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Como atiçar a brasa

 


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junho 13, 2008

Pichadores vandalizam escola para discutir conceito de arte, por Laura Capriglione, Folha de São Paulo

Pichadores vandalizam escola para discutir conceito de arte

Matéria de Laura Capriglione, originalmente publicada na Folha de São Paulo, no dia 13 de junho de 2008

Colegas classificaram ação como terrorismo; coordenadora do curso de Artes Visuais chamou de "ato de vandalismo"

Aluno da Belas Artes convocou grupo para realizar prova de conclusão de curso

Cada um dos 37 alunos do último ano do curso de Artes Visuais do Centro Universitário de Belas Artes tinha de apresentar uma obra para garantir sua formatura. Três espaços foram reservados para a exposição dos trabalhos. Trinta e seis alunos preencheram esses espaços com sua produção. Um -Rafael Augustaitiz, 24-, não.

Pichador desde os 13 anos, Rafael resolveu apresentar um trabalho diferente. "Uma intervenção para discutir os limites da arte e o próprio conceito de arte", explicou.

Nos últimos dias, os locais de reunião de pichadores no centro da cidade tornaram-se focos de recrutamento de jovens para "a ação", como se chamou. Às 21h de anteontem, horário de intervalo das aulas, 40 deles, idades entre 15 e 25 anos, compareceram ao "ponto", na estação Vila Mariana do metrô (zona sul).

"Estamos todos muito ansiosos", disse um morador do Ipiranga, que assina suas pichações com o desenho de um monociclo. A maioria dos rapazes nunca pôs os pés em uma faculdade; sua estréia no ensino superior seria justamente em um trabalho de conclusão de curso.

Em cinco minutos andando a pé, o grupo alcançou a escola. Muitos vestiram máscaras improvisadas com camisetas ou daquelas usadas para pintura com compressor. Logo, as latas de spray foram sacadas de dentro dos moletons folgados.

Os jovens pichavam suas "assinaturas" nas paredes, nas salas de aulas, nas escadas, sobre os painéis de avisos, nos corrimãos. Uma funcionária da secretaria, Débora Del Gaudio, 30, quis impedir. Levou um jato de spray no rosto.

Usando a técnica do "pé nas costas", os pichadores formaram escadas humanas (com até três jovens "empilhados"), uma forma de atingir andares superiores da fachada. Assustaram funcionários da escola enquanto escreviam aquelas letras pontudas e de difícil decifração.

Os 30 seguranças da faculdade mobilizaram-se para acabar com a farra. "Deixa eu terminar a minha frase, pô", pediu um jovem. Tomou um soco. Revidou. Virou uma pancadaria.

"Abra os olhos e verá a inevitável marca na história" e muitos símbolos do anarquismo, além das letras pontudas já cobriam o prédio, quando cinco carros da polícia militar chegaram ao local, apenas dez minutos depois de iniciado o ataque.

Enquadrado pela PM, Rafael gritava ao entrar no camburão: "Olha aí, registra, isso é um artista sendo preso."

A maioria dos alunos não achou nada legal "a ação", "a intervenção", "a obra" de Rafael. "Terrorismo. O que aconteceu aqui é terrorismo. Se isso é arte, então o maior artista do mundo é o Osama Bin Laden e o buraco das torres gêmeas é uma obra-prima", disse Alan George de Sousa, 33, do curso de arquitetura e desenho industrial.

"Eu pago R$ 1.500 de mensalidade no curso de arquitetura porque trabalho e minha mãe também dá um duro danado para me manter aqui. Aí vem um filho da mãe dizer que fez essa porcaria toda porque a gente é tudo burguesinho. Ora, vai estudar, se preparar", gritava uma aluna.

Rafael amanheceu o dia de ontem em companhia de mais seis acusados de pichação no 36º Distrito Policial, no Paraíso. Duas estudantes de publicidade da Escola de Propaganda e Marketing, que fica em frente à Belas Artes, estavam lá também, exigindo: "Essa gente tem de se ferrar." As duas acusavam o grupo de pichadores de riscar o Honda Fit cor de champagne que saiu da concessionária "há menos de uma semana".

Ontem à noite, na parte interna da escola, já nem parecia que o aluno com 40 manos tinha estado lá. Tudo estava limpinho. Às 20h30, a turma dos formandos (menos Rafael) ia se reunir para "processar esse trauma", nas palavras da coordenadora do curso de Artes Visuais, a artista plástica Helena Freddi, para quem o que aconteceu na faculdade foi "um ato de vandalismo que extrapolou os limites da ação civilizada."

No texto que escreveu para justificar "a ação", 28 páginas encimadas pelo título "Marchando ao compasso da realidade", Rafael desafia: "Somos abusados? Que se foda! É um orgulho para vocês eu estar dentro dessa podre faculdade. Não sou seu filhote, não preciso do seu aval. A arte hoje em dia é para quem está na pegada. Para os bunda-moles ela morreu faz é tempo." O curso de Artes Visuais tem mensalidade de R$ 900. Rafael é bolsista integral.

Posted by João Domingues at 10:42 AM | Comentários(21)
Comments

Pichadores vandalizam escola para discutir conceito de arte:

Hoje a Folha, que pese o título do artigo, pelo uso da palavra 'vandalizam', alegrou meu dia. Simplesmente onírica a reportagem "Pichadores vandalizam escola para discutir conceito de arte", cotidiano, 13.6.2008. Os garotos atingiram o objetivo, nota dez para o trabalho final de curso daquele que organizou o Coletivo e questionou o papel da instituição que se diz - sim, se diz - das ARTES. Triste a posição da escola, dos alunos e da coordenadora do curso que ainda vivem um conceito de ARTE enquanto algo etéreo e oriundo dos Deuses. Ainda há esperança... Não da instiuição, mas da reflexão e do questionamento provocada por esses jovens. Ainda há uma saída digna para o Instituição, qual seja, retirar qualquer queixa e passar o aluno com louvor.

Não li o tal comunicado da aluna, li sobre o assunto na Folha, acho a postura da entidade ridícula, se a escola tem representantes da semana de 22, a escola não faz por merecê-los, Oswald de Andrade deve estar pulando no túmulo, pelo simples motivo de que essas pessoas estariam lendo, com certeza, Ranciére e Borriaud. Como escola de Belas Artes, vocês deveriam abrir o debate e não abafar a crítica.

Salve esse garoto que soube reconhecer a hipocrisia de uma inclusão ligada a interesses econômicos e desnudou o olhar enviesado sobre os excluídos, basta ler para tal confirmação o parágrafo final do texto: "Por fim, a Direção do Centro Universitário só tem a lamentar que um aluno beneficiado com bolsa de estudos durante sua vida acadêmica tenha agido de forma tão rude e grotesca com a instituição que lhe recebeu de braços abertos e protagonizado cenas tão assustadoras para os seus colegas, professores e auxiliares de administração escolar, bem como esclarece que a missão de prestar ensino a quem dele necessitar mediante concessão de bolsa de estudos não foi (nem será) afetada pelos atos criminosos praticados por aluno bolsista".

Posted by: carlos pessoa rosa at junho 15, 2008 8:53 AM

Caros,

A questão não parece ser exatamente de vandalismo nem de puro questionamento acerca dos limites da arte... Talvez esteja num outro espaço, misto de muito mais fatores do que se possa perceber com base em fatos jornalísticos.

Todos os lados/versões citadas na matéria parecem proceder - até mesmo a reclamação contra o risco na pintura 'champagne' - e não há nada de errado nisso. Os papéis esperados (da instituição, do aluno, dos colegas, dos não institucionalizados etc.) são esses mesmos e a "desritualização da sala de aula" - como diria Julio Groppa - fica patente na essência do ocorrido.

Entretanto, questionar pormenores do sistema de arte que tangengencia as escolas superiores voltadas a este campo de conhecimento, refletir acerca do panorama delineado pelas formas de relacionamento presentes nas "sociedades de controle", e demais questões importantíssimas ao presente em que vivemos parecem muito mais fecundas que elevar ou denigrir a ação enquanto caso isolado.

Focalizar apenas o fato em si deverá no máximo derivar uma discussão teórica acerca da qualidade artística da ação, o que significaria sufocar toda sua potência para falar somente do já sabido.

atenciosamente,
Sergio Bonilha

p.s.: boa sorte para o Rafael, que não o levem para conhecer a "sala de massagem".

Posted by: sergio bonilha at junho 16, 2008 7:09 PM

em terra de cego, quem tem um olho é rei.
a belas artes é uma faculdade deprimente.
nem parece que ensinam arte no meio de tanta parede bege.
são expostos trabalhos de conclusão primários, o ensino é fraco, enfim, os alunos já estão de férias antes de todas as outras faculdades.
esse menino não fez grande coisa, mas já é um começo. pelo menos gera discussão num meio tão apático.

Posted by: fantasma at junho 17, 2008 10:39 AM

O Discurso "Contra-instituição"

Como aluna do curso de artes visuais da Belas Artes, também gostaria de me manifestar.

Sr. Carlos Rosa, dentro do curso não se pensa da maneira que o sr. está supondo [algo etéreo e oriundo dos Deuses] . Sugiro uma pesquisa no site da biblioteca do centro universitário [ http://www.belasartes.br/biblioteca/ ], acerca dos termos grafite e pichação. O sr. poderá ver que há pesquisas de iniciação científica pelo menos 1 trabalho de conclusão de curso abordando questões relacionadas. Há sim espaço para essas discussões e muitas outras sobre arte contemporânea.
E é inocência achar que há algum lugar que não seja movido, de alguma forma, por interesses econômicos.
E sim, foi aberta uma discussão no dia 12 de junho, um dia após o ocorrido, para que se discutisse os limites entre arte e protesto.


Concordo com o sr. Sérgio Bonilha que seja interessante abrir o que aconteceu de forma mais ampla. Porém vejo tanta distorção acerca do ocorrido, que ainda insisto num ponto:

Há uma grande tendência em se posicionar contra a instituição. Não vejo problema nisso, as instituições, inclusive a de ensino, devem ser questionada sim. Mas, quando o sr.Carlos Rosa e tantos outros, que é/são de fora e já foi/foram classificando a Belas Artes sem ao menos conhecê-la, a impressão mais forte que tenho é de que, para se afirmar, foi adotado um discurso "contra-instituição", e se aplicou de modo insdiscriminado. Penso que isso é um modo ruim de se posisionar, é ser direcionado.

E sr.fantasma, se a faculdade é deprimente e os trabalhos primários, não perca seu tempo. Com comentários tão decididos e fechados, talvez seja mais interessante que o sr. encontre um lugar mais adequado ao nível de suas idéias.

bruna kim

Posted by: bruna kim oshiro at junho 18, 2008 1:27 AM

não acho que foi uma atitude inteligente do alun o, muito menos suas justificativas, mas o que parece na matéria é que ela foi parcial e completamente preconceituosa.
focando em um dos pontos, a questão dele ser bolsista integral nada tem a ver com o que ele resolveu fazer com seu tcc.

Posted by: eduardo edah at junho 18, 2008 4:40 PM

não acho que foi uma atitude inteligente do alun o, muito menos suas justificativas, mas o que parece na matéria é que ela foi parcial e completamente preconceituosa.
focando em um dos pontos, a questão dele ser bolsista integral nada tem a ver com o que ele resolveu fazer com seu tcc.

Posted by: eduardo edah at junho 18, 2008 4:41 PM

bruna,por que você não vai trabalhar de verdade?

Posted by: zero at junho 19, 2008 7:05 PM

Rafael Augustaitiz pode ser chamado de artista, revolucionário, espertinho ou até mesmo burro. Mas o ato classificado de vandalismo ou pixação só serviu para chamar mais atenção à diferença social, ou denegrir a tentativa de 'socializar' o grafite como possível arte.
Pixação pode ser louvável em termos de forma de expressão de uma classe, mas como outros movimentos imaturos e ignorantes, sempre vai bater de frente com uma barreira enorme: O bom senso da vida em sociedade.

Se tá a fim de apoiar o movimento, aprende a conviver com o público na vernissage, com a diferênça de opniões. E torce pra ver mais e mais burgês gostando do seu trabalho artístico de periferia.

Destriu a faculdade que eu to pagando com o maior esforço pra poder ter um emprego digno no futuro? Se ferrou. Vai ter muita gente torcendo pra ir pra cadeia e mofar ali até aprender a diferença entre manifestação artísica e depredação de fixos públicos e propriedade particular.

Zaratrusta iria até sua casa e preencheria as paredes do quarto de seus pais e irmãos com sague humano, material usado por aquele artista Elovênio famoso que lançou um movimento artístico na europa. Será que Rafael chamaria isso de arte?

Posted by: Luciano K. at junho 21, 2008 4:50 PM

Engraçado querer "discutir os limites da arte" com vandalismo. Esse cara até que parece ter boas intenções para a ampliação desse debate aqui e tal, mas a maneira elaborada por ele nesse intuito é muito fraca, muito primária, talvez fruto do próprio ensino limitado que recebeu em sua formação, que convenhamos, é fraco não só nessa faculdade como em tantas outras pelo Brasil afora, onde ainda elevam Greenberg aos céus e abordam as transformações mais recentes das últimas décadas (ou até mesmo Duchamp, dos anos 10/20, Clark e Oiticica dos anos 60/70...)de forma muito superficial, pouco reflexiva, cabendo a cada um que se interessa ir atrás de referências p/ se aprofundar e não ficar viajando, não entender pela metade e sair fazendo merda por aí. E qualquer bom grafiteiro sabe da diferença entre "grafite" e "pichação", manifestação artística e manifestação social, sendo que a primeira já engloba as duas...A arte não é melhor nem pior do qualquer outra área do conhecimento e o artista também não é melhor nem pior do que qualquer outro, não tem salvo conduto para "atropelar" os direitos dos outros, vivemos em sociedade civil e devemos ter responsabilidade por nossas ações. Desejo melhores condições de ensino e reflexão para todos nós, sempre.

Posted by: Rodrigo at junho 27, 2008 9:22 PM

O vandalismo é um modo que certos jovens encontram para se expressar, como muitas gangues fazem pichando, quebrando objetos públicos e muitas vezes agindo com violência contra propriedades privadas. Estas ações me parecem sublinhar disparidades e descompassos de uma maneira singular, um discurso informal, um clamor, quase uma baba que é desprezada e vista por uma perspectiva simplória, reduzindo este modo de expressão em um julgamento de valor, o feio e bonito.
Vai, bicho, desafinar o coro dos contentes, enquanto os meios de comunicação dominantes exploram e desaprovam estes atos, apelidando-os até de terroristas, provocando na opinião pública um sentimento de risco, que achando um culpado tudo se resolverá. Não há um cupado, o que existe são problemas que emergem, traumas que são expostos.

Larga-me, deixa-me gritar diante da cafetinagem do ensino, da arte, do grafitti. Questões brasileiras abafadas por interesses mercantis.
A ação dos pichadores revela uma consciência de um não-condicionamento às estruturas estabelecidas, um ruptura de limites que esbarra no espaço restrito do ensino privado e se desdobra sim para uma dicussão dos limites da arte.
O fato é que uma faculdade privada hoje no brasil não busca expandir o conhecimento humano, mas sim vender profissionais conforme a demanda do mercado. e como isso fica em relação a arte? O que significa atiçar a brasa?

Também acho a postura da entidade ridícula, principalmente a postura da coordenadora do curso que revela uma inflexibilidade de diálogo e uma visão unilateral do acontecido que reflete apenas os interesses da propria instituiçao, e não de uma artista que educa.
Nas palavras da coorenadora:"um ato de vandalismo que extrapolou os limites da ação civilizada.","processar esse trauma". Beuys declara como papel do artista indicar os traumas de uma época e iniciar um processo de cura, palavras que revelam uma face singular e até terapeutica da ação, diferente do choque moral e conservador da coordenadora.

Depredar a imagem da universidade privada em questão é uma invenção criativa. Vandalismo, vidros quebrados, pixações. porque não? Será que essa geração está tão morta e inerte a ponto de ficar de braços cruzados?
O grande mercadão das faculdades privadas finge criar espaços para o conhecimento e o que vejo refletido nesse ato é um sentimento de asfixia. A ação do aluno me parece um ato desesperado, um brado dentro da sufocante situação do ensino de arte brasileiro. Mas ao menos é um grito, que prefiro ver como um embrião de uma discussão sobre os problemas dos espaços destinados ao ensino de arte e seus limites.
Nas palavras de Beuys novamente “o artista e o delinquente são companheiros de caminhada, dispõem ambos de uma louca criatividade, e ambos carecem de moral...”

Posted by: ex-aluno at junho 29, 2008 2:56 PM

É muito fácil falar, ou opnar diante de fatos e problemas onde nos encontramos apenas como espectadores e pletéia!!! Mas é muito difícil atentarmos as condições oferecidas aos moradores e oriundos das periferias e das várias quebradas deste país, onde a linda e bela ARTE UNIVERSITÁRIA está longe de ser alcançada.
A realidade infelizmente é dura e crua, e está estampada na cara de todos que sabem que apenas quem é de lá, apenas quem viveu, e quem vive o fato ocorrido, ou apenas os que conhecem a verdadeira essência da "pixação" ou dos diversos movimentos periféricos das metrópoles é que podem se manifestar diante deste fato. Especuladores apareceram aos montes, gostaria de ver as pessoas defendendo uma causa para se chegar com ARTE das BELAS ARTES ou das várias escolas de arte na favela do Capão Redondo, ou em várias dessas quebradas espalhadas por São Paulo......................é muito fácil descriminar o movimento quando se vive apenas a realidade um dos lados da moeda...........talvez este tenha sido sim, um ato muito importante na história da arte brasileira, pois a pixação é um movimento muito presente nas ruas e deve ser visto sim como arte, pois ali se encontra a verdadeira expressão de rua, da massa, do povão, e não a arte de uma minoria Burguesa que vemos hoje nas galerias na maior parte dos casos.

"Escrever bonito não é sinonimo de transparência, e nem sempre a estética difere o bem e o mal"

Sem maquiagem.

leo...dco.

Posted by: leo_dco at junho 30, 2008 9:49 AM

Arte tem múltiplas formas de expressão, com certeza, mas acho que o problema começa em justamente onde termina os limites da arte. Concordo que pixação seja expressão, mas uma cara de riso ou de tristeza, um jeito de se vestir, de ser, também são "expressão" e nem por isso são arte...nem toda forma de expressão é arte... porque se formos levar p/ esse caminho, a publicidade seria considerada arte de rua tbm, alí tem um modo de expressar sobre um produto, que é a expressão de um mercado, a expressão do capitalismo, mas nem por isso considero aquilo como arte. E não sou burguês não, tbm moro em periferia de metrópole, me formei em universidade pública, com muito suor e trabalho, sou arte-educador e já fiz muito grafite por aí, inclusive com alunos. Agora não me venham querer "vender" "pixação" como arte que não vira. O grafiti considero expressão artística sim, tem diferença. Não acho que os problemas sociais que temos no país sejam resolvidos com arte, muito menos com pixação, acho ingenuidade pura. Arte vai por outro caminho...acredito na boa educação(de casa, da escola, da rua) que faça as pessoas pensarem, refletirem, agirem e nas atividades que respeitam a humanidade do ser. E não acredito nessa pira de "arte universitária", belas artes e tal, tem muita coisa com esses "rótulos" que também nem são arte, ficam devendo. E não é a arte que é elitista, é o conhecimento como um todo. O saber das "belas artes" infelizmente é tão burguês para a periferia como o saber da medicina, como da engenharia, como da literatura, como da física, como do direito, como de tantos outros saberes que a maioria da população não tem nem nunca teve acesso digno. Eu trabalho justamente p/ que menos pessoas precisem sair deseperadas pixando por aí, eu quero é que as pessoas aprendam a pensar, estudar, enxergar, e tenham acesso ao saber humano.

Posted by: Rodrigo at julho 1, 2008 7:50 PM

Concordo com suas colocações Rodrigo! Parabéns por sua atuação corajosa como professor...
Quanto ao artista ("vândalo, terroristas..."), seria original e corajoso, ele apresentar o seu TCC sozinho, sem a participação da galera... Não é mesmo?

Posted by: Roberto Silva at julho 2, 2008 10:47 AM

Concordo com suas colocações Rodrigo! Parabéns por sua atuação corajosa como professor...
Quanto ao artista ("vândalo, terroristas..."), seria original e corajoso, ele apresentar o seu TCC sozinho, sem a participação da galera... Não é mesmo?

Posted by: Roberto Silva at julho 2, 2008 10:48 AM

Está mais do que comprovado que esse é o CARA!
Ele conseguiu o queria;
Chamar a atenção!
Causou...
Mostrou sua percepção e tudo que aprendeu no mundo da arte, isso é pura arte visual!
Em pleno séc XXI grafite, arte de rua, vandalismo, são modos diferentes de se expressar.
O Cara arrasou mesmo
E já é um artista, vai ser lembrado daquele dia que o Rafael e seus brothers: - "a ação"...lembra?
Uma intervenção para discutir os limites da arte e o próprio conceito de arte".
"TODA ARTE DEVE SER MANIFESTADA"
qli/TAG

Posted by: QLI at julho 16, 2008 5:41 PM

COMO VCS PERDEM TEMPO HEIM....

....PQ VCS NAO PERGUNTAM PARA OS PROFESSORES PQ O TCC DELE NAO FOI APROVADO....

ELE FALOU O LADO BOM E RUIM DA PIXACAO....DA ARTE E ATE DO VANDALISMO....ELE ABRANGE TODOS OS LADOS...O TCC DO CARA TAVA DA HORA....

SEUS LAMBE SACO BOYZINHUS....NAO SOU A FAVOR DA PIXACAO NAO...MAS AI...A FACULDADE FOI RIDICULA C A ATITUDE QUE TOMOU.....

== O S _\|/_ P O D R A O ==

= T E N T =

= M:| S K 8 =
= Z O N A S U P E R I O R =

Posted by: felipe at julho 18, 2008 10:08 AM

Algumas argumentações a respeito do caso ocorrido com o estudante Rafael Augustaitiz, estão sendo oportunas e gratificantes, pois nos direciona a continuar-mos num processo, às vezes árduo de uma melhor reflexão, e talvez nos tire do nosso comodismo em aceitar determinados (ou pré-determinados) conceitos de verdade. Ou até mesmo digerirmos opiniões e conclusões, antes mesmo de saborearmos (degustarmos) a questão ou as questões em si.
Um primeiro ponto que observei e que me intrigou, foi a omissão do nome da instituição de ensino superior, pois suponho, existam várias escolas de belas artes na cidade São Paulo. Suponho ser relevante à informação ocultada, já que foram citados outros detalhes ao decorrer da exposição do fato na reportagem. Interpreto, talvez equivocadamente, que se suprimiu o nome da instituição de ensino superior, por crer que todos saibam de que escola se trata, e/ou para não “manchar” a (já desbotada) imagem. Contudo, foi exposto para vários leitores da Folha de São Paulo, em boa parte do Brasil, o nome e sobrenome do estudante, sua relação com pessoas supostamente sem acesso a determinadas “vantagens” que a classe média tem acesso, assim como se expôs em seqüência novelística, a reunião preparatória do estudante com os seus companheiros de pixação (ou quiçá fossem grafiteiros também, isso não está claro e nem aprofundado), as intervenções ocorridas no momento da caracterizada ação, por invasão terrorista, o possível embate realizado por funcionários da instituição e seguranças, culminaram em pancadaria, segundo foi relatado no já referido jornal, em agressão física mútua. Não obstante, a matéria não omitiu e suponho até destacou elementos que caracterizam a distinção de classes (até de forma nítida), como por exemplo: citar os valores das mensalidades, a marca e modelo do carro (sutilmente revelando que o proprietário tinha menos de uma semana de uso). Assim como, informou o valor do curso estudado por Rafael Augustaitiz, e maliciosamente, segundo minha interpretação, destacando-o como bolsista integral. Concordo que desta forma, há um objetivo tendencioso e oportunista, quase diabólico, pois se expõem as premissas indistintamente, sugerindo uma conclusão equivocada. Por exemplo: Que Rafael Augustaitiz, não só foi um vândalo como denominou sua coordenadora de curso e também artista plástica, Sra. Helena Freddi, como foi ingrato, segundo sugere o jornal, ratificando.
Um segundo ponto relevante, é a própria conceituação de arte que foi acolhida pelo jornal, segundo as formulações criadas e originárias de alguns estudantes. Que talvez, posso ter interpretado erroneamente, pois à minha análise, a forma que segundo o jornal relatou em nome do Sr. Alan George de Sousa do curso de arquitetura e desenho industrial, contraria os princípios da Lógica Clássica. Por exemplo, comparar analogamente o atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001 com o ocorrido na Escola de Belas Artes da cidade de São Paulo, supõe seja este o local. Tentarei explicitar o ilogismo cometido pelo Sr. Alan George de Sousa, de forma sucinta, mas não desejando ser reducionista e/ou pueril.
Os ataques de 11 de setembro chamados também de atentados de 11 de setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram seqüestrados, sendo que dois deles colidiram contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos seqüestradores e que, durante este ataque, o avião caiu. Os atentados causaram a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.
Desde a Guerra de 1812, esse foi o primeiro ataque de efeitos psicológicos e altamente corretivos imposto por forças inimigas em território americano. Causado por uma célula terrorista ligada à rede Al Qaeda, esse inimigo invisível deixou um saldo de mortes superior a 3 mil. Para se ter uma idéia quantitativa de seu resultado arrasador, só o ataque em si excedeu o saldo de aproximadamente 2400 militares norte-americanos mortos no ataque sem aviso prévio dos japoneses à base naval de Pearl Harbor em 1941; além disso, essa terrível demonstração de impunidade foi caprichosamente planejada e direcionada aos ícones americanos, praticada impunemente, e tendo como armas aviões comerciais. O ato agravou-se muito mais por ter sido transmitido ao vivo pelas cadeias de TV do mundo inteiro, com a própria tecnologia americana. Tal ataque, ainda sem precedentes em toda a história da humanidade, feriu profundamente o orgulho americano e superou, em muito, o efeito moral imposto às tropas americanas pela força aérea japonesa.
Os ataques de 11 de Setembro designam uma série de ataques terroristas perpetrados nos Estados Unidos da América no dia 11 de setembro de 2001, uma terça-feira, envolvendo o seqüestro de quatro aviões de passageiros:
• Vôo American Airlines 11, um Boeing 767-223 partiu de Boston, Massachusetts com destino a Los Angeles, California as 7:59. Colidiu com o lado norte da torre norte (North Tower) do World Trade Center entre os andares 94 e 98 às 8:46:26, hora local a uma velocidade aproximada de 789 km/h. Neste avião viajavam 81 passageiros, 9 assistentes de bordo e 2 pilotos.
• Vôo United Airlines 175, um Boeing 767-222, partiu de Boston, Massachusetts com destino a Los Angeles, Califórnia as 8:13, hora local. Colidiu com o lado sul da Torre Sul (South Tower) do World Trade Center entre os andares 78 e 84 as 9:02:54, hora local a uma velocidade superior a 805 km/h. 2 pilotos, 7 assistentes de bordo e 56 passageiros viajavam a bordo deste avião.
• Vôo American Airlines 77, um Boeign 757-223 partiu de Dulles, Virgínia com destino a Los Angeles, Califórnia às 8:20, hora local (com 10 minutos de atraso). É geralmente aceito que este avião colidiu com o Pentágono. O Pentágono afirma que a colisão ocorreu às 9:37, hora local. Neste avião viajavam 58 passageiros, 4 assistentes de vôo e 2 pilotos.
• Vôo United Airlines 93, a Boeing 757-222 partiu de Newark, Nova Jérsei com destino a São Francisco, Califórnia. Os destroços deste avião foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. Neste avião viajavam 38 passageiros, 5 assistentes de bordo e 2 pilotos. Este avião teria possivelmente sido abatido ou eventualmente caído devido a confrontos diretos entre os passageiros revoltosos e os seqüestradores. A queda do avião deu-se às 10:06, hora local.
Com freqüência as pessoas se referem aos ataques como "o 11 de Setembro", em razão deles terem ocorrido no dia 11 de setembro de 2001.
Sendo terça-feira, os vôos domésticos nos Estados Unidos transportam poucos passageiros, tornando um vôo mais fácil de ser seqüestrado.
As perdas humanas nos ataques de 11 de Setembro de 2001 foram elevadas: 265 nos aviões; pelo menos 2602 pessoas, incluindo 242 bombeiros, no World Trade Center e 125 no Pentágono. 3234 pessoas faleceram. Além das Torres Gêmeas de 110 andares do World Trade Center, 5 outras construções nas proximidades do World Trade Center e 4 estações subterrâneas de metrô foram destruídas ou seriamente danificadas. No total, foram 25 prédios danificados em Manhattan. Em Arlington, uma parte do Pentágono foi seriamente danificada pelo fogo e outra parte acabou desmoronando.
Alguns passageiros e tripulantes efetuaram chamadas telefônicas dos vôos seqüestrados. Um total de 19 seqüestradores foram posteriormente identificados, 4 no vôo 93 da companhia United Airlines e 5 nos outros vôos. Segundo informações, os seqüestradores assumiram o controle das aeronaves usando facas para matar as atendentes de bordo, pilotos, e/ou pelo menos um passageiro. No vôo 77 da American Airlines, um dos passageiros relatou que os seqüestradores estavam na posse de punhais. Foi relatado o uso de um determinado tipo de spray químico nocivo, para manter os passageiros longe da primeira classe nos vôo 11 da American Airlines e 175 da United Arlines. Foram feitas ameaças de bomba em 3 dos 4 aviões seqüestrados, não tendo o vôo 77 da American Airlines registrado ameaça de bomba.).
Como pode ser acurado, não há a mais remota possibilidade de uma analogia entre o que ocorreu na escola de belas artes com o 11 de Setembro, entre Rafael Augustaitiz e Osama Bin Laden e o que dele resultou como foi exemplificado de forma infeliz e incoerente, pelo distinto, porém pouco informado Sr. Alan George de Sousa. Acredito que a insistência em tal analogia beire a insensatez e/ou a insanidade mental. Sugiro introdutoriamente a este estudante, se aplicar um pouco sobre a Estética e Filosofia da Arte, a fim de desabrochar algum silogismo a respeito do problema da definição de obra de arte.
Retornando as observações, a Sra. Helena Freddi, coordenadora do curso de Artes Visuais, a artista plástica, como a terceira observação, inicialmente é necessário saber o que é ação civilizada? O vandalismo que extrapolou os limites da ação civilizada, praticado por aproximadamente quarenta cidadãos, com idades entre 15 e 25 anos devem ser retaliados ou retalhados, pelos 30 seguranças da faculdade, que para acabarem com a farra irromperam uma “pancadaria”. De qual, para quem e aonde se aplica o conceito de “ação civilizada”, para Sra. Helena Freddi? Natural de São Paulo, SP. Formou-se em Educação Artística, FAAP-SP. Pós-graduação em Artes Visuais, Instituto de Artes da UNESP; Doutorado em Poéticas Visuais, ECA-USP. Atualmente leciona, e coordena, no Curso de Artes Visuais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Individuais recentes: Galeria Gravura Brasileira, Escritório de Arte Augusta 664 e Galeria Marta Traba do Memorial da América Latina em São Paulo; Pinacoteca Benedicto Calixto em Santos e Museu da Gravura Cidade de Curitiba. Participação em mostras nas cidades de São Paulo, Santo André, São José dos Campos, Campinas, Santos, Ribeirão Preto, Curitiba, Londrina, Rio de Janeiro, Frankfurt, Bergamo, Évora, Milão e Kochi. Com quem e para quem suas definições e/ou conceitos dialogam. E qual o modo de aplicabilidade destes?
Como premissa, o que é arte? E continuaremos seguindo uma expressão que está registrada num dos 282 artigos do Código de Hamurabi (1792-1750 a.C.). Hamurabi instituiu a vingança como preceito jurídico no Império Babilônico. É baseada também na lei de talião, que está presente em livros da Bíblia e prescreve ao transgressor a pena igual ao crime que praticou. Esse princípio ainda é utilizado em muitos países do Oriente. OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE!

Posted by: Brunno Amâncio Marcos at julho 23, 2008 10:23 PM

Arte tem uma definição bem subjetiva e varia de acordo com cada sociedade e época. Por esse ângulo me ponho a pensar e vejo que a arte também varia entre as classes sociais. A ação do caro Rafael a meu ver é um choque entre o que se entende por arte entre pobres e ricos. O Artista Rafael teve o privilégio de conhecer os dois conceitos de arte e, acredito que em certo momento teve que sair de cima do muro, e como um militante da Arte achou e agiu de forma a esclarecer ao mundo a necessidade de se repensar a Arte, e não discutir os limites dela, pois limitar a Arte é desfazê-la. Definir Arte é falar da época, da sociedade e da cultura. O sistema no qual vivemos é contraditório, precisa ser repensado sobre vários aspectos. Temos muitas questões a se debater. Questões culturais, de orientação sexual, de classes sociais, de gênero e muitas outras. O Artista Rafael está de parabéns por produzir e não reproduzir Arte, por ter o discernimento de compreender o papel questionador do artista, por estimular a reação e não se acomodar com a opressão, por mostrar que a Arte também está na periferia e que os que não consideram a pixação como uma Arte estão apenas defendendo sua classe social, por mostrar às pessoas que é possível se organizar para promover o novo pensar sobre o mundo, por cativar pixadores e/ou grafiteiros a fazerem Arte com mais visibilidade(para alguns cegos), e por mostrar ao mundo que um novo mundo é possível.

Abraços!
George Frederick
Doutorando em Física pela Universidade Federal do Ceará
Voluntário do Projeto Pré-Vestibular Popular 6 de Março

Posted by: George Frederick at julho 25, 2008 8:09 PM

Olá Pessoas,

Agora foi a Bienal que sofreu a intervenção, um choque, a pixação, elemento tão comum nas grandes cidades, algo que sempre passa desapercebido dos olhares, algo nefasto, ferida aberta, que incomoda, cria um sentimento de repúdio, sinal de algo que escapa pela tangente do conformismo, é louvável a atitude independente do meio, serve pra gerar o debate, arte e ação.

http://galosurreal.zip.net

Posted by: Galo at outubro 27, 2008 8:29 AM

moh treta essa historia mas o cara ta certo tem q vandaliza memo e ja akela guria ela que vai se fudee tinha quee arrebentaaa elaaaa
plAY boy fdp
eh nois rapaz

Posted by: falcon at março 27, 2009 10:39 AM

Francamente, creio serem “distorcidos” os comentários acerca dos conceitos sobre arte e suas “manifestações”, até mesmo por aqueles que “defendem” todo evento desprovido de bom-senso, querendo justificar o injustificável! Também discordo que o tema “arte” deva servir de “válvula de escape” para poder explicar o suposto “contraponto” recalcado entre burguesia x periferia. Explica-se, portanto, como expressão legítima o ato de pichar, simplesmente por alguém que se sinta excluído da sorte e da sociedade? Tentar mostrar significados “indecifráveis” dos hieróglifos espalhados por ruas, casas, edifícios e monumentos considerados “inatingíveis”, são mesmo pura expressão de arte? Talvez sim algum questionamento sociológico, político, ideológico ou mesmo pedagógico, que procure “retratar” o inconformismo de alguns, ou a façanha do “orgulho bobo” de outros! Mas se a questão é essa: o “contraponto”, creio ser mais reforçado ainda por definição de “arte” alguém que tenha de suportar sem reclamar todos os dias a opressão dos desajustes sociais de não poder sequer estudar; de não saber ler, de não ter onde morar, nem o que vestir ou comer, de vencer seus próprios obstáculos, de escrever com a experiência a própria poesia da vida, e nem por isso sair por aí “pulverizando” com tinta tudo o que vê pela frente! Muito menos ainda de “desdenhar” de quem tem muito e não valoriza o que tem! Pessoas que frequentam uma universidade devem aprender a desenvolver não só suas habilidades e potencialidades com crítica e discernimento, mas pôr em debate tudo aquilo que aprendem ou não, o que não implica em “licença patética” e muito menos “artística” sair por aí a emporcalhar o patrimônio público e privado! Meus caros, o conceito de arte, a rigor, até hoje permanece indefinido, mas dentre seus muitos atributos, também pode-se evocar a “saúde moral” de quem a manifesta e, aqui talvez esteja algo que, definitivamente, não possa ser considerado arte: “a livre expressão irrascível”. A arte verdadeira não é agressão, nem frivolidade e nem gratuidade; pode sim ter conteúdo político, filosófico, sociológico, pedagógico, etc..., mas além de expressão da beleza, é também resignação! Pode sim ser pura razão, mas é poesia e verdade positiva! A meu ver, a arte é sobretudo, a técnica do encantamento e da sensibilidade!

Posted by: Antonio Furtado at junho 1, 2012 3:02 AM
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