Blog do Canal
Página inicial

Blog do Canal

o weblog do canal contemporâneo
 


julho 2021
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
Pesquise no blog:
Arquivos:
julho 2021
junho 2021
maio 2021
abril 2021
março 2021
fevereiro 2021
janeiro 2021
dezembro 2020
novembro 2020
outubro 2020
setembro 2020
agosto 2020
julho 2020
junho 2020
maio 2020
abril 2020
março 2020
fevereiro 2020
janeiro 2020
dezembro 2019
novembro 2019
outubro 2019
setembro 2019
agosto 2019
julho 2019
junho 2019
maio 2019
abril 2019
março 2019
fevereiro 2019
janeiro 2019
dezembro 2018
novembro 2018
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
julho 2018
junho 2018
maio 2018
abril 2018
março 2018
fevereiro 2018
janeiro 2018
dezembro 2017
novembro 2017
outubro 2017
setembro 2017
agosto 2017
julho 2017
junho 2017
maio 2017
abril 2017
março 2017
fevereiro 2017
janeiro 2017
dezembro 2016
novembro 2016
outubro 2016
setembro 2016
agosto 2016
julho 2016
junho 2016
maio 2016
abril 2016
março 2016
fevereiro 2016
janeiro 2016
dezembro 2015
novembro 2015
outubro 2015
setembro 2015
agosto 2015
julho 2015
junho 2015
maio 2015
abril 2015
março 2015
fevereiro 2015
janeiro 2015
dezembro 2014
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
agosto 2014
julho 2014
junho 2014
maio 2014
abril 2014
março 2014
fevereiro 2014
janeiro 2014
dezembro 2013
novembro 2013
outubro 2013
setembro 2013
agosto 2013
julho 2013
junho 2013
maio 2013
abril 2013
março 2013
fevereiro 2013
setembro 2012
agosto 2012
junho 2012
abril 2012
março 2012
fevereiro 2012
novembro 2011
setembro 2011
agosto 2011
junho 2011
maio 2011
março 2011
dezembro 2010
novembro 2010
outubro 2010
setembro 2010
junho 2010
fevereiro 2010
janeiro 2010
dezembro 2009
novembro 2009
maio 2009
março 2009
janeiro 2009
novembro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
maio 2008
abril 2008
fevereiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
agosto 2007
junho 2007
maio 2007
março 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004
agosto 2004
junho 2004
maio 2004
abril 2004
março 2004
janeiro 2004
dezembro 2003
novembro 2003
outubro 2003
agosto 2003
As últimas:
 
Pesquise por palavras e/ou expressões (entre aspas)

fevereiro 27, 2020

Lucia Laguna na Fortes D’Aloia & Gabriel - Galeria, São Paulo

A Fortes D'Aloia & Gabriel tem o prazer de apresentar a nova exposição de Lucia Laguna. Esta é a segunda individual da artista na Galeria, e sua primeira exposição após Vizinhança, mostra panorâmica dedicada à sua obra no MASP em 2018. Neste novo conjunto de pinturas, Lucia dá continuidade à divisão entre as séries de Jardins, Paisagens e Estúdios que norteia sua produção desde o início. Tal divisão aponta para a indissociabilidade que há entre o processo artístico de Laguna e o espaço de seu ateliê, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro. É a partir dele – e da observação de seu entorno, que vai de seu jardim até o Morro da Mangueira – que a artista compõe paisagens híbridas, mesclando arquitetura e vegetação, planos geométricos e elementos figurativos.

[scroll down for English version]

Paisagem n. 121 evidencia bem o método da artista. De início, Lucia permite que seus assistentes comecem o processo, delimitando linhas sobre a superfície da tela e inserindo desenhos e outros sinais gráficos. Quando a artista assume o comando da obra, dá-se início a desconstrução do que ali já estava, para que então se construam novos cenários por cima de sobreposições que acumulam dezenas de camadas até o resultado final.

Um peculiar cruzamento entre abstração e figuração, em jogo em sua produção, torna-se evidente no díptico Paisagem n. 118. Ao passo em que a pintura à esquerda revela uma paisagem dissolvida, quase líquida – portanto, mais abstrata –, à direita vemos uma composição mais fincada na figuração, com a presença de elementos como pássaros e um semáforo de trânsito. Este convívio entre registros pictóricos de naturezas distintas também está em Paisagem n. 120 , obra em que a artista experimenta com o formato vertical, pouco usual em sua produção.

Já em Jardim n. 44, destaca-se uma outra característica da metodologia de Laguna: a tela, em formato quadrado, que é virada de ponta-cabeça diversas vezes durante sua feitura. Assim, a profusão de cores e figuras que desabrocham do centro da pintura pode assumir aparências ambíguas, ora evocando um buquê de flores, ora um galo, dependendo da direção em que é vista. Completa a exposição sua série Desenhos, em que Lucia cria composições sobre papel a partir dos pedaços remanescentes de fita crepe do início da produção das obras. Vestígios iniciais – e também póstumos – da engenhosa arquitetura de suas pinturas.

Visite nosso online viewing

Lucia Laguna nasceu em Campo dos Goytacazes (RJ) em 1941. Formou-se em Letras em 1971, passando a lecionar Língua Portuguesa. Em meados dos anos 1990, começou a frequentar cursos de Pintura e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e realizou sua primeira individual em 1998. Ganhou em 2006 o Prêmio Marcantônio Vilaça do CNI SESI. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Vizinhança, MASP (São Paulo, 2018); e Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (Rio de Janeiro, 2016). Suas principais coletivas incluem participações em: 30ª Bienal de São Paulo (2012), 32º Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). Em abril deste ano, a artista estará na 12ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre. Sua obra está presente em importantes coleções públicas, como MASP, MAM-SP, MAM-RJ, MAR, entre outras.


Fortes D'Aloia & Gabriel is pleased to announce an exhibition of new work by Lucia Laguna. This is the artist’s second solo at the gallery and her first after the comprehensive overview show held at MASP in 2018. In this new set of paintings Lucia follows up on the three series – Jardins [Gardens], Paisagens [Landscapes] and Estúdios [Studios] – that have been directing her production from the start. Such tripartite division points towards an indivisibility between her working process and the space of her studio in the north zone of Rio de Janeiro. It's from that place – and from the observation of its surroundings stretching from her backyard to Morro da Mangueira – that the artist creates hybrid landscapes merging architecture and vegetation, geometric planes and figurative elements.

Paisagem n. 121 [Landscape no. 121] demonstrates the artist’s method. Lucia begins by allowing her assistants to create outlines and add drawings, as well as other graphic elements to the surface of the canvas. When the artist takes over the deconstruction of what has been there starts, so that new backgrounds are constructed over juxtapositions that add layers to the final outcome.

The peculiar crossing between abstraction and figuration, which is at stake in her painting, becomes evident in the diptych Paisagem n. 118 [Landscape no. 118]. While the picture on the left reveals a dissolved, almost liquid – therefore more abstract – landscape, on the right we see a more figurative composition, with elements such as birds and traffic lights. Such coexistence of pictorial insertions from disparate origins is also present in Paisagem n. 120 [Landscape no. 120], where she experiments with vertical formats – unusual in her body of work.

Another aspect of Laguna’s modus operandi stands-out in Jardim n. 44 [Garden no. 44]: the square canvas is turned upside-down many times during the painting process. Therefore, the profusion of colors and figures that blossom from the center of the painting can take on ambiguous features depending on how it is looked at, evoking either a flower bouquet, or a rooster. Completing the exhibition is the series Desenhos [Drawings], in which Lucia creates compositions on paper from leftovers of duct-tape from the initial steps of her paintings. Primary and yet posthumous remains of the inventive architecture of her paintings.

Check out our online viewing

Lucia Laguna was born in Campo dos Goytacazes (Rio de Janeiro state, Brazil), in 1941. In 1971, she received a Bachelor of Arts in Language and Literature degree, having started to teach Portuguese. In the mid 1990’s, she attended Painting and Art History programs at Parque Lage, in Rio de Janeiro, and had her first solo show in 1998. In 2006, she was awarded the Marcantônio Vilaça Prize from CNI SESI. Among her most recent solo shows stand-out: Vizinhança, MASP (São Paulo, 2018); and Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (Rio de Janeiro, 2016). The main group shows in which she has participated include: 30th Bienal de São Paulo (2012), 32nd Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), Programa Rumos Artes Visuais Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). Next April, the artist will take part on the 12th Bienal do Mercosul in Porto Alegre. Her work is featured in many important public museum collections, such as MASP, MAM-SP, MAM-RJ, MAR, among others.

Posted by Patricia Canetti at 12:34 PM

Cássio Vasconcellos na Nara Roesler, Rio de Janeiro

A Galeria Nara Roesler | Rio de Janeiro tem o prazer de inaugurar seu calendário de 2020 com Dríades e Faunos, individual do fotógrafo paulista Cássio Vasconcellos. Essa é a primeira mostra do artista na galeria, que o representa desde 2019. Em sua estreia, o fotógrafo apresenta sua mais recente série de trabalhos, que versa tanto sobre a potência expressiva da natureza quanto sobre a relação entre pintura e fotografia.

[scroll down for English version]

Dríades e Faunos (2019-2020), série cujo nome também dá título à exposição, é um desdobramento da pesquisa iniciada em 2015 com Viagem pitoresca pelo Brasil (2015 – atual), baseada nas expedições artísticas e científicas que ocorreram no Brasil durante o século XIX. Esses empreendimentos reuniam artistas e cientistas de diferentes especialidades com o objetivo de percorrer e se embrenhar em nosso território, ainda pouco conhecido na época, a fim de explorá-lo e mapeá-lo.

A expedição Langsdorff, de 1825, por exemplo, trazia em sua comitiva o botânico Ludwig Riedel, tataravô de Vasconcellos. Esse elo pode nos sugerir um fascinío, herdado no âmbito familiar, pelo mistério da natureza como motivo, o que talvez tenha levado o fotógrafo a se interrogar sobre a impressão que a vastidão das nossas matas produziu nos artistas e cientistas daquela época. Mais do que alcançar o mesmo resultado das imagens do período, ele busca um efeito similar. Para isso, ele altera a sensibilidade e o intervalo de exposição da câmera para produzir uma fotografia que também será editada digitalmente.

Nas imagens capturadas, pode-se observar a exuberância das florestas brasileiras, em especial da Mata Atlântica, que permeia a costa leste brasileira e, principalmente, a região sudeste. O público irá se deparar com paisagens que compõem o cenário da cidade do Rio de Janeiro e seus arredores, tais como a Floresta da Tijuca, a Serra dos Órgãos e o Parque Nacional do Itatiaia, assim como de outros lugares do país. Muitas das viagens realizadas por Vasconcellos para capturar as imagens foram feitas em companhia do seu amigo, o botânico Ricardo Cardim. Inclusive, foi o pesquisador que sugeriu o nome Dryads para a série que começou a surgir no ano passado.

O nome tem origem na mitologia grega, em que as Dryads, ou Dríades, em português, são divindades que nascem junto a uma árvore, passando a viver nela, ou em seus arredores. A vida de ambas estaria entrelaçada de tal modo que, se a árvore morresse, o mesmo acontecia com a entidade. Cardim, ao observar que nas paisagens de Vasconcellos também habitavam figuras de nus femininos em harmonia, logo se lembrou da lenda. Quando passou a acrescentar também figuras masculinas, o fotógrafo recorreu a outra referência proveniente do mesmo imaginário, os Faunos.

As figuras humanas que habitam as composições de cenas idílicas de Vasconcellos foram retiradas de pinturas acadêmicas do século XIX de autoria de mestres como Jacques Louis David, William Adolphe Bouguereau e Jean-Baptiste Camille Corot. Essa é a primeira vez que o fotógrafo se apropria de imagens de outros artistas para criar seu trabalho. Reitera-se, com esse gesto, a relação entre pintura e fotografia, ali aproximadas: não é só a fotografia que se assemelha à pintura, pelo seu tratamento, mas também as figuras retiradas dos quadros se parecem com fotos.

Os nus foram eleitos enquanto forma atemporal de representação do corpo, pois não apresentam roupas que possam marcar uma época ou classe social. Vasconcellos busca instaurar um tempo em suspensão em que possa se sobressair a relação do indivíduo com a natureza, a procura por um certo equilíbrio harmônico entre ambos. A atmosfera romântica das imagens não deixa de nos remeter, ainda que indiretamente, as discussões sobre o impacto ecológico humano, tendo em vista a série de catástrofes com as quais nos deparamos atualmente.

Cássio Vasconcellos nasceu em São Paulo, Brasil, em 1965, onde vive e trabalha, e iniciou sua carreira de fotógrafo no começo dos anos 1980. Apesar de ter vasta experiência como fotojornalista, sua produção artística se destaca pela criação de espaços imaginários e de ficções a partir de elementos da realidade. Seu trabalho ultrapassa os métodos tradicionais da fotografia documental, criando uma linguagem experimental voltada à crítica da sociedade contemporânea. A predileção pela fotografia aérea auxilia na criação de imagens impactantes, que jogam, a partir da escala, com a nossa percepção do mundo. Vasconcellos publicou diversos livros reunindo essa produção, como Brasil visto do céu (Editora Brasileira, 2017), Panorâmicas (DBA, 2012) e Noturnos São Paulo (2002), entre outros.

Nas suas fotos, podemos nos encontrar diante do excesso de produtos disseminados no nosso cotidiano, assim como da regularidade das formas arquitetônicas que parece se expandir infinitamente, figurações que aparecem como emblemas de nossa cultura. Ou nos deparamo com a exuberância incomensurável da natureza, traduzida em paisagens, tal como na série Viagem pitoresca pelo Brasil (2015), em que o artista se baseia e se inscreve na longa tradição de artistas que buscaram capturar o interior de nossas florestas. Percebe-se, então, que subjaz algo de sublime ao trabalho de Vasconcellos, tendo em vista que suas fotografias nos colocam em contato com aquilo que é demasiadamente vasto.

seleção de coleções permanentes
• Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo, Brasil
• Museo Nacional de Bellas Artes, Buenos Aires, Argentina
• Bibliothèque Nationale, Paris, França
• Museum of Fine Arts Houston (MFAH), Houston, EUA

seleção de exposições individuais recentes
• Collectives, St Georges’s Gate (Castle of Ioannina), Ioannina, Grécia, 2019
• Viagem pitoresca pelo Brasil, Pequena Galeria 18, São Paulo, Brasil, 2015
• Aéreas do Brasil, Paço das Artes, São Paulo, Brasil, 2014
• Coletivos, Today Art Museum (TAM), Beijing, China, 2019; Art + Shanghai Gallery, Shanghai, China, 2013

seleção de exposições coletivas recentes
• Trees, Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, França, 2019
• Civilization: The Way We Live Now, National Museum of Modern and Contemporary Art (MMCA), Seul, Coréia do Sul, 2018
• Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art of São Paulo, Phoenix Art Museum, Phoenix, EUA, 2017
• Aquí nos vemos - Fotografía en América Latina 2000-2015, Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, Argentina, 2015


Galeria Nara Roesler | Rio de Janeiro is pleased to inaugurate its 2020 program with Dryads and Fauns, a solo show by photographer Cássio Vasconcellos from São Paulo. The exhibition will be the artist’s first presentation at the gallery since it started representing him in 2019. The photographer will be showcasing his most recent work, addressing both the expressive potency of nature, as well as the relationship between painting and photography.

Dryads and Fauns (2019-2020), is both the title of the exhibition and that of the series, which the artist derived from research he began undertaking in 2015 for the project Viagem pitoresca pelo Brasil [Picturesque Voyage through Brazil] (2015-present). The research is based on a series of artistic and scientific expeditions that took place in Brazil during the nineteenth-century. These ventures brought together artists and scientists with a variety of specialties, to wander through and take in the country’s still then very much unknown territories, in order to explore, record and map them.

Interestingly, the 1825 Langsdorff expedition included in its committee, the Botanist Ludwig Riedel who also happens to have been Vasconcellos’ great-great-grandfather. One can therefore trace the fascination for the mystery of nature back several generations. The family history may have therefore triggered the photographer to become intrigued by the possible impressions and awes that the scientists and artists of the time must have felt before the country’s immensely vast forests. Rather than attempting to create the same type of images produced at that time, the artist seeks a similar effect in his photography by altering the camera’s sensitivity and exposition, as well as editing the images digitally.

Cássio Vasconcellos’ works captures the exuberance of Brazilian forests, especially that of the Atlantic Forest, which spreads across the Brazilian east coast and the southeast region. The exhibition will present landscapes and sceneries from the city of Rio de Janeiro and its surroundings, including that of the Floresta da Tijuca, the Serra dos Órgãos and the Parque Nacional do Itatiaia amongst others. Many of the artist’s trips were done along with his friend and botanist, Ricardo Cardim who in fact, was the one to suggest the term Dryads as the series began to emerge last year.

The title originates from Greek mythology, where Dryadsdesignate divinities that are born with trees, and then live in or around them. The life of both entities is said to be intertwined so that if the tree were to die, so would the Dryad. When looking at Vasconcellos’ landscapes, Cardim discovered the artist had included nude female figures also living in harmony with nature and soon recalled the Greek myth. As he began to include male figures as well, Vasconcellos chose to add another term from the same imaginary lexicon, Fauns.

The human figures that feature in Vasconcellos’ idyllic sceneries were taken from paintings from the nineteenth century created by masters such as Jacques Louis David, William Adolphe Bouguereau and Jean-Baptiste Camille Corot. It is the first time that the photographer has re-appropriated imagery from other artists as a means of creating his own. Through this act, Vasconcellos re-emphasizes the intertwinement between painting and photography: it is not only the photograph that resembles the painting, with its edits, but also the figures taken from the paintings that come to bear resemblance with photographs.

The nudes were selected for their timeless representation of the body, lacking clothes that could indicate a certain time or social class. Vasconcellos seeks to create a space suspended in time where the individuals’ relationship to nature and the search for harmonious equilibrium between both could become the focus point. Though his images evoke romantic atmospheres, they simultaneously and indirectly raise questions about the human ecological footprint, considering the series of natural catastrophes which we are currently facing.

Cássio Vasconcellos was born in 1965 in São Paulo, Brazil, where he lives and works. He began his career as a photographer at the beginning of the 1980s. Though he previously gathered extensive experience as a photojournalist, his artistic work is characterized by fictional imagery, which he derives from elements of reality. His work blurs the boundaries of photography as a genre, creating, instead, an imaginary iconographic vocabulary geared towards a critique of contemporary society. Notably, the artist’s use of aerial photography allows for the manipulation of scale and image, which he uses to challenge the viewer’s perception of reality. Vasconcellos has published several monographs of his work, including Brasil visto do céu [Brazil seen from the sky], Editora Brasileira, 2017; Panorâmicas, DBA, 2012 and Noturnos São Paulo [Nocturnes São Paulo], 2002.

Cássio Vasconcellos’ photography highlights our society’s excessive consumerism, the abundance of products that flood our everyday-life, the uniformity of architectural structures that surround us and the elements that have become emblematic of our culture. Alternatively, his work also explores the magnificence of nature with landscape images like those from the series Viagem pitoresca pelo Brasil (2015), with which he joins the long-standing tradition of artists who have attempted to capture the grandiosity of Brazilian flora. His works embody the mysticism of the country’s sublime, untamed jungles, creating images that confront the spectator with a reality that is too large for us to comprehend.

selected collections
• Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo, Brazil
• Museo Nacional de Bellas Artes, Buenos Aires, Argentina
• Bibliothèque Nationale, Paris, France
• Museum of Fine Arts Houston (MFAH), Houston, USA

selected solo exhibitions and projects
• Collectives, St Georges’s Gate (Castle of Ioannina), Ioannina, Greece, 2019
• Viagem pitoresca pelo Brasil, Pequena Galeria 18, São Paulo, Brazil, 2015
• Aéreas do Brasil, Paço das Artes, São Paulo, Brazil, 2014
• Coletivos, Today Art Museum (TAM), Beijing, China, 2019; Art + Shanghai Gallery, Shanghai, China, 2013

selected recent group exhibitions
• Trees, Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, France, 2019
• Civilization: The Way We Live Now, National Museum of Modern and Contemporary Art (MMCA), Seoul, South Korea, 2018
• Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art of São Paulo, Phoenix Art Museum, Phoenix, USA, 2017
• Aquí nos vemos - Fotografía en América Latina 2000-2015, Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, Argentina, 2015

Posted by Patricia Canetti at 11:29 AM

Zip’Up: Vitor Mizael na Zipper, São Paulo

Ainda que em transição, o trabalho de Vítor Mizael não abandona o olhar em torno da memória. Em séries passadas, o artista refletia sobre a noção de patrimônio e conservação, priorizando suportes que exprimiam a vulnerabilidade e a perecibilidade da matéria. Agora, o interesse do artista migra para outra perspectiva do mesmo objeto: questões como afetividade e ornamento, e como elas se expressam no espaço e se acumulam ao longo do tempo, viram seu foco. Por isso, ao lado do desenho, surgem bordados em linho, pinturas em azulejos das décadas de 1970 e 1980, objetos em metal que remetem a padronagens de portões domésticos tão característicos das casas de São Paulo. Parte desta produção recente de Vítor Mizael está em sua nova exposição individual no programa Zip’Up, aberta a partir de 29 de fevereiro.

Desde o início de sua pesquisa, Vítor aborda as figuras animais e botânicas pela ilustração científica. Ele se apropria de manuais catalográficos para criar novas formas e buscar outras relações entre os trabalhos que se confrontam no espaço expositivo. Nesta individual, os trabalhos revelam a virtuose do desenho e seu poder de rompimento com a representação do real. Em estandartes de linho bordado e portões soldados, convivem o que antes eram opostos: serpentes e o pássaros — duas figuras frequentes no trabalho do artista — deixam os meros status de “predador” e “presa” e assumem novas simbologias.

Segunda individual do artista na Zipper, a mostra fica em cartaz até 28 de março.

Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper, o programa Zip’Up é um projeto experimental voltado para receber novos artistas, nomes emergentes não representados por galerias paulistanas. O objetivo é manter a abertura a va-riadas investigações e abordagens, além de possibilitar a troca de experiência en-tre artistas, curadores independentes e o público, dando visibilidade a talentos em iminência ou amadurecimento. Em um processo permanente, a Zipper recebe, seleciona, orienta e sedia projetos expositivos, que, ao longo dos últimos oito anos, somam mais de cinquenta exposições e cerca de 70 artistas e 30 curado-res que ocuparam a sala superior da galeria.

Posted by Patricia Canetti at 9:27 AM

fevereiro 26, 2020

Edições Sesc São Paulo e MASP lançam livro Anna Bella Geiger: Brasil nativo/Brasil Alienígena

Obra faz um panorama da produção da artista plástica que utiliza diversos suportes para retratar sua visão sobre a cultura brasileira

Brasil nativo, Brasil alienígena é o título de um dos mais importantes trabalhos da escultora, pintora, gravurista, desenhista e artista multimídia Anna Bella Geiger. Lançada originalmente em 1977, a série também dá nome à exposição corealizada pelo MASP e o Sesc Avenida Paulista, que fica em cartaz até 1 de março, e à nova publicação coeditada pelas Edições Sesc.

Ao utilizar métodos inovadores em sua arte e discutir criticamente a história e a realidade social do Brasil, Anna Bella Geiger se estabeleceu como uma artista pioneira no país. Sua trajetória dos anos 1950 a 2000 é contada no livro homônimo da exposição, organizado por Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, que reúne imagens de todos os trabalhos da mostra, materiais de arquivo, reproduções de escritos, nota biográfica por Gabriela de Laurentiis, além de ensaios inéditos dos críticos Bernardo Mosqueira, Zanna Gilbert, Estrella de Diego, Philippe Van Cauteren e dos curadores, incluindo uma entrevista com Anna Bella realizada por Pedrosa, diretor artístico do MASP.

Sobre a artista

Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro, 1933) é escultora, pintora, gravadora, desenhista, artista intermídias e professora. Com formação em língua e literatura anglo-germânicas, inicia, na década de 1950, seus estudos artísticos no ateliê de Fayga Ostrower (1920-2001). De 1965 a 1968, Geiger produz o que é chamado pela crítica de "fase visceral", sob a influência da nova figuração. Essa fase antecipa a utilização da cartografia em sua produção, cujo eixo central é a problematização da existência de uma cultura comum a todos os habitantes do Brasil. Sua obra é marcada pelo uso de diversas linguagens e a exploração de novos materiais e suportes.

Sobre os organizadores

Adriano Pedrosa é, desde 2014, diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Com graduação em Direito pela UERJ e diversas pós-graduações nas áreas de arte, curadoria e museologia, Pedrosa despontou no cenário artístico brasileiro na década de 1990, como co-curador da 24ª Bienal de Arte de São Paulo, que refletiu sobre o movimento antropofágico. Fez curadoria de diversas exposições bem avaliadas pela crítica e, à frente do Masp, promoveu mostras que foram grande sucesso de público e crítica, como “Histórias Afro-Atlânticas” (2018) e a recente “Tarsila Popular” (2019), sobre Tarsila do Amaral.

Tomás Toledo é, desde 2018, o curador-chefe do MASP. Foi um dos curadores da exposição “Histórias Afro-Atlânticas” (2018), grande sucesso de público e crítica, além de “A mão do povo brasileiro”, 1969/2016 (2016), “Miguel Rio Branco: Nada levarei quando morrer” (2017), “Tunga: o corpo em obras” (2017), “Emanoel Araújo, a ancestralidade dos símbolos: África-Brasil” (2018) e “Lina Bo Bardi: Habitat” (2019).

Ficha técnica

Anna Bella Geiger: Brasil nativo/Brasil Alienígena
Organização: Adriano Pedrosa e Tomás Toledo
Masp e Edições Sesc São Paulo
Páginas: 288
ISBN: 978-85-9493-210-5
Formato: 21 x 25,5 cm
Preço: R$ 139,00

Sobre as Edições Sesc São Paulo

Pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Seus títulos estão disponíveis nas Lojas Sesc, na livraria virtual do Portal Sesc São Paulo, nas principais livrarias e em aplicativos como Google Play e Apple Store.

Posted by Patricia Canetti at 11:31 AM

Oito galerias Latitude participam da ARCOmadrid 2020

A feira de arte espanhola recebe Anita Schwartz Galeria de Arte, Casa Triângulo, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galeria Jaqueline Martins, Galeria Luisa Strina, Galeria Superfície, Sé Galeria e Vermelho

A arte contemporânea brasileira marca presença na ARCOmadrid 2020, um dos principais eventos do setor no mundo, que acontece entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março de 2020. Sua 39ª edição apresenta trabalhos de 209 galerias de 30 países diferentes, com forte presença da América Latina (22% dos participantes internacionais).

Oito galerias contam com o apoio do Projeto Latitude - Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, uma parceria estratégica entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea – ABACT e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil que visa fomentar e fortalecer a internacionalização da arte brasileira.

Seções com curadoria

A Galeria Jaqueline Martins exibe trabalhos de Hudnilson Jr. na It´s Just a Matter of Time, seção que observará certas práticas artísticas baseadas no trabalho de Felix Gonzalez-Torres. A Fortes D’Aloia & Gabriel participa da Diálogos, que conta com apenas 10 galerias selecionadas pelos curadores Agustín Pérez Rubio e Lucía Sanromán.

A cena de galerias novas está na Opening, com curadoria de Tiago de Abreu Pinto e Övül Ö. Durmusoglu, na qual participam Superfície (Sonia Andrade e Mira Schendel) e Sé Galeria (Carlos Issa e Rafael RG).

General Programme

Na seção principal, participam Anita Schwartz Galeria de Arte e Casa Triângulo. Ainda na mesma área da feira, mas com estandes dedicados ao diálogo entre dois artistas (projeto SOLO/DUO), estão Galeria Luisa Strina (Laura Lima e Marcius Galan) e Vermelho (Claudia Andujar e Tânia Candiani).

Programações paralelas

A artista Sara Ramo (representada por Fortes D’Aloia & Gabriel) apresenta “lindalocaviejabruja” no Museo Reina Sofia até 02/03. Na Sala Alcalá 31, “Gran Sur: arte contemporáneo Chileno en la Colección Engel”, exposição de uma das maiores coleções privadas da América Latina, estará em cartaz com obras do artista Felipe Mujica (representado por Casa Triângulo) até o dia 26/04.

Sobre as galerias participantes

Anita Schwartz Galeria de Arte
General Programme
Stand 9D14
Artistas: Nuno Ramos, Otavio Schipper, Paulo Vivacqua e Waltercio Caldas

Casa Triângulo
General Programme
Stand 9D10
Artistas: Albano Afonso, Alex Cerveny, Ascânio MMM, Eduardo Berliner, Felipe Mujica, Guillermo Mora, Ivan Grilo, Manuela Ribadeneira, Max Gómez Canle, Paul Setúbal, Rodolpho Parigi, Sandra Cinto e Vânia Mignone.

Fortes D’Aloia & Gabriel
Diálogos
Stand 7A08
Artistas: Mauro Restiffe e Valeska Soares

Galeria Jaqueline Martins
It’s Just a Matter of Time
Stand 7G07L
Artistas: Hudnilson Jr.

Galeria Luisa Strina
General Programme (SOLO/DUO)
Stand 9A07
Artistas: Laura Lima e Marcius Galan

Galeria Superficie
Opening
Stand 9OP19
Artistas: Sonia Andrade e Mira Schendel

Sé Galeria
Opening
Stand 9OP06
Artistas: Carlos Issa e Rafael RG

Vermelho
General Programme (SOLO/DUO)
Stand 9D05
Artistas: Claudia Andujar e Tânia Candiani

Sobre o Latitude - Platform for Brazilian Art Galleries Abroad

O Latitude é um programa desenvolvido por meio de uma parceria firmada entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea - ABACT, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil, para promover a internacionalização do mercado brasileiro de arte contemporânea. Criado em 2007, conta hoje com 45 galerias de arte do mercado primário, localizadas em sete estados brasileiros e Distrito Federal, que representam mais de 1000 artistas contemporâneos. Seu objetivo é criar oportunidades de negócios de arte no exterior, fundamentalmente através de ações de capacitação, apoio à inserção internacional e promoção comercial e cultural.

O volume das exportações das galerias do projeto Latitude vem crescendo significativamente. Em 2007 foram exportados US$ 6 milhões, e em 2015 atingiu-se um pico de quase US$ 70 milhões, quantia quase duas vezes maior àquela de 2014. As galerias Latitude foram responsáveis por 41% do volume total das exportações do setor em 2016.

Desde abril de 2011, quando a ABACT assume o convênio com a Apex-Brasil, foram realizadas 48 ações em mais de 26 diferentes feiras internacionais, com aproximadamente 300 apoios concedidos a galerias Latitude. Neste mesmo período, foram trazidos ao Brasil aproximadamente 250 convidados internacionais, entre curadores, colecionadores e profissionais do mercado, em 23 edições de Art Immersion Trips. Além dessas ações, o Latitude realizou cinco edições de sua Pesquisa Setorial, com dados anuais sobre o mercado primário de arte contemporânea brasileira.

Posted by Patricia Canetti at 9:29 AM