de nariz em pé, cifras com muitos zeros, borbulhas de champanhe e projetos assinados por arquitetos de renome. Incrustada em um simples sobrado na Praça Tiradentes, cercada por mendigos e botecos e com o comércio da Saara logo ao lado, A Gentil Carioca é exatamente o contrário da descrição acima.

É uma das poucas galerias do país a receber anualmente a visita de colecionadores e curadores estrangeiros ao mesmo tempo que promove ações públicas nas ruas do Rio. O espaço, que completa dez anos em 2013 e lança, nos próximos meses, “11”, um livro sobre sua história, vai se misturando paulatinamente à cidade — ela prevê uma expansão para a Zona Norte — e se afirma como uma potência da arte brasileira no exterior.

Uma das particularidades da Gentil é não ser gerida por galeristas, mas por artistas. Laura Lima, Márcio Botner e Ernesto Neto foram para a linha de frente do mercado de arte para conseguir bancar as produções próprias e de amigos.

— Não tinha a mínima ideia do que era ser galerista — diz Botner. — Começamos no susto.

Com “no susto”, Botner se refere aos enxutos três meses que separaram o lampejo inicial de fundarem uma galeria da mudança para o sobrado da Rua Gonçalves Ledo. Foi o tempo de colocar cimento no chão, luz fria preenchendo as salas... E só.

— A Gentil já nasceu independente — brinca Botner, citando que a inauguração do espaço ocorreu um dia antes do feriado de 7 de setembro.

Estreia no exterior em 2005

O grito de liberdade foi dado em 2005, quando a coletiva “Educação olha” aconteceu. Definida como uma “exposição histórica” por quem a prestigiou, a mostra reuniu medalhões como Adriana Varejão e Marcos Chaves.

Responsável por lançar parte da nova geração da arte contemporânea brasileira, como Renata Lucas, Pedro Varela e Thiago Rocha Pitta, a Gentil tem entre seus artistas nomes como Maria Nepomuceno, João Modé e o português Carlos Bunga. Ao longo dos dez anos, abrigou coletivas de cubanos, americanos, argentinos e alemães, fazendo do intercâmbio artístico um de seus pilares.

O ano de 2005 foi também o de estreia da Gentil em feiras de arte internacionais. Hoje, ela é uma das poucas galerias brasileiras a ter presença garantida nos principais eventos de arte do mundo, como a Art Basel (Suíça), Miami Basel (EUA) e Frieze (de Londres e de Nova York), o que dá à Gentil boa projeção internacional.

Prova disso é a recente reportagem que ganhou no respeitado site “The Huffington Post” e as parcerias com importantes instituições estrangeiras, como os americanos Phoenix Art Museum, no Arizona, e Portland Art Museum, no Oregon.

Arte encanta até os sem-teto

O endereço aparentemente sem glamour da Praça Tiradentes está totalmente ligado à alma da Gentil. Estar no bochicho do Centro do Rio, em meio à fauna peculiar da área, possibilita que as exposições atinjam um público muito maior e bem menos metido a besta.

— A Gentil é o lugar do povo. É na rua que a gente deve se manifestar, e não entre quatro paredes — diz Ernesto Neto.

E é mesmo nas calçadas que alguns dos projetos de mais sucesso do trio acontecem. Em sua nona edição, o “Abre alas”, que desponta sempre perto do carnaval (daí o nome), apresenta novos artistas, com direito a concurso de fantasias. O “Alalaô”, por sua vez, leva intervenções à areia do Arpoador no verão; e a “Parede Gentil” exibe, a cada quatro meses, uma instalação na fachada da galeria. Uma das mais emblemáticas foi “Cidade dormitório”, de Guga Ferraz, em 2006, em que oito camas foram dispostas verticalmente na parede. A instalação animou os sem-teto.

O caso de amor da Gentil com a cidade levou Neto, Laura e Botner a abrirem, há dois anos, um braço na Zona Sul, A Gentil Carioca Lá, equilibrada em cima do Bar Lagoa. Agora, o trio pretende se expandir para a Zona Norte, sem revelar o que vai aprontar na região.

— Temos uma paixão profunda pelo carioca, pelo brasileiro e pelo terráqueo. A Gentil é amor — diz Neto.

Posted by Patricia Canetti at 6:18 PM