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outubro 24, 2011

Europalia dá visibilidade ao Brasil, mas sofre com desorganização e interferências do governo por Suzana Velasco, O Globo

Europalia dá visibilidade ao Brasil, mas sofre com desorganização e interferências do governo

Matéria de Suzana Velasco originalmente publicada na seção de Cultura do jornal O Globo em 23 de outubro de 2011.

RIO - O designer Tulio Mariante levou um susto na última quarta-feira, quando, ao abrir o convite para a exposição "Design Brazil", da qual é curador no festival Europalia, na Bélgica, deu de cara com uma cristaleira do designer paulista Maurício Arruda, com quem nunca falou. No dia seguinte, descobriu que uma escultura de Hugo França embarcaria à sua revelia e que uma das obras selecionadas por ele, do designer Pedro Braga Leitão, ficaria de fora. Era apenas um capítulo de um conflito entre o Ministério da Cultura (MinC) - organizador do evento dedicado ao Brasil e aberto no último dia 4 - e curadores das exposições, como Alfredo Brito, Lorenzo Mammi, Guy Bueno, Guy Veloso, Sonia Salcedo e Flora Sussekind, selecionados por Adriano de Aquino, curador-geral do festival. Alguns deles agora se organizam para entrar com uma ação judicial em conjunto contra o MinC, para receberem os R$ 50 mil combinados com Aquino sem contrato. No mês passado, eles foram informados por e-mail de que o cachê seria menor.

Há dois dias fui procurado por três curadores que, assim como eu, estão dispostos a ir à Justiça para receber os R$ 50 mil que nos foram prometidos - afirma Guy Veloso, fotógrafo, advogado e curador da mostra de fotografia "Extremes". - Só me informaram que eu receberia R$ 30 mil quando a exposição já estava no avião.

Curadoria em xeque

Aquino diz que o valor de R$ 50 mil estava na perspectiva de gastos aprovada pelo comissariado da Europalia no Brasil e que serviu de base para a captação de financiamento via Lei Roaunet. Mas, em setembro, sem a sua participação, o governo criou uma tabela baseada no teto estipulado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), dividindo os curadores em três níveis. Os que montaram as exposições grandes receberão os R$ 50 mil; os responsáveis por mostras de médio porte ganharão R$ 30 mil; e os de mostras pequenas, R$ 15 mil.

O cachê dos curadores é parte do orçamento de R$ 30 milhões - R$ 21 milhões dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e R$ 9 milhões via Lei Rouanet. Mas, como esses recursos foram liberados menos de um mês antes do início da Europalia, os gastos, a produção e a comunicação entre curadores, governo e produtoras foram afetados. Até 15 de janeiro de 2012, o evento reunirá 18 exposições, como "Art in Brazil (1950-2011)", que reúne obras de Hélio Oiticica a Henrique Oliveira, além de 45 grupos musicais, 40 apresentações de teatro e 57 de dança, mais 90 palestras e conferências, que o MinC espera que atraiam dois milhões de pessoas. Como as exposições - que reúnem arte moderna e contemporânea, entre pinturas, esculturas, fotografias, projetos de design e arquitetura e peças indígenas - foram as primeiras atrações do festival, as artes visuais foram as mais prejudicadas pela correria.

Se por um lado a Bélgica está vendo uma programação de qualidade, com curadores e artistas de renome, chamam atenção as falhas nos aspectos mais básicos. Além da mudança no pagamento estipulada pelo MinC, houve problemas de embalagens no tamanho errado, de falta de passagens e hospedagens para artistas e de troca de obras, no caso da exposição com curadoria de Tulio Mariante. O diplomata Marcelo Dantas, que ocupa o posto de diretor-executivo da Europalia no Brasil, assume-se como o responsável pelas alterações na mostra "Design Brazil":

Os belgas se queixaram da seleção do Tulio. E, como a exposição não é dele, mas do MinC com a Europalia, pedi à produtora que fizesse as cinco modificações indicadas. Curador nenhum é dono de exposição alguma na Europalia. Ele está fazendo tempestade em copo d'água, e eu não vou ouvir piti por causa disso (leia entrevista com Marcelo Dantas abaixo).

Segundo Adriano de Aquino, a troca de obras é "inadmissível":

Escolhi curadores com farta experiência e estabeleci com eles uma relação de confiança e autonomia. Ao colocar em xeque as escolhas do curador Tulio Mariante, põem em xeque a minha também.

Os problemas decorrentes da produção apressada, entretanto, não se limitam aos curadores. Convidados para seis apresentações na Europalia, os 12 índios da aldeia Mehinaku viajaram por nove dias entre a Reserva Florestal do Alto Xingu, onde vivem, e Bruxelas. Segundo Makaulaka Mehinako, de 31 anos, eles foram de carro até a pequena cidade de Canarana, onde passaram uma noite até descobrirem a melhor forma de chegar a Bra$ília. No dia seguinte, acionados pelo MinC, representantes do Museu do Índio os levaram de ônibus até a capital federal, numa viagem que durou 14 horas.

Lá passamos cinco dias providenciando nossos passaportes. Ficamos hospedados numa pensão bem simples, sem água quente - diz ele, da Bélgica, aonde chegou no dia 11. - Mas nos apresentamos de cueca, não nus como na aldeia.

O artista Antonio Manuel também teve problema de transporte, mas com suas obras. Convidado para participar da exposição "A rua" pelo curador belga Dieter Roelstraete, que esteve duas vezes em seu ateliê, o artista desistiu de ir depois de receber as embalagens das obras no tamanho errado. Foi no dia 28 de setembro, dez dias antes da abertura.

Era impossível transportar as obras. Foi um improviso, um tratamento amador, indiferente com os artistas - reclama Antonio Manuel, cujo nome ainda está no site da Europalia, assim como o de Arthur Barrio, que também desistiu de participar.

Outros dois artistas também não embarcaram. Convidado pela curadora Sonia Salcedo para fazer uma performance, Romano recebeu a passagem três dias antes do voo. Já Ricardo Aleixo, que também participaria da programação de literatura, nunca foi contactado pelas produtoras responsáveis.

Não consigo entender por que um artista que foi convidado por dois curadores, um de artes visuais e um de literatura, não foi contactado por ninguém, não recebeu passagem e não sabe nada sobre cachê - diz Aleixo. - Deixar de ir não foi uma decisão minha. Mas não tenho todo o tempo do mundo para esperar as coisas acontecerem.

Posted by Marília Sales at 4:19 PM | Comentários(3)
Comments

Peraí...50.000 seria apenas o cachê do curador?????? Que beleza, hein! Será que sem ter acontecido esse quiprocó todo com o Minc, nós, pobres mortais, ficaríamos sabendo disso? Duvido! Aos amigos, tudo. Ah, essas "redes de afetividade", nunca me enganaram...

Posted by: Bianca at outubro 27, 2011 5:52 PM

Compartilho o assombro da Bianca... R$ 50.000 de cachê para fazer curadoria?? Não estou desmerecendo o trabalho dos curadores, é uma tarefa muito importante, mas peraí né.... cachê de R$ 50.000 é dose! Redes de afetividade.... definiu bem Bianca! E viva a Lei Rouanet!!!

Posted by: Raquel at outubro 28, 2011 8:29 AM

Se seu bolso dói, CURA a DOR...

Posted by: Jim at outubro 28, 2011 10:55 AM
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