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fevereiro 8, 2010

Arte daqui pra frente por Júlia Lopes, Opovo

Matéria de Júlia Lopes originalmente publicada no Opovo, em 8 de fevereiro de 2010

Para marcar os dez anos do Museu de Arte Contemporânea, a exposição pra começo de século abre, amanhã, reunindo artistas de diversas origens do Brasil e da América Latina

Um apanhado diverso, com muitos suportes, ideias variadas, todas sob o imenso & e por vezes mal compreendido & conceito da arte contemporânea. O que pode a arte? Abre amanhã, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a exposição Pra Começo de Século, com possíveis respostas. A ideia que conduziu a escolha dos 12 artistas convidados, segundo o curador e gestor do Museu, José Guedes, traça um paralelo com os 10 anos de existência do MAC, comemorados este ano: artistas ``que deslancharam nessa virada de século, que abordam muitas questões de expansão das técnicas``. E mais: ``Acredito que o recado que eles estão dando hoje vai contribuir pra construção de um alicerce pras gerações futuras``.

Dos 12, quatro são cearenses, dois vieram de São Paulo, um do Rio de Janeiro e mais um do Distrito Federal. Os últimos quatro são de países da América Latina & Paraguai, Bolívia, Uruguai e Cuba. ``Procuramos, na escolha dos artistas para essa exposição, acompanhar uma linha de trabalho que já desenvolvemos``, coloca Guedes. Ou seja: intensificar o intercâmbio com a América Latina. Ele indica, ainda, outra linha que pode sugerir uma ligação entre os trabalhos. ``Existe uma questão do desenho. Os espinhos do Euzébio Zloccowick, por exemplo, têm um desenho, expandidos para uma amplitude tridimensional``. Mas os trabalhos sempre sugerem diversas leituras. A do próprio artista, por exemplo, aponta para outro caminho.

``Você está numa sala, dentro de um museu, que é um lugar de proteção. Mas a sala toma sentido contrário: se você vacilar, pode se machucar``, conta Euzébio. Ele teve para si dois espaços do MAC, que encheu de espinhos colhidos no sertão alagoano. ``No Natal de 2009 fiz a colheita, no sítio em Major Isidoro, pequena cidade de Alagoas. E passei a trabalhar durante um mês``, detalha. O problema da desproteção é recorrente nos trabalhos do artista: estátuas de santos já foram cobertas de espinhos, gaiolas foram forradas deles.

Um processo também laborioso foi o de Sabyne Cavalcanti, que escavou uma das entradas de grama da Praça Verde do Dragão, no Projeto Acampamento. O mesmo desenho que foi cavado ficou ao lado do buraco, como uma espécie de bolo de três andares. ``Podemos pensar esta descida como um encontro entre vida e morte, é só lembrarmos, que para os Astecas, a terra é a mãe criadora, mas também aquela que se alimenta dos mortos, sendo, portanto também destruidora``, escreveu ela no blog que mantém para divulgar o projeto (www.projacampamento.blogspot.com).

Outro destaques da mostra é a boliviana Narda Alvarado, que chega a Fortaleza depois de ter exposto na única edição da Bienal Ceará América, em 2002, que aconteceu no Dragão, nos galpões da RFFSA e na Casa Boris. ``Estou trazendo trabalhos de diferentes anos, mas de um mesmo temas de ideias``, explica a artista. ``Trabalho essas ideias como matéria prima, e tento formar um todo com essas elas. Há um vídeo animação, também tem um power point e desenhos, muitos desenhos de ideias``, indica, por telefone. Ela já estava em Fortaleza para a montagem da exposição na semana passada.

Acervo
A trajetória do MAC, apesar da história recente, já conta com algumas polêmicas, altos e baixos. Ao sucesso da mostra que trouxe reproduções das obras do francês Auguste Rodin ao Ceará, em 2000, seguiu-se um período de menor visibilidade. A curadoria daquele período também estava a cargo de José Guedes, que ficou de 1999 a 2003. Com a saída dele, assume a critica de arte Luíza Interlenghi. Ela deixou o cargo em 2005, quando passa a gestão para o curador Ricardo Resende, escolhido através de um conselho curador. Ricardo dirigiu o MAC com o auxílio desse conselho, formado pelos críticos Rodrigo Moura, Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias. Naquele ano de 2005, o acervo contava com 55 obras.

Um dos projetos de Ricardo era ampliar esse acervo, parte fundamental para a existência de um museu. Em dois anos ele conseguiu transformar o número, deixando, em 2007, o Museu com 600 obras. José Guedes, numa indicação do irmão do governador, Ivo Gomes, volta a ser o gestor do Museu, saindo, portanto, Ricardo. Na época houve protestos dos artistas que pretendiam a permanência deste.

Hoje, o MAC conta com 900 obras na sua reserva técnica. Mas o número está longe de ser o ideal. O Museu de Arte Moderna de São Paulo, por exemplo, tem cerca de seis mil itens, enquanto no Museu de Arte Contemporânea da USP são quase oito mil. O número de exposições também não é animador. Segundo Guedes, nesses dez anos foram 136 mostras, 39 delas feitas em parceria ou totalmente custeadas por outras instituições, como a mostra Arte Pop, que foi feita com investimento estadual. ``O orçamento do Mac é de R$ 14 mil. Quando não é suficiente, recorremos a outras fontes``, esclarece Guedes.

Posted by Marília Sales at 1:49 PM