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Como atiçar a brasa

 


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novembro 30, 2012

Paisagens pós-produzidas por Paula Alzugaray, Istoé

Paisagens pós-produzidas

Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada na seção de artes visuais da Istoé em 23 de novembro de 2012

Em mostra de fotografia do CCSP, três fotógrafos reprogramam imagens pessoais ou apropriadas de outras fontes

II Mostra do Programa de Fotografia, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP - 27/08/2012 a 13/01/2013

Por trás do excelente trabalho pessoal dos três fotógrafos da II Mostra do Programa de Fotografia do Centro Cultural São Paulo há uma boa curadoria. A mostra foi retomada, este ano, em comemoração aos 30 anos da instituição, e projetada pelo atual curador de artes visuais, Marcio Harum, como um espaço para “pensar as particularidades e os limites da linguagem fotográfica”. Nos trabalhos atualmente em exposição, o território de reflexão é a construção da imagem.

O elo que aproxima as obras recentes de Dirnei Prates, Sofia Borges e Marcelo Tinoco é o trabalho com a paisagem. No entanto, nenhum dos fotógrafos tem como matéria-prima a paisagem natural. Seu tema de abordagem é sempre a paisagem cultural. Dirnei Prates tem a paisagem midiática como alvo. Na série “Paisagens Populares”, ele se apropria de imagens veiculadas em jornais. Sua estratégia, porém, é eliminar as figuras de destaque e mirar o terceiro plano da imagem, no qual os personagens se tornam pontos distantes, que se confundem com o grão estourado da impressão gráfica do jornal. O resultado é uma fotografia sem primeiro plano, em que o interesse está no pano de fundo.

Marcelo Tinoco também trabalha com a profundidade de campo, porém, diferentemente de Prates, valoriza por igual todos os planos da imagem. Desafiando as limitações técnicas da fotografia analógica, compõe complexas cenas em que fundo e figura têm o mesmo peso narrativo. Paradoxalmente, ao fazer uso de ferramentas de pós-produção fotográfica, Tinoco constrói imagens que remetem à composição pictórica renascentista ou a um certo “apego ao passado”, como aponta o crítico Mario Gioia, em texto de apresentação da exposição. Essa remissão ao passado – e esse ruído entre tempos tecnológicos – se faz tanto na composição como no tema: na paisagem bucólica do domingo no parque ou na citação da pintura antiga, como em “Para Canaletto” (2012), que reprograma fotografias tiradas pelo próprio Tinoco em Veneza.

A série “Tema”, de Sofia Borges, é composta por paisagens de terceira mão. Os trabalhos consistem em fotografias em preto e branco tiradas de detalhes de pinturas de dioramas do Museu de História Natural de Nova York. Se alguma dúvida surgir acerca da ficção dessa paisagem, ela logo se dissipa com a presença de uma segunda fotografia, em pequeno formato, do processo de construção desse cenário. Assim, como aponta a crítica Luiza Proença em seu texto de apresentação, o trabalho de Sofia Borges é tanto sobre a construção de cada imagem fotográfica quanto sobre a exposição dessas imagens. No modo como organiza essas fotografias nas paredes do espaço expositivo do CCSP, Sofia nos incita realmente a pensar os limites da linguagem, já que situa seu trabalho não simplesmente como fotógrafa, mas como editora de imagens.

Posted by Cecília Bedê at 9:29 AM