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Como atiçar a brasa

 


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fevereiro 22, 2012

Grande retrospectiva mostra potência cromática de Chagall por Silas Martí, Folha de S. Paulo

Grande retrospectiva mostra potência cromática de Chagall

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 21 de fevereiro de 2012.

Com 150 obras em dois museus de Madri, mostra foca artista que não se enquadrou em nenhuma vanguarda

Judeu russo que se radicou em Paris, Chagall pintou seres fantásticos e teve pleno domínio das cores

Em intervalos curtos de tempo, na virada para a década de 1920, Marc Chagall pintou uma casa cinza e depois uma azul. Três décadas depois, mergulhou o mundo em tons azulados e, mais tarde, em vermelho sanguíneo.

Toda a potência cromática do artista russo, que morreu aos 97 anos em 1985, aparece com força na primeira retrospectiva dedicada a ele na Espanha. A mostra está dividida entre os espaços Thyssen-Bornemisza e a Fundação Caja Madrid.

Nas 150 obras espalhadas pelos dois museus, fica claro como Chagall arquitetou um universo paralelo em sua trajetória e teve pleno domínio da cor. Sobrevivente das duas grandes guerras do século 20, o judeu russo que se radicou em Paris não se enquadrou em nenhuma vanguarda e expurgou em telas oníricas os horrores do qual foi testemunha.

Já no começo da carreira, anos antes da Revolução Russa - que levou, por tabela, à renovação do pensamento plástico naquele país -, Chagall rompeu com o construtivismo de Kazimir Malevitch (1878-1935) e flertou com proposições impressionistas e expressionistas, distante da tradição judaica que não permitia a figuração.

VACAS E AMANTES

Logo suas vacas e amantes, temas constantes em sua obra, passam a flutuar em planos surreais. Vilas como Vitebsk, onde nasceu, foram reconfiguradas em cores vibrantes, rotas incertas e escala distorcida, como se as dimensões de tudo o que retratava dependessem de uma espécie de hierarquia afetiva.

Desse jeito, uma vaca enorme pode guardar um casal de amantes no flanco; a figura de um anjo, plasmada a partir das telhas vermelhas das casas de uma vila, pode se debruçar sobre uma cidade.

São seres fantásticos que desfilam por alegorias de cor intensa. Azul e vermelho dominam muitas de suas composições. Há o contraste entre o sono profundo de casais apaixonados, que parecem se perder nas nuvens, e paixões faiscantes em terra, com flores, sol de raios rubros e mulheres que aparecem cavalgando galos gigantescos.

UNIVERSO PARALELO

Chagall nunca explicou as repetições em seus quadros de galos, peixes, vacas, violinistas, poetas e amantes. Mas suas feras fantásticas habitam sem conflitos esse vasto universo paralelo, livre dos horrores da guerra e mais próximo do sonhos.

Talvez por isso tenha feito tantas composições semelhantes em tons distintos, como se reavaliasse sua visão de mundo de acordo com um filtro cromático do momento. Algo entre a paz e possíveis pesadelos.

Posted by Cecília Bedê at 1:30 PM