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julho 31, 2020

Mural de Beatriz Milhazes, Gamboa Seasons, em La Jolla

O mural de Beatriz Milhazes, Gamboa Seasons em La Jolla, é a reprodução de Gamboa Seasons, uma série de quatro pinturas acrílicas sobre tela: Love Summer, Autumn Love, Winter Love e Spring Love (2010), mostradas pela primeira vez na Fundação Beyeler na Suíça em 2011.

[scroll down for English version]

Utilizando uma estrutura de abstração geométrica vibrante, as quatro estações são expressas visualmente da esquerda para a direita. Cada estação é representada em diferentes dimensões como referência à sua intensidade no Rio de Janeiro: um verão espetacular, um outono agradável, passando por um inverno modesto - estrangeiro -, que nos leva a uma primavera encantadora.

As pinturas vívidas e caleidoscópicas de Beatriz agora são revisitadas como uma instalação em larga escala, levando o espectador a diferentes emoções, espectro de cores e imagens exclusivas de cada estação do ano. O Gamboa Seasons na estrutura de La Jolla é pontuado por conjuntos recorrentes de motivos de arabescos inspirados na cultura brasileira. Cerâmica, rendas, decoração de carnaval, música e arquitetura barroca colonial são reinventadas para evocar a estação correspondente. O espectador é conduzido por uma jornada linear e não linear à medida que o trabalho se desenrola entre abstração e representação. Paletas de cores contrastantes e combinações incomuns de formas evocam simultaneamente uma alegria ilimitada e uma tensão inquietante à medida que a composição se desdobra em um drama visual extático.

Beatriz Milhazes é uma artista brasileira, conhecida por suas pinturas em grande escala, além de colagens, gravuras e esculturas. O trabalho de Milhazes se baseia nas tradições latino-americanas e européias. Citando ópera, música clássica e popular brasileira como influências, o estilo de Milhazes é imbuído de uma energia otimista dentro das listras, linhas, formas circulares e raios espalhados por suas composições. O cuidadoso equilíbrio de harmonia e dissonância em seu trabalho, combinado com sua paleta tecnicolor, é evidência da forte influência de mestres do século XX como Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Matisse, Kandinksy e Delaunay.

Milhazes representou o Brasil na Bienal de Veneza 2003. Ela teve inúmeras exposições individuais e coletivas notáveis ​​em várias instituições, incluindo o Jewish Museum, Nova York, NY; Pérez Art Museum, Miami, FL; o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, FR; a Fundação Cartier pour l'art contemporain, Paris, FR; e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seu trabalho está presente em várias coleções permanentes, incluindo o Solomon R. Guggenheim Museum, Metropolitan Museum of Art e Museum of Modern Art, Nova York, NY; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh, PA; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sophia, Madri, Espanha; Museu de Arte Contemporânea do Século XXI, Kanazawa, Japão; Centre Pompidou, Paris, França; e Worcester Art Museum, Worcester, MA.

Milhazes é uma figura de proa da geração de arte brasileira dos anos 80, caracterizada pelo retorno de jovens artistas à pintura. Ela mora no Rio, onde nasceu em 1960, e trabalha lá em um estúdio com vista para o Jardim Botânico.

Ver abaixo a lista de artistas / murais encomendados em ordem cronológica inversa, com os murais atualmente em exibição marcados em negrito.


Beatriz Milhazes’ mural, Gamboa Seasons in La Jolla, is the reproduction of Gamboa Seasons, a series of four acrylic on canvas paintings: Summer Love, Autumn Love, Winter Love, and Spring Love (2010), first shown at the Beyeler Foundation in Switzerland in 2011.

Utilizing a structure of vibrant, geometric abstraction, the four seasons are visually expressed from left to right. Each season is represented in different dimensions as a reference to their intensity in Rio de Janeiro: a spectacular Summer, a pleasant Autumn, passing through a modest – foreign – Winter, that leads us into a lovely Spring.

Beatriz’s vivid, kaleidoscopic paintings are now revisited as a large-scale installation, leading the viewer through the different emotionality, color-spectrum, and imagery unique to each of the seasons. Gamboa Seasons in La Jolla’s structural framework is punctuated by recurring sets of arabesque motifs inspired by Brazilian culture. Ceramics, lacework, carnival decoration, music, and Colonial baroque architecture are reimagined to evoke the corresponding season. The viewer is led through both a linear and non-linear journey as the work plays between abstraction and representation. Contrasting color-palettes and unusual shape combinations concurrently evoke an unbound joy and an unsettling tension as the composition unfolds into an ecstatic visual drama.

Beatriz Milhazes is a Brazilian artist, well known for her large-scale paintings, as well as collages, prints and sculpture. Milhazes’ work draws from both Latin American and European traditions. Citing opera, classical, and popular Brazilian music as influences, Milhazes’ style is imbued with an upbeat energy within the stripes, lines, circular forms, and rays scattered throughout her compositions. The careful balance of harmony and dissonance in her work, combined with her technicolor palette, are evidence of the strong influence of such 20th century masters as Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Matisse, Kandinksy, and Delaunay.

Milhazes represented Brazil at the 2003 Venice Biennale. She has had numerous notable solo and group exhibitions at various institutions including the Jewish Museum, New York, NY; Pérez Art Museum, Miami, FL; the Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, FR; the Fondation Cartier pour l'art contemporain, Paris, FR; and the Pinacoteca do Estado de Sao Paulo. Her work is held in a number of permanent collections including the Solomon R. Guggenheim Museum, Metropolitan Museum of Art and Museum of Modern Art, New York, NY; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh, PA; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sophia, Madrid, Spain; 21st Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa, Japan; Centre Pompidou, Paris, France; and Worcester Art Museum, Worcester, MA.

Milhazes is a figurehead of the 80’s generation of Brazilian art, which was characterized by the return of young artists to painting. She lives in Rio, where she was born in 1960, and works there in a studio with a view overlooking the Botanical Garden.

Artists/Murals commissioned are listed in reverse chronological order and Murals currently on view are listed in bold type.

Artist
Title of Mural / Mural Location / Date Installed / taken down

Artista
Título do Mural / Localização do Mural / Data de Instalação / Remoção

Beatriz Milhazes
Gamboa Seasons in La Jolla 1111 Prospect Street 2020

Isaac Julien
ECLIPSE (PLAYTIME), 2013 (detail) 7569 Girard Avenue 2020

Monique van Genderen
Paintings Are People Too 7661 Girard Avenue 2020

Alex Katz
Bill 2 7540 Fay Avenue 2019

Roman de Salvo
McCairn 5535 La Jolla Boulevard 2019

Sandra Cinto
Untitled 7835 Ivanhoe Avenue 2018

Raul Guerrero
Raymond Chandler at the Whaling Bar 1162 Prospect Street 2018

Kota Ezawa
Once Upon a Time in the West 7905 Herschel Avenue 2017

Steven Hull
Man, Myth & Magic 7509 Girard Avenue 2017

Heather Gwen Martin
Landing 7724 Girard Avenue 2016

Lorenzo Hurtado
Segovia Demos Gracias 2259 Avenida De La Playa 2016

Byron Kim/Victoria Fu
Suns 7766 Fay Avenue 2016

Terry Allen
Playing La Jolla (For All It’s Worth) 7611 Fay Avenue 2015

Marcos Ramirez ERRE
Is All That It Proves 7744 Fay Avenue 2015

Mel Bochner
Blah, Blah, Blah, 1111 Prospect Street 2015/2017

Mark Bradford
Sexy Cash 7540 Fay Avenue 2015/2019

Jean Lowe
Tear Stains Be Gone 7661 Girard Avenue 2015/2020

William Wegman
Opening 1162 Prospect Street 2014/2018

Kelsey Brookes
One Pointed Attention 7835 Ivanhoe Avenue 2014/2018

Nina Katchadourian
Whale 1250 Prospect Street 2014/2016

Robert Irwin/
Philipp Scholz Rittermann
The Real Deal 7611 Fay Avenue 2013/2014

Catherine Opie
The Shores 7509 Girard Avenue 2013/2017

Gajin Fujita
Tail Whip 7540 Fay Avenue 2013/2015

Fred Tomaselli
Expecting to Fly (for the Zeros) 7569 Girard Avenue 2013/2020

Julian Opie
Walking in the City.project 1
Walking in the City.project 2 5535 La Jolla Boulevard 2013/2019

Richard Allen Morris
Applied 7744 Fay Avenue 2012/2015

Robert Ginder
House 1162 Prospect Street 2012/2014

Ann Hamilton
at Sea 7905 Herschel Avenue 2012/2017

Ryan McGinness
53 Women 1111 Prospect Street 2011/2015

John Baldessari
Brain/Cloud (with Seascape and Palm Tree) 1250 Prospect Street 2011

Anya Gallaccio
Surf’s up 7540 Fay Avenue 2011/2013

Roy McMakin
Favorite Color 7596 Eads Avenue 2010

Kim MacConnel
Girl from Ipanema 7724 Girard Avenue 2010/2016

Posted by Patricia Canetti at 3:31 PM

Online Viewing Room: Teresa Viana é a nova artista representada pela Zipper

Temos o prazer de anunciar Teresa Viana (Rio de Janeiro, 1960; vive e trabalha em São Paulo) como artista representada pela Zipper Galeria. Teresa investiga a pintura como uma linguagem pela qual é possível expandir a experiência do pensamento. Desenvolvida desde a década de 1990, sua produção busca uma profusão de intensas sensações sinestésicas, físicas e visuais, que se organizam como “pensamento tátil”. Suas instalações e pinturas em encáustica dialogam com a tridimensionalidade escultórica em cores vibrantes que extrapolam a superfície pictórica, estimulando um olhar tátil e lateral. A prática de Teresa Viana inclui, ainda, suportes como desenhos sobre papel e digital, feltragens, colagens e sites specifics.

Acessar o Online Viewing Room

PRINCIPAIS COLEÇÕES

Diversas vezes premiada e com extensa prática de residências artístas, Teresa Viana tem obras em coleções como Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel (Brasil), Contemporary Art Center Cincinnati (EUA), Instituto Figueiredo Ferraz (Brasil), Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Brasileira (Brasil), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Contemporânea do Ceará (Brasil), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Brasil) e Museu de Arte de Pelotas (Brasil).

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES

Individuais: Pensamentos Pictóricos, Museu de Arte de Ribeirão Preto (Brasil, 2020); Centro Cultural São Paulo (Brasil, 2015); Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo (2012); Pintura Expandida, Paço das Artes de São Paulo (Brasil 2005). Coletivas: Spring Open Studio do ISCP, International Studio &Curatorial Program (EUA, 2019); O MAC USP no Século XXI: A Era dos Artistas, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Brasil, 2017); Library of Love - Cincinnati Contemporary Art Center (Brasli, 2017); Pintura Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil, 2007); Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil, 2002); Pintura Anos 90, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2000).

Posted by Patricia Canetti at 1:40 PM

Leilão de arte contemporânea para Nelson Sargento

Artistas contemporâneos consagrados doaram trabalhos para a causa

É terça-feira, dia 4 de agosto, o leilão de arte contemporânea com renda integral para Nelson Sargento, que teve sua agenda de shows cancelada e sem prazo para ser retomada.

Lances podem ser dados online e por telefone: 21-2540-0688

A ação é uma iniciativa da crítica de arte Glória Ferreira e da jornalista Marisa Calage que, quando souberam da situação, imediatamente planejaram um leilão de arte já que o sambista é artista plástico em plena atividade, aos 96 anos, além de cantor e compositor. As duas convidaram artistas contemporâneos para doar uma obra a ser leiloada.

Entre os que doaram pintura, escultura, gravura, fotografia e desenho estão Abraham Palatnik [doação da família], Cildo Meireles, Carlos Vergara, Ernesto Neto, Lenora de Barros, Beth Jobim, Nelson Felix e Laura Lima.

Trabalhos de mais de 40 artistas podem ser vistos, a partir de quarta-feira, 29 de julho, no site de Soraia Cals Escritório de Arte, onde o interessado pode dar seus primeiros lances.

Artistas participantes [por ordem alfabética]
Abraham Palatnik, Alexandre Dacosta, Alexandre Vogler, Amador Perez, Ana Miguel, Ana Vitoria Mussi, Antonio Manuel, Bruno Miguel, C. Folly, Carlos Vergara, Cildo Meireles, Claudia Bakker, Cristina Salgado, C. Folly, Danielle Fonseca, David Cury, Daisy Xavier, Elias Fajardo, Elisa de Magalhães, Elizabeth Jobim, Ernesto Neto, Helena Trindade, Ivani Pedrosa, Jimson Vilela, João Bosco Renaud, Laura Lima, Lenora de Barros, Livia Flores, Lizette Cecato, Malu Fatorelli, Manata Laudares, Marcos Bonisson, Martha Niklaus, Myriam Glatt, Nelson Felix, Nelson Sargento, Neno Del Castillo, Paula Trope, Regina de Paula, Ronald Duarte, Sandra Macedo, Suely Farhi, Ursula Tautz, Vera Bernardes e Xico Chaves.

Material de imprensa realizado por Meise Halabi

Posted by Patricia Canetti at 12:44 PM

MAM São Paulo inaugura mostra online inédita de Antonio Dias no museu e no Google Arts & Culture

MAM São Paulo inaugura mostra online inédita de Antonio Dias

Exposição traz ao público uma prévia da retrospectiva do artista que será inaugurada na reabertura do Museu. Mostra integra programação especial de aniversário de 72 anos do MAM

A partir de 27 de julho, o público poderá conferir na página do Museu de Arte Moderna de São Paulo no Google Arts & Culture, um recorte inédito virtual da exposição Antonio Dias: derrotas e vitórias. A prévia online integra a programação especial de aniversário de 72 anos do MAM São Paulo e é uma das diversas iniciativas online do Museu que, desde o início da pandemia, promove tours virtuais, lives, quizzes, conteúdos inéditos e cursos online em seus canais digitais.

No período da inauguração online, de 27 a 31 de julho, o Museu promoverá em suas redes sociais conteúdos e atividades inéditas relacionadas à mostra, são experiências poéticas e narração de histórias ao vivo no Instagram, ambas propostas pelo MAM Educativo, e ainda uma conversa transmitida ao vivo no Youtube entre Felipe Chaimovich, curador da mostra, e Cauê Alves, curador do MAM.

Acesse a prévia da exposição no perfil do mam no Google Arts & Culture

Figura de singular trajetória na arte contemporânea brasileira, Antonio Dias (1944 – 2018) é autor de uma obra multimídia, carregada de engajamento social e político, e de ironia e sensualidade. O público poderá conferir de perto suas instalações, pinturas, filmes e trabalhos em outros suportes na exposição inédita Antonio Dias: derrotas e vitórias, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Com curadoria de Felipe Chaimovich e patrocínio do Credit Suisse, a mostra reúne obras emblemáticas, muitas delas raramente exibidas, todas advindas do acervo pessoal do artista. “Ao falecer, em agosto de 2018, Antonio Dias reunira uma coleção das próprias obras que recobria toda sua trajetória artística. O conjunto compunha-se tanto de peças de que ele nunca havia se separado, como de outras recompradas de terceiros para quem tinham sido vendidas. Tratava-se, pois, de uma representação de si mesmo intencionalmente construída, mantida e guardada”, explica o curador.

Paraibano de Campina Grande, Dias aprendeu técnicas de desenho com seu avô paterno. No final da década 1950, trocou sua cidade natal para viver no Rio de Janeiro e lá trabalhou como artista gráfico. Frequentou a Escola Nacional das Belas Artes e foi aluno do artista Oswaldo Goeldi (1895-1961), quem lhe ensinou os processos da gravura. Ainda que ao passar dos anos tenha se afastado das composições figurativas com fundo negro, características explícitas nas obras de Goeldi, o artista conservou consigo os trabalhos de seu período de formação.

Entre experimentações, Antonio Dias solidificou sua pesquisa estética na década de 1960, quando decidiu explorar novos meios e suportes. Como muitos artistas de sua geração, tocados pela efervescência política e cultural desses anos, encarnou uma resistência não apenas à opressão política, mas também às tradições de pintura da época. São obras que, permeadas por elementos do grafismo das histórias em quadrinhos da Pop Art, lhe renderam o rótulo de representante da Nova Figuração brasileira e o conduziram à IV Bienal de Paris (1965). Sua prática, no entanto, estabelece um diálogo com a Nova Objetividade Brasileira e com o impulso revolucionário da Tropicália.

Discussões políticas são traços marcante nas obras de Antonio Dias, a exemplo dos trabalhos gráficos, produzidos entre 1964 e 1968. Tomado pela urgência de se opor à Ditadura Militar, o artista participou da coletiva Opinião 65, icônica mostra organizada em 1965, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, pela jornalista Ceres Franco e pelo galerista Jean Boghici, que estabelecia contraponto entre a produção nacional e estrangeira a partir de pesquisas recentes em torno das novas figurações.

Uma rede cultural foi se desenvolvendo naquele momento e culminou na exposição Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1967. A mostra foi um encontro da vanguarda artística do país e trouxe novos paradigmas para as artes visuais. Entre os marcos do período estão a superação do quadro de cavalete, um maior posicionamento sociopolítico nas obras, a participação do espectador e uma tendência para iniciativas coletivas. “Dias teria sido o responsável por introduzir, nessas investigações da vanguarda, uma agenda de questões éticas, sociais e políticas que conduziram toda uma geração a se reposicionar em função da realidade de seu tempo e lugar”, afirma Chaimovich.

Nos anos 1970, Antonio Dias mudou-se para Milão, após afastar-se da figuração em Paris. Na cidade italiana, se aproximou de expoentes da chamada arte povera (arte pobre, em português) e do conceitualismo europeu. Os traços dessas vanguardas registravam mudanças em seus trabalhos. Logo, as imagens viscerais foram substituídas por obras rígidas, quase sempre em preto e branco, que intensificavam seu carácter enigmático.

O título da exposição – Antonio Dias: derrotas e vitórias – remete à gravura que o artista criou para os 20 anos do Clube de Gravura do MAM, em 2006, e deriva de imagens de um filme homônimo. As pinturas, desenhos, instalações e filmes que compõem a mostra revelam, também, temas existenciais recorrentes na pesquisa do artista e conferem o caráter testemunhal à sua obra. “Portanto, a coleção que ele formou de si mesmo é uma síntese única, tanto pelo percurso que organiza ao longo das várias fases, como pela declaração dos valores éticos norteadores de sua arte”, conclui o curador.

Na ocasião da abertura acontece o lançamento do catálogo da exposição. A publicação compila as obras da mostra e conta com textos do curador Felipe Chaimovich, do crítico de arte Sérgio Martins e do historiador de arte Roberto Conduru. Ao longo do período expositivo, o setor Educativo do MAM desenvolverá atividades abertas ao público que ampliam a experiência da exposição.

Material de imprensa realizado por Ane Tavares - a4&holofote comunicação

Posted by Patricia Canetti at 12:20 PM

Nara Roesler mostra Vik Muniz na Untitled Art Online

VikMuniz_NaraRoesler.jpg

Vik Muniz trabalhando no seu ateliê, 2018 (foto Marco Anelli)

A Galeria Nara Roesler tem o prazer de apresentar Landscapes, mostra solo do brasileiro Vik Muniz, na primeira edição de Untitled, Art Online, que terá abertura exclusiva para convidados na quinta-feira, 30 de julho, e para o público geral na sexta-feira, 31 de julho até domingo, 2 de agosto de 2020.

Acessar o Online Viewing Room

A seleção de trabalhos para Untitled concentra-se na representação da paisagem como gênero e nas recorrentes experimentações de Muniz sobre o tema. Estão incluídas obras que remetem às paisagens, mas que, na realidade, são como quebra-cabeças: construções feitas com outras imagens, ou manipuladas de modo a recriar a aparência da natureza. Essas representações jogam com a idéia da experiência virtual e sua tentativa de reencenar o mundo físico. As obras desafiam nossa percepção da realidade, ao mesmo tempo em que se comportam como espelho da mesma.

A produção de Vik Muniz explora os limites da representação nas artes visuais, incutindo em sua produção o desejo de entender o estado atual das coisas no mundo. Utilizando matérias-primas como papel rasgado, algodão, açúcar, chocolate ou lixo, o artista compõe meticulosas paisagens, retratos entre outras imagens, que oferecem representações e compreensões originais sobre os materiais e as figuras que formam.

Posted by Patricia Canetti at 11:22 AM

julho 27, 2020

SOLIDARIEDADE Arte contemporânea à venda para viabilizar tratamento do baterista Hugo Carranca

Referência no mercado de arte internacional, José Patrício é um dos artistas que doaram trabalhos para a ação solidária que salvará a vida do músico Hugo Carranca

Obras de arte assinadas por artistas contemporâneos como José Patrício, Julia Debasse, Raoni Assis, Mariana Belém, Antonio Mendes, Luciana Mafra, Derlon, Isadora Gibson, Neilton, Fernando Peres e Sil Karla estão à venda via Instagram da Casa Balea (@casabalea) para ajudar a custear o tratamento do baterista pernambucano Hugo Carranca. Um total de 41 obras foram doadas para a ação de solidariedade #RecuperaCarranca Artes Visuais, a fim de pagar um tratamento médico de alta complexidade que salvará a vida do músico. Os trabalhos disponíveis têm preços entre R$ 50 e R$ 3.000.

Integrante da banda do cantor Otto, Carranca descobriu um tumor no cérebro pouco antes da pandemia e seu estado de saúde se agravou rapidamente. Na última quinta-feira (17/07), o músico foi submetido a uma cirurgia de urgência na Unidade Santana do Hospital São Camilo, em São Paulo, e está estável desde então. Uma vaquinha virtual organizada para arcar com as despesas da intervenção e do tratamento (estimadas em R$ 180 mil) já ultrapassou 60% da arrecadação necessária e superou a marca dos 1.000 doadores individuais.

Dezenas de músicos, entre eles, Arnaldo Antunes, Karina Buhr, Márcia Castro e Marcelo D2, uniram-se a atores como Irandhir Santos, Maeve Jinkings, Edmilson Filho e Gero Camilo para reforçar o apelo. Nas redes, a campanha ganhou força com uso da hashtag #RecuperaCarranca e tradicionais blocos do carnaval pernambucano, como Pitombeira dos Quatro Cantos, Macuca e Eu Acho é Pouco também pediram apoio aos seus seguidores. Além da venda de obras de arte, um festival musical no formato de live acontecerá nos próximos dias.

Leia na íntegra o última Nota Oficial divulgada pelos organizadores da campanha:

“A Campanha #RecuperaCarranca está linda e cada vez mais forte. Por decisão de uma junta médica especializada, em acordo com a família do nosso querido Hugo Carranca, a cirurgia teve que ser antecipada para ontem (quinta-feira, 16.07). O procedimento foi realizado em São Paulo, no Hospital São Camilo (Unidade Santana), e transcorreu tudo bem. Nesse momento o nosso amigo se encontra na UTI, em recuperação, com todos os devidos cuidados, mas ainda em estado delicado. Em breve, divulgaremos mais notícias do seu quadro clínico, que no momento está estável.

Contudo, a Campanha #RecuperaCarranca precisa continuar a todo vapor para que possamos honrar os compromissos financeiros assumidos e todos os custos que ainda estão por vir. Aproveitemos então essa boa notícia para que possamos permanecer ativos e solidários. Faça sua doação na Vakinha Online e também colabore comprando umas das Obras de Arte da Campanha.

Em nome do baterista Hugo Carranca, agradecemos por tudo que já foi conquistado até aqui. E vamos em frente, com força e fé, para que consigamos pagar essa etapa do tratamento por completo.

O amor opera milagres. Juntos por Carranca!
#RecuperaCarranca - 17/07/2020
Para comprar: @casabalea
Para doar: www.vakinha.com.br/vaquinha/recuperacarranca-segunda-etapa-do-tratamento
Informações: recuperacarranca@gmail.com

Material de imprensa realizado por Tatiana Diniz

Posted by Patricia Canetti at 10:01 AM

julho 26, 2020

Hélio Oiticica: a dança na minha experiência no MASP, São Paulo

MASP realiza abertura digital de Hélio Oiticica: a dança na minha experiência, que apresenta relação entre a produção do artista carioca e a dança, a música, o ritmo e a cultura popular brasileira

Adiada por conta da pandemia de covid-19, a mostra Hélio Oiticica: a dança na minha experiência migrou, em partes, para o online e a abertura digital será realizada no dia 23 de julho, quinta-feira. Seguindo as recomendações de isolamento social, o MASP fechou as portas em março, mês em que seria inaugurada a exposição. A data de término ainda está em definição.

É a primeira vez que o Museu de Arte de São Paulo realiza uma exposição individual de Hélio Oiticica (1937-1980), um dos mais importantes nomes da arte brasileira. A curadoria é de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe. A mostra é uma parceria com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). No MASP, ela inaugura o ciclo “Histórias da dança”, que norteia a programação da instituição em 2020.

A abertura digital irá contemplar uma live no Instagram do @masp no dia 23/7, às 18h, com Vivian Crockett e Tomás Toledo. Curadora e pesquisadora especializada em arte moderna e contemporânea, Crockett escreveu um texto inédito para o catálogo da mostra. No encontro, eles conversam sobre a exposição e a trajetória do artista. Além da live, um tour virtual com Toledo e algumas vistas da mostra serão disponibilizadas no site (masp.org.br) do museu no mesmo dia, 23/7.

Inspirada pela produção de caráter experimental e inovador de Oiticica, a mostra traça um panorama da trajetória do artista, reunindo 126 trabalhos relacionados ao ritmo, à música e à cultura popular. “Meu interesse pela dança, pelo ritmo, no meu caso particular pelo samba, me veio de uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão”, escreveu Oiticica no texto “A dança na minha experiência”, de 1965, que inspirou o nome da exposição.

Hélio Oiticica é um dos artistas mais radicais do século 20 no panorama da arte brasileira e internacional. Seus experimentos renovaram meios e suportes tradicionais (como o desenho, a pintura, a escultura, o objeto, o filme e o vídeo) criando novas formas e mídias. Caracterizada pelo rigor conceitual, com origens arraigadas na linguagem do construtivismo europeu, do concretismo e da abstração geométrica, a produção de Oiticica é extremamente vital, sensual, sensorial, comprometida com a experiência, com a participação e com o corpo (tanto do artista quanto dos espectadores-participantes).

A mostra Hélio Oiticica: a dança na minha experiência toma emprestado o título de um texto do artista publicado em 1965 e tem como ponto de partida o Parangolé, um de seus trabalhos mais radicais. Partir dessa obra-chave implica examinar a trajetória de Oiticica de trás para a frente, retrospectivamente, identificando elementos rítmicos, coreográficos, dançantes e performativos nos trabalhos anteriores — dos Metaesquemas aos Relevos espaciais, Núcleos, Penetráveis, Bólides e, por fim, os Parangolés. Embora a dança tome de fato corpo no trabalho do artista apenas com os Parangolés na década de 1960, essas características já podem ser observadas em seus primeiros trabalhos, que são aparentemente mais formais, estáticos ou tradicionais. Desse modo, a mostra se insere num ano todo dedicado às Histórias da dança no MASP.

Em 1964, Oiticica passou a frequentar a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro, da qual se tornou passista. Essa experiência transformadora constituiu um divisor de águas na vida e na obra do artista. A partir dessa experiência na Mangueira, Oiticica aprofundou suas reflexões sobre experiências estéticas para além das belas-artes, incorporando elementos corporais e sensoriais, populares e vernaculares a seu trabalho por meio da dança, da coreografia, da música, do ritmo e do corpo. Foi nesse momento crucial que o artista começou a produzir os Parangolés, uma espécie de capa ou vestimenta fluida feita de tecido, plástico ou papel, para ser usada, experimentada, vivida e dançada pelo espectador-participante.

Na produção de Oiticica, a participação do público é fundamental e, nesse sentido, a mostra reúne 19 Parangolés; 14 deles são réplicas que podem ser vestidas e vividas possibilitando ao público experimentar a dança, com Oiticica, em sua própria experiência.

O catálogo Hélio Oiticica: a dança na minha experiência (R$ 139, versões em português e inglês) também está disponível para compra. Interessados podem escrever para loja@masp.org.br. Editada pelos curadores, a publicação ilustrada tem ensaios de Adrian Anagnost, André Lepecki, Cristina Ricupero, Evan Moffitt, Fernanda Lopes, Fernando Cocchiarale, Sergio Delgado Moya, Tania Rivera e Vivian Crockett, além de Pedrosa e Toledo. O catálogo inclui ainda nota biográfica de Fernanda Lopes e um extenso material documental, entre fotografias e escritos do artista, que tinha o hábito de registrar suas reflexões sobre a arte e sua produção.

Posted by Patricia Canetti at 2:45 PM

Online Viewing Room: Juliana Cerqueira Leite na Triângulo, São Paulo


Juliana Cerqueira Leite . Hotel Marajoara - Visita Guiada [Guided Tour] from Casa Triângulo on Vimeo.

Em Hotel Marajoara, Juliana Cerqueira Leite apresenta uma série de esculturas, réplicas de urnas, desenhos e colagem digital que propõem diálogo com as urnas produzidas pelas culturas dos povos originários até a perda desta prática em consequência da colonização. Para estas culturas, o corpo é o que permite a identidade humana da alma. a alma, por sua vez, perdendo seu corpo na morte, poderia encarnar em outro animal num perigoso processo de transformação. Neste processo, as urnas funcionavam como objetos agentes que fixavam e transformavam a alma do ancestral.

Acessar o Online Viewing Room

A obra de Juliana Cerqueira Leite está engajada com a história da arte figurativa, reformulando a representação para refletir volição na forma. Sua prática explora noções de controle sobre matéria e a tradução física do corpo sobre desejo e vontade, investigando como a forma é produzida através de intenção repetida. Primeiramente uma escultora, Juliana faz uso de processos e materiais esculturais tradicionais enquanto rompe com a sintaxe visual histórica da representação figurativa. A artista utiliza atividades físicas rigorosas, tais como cavar, rolar, escalar e cair, para resolver questões esculturais, também se aproximando desses temas através do desenho, da fotografia e do vídeo. A prática de Juliana Cerqueira Leite une performance e escultura para representar a mutabilidade física no centro da existência cotidiana.


HOTEL MARAJOARA, 2020 from Juliana Cerqueira Leite on Vimeo.

Este vídeo foi produzido entre 2019 e 2020 após um projeto de pesquisa de dois anos nos departamentos de arqueologia do Museu Emilio Goeldi, na cidade de Belém, e do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo. O vídeo foi filmado em locações nas reservas arqueológicas de ambos os museus e outras filmagens em São Paulo. O filme captura urnas funerárias ameríndias das culturas Maracá, Marajoara, Aristé, Aruã, Tapajonica e Guarita.

Juliana Cerqueira Leite, 1981, é uma escultora brasileira que vive entre Nova Iorque e São Paulo [is a Brazilian sculptor based in New York and São Paulo]. Exposições individuais selecionadas [Selected solo exhibitions]: Convergence, Alma Zevi Gallery, Venice, Italy (2020); Orogenesis, National Archaeological Museum, Naples, Italy (2019); Dividual, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil (2018); BLOOM, T.J.Boulting, London, UK (2017) e [and] Positional, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil (2013). Exposições coletivas selecionadas [Selected group exhibitions]: New York Meets Tbilisi: Defining Otherness, curadoria de [curated by] Nina Mdivani, Assembly Room, New York, USA (2020); Sette Opere per la Misericordia, Pio Monte della Misericordia, Naples, Italy; Sick & Desiring, with Zoë Claire Miller, Bergen Assembly 2019, Hordaland Kunstsenter, Bergen, Norway; Dear Amazon: The Anthropocene, Ilmin Museum of Art, Seoul, Korea (2019); The Female Gaze, Kunsthaus Erfurt, Erfurt, Germany; In Practice: Another Echo, Sculpture Center, Long Island City, New York, USA (2018); Antarctic Pavilion, Venice Biennale, Venice, Italy; 1st Antarctic Biennale, Antarctica (2017); The Measure of Our Travelling Feet, Marres Contemporary Art Center, Maastricht, Netherlands; 5th Moscow International Biennale for Young Art, Moscow, Russia (2016); Vancouver Biennale, Vancouver, Canada (2014). Prêmios recebidos incluem [Awards received include]: Pollock-Krasner Foundation Grant (2019) e [and] Furla Art Prize pela sua contribuição na [for her contribution to the] 5th Moscow International Young Art Biennial (2016).

Posted by Patricia Canetti at 1:11 PM

Como habitar o presente? Ato 1 na Simone Cadinelli, Rio de Janeiro

Utilizando a vitrine da galeria, voltada para a rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema, a galeria irá expor obras em vídeo de 14 artistas de todo o Brasil, que ficarão ligadas 24 horas por dia. A exposição será espelhada no site da galeria. A curadora Érika Nascimento selecionou trabalhos dos artistas Anna Bella Geiger, Aslan Cabral, Fernando Velázquez, Gabriela Noujaim, Jeane Terra, Kammal João, Luzia Ribeiro, Manata Laudares, Moisés Patrício, Nadam Guerra, PV Dias, Roberta Carvalho, Regina Pessoa e Vinícius Monte. Em agosto, será inaugurada a sequência da exposição: “Ato 2 – Estamos aqui”, com vídeos de outros treze artistas, somando 27 ao todo.

Simone Cadinelli Arte Contemporânea inaugura a partir de 20 de julho de 2020 a exposição Como habitar o presente? Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado, com obras em vídeo de 14 artistas de todo o Brasil, instaladas na vitrine da galeria localizada na Rua Aníbal Mendonça, em Ipanema. Os vídeos ficarão ligados 24 horas por dia, e poderão ser vistos por quem estiver passando no local. A exposição será replicada no site da galeria, com informações completas das obras e dos artistas [https://www.simonecadinelli.com]. A curadora Érika Nascimento conta que a exposição “acontece em um mundo pandêmico, onde a noção de tempo, passado, presente e futuro parece estar dilatada”. “É uma exposição-projeto”, explica, “no sentido de projeção para novos mundos possíveis, em uma época em que um vírus afasta nossos corpos e impõe limites e barreiras no cotidiano, nos colocando em um estado de angústia e impotência, e evidenciando grandes abismos sociais já existentes”. “Como habitar o presente?” pode ser vista “através da janela de nossos celulares, computadores ou, em um universo possível, na vitrine da galeria”, observa a curadora (ler texto curatorial).

Dividida em dois tempos ou segmentos, exposição “Como habitar o presente?” reúne em seu “Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado” obras dos artistas Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro), Aslan Cabral (Recife), Fernando Velázquez (Montevidéu, radicado em São Paulo), Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro), Jeane Terra (Minas Gerais), Kammal João (Rio de Janeiro), Luzia Ribeiro (Rio de Janeiro), Manata Laudares (duo dos artistas Franz Manata e Saulo Laudares, que vivem no Rio de Janeiro), Moisés Patrício (São Paulo), Nadam Guerra (Rio de Janeiro), PV Dias (Belém), Roberta Carvalho (Belém do Pará), Regina Pessoa (São Paulo) e Vinícius Monte (Rio de Janeiro).

Érika Nascimento chama a atenção para a possibilidade de sermos “espectadores atuantes num tempo fora de controle, em um planeta que nos alerta sobre os impactos de uma terra cansada, entrando em colapso, enquanto estamos imersos em anseios, solidão, mortes, incertezas, negacionismos, vídeo-chamadas, zoom, emojis, redes sociais, memes, algoritmos, fakes news e infinitas lives. Vivendo em um mar de saudades e nostalgias diárias registradas em #tbt, em uma tentativa de reconexão com o mundo”.

“Este primeiro ato da exposição pode ser lido como um nevoeiro que paira em nossas vidas que nos impede de enxergar, estamos à deriva com nossos corpos suspensos no tempo. Um tempo fragmentado, hiperconectado e distópico. Como se entrássemos em outro estágio de vida, outro mundo, onde ativamos dispositivos imaginários, buscando por curas, sonhos e rupturas”, comenta Érika Nascimento.

A exposição “Como habitar o presente? Ato 2 – Estamos aqui” será realizada de 24 de agosto a 25 de setembro de 2020, também na vitrine da galeria com espelhamento e mais informações no site, e com outros treze artistas.

SOBRE AS OBRAS
Uma breve descrição dos trabalhos

Anna Bella Geiger – “Out of control” (1'29'', 2002), vídeo sonoro e em cor. VT Paula Barreto
Com uma filmadora noturna, muito utilizada por militares, em uma ação performática, a artista traça um círculo com fogo no chão da EAV Parque Lage. Ao subir a escadaria, em movimentos repetitivos de descida e subida, a artista nos alerta: “out of control”, estamos fora de controle.

Aslan Cabral – “É tudo stories / dark social feelings” (7', 2018-2020), vídeo
Uma sequência de 28 cápsulas de 15 segundos, cada, totalmente produzidos através da plataforma instagram/stories, e originalmente disseminados em redes sociais, através de perfis anônimos.

Fernando Velázquez – “TPS” [“Tempo por Segundo”], 6 vídeos de 30” cada, 2020
Uma espécie de atlas do império do invisível, um decalque em escala de 1:1 do estado da arte das coisas do mundo. Um oráculo, um espelho, que nos fala de nós mesmos a partir das nossas lembranças e preconceitos, uma fogueira que nos convida a pensarmos o paradoxo da memória, pautados na velocidade quântica dos dados e da mente, hoje, em embate direto com a paralisia dos corpos e suas marcas.

Gabriela Noujaim – “O Fogo (2’10”, 2019), vídeo
A mão da artista tenta controlar a chama da vela, estabelecendo um jogo de confiança entre poder e desejo. No limiar entre o tempo e a dor, sugere a palavra “amor”, escrita em sua mão. Diante de tantas queimadas nas florestas e crimes ambientais, a artista alerta a sociedade sobre os excessos autorizados pelo modelo político e econômico em que vivemos.

Jeane Terra – “Fábrica de Sonhos” (5”49’, 2009), vídeo
Decifra-me ou te devoro. O trabalho se insere na série de vídeos da artista sobre as relações entre o sujeito e o vazio, orquestrados pela abordagem das nuances da transitoriedade. Na formação da memória, a artista colhe a antimatéria, o que se trama em torno do vazio. Alegoria da invenção invisível do ser. Teatro sensível, forjado pela condensação inexorável do tempo e que, com seu gesto, seu giro e o deglutir das projeções, da máquina de algodão-doce, a artista põe ao serviço do instante, do inconsciente, indestrutível e atemporal.

Kammal João – “Limiar” (8’57”, 2020), vídeo. Imagens e organização: Kammal João. Edição e som: Gabriel Martinho e Kammal João
O trabalho parte de fragmentos do livro “O herói de mil faces”, de Joseph Campbell, sobre o arquétipo do herói, que cruza mitologias e narrativas de distintas tradições ao redor do mundo, buscando seus pontos em comum. Este vídeo é um desdobramento da série “Limiar”, feita a partir de desenhos em pirografias.

Luzia Ribeiro – “Bacante: Cinema vivo na praça” (4’44”, 2009), videoperformance
Em uma praça, encerrados em uma caixa-preta de madeira medindo 3x3x3m, iluminada por dentro, uma bacante dança ao som de uma tamorra tocada pelo percussionista Maurizio Belli. A Bacante seduz e marca um novo ritmo ao tempo, um êxtase. Através de um pequeno orifício, as pessoas que circulavam pela praça puderam ver, durante 1’40’’, o espetáculo. A obra faz alusão à caixa-preta dos Irmãos Lumière, ao cinema de rua, e ao “cineminha” feito dentro de caixas de sapatos que marcaram a infância da artista.

Manata Laudares – “Pesadelo Nightmare” (8'48", 2016), vídeo
Uma cidade esvaziada de vida, onde as pessoas parecem suprimidas, é o prenúncio de um tempo em suspensão. O som surdo da ventania, como num sonho que captura e aprisiona, reforça a imensidão de um mar que anseia pela volta à descivilização.

Moisés Patrício – “Aceita?” (10”, 2020), vídeo em loop
Pensada e produzida por aparelho celular via redes sociais, a obra integra um projeto iniciado há cinco anos, que tem como conceito e estética a baixa resolução, formato quadrado e a repetição. Um diário, em que o artista em seu perfil no instagram pensa a atualidade, mostra suas angústias e “bendições”, e reflete sobre a colaboração intelectual e manual da população afro-brasileira, impacto da escravidão na realidade atual, neoescravidão, geopolítica, imigração, espiritualidade africana e da diáspora entre tantos outros assuntos. Para o artista, a comunidade negra espalhada pelo mundo vive o isolamento social desde o período da escravidão, em que “nosso corpo sempre foi a nossa única casa, e sempre flertamos com a doença e a morte”. “Nada mudou; os corpos elegidos para serem sacrificados é o corpo preto; a mão que mantém a cidade limpa é a mão preta; a mão que mantém a economia girando é a mão negra; a mão que cuida dos doentes (enfermeiros) é a mão preta; a mão que luta por direitos humanos é a mão preta; a mão que faz boas troca no mundo é a mão negra”.

Nadam Guerra – “Materializador de sonhos” (2’06”, 2014), vídeo
O trabalho integra a série em que o artista faz placas de cerâmica a partir de seus sonhos, e assim descobriu que elas formavam um oráculo pessoal. A série é formada de 78 placas de cerâmica (20 x 30 cm/cada) e livros, um baralho e alguns vídeos. Materializar sonhos é um convite para se conectar com a imaginação, a arte e a magia.

PV Dias – “Embaixo da Escola” (40”, 2020), vídeo
No formato de “gif”, o corpo-artista carrega um retrato ao passo que é lançado no vazio do corredor de armários da EAV Parque Lage, em um contrafluxo do tempo levado por um som envolvente, quase uma ficção, ao mesmo tempo aponta para questões sobre o dilema do artista enquanto produtor da sua subjetividade, dos territórios de educação, e dos cenários possíveis para a legitimação dessa produção.

Regina Pessoa – “CONFIO” (Série Desatadora), 2’26”, 2019, vídeo
A obra cria uma relação com o sagrado, e aborda a ligação da artista com o desenho e com trabalhos manuais. No vídeo, o movimento das mãos da artista define o formato de um patuá enlaçado com linha branca, de forma contínua, quase ritualística ao mesmo tempo que guarda e protege a palavra "CONFIO". Esta ação remete ao fio do destino tecido pelas Moiras na mitologia grega, e também ao cosmos e à vida cotidiana, nos mantos andinos.

Roberta Carvalho – “Cinema Líquido” (1’16”,2020), vídeo
Cinema Líquido traz a condição cinemática e imaterial da imagem projetada de um corpo em movimento sobre os fluxos dos rios. O corpo que se imprime na superfície das águas barrentas, típicas de rios da Amazônia, está em constante movimento tal como as águas. Águas são caminhos, água é vida. Os rios são fluxos de resistência ao longo da história, buscam formas de transbordamento e de manutenção de sua natureza imparável e irreprimível. Mergulhar no rio é mergulhar na história. É reconhecer-se tal qual, água que somos. Cinema líquido traz uma confluência dos fluxos e das existências em movimento.

Vinícius Monte – “Reconciliação” (1'35'', 2018), videoperformance
O trabalho é um desdobramento do processo de autoconhecimento iniciado na produção de um tarô autoral, em que o artista transforma em ação psicomágica as experiências reveladas na construção do oráculo.

SOBRE OS ARTISTAS

Anna Bella Geiger (1933, Rio de Janeiro) – Uma das pioneiras da videoarte no Brasil, sua trajetória se inicia na década de 1950, com o abstracionismo informal, seguindo depois na gravura, fotomontagens, fotogravuras, fotocópias e vídeos. Na década de 1990, amplia seus suportes, com a série “Fronteiriços”, utilizando gavetas de ferro de antigos arquivos preenchidas com cera, desenhadas por formas de mapas, linhas e diagramas. A artista também é professora na EAV Parque Lage e mantém sua produção ativa utilizando colagens em diferentes mídias. Participou da 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata em 1952 no Rio de Janeiro. Em 1962, com sua obra abstrata, recebeu o Primér Premio Casa de las Americas, Havana, Cuba. Em 1978, foi convidada para fazer a exposição individual “Projections XXI”, no MoMA de Nova York. Ativa no circuito brasileiro e internacional da arte, integrou várias Bienais Internacionais de São Paulo, Veneza, Bienalle du Jeune (Paris, 1967), II Bienal de Liverpool, 5 éme Biennale Internationale de Photographie (Liège, 2000), Trienal Poligráfica de San Juan, 11th International Biennial Exhibition of Prints in Tokyo (1979) e “Geopoéticas – 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2011). Participou de diversas coletivas, no Brasil e no exterior, como “Artevida – Arte Política” (MAM Rio e Casa França-Brasil, 2014), “América Latina 1960-2013” (Fondation Cartier d’Art Contemporaine, Paris, 2013), “La Idea de America Latina” (CAAC, Sevilha, 2012), “Vídeo Vintáge” (Centre Pompidou, 2012), “Europália – A RUA” (MUHKA, Antuérpia, 2011), “Como nos Miram” (CGAC, 2011), “Elles@Pompidou” (Paris, 2009), e “Cartografias del deseo” (Centro de Arte Reina Sofia, 2000). Seus trabalhos integram coleções como a do MoMA (Nova York), do Centre Georges Pompidou (Paris), Tate Modern e Victoria and Albert Museum (Londres), Getty Institute (Los Angeles), The FOGG Collection (Boston), Hank Hine – TAMPA Museum, Flórida entre outras.

Aslan Cabral (Recife, 1980) – Artista digital, pós-pop. Pesquisador livre em linguagem viral e dark social, Aslan também atua como curador independente e conselheiro de estratégias digitais para grandes corporações. Memeiro e impulsionador de discussões culturais, é pelas redes sociais, através de perfis anônimos que Aslan atinge públicos de milhares de pessoas a cada postagem. Em 2019 participou das exposições “Boost With Facebook”, no Museu Cais do Sertão, em Recife; “Rec N Play – Festival de Inovação e Tecnologia do Porto Digital, em Recife; Departameme – Festival de Performances e Novas Mídias – Perfidia, em São Paulo; “À nordeste”, Sesc 24 de Maio, em São Paulo. Além das exposições: “Happy Forever”, Holz Kohlen Koks (Berlim, 2015); Bienal do Mercosul – Grito e Escuta (Porto Alegre 2009); e “Pernambuco Contemporain”, Carreau du Temple (Paris, 2005)

Fernando Velázquez (Montevidéu, 1970) vive e trabalha em São Paulo. Artista visual, suas obras incluem vídeos, instalações e objetos interativos, performances audiovisuais e imagens geradas com recursos algorítmicos, em que explora a relação entre natureza e cultura colocando em diálogo dois tópicos principais: as capacidades perceptivas do corpo humano e a mediação da realidade por dispositivos técnicos. Participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a “The Matter of Photography in the Americas” (Cantor Arts Center, Universidade de Stanford, USA, 2018), “Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia” (Itaú Cultural, Brasil, 2012), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Mapping Festival (Suíça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011) e o Pocket Film Festival (Centre Pompidou, Paris, 2007).

Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983). Tem estruturado sua poética com interesse pela imagem técnica construída a partir de vídeos, fotografias, gravuras e instalação, tensionando as possibilidades em imaginar outros mundos e futuros, onde as noções de permanência e risco são questionadas. Participou da exposição "Prêmio Jovens Mestres Rupert Cavendish" (Londres, 2011). Recebeu a Menção Honrosa no festival de videoarte "Lumen EX" (Badajoz, Espanha) e o Prêmio de Aquisição da 39a Exposição de Arte Contemporânea de Santo André, SP (2011). Participou de várias coletivas, como "Se Liga" (CCBB RJ) e projeto "Technô" (Oi Futuro Flamengo RJ), em 2015. Foi finalista do 3m Love Songs Festival (Instituto Tomie Ohtake, SP, 2014), e integrou o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), em 2013. Possui obras na coleção do Museu de Arte do Rio; Instituto Ibero-Americano, Berlim; Centro Cultural São Paulo, Escola de Artes Visuais Parque Lage; Museu de Arte Digital, Valência; Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro; SESC, Copacabana; Palácio de Las Artes Belgrano, Buenos Aires; Espaço Culturais dos Correios, Rio de Janeiro.

Jeane Terra (Minas Gerais, 1975). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. A artista se dedica à pintura, escultura, fotografia e videoarte. Sua pesquisa está atrelada à memória e suas subjetividades, investigando fragmentos e nuances da transitoriedade e destroços de um tempo. Dentre as exposições que participou destacam-se a individual “Inventário” (Cidade das Artes, RJ, 2018), e as coletivas, em 2019: “Me Two”, “Brasil! Obras da coleção de Ernesto Esposito” (Museu Ettore Fico, Turim, Itália); “O Ovo e a Galinha” (Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro), e “Abre Alas” (A Gentil Carioca, Rio de Janeiro); em 2013, “Projeto Montra”, em Lisboa, e em 2011, “Nova Escultura Brasileira – Herança e Diversidade” (Caixa Cultural, RJ); Biwako Biennale, Japão, em 2010. Possui obra na Coleção do Museu de Arte do Rio.

Kammal João (Rio de Janeiro, 1988) é graduado em comunicação visual pela PUC-Rio, com pós-graduação em Psicomotricidade Somática, pelo instituto Anthropos, RJ. Atualmente é professor no Parquinho Lage, EAV Parque Lage, onde também participou de formações e cursos livres. Em 2018, fez as individuais “Alegria da Matéria” (Espaço Z42, Rio), com curadoria do João Paulo Quintella e Encenação Menor (Galeria IBEU, Rio), com curadoria do Cesar Kiraly. Integrou as coletivas “Abre Alas” (Galeria A gentil Carioca, 2017); Salão Novíssimos (Galeria IBEU, Rio, 2016); projeto Permanências e Destruições com a Ação com tijolos (Praça XV, Rio, 2015) e Arte Pará (Belém, 2013). Em 2012, participou da residência do ID-Pool na fábrica de porcelana da Vista Alegre, em Ílhavo, Portugal. Possui obras na coleção do Museu da Porcelana de Vista Alegre, Portugal e no Museu de Arte do Rio.

Luzia Ribeiro (Rio de Janeiro, 1955). Artista visual, produtora cultural e poeta. Trabalha principalmente com vídeos, performance, fotografia e escultura, com interesse na memória individual e coletiva, corpo, cidade, espiritualidade, dentre outros assuntos. Realiza frequentemente seus trabalhos no espaço público, envolvendo o espectador. Dentre as exposições realizadas, estão: “Ressuscita-me”, em 2003 e “Paixão” em 2006, ambas no Museu Bispo do Rosário, com curadoria de Wilson Lázaro; “O Inusitado”, em 2012, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Mostra Coletiva de Alunos da EAV em 2016; e a mostra de videoarte “Festivau de C4nn3$”, em 2019, no Galpão Terra (São Paulo).

Manata Laudares (dupla formada desde 1996 pelos artistas Franz Manata e Saulo Laudares, que vivem no Rio de Janeiro). O duo teve início a partir da observação acerca do universo do comportamento e da cultura da música contemporânea e, ao longo dos anos, vem investigando o papel do artista e sua relação com a tradição na era da economia da informação. Seus trabalhos assumem diversos formatos, como espaços de imersão, instalações, programas de residência e cursos, que se desdobram em produtos: fotografias, vídeos, objetos sonoros etc. Os artistas vêm realizando programas de residência e participando de mostras, individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil. Foram contemplados com o Prêmio Interferências Urbanas (2008) e possuem trabalhos em importantes coleções e acervos. Desde 2009 coordenam o programa Arte Sonora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Moisés Patrício (São Paulo, 1984). Nascido na zona sul da capital paulista, mudou-se para o Leste mais tarde, próximo ao centro da cidade, local com muitas referências de economia, cultura e história, e também o local que lhe deu a oportunidade de conhecer o artista argentino Juan José Balzi (1933-2017), de quem foi assistente. Auto intitulando-se “sacerdote-artista”, seu primeiro contato com a arte foi aos nove anos de idade. Atualmente trabalha com fotografia, vídeo, performance, pintura, rituais e instalações em obras que tratam de elementos da cultura latina, afro-brasileira e africana. Desde 2006, Moisés realiza ações coletivas em espaços culturais em São Paulo. Compõe obras que tratam de elementos sagrados da cultura ameríndia e afro-brasileira. Uma característica significativa de seu trabalho é a alusão ao candomblé, para quem o sagrado passa pelo corpo e seu potencial manual. Entre as exposições das quais participou destacam-se: Histórias Afro-Atlânticas, MASP e Instituto Tomie Ohtake, (São Paulo, 2018) Bienal de Dakar no Museum Of African Arts (Senegal, 2016), “A Nova Mão Afro Brasileira” no Museu Afro Brasil (São Paulo, SP, 2014), “Papel de Seda” no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos – IPN Museu Memorial (Rio de Janeiro, RJ, 2014), Metrópole: Experiência Paulistana, Estação Pinacoteca, curadoria Tadeu Chiarelli, São Paulo – SP, “OSSO Exposição-apelo ao amplo direito de defesa de Rafael Braga” curadoria Paulo Miyada no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, SP, 2017).

Nadam Guerra (Rio de Janeiro, 1977). Coordena a Residência de Arte na ecovila Terra UNA, na Serra da Mantiqueira. Cria obras em texto, vídeo, objeto, jogo e performance. Ele se interessa pelas conexões entre arte e magia ou em como a imaginação se torna vida. Em 2019 concluiu o doutorado em História da Arte pela UERJ, com a tese “Como Tornar-se artista mago”. Desde 2008 é professor na EAV Parque Lage, onde leciona Performance, Sonho e Tarô. Tem obras em parceria com artistas como Michel Groisman, Grupo UM e Opavivará! Psicografou o livro “Os 12 passos da Virgem do Alto do Moura” (2014), publicou o tarô “Materializador de sonhos” (2012) e os livros “Rupestre Contemporâneo” (2013) e “Complexiótica” (2001).

PV Dias (Belém, 1994) vive entre o Rio de Janeiro e o Pará, comunicólogo, mestrando em Ciências Sociais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e com formação pela EAV Parque Lage em 2019. Sua pesquisa pensa possíveis rasuras na estruturação das imagens de um território. Junto a essa frente, está trabalhando sobre intervenções em violências coloniais dos lugares por onde o artista percorre captando registros, que se dividem entre Amazônia e o sudeste do Brasil. De 2013 a 2015, participou da organização do Festival de Audiovisual de Belém. Em 2019 participou de exposição coletiva “Arte Naif: Nenhum Museu a Menos”, na EAV Parque Lage, no Rio, com curadoria de Ulisses Carrilho. Assinou a capa da antologia poética “Poesias para se ler antes das notícias”, da Revista Cult (agosto de 2019), integrou a coletiva no espaço Caixa Preta, em 2019, no Rio de Janeiro, com curadoria de Rafael Bqueer; e, expôs no Instituto Goethe da Bahia, com curadoria do Tiago Sant'Ana e no espaço Pence, com curadoria de Silvana Marcelina 2019. Em 2020, participou da exposição “Estopim e Segredo”, na EAV Parque Lage, com curadoria de Ulisses Carrilho, Gleice Kelly e Clarissa Diniz.

Roberta Carvalho (Belém do Pará, 1980), é mestranda em Artes da UNESP (PPGARTES). Seus trabalhos inserem a imagem digital fotográfica ou em vídeo no espaço público, seja urbano ou rural. Várias imagens construídas e projetadas são de personagens comuns e muitas vezes às margens da sociedade, refletindo uma relação simbólica com o entorno onde a ação artística acontece, suscitando questões identitárias e sociais, como em “Symbiosis, série iniciada em 2007, onde faces de ribeirinhos amazônicos são projetadas em áreas verdes nestas próprias comunidades. Foi vencedora de diversos prêmios, entre eles, o Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais (2014), Prêmio Diário Contemporâneo (2011) e Prêmio FUNARTE Microprojetos da Amazônia Legal (2010). Foi bolsista de pesquisa e criação artística do Instituto de Artes do Pará (2006 e 2015). Dentre as exposições, mostras e festivais que participou, destacam-se: “Amazon Connection” (Brulexas, 2018), Arte Pará 2017, 7ª Mostra SP de Fotografia (São Paulo, 2016), “Visualismo – Arte, Tecnologia, Cidade” (Rio de Janeiro, 2015), SP ARTE/FOTO (2014), Grande Área Funarte (São Paulo 2014), “Pigments” (Martinica, 2013), Festival Paraty em Foco (Paraty, 2012), “Tierra Prometida” (Barcelona, 2012), e “Vivo Art.Mov” (Belém, 2011). É idealizadora do Festival Amazônia Mapping, iniciado em 2013. Suas obras integram os acervos do Museu de Arte do Rio (primeira obra em realidade aumentada do Museu), Museu de Arte Contemporânea Casa das 11 Janelas (PA) e Museu da Universidade Federal do Pará.

Regina Pessoa (São Paulo, SP, 1984) vive no Rio de Janeiro. Desenvolve trabalhos em múltiplas linguagens: desenho, pintura, fotografia, objeto, videoinstalação, videoarte e performance. Tem obras no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio, Museu Nacional da República, em Brasília, Secretaria da Cultura de Brasília e Casa do Brasil, em Madri, além de coleções particulares. Em 2016 expôs “Calçadas”, no Museu Nacional da República, em Brasília, projeto selecionado pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura/DF). Em 2017 criou o movimento "Luto, Verbo e Arte", cujo foco é a mobilização coletiva para ocupação dos espaços públicos por meio da arte. Em 2011 foi premiada no II Salão de Artes Plásticas das Regiões Administrativas do DF com a obra “Só eu e tu”, na categoria desenho. Neste mesmo ano realizou em parceria com Renato Barbieri a videoinstalação “corpoalma”, na Galeria Cal/UnB, Casa da Cultura da América Latina, em Brasília. Em 2007 é agraciada com o Prêmio Gerdau, Medalha de Prata, Desenho, na I Bienal Internacional de Artes de Sorocaba, em São Paulo.

Vinícius Monte (Rio de Janeiro, 1988) possui uma formação livre e interdisciplinar em artes. Em suas pesquisas, realiza operações que entrelaçam diferentes eixos de pesquisa em associações “que se ocultam e revelam”. Através de colagens, jogos, transformações físicas, performances e mídias diversas, utiliza seu corpo como ferramenta de crítica institucional, autoconhecimento e cura, criando narrativas que incluem e atingem o espectador. Também atua como curador independente, diretor e idealizador do projeto Caixa Preta. Participou das exposições coletivas “Impávido Colosso”, na Amesa (Rio de Janeiro, 2019); Lavra – Festival de performance, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2019), “Flutuantes”, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2018), entre outras.

Material de imprensa realizado por CWeA Comunicação

Posted by Patricia Canetti at 12:28 PM

julho 14, 2020

Segunda fase online da “Triangular: arte deste século” na Casa Niemeyer

Casa Niemeyer realiza abertura digital marcando a segunda fase de aquisições da coleção “Triangular: arte deste século”

A Casa Niemeyer, espaço de arte contemporânea da Universidade de Brasília ligado à Casa da Cultura da América Latina (CAL/UnB), realiza entre 13 e 20 de julho abertura digital em sua conta no Instagram (@casaniemeyer). Na ação serão exibidos trabalhos doados por artistas na segunda fase de aquisições da coleção universitária Triangular: arte deste século, que já conta com mais de 160 obras de 118 artistas de todo o Brasil.

Clarissa Tossin, Paulo Nazareth, Thiago Martins de Melo, Sue Nhamandu, Leandro Assis, Raphael Escobar, Vera Holtz, Yuli Yamagata e Daniel Caballero compõem a lista de novos artistas da coleção. O evento digital também trará trabalhos de Lenora de Barros, Mateus Gandara e Traplev, que não foram exibidos na primeira fase da mostra, prevista para ser encerrada em 6 de agosto deste ano na Casa Niemeyer. A programação contará com postagens discutindo os trabalhos doados, bem como vídeos de artistas-doadores e transmissão de lives com Thiago Martins de Melo (14/07, 17h), Traplev (15/07, 17h) e Lenora de Barros (17/07, 11h). As ações fazem parte do projeto Casa Niemeyer Digital e é coordenado pelas curadoras da mostra Ana Avelar e Gisele Lima, com assistência de Victor Zaiden e grupo de discentes do curso de Teoria, Crítica e História da Arte da UnB, responsável por ativar a coleção.

A maior parte das obras constitui ações de videoarte e vídeo-performance, mas também são apresentados desenhos, fotografias e quadrinhos. Antes das limitações geradas pela pandemia do novo coronavírus, a curadoria já havia firmado contato com alguns artistas e algumas doações estavam previamente acertadas. Com as medidas de isolamento social, foram incorporados trabalhos digitais que prescindiam da visita presencial à Casa Niemeyer. É previsto, que com o futuro retorno das atividades, uma nova exposição seja organizada para que que as doações sejam apreciadas no espaço da Casa.

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para servir de sua morada durante a construção da capital federal, a Casa, localizada no Park Way (DF), foi adquirida pela UnB em 1980 e desde 2017 recebe exposições de arte contemporânea e demais eventos culturais ligados à Universidade. A mostra “Triangular: arte deste século”, foi eleita em 2019 a melhor coletiva do ano pela enquete pública promovida pela Revista Select.

Posted by Patricia Canetti at 10:51 AM

julho 9, 2020

Live #videoartepapo com Marcia Beatriz Granero e Lucila Meirelles na @janainatorresgaleria

Marcia Beatriz Granero e Lucila Meirelles iniciam programação sobre a produção de videoarte no país

10 de julho de 2020, sexta-feira, às 16h

A Janaina Torres Galeria recebe a videoartista Marcia Beatriz Granero para ser anfitriã na série de lives #videoartepapo, às sextas-feiras, 16h, no Instagram da galeria (@janainatorresgaleria). As quatro lives programadas para a série contam com convidados a cada semana.

Para iniciar com histórias que não são encontradas nos livros, convidamos uma das pioneiras da videoarte brasileira, Lucila Meirelles, para contar sobre a produção nas décadas de 70, 80 e 90 e fazer um balanço dos dias atuais. Nossa intenção é abrir um espaço para discussão e reflexão sobre o tema e seus desdobramentos.

Marcia Beatriz Granero é videoartista e suas obras já participaram de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no mundo. Jaque Jolene, personagem construída e interpretada pela própria artista, é o cerne da sua pesquisa há mais de dez anos. Fez residência artística na Inglaterra, Espanha e Portugal. Em São Paulo participou da Temporada de Projetos no Paço das Artes, Mostra do Programa de Exposições do CCSP e Arte Atual no Instituto Tomie Ohtake.

Lucila Meirelles é pioneira na produção de videoarte brasileira, explorando a linguagem performática, ficcional e documental desde os anos 70. Foi premiada com a Bolsa Vitae de Artes e com a Bolsa de Artes Antorchas - Argentina e Prêmio Transmídia, do Instituto Itaú Cultural. Suas obras Pivete, Crianças Autistas, Sinfonia Panamérica e Cego Oliveira no sertão do seu olhar ganharam prêmios nacionais e participaram de mostras internacionais como The Kitchen e Manifestation Internacionale de Vídeo et Télévision. Organizou também curadorias de resgate e restauro dos primeiros trabalhos realizados em vídeo no Brasil, arquivados no MIS (SP).

Posted by Patricia Canetti at 10:26 AM

Fortes D’Aloia & Gabriel consolida os trabalhos no Galpão da Barra Funda

Queridas amigas, queridos amigos,

Tomamos uma importante decisão em nossa trajetória que gostaríamos de compartilhar com vocês. Esse mês saímos de nosso espaço na Vila Madalena e consolidamos nossas operações em São Paulo no Galpão da Barra Funda, que ganhará novo layout.

A primeira vez em que falamos sobre deixar a Rua Fradique Coutinho foi numa reunião de conselho há três anos. Retornamos a essa ideia algumas vezes desde então, sempre nos deparando com a importância daquele endereço como um lugar de referência no circuito da arte para paulistanos e estrangeiros. Essa galeria — que ocupamos em 2001 e que recebeu tantas exposições extraordinárias desde o seu começo em 1992 — foi nossa única casa por sete anos.

Inauguramos o Galpão em 2008, apresentando um conceito inovador ao abrigar a um só tempo galeria expositiva, escritório, “viewing room” e depósito. O Galpão também marcou a cidade, expandindo o eixo do circuito artístico e oferecendo uma experiência única na fruição de exposições.

Agora, a decisão de levar adiante esta ideia latente nos parece sábia, realista e madura. Nós trabalhamos e aprendemos muito, nos divertimos e nos emocionamos naquele cubo branco na esquina da Fradique com a Purpurina. Os tempos são outros e nosso empenho está na tarefa de redesenhar o Galpão junto ao arquiteto Rodrigo Cerviño (do escritório TACOA), autor do projeto original do espaço. São 1500 m2 de vão livre na Barra Funda, uma área pulsante da cidade que se transforma e reflete nosso espírito de renovação.

Optamos pelo que nos é legítimo e original. São duas cidades, São Paulo e Rio de Janeiro. São dois espaços, Galpão e Carpintaria, servindo a dois circuitos artísticos relevantes para nós, para nossos artistas, nossos amigos e frequentadores. Nossa programação segue nesses locais, que tem entre si todo o potencial de abrigá-la com o vigor de sempre.

A missão da galeria de ser força propulsora no cenário cultural brasileiro se reafirma hoje, quando a cultura nacional permanece ameaçada após sobreviver à inúmeros golpes. O compromisso de levar a qualidade da arte produzida no Brasil para o mundo e do mundo para o Brasil, se reitera na colaboração constante com outras galerias e instituições, e participações nas melhores feiras internacionais.

Nossas crenças continuam as mesmas. Acreditar que a arte é um veículo condutor de experiência transformadora. Acreditar que a galeria cumpre sua função de catalisar e disseminar tal experiência para um público autônomo e interessado.

Seguimos na firmeza desses propósitos.

Estamos com saudades e esperamos reencontrar-nos ao vivo em breve.

Marcia Fortes, Alessandra D’Aloia e Alex Gabriel

Posted by Patricia Canetti at 10:08 AM

Leilão beneficente Médicos sem Fronteiras (MSF)

Por acreditar na criação de novos caminhos e na necessidade de juntar esforços para apoiar vítimas da pandemia, o Iarremate e o Guia das Artes se uniram ao Roteiro de Ateliês para organizar o Leilão beneficente MSF. Os artistas doam 50% do valor da venda de suas obras para a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF), que leva cuidados de saúde para quem mais precisa de forma independente e imparcial. O Roteiro e o Iarremate/Guia das Artes não ficam com nenhuma porcentagem.

Os Lances já estão abertos e o pregão acontece na terça-feira 28 de julho às 15h.

O projeto inclui 73 artistas de diferentes gerações e linhas de pesquisa, o conjunto de 152 obras surpreende pela qualidade e variedade de linguagens, formatos, materiais e preços (entre R$ 400,00 e R$ 4.000,00). Direto do ateliê pra você, um caminho de solidariedade e autonomia construído coletivamente. Uma oportunidade de beneficiar pacientes dos MSF, apoiar a produção de arte contemporânea da cidade de São Paulo e em tempos como este, apreciar a companhia de uma obra de arte.

Confira as 152 obras/lotes

Principais artistas:
Adriana Affortunati (2)
Alan Oju (2)
Alessandra Duarte (2)
Ana Amelia Genioli (2)
Ana Paula Oliveira (2)
Ana Rey (2)
André Ricardo(2)
Angella Conte (2)
Beto Borges (2)
Bettina Vaz Guimaraes (2)
Bruno Novaes (2)
Carolina Sudati (2)
Cassio Leitão(2)
Cinthia Camargo (2)
Cintia Phiebig (2)
Cipriano Souza (2)
Conrado Zanotto (2)
Cristina Suzuki (2)
Daniel Barclay (2)
David Magila (2)
Débora Bolsoni (2)
Edu Silva (2)
Edvania Rêgo (2)
Erica Iassuda (2)
Felipe Bitencourt(2)
Felipe Góes (2)
Fernando Burjato (2)
Filipe dos Santos Barrocas (2)
Giba Gomes (2)
Helcio Barros (2)
Hugo Fortes (2)
Jacques Jesion (2)
José Elffer (2)
Karola Braga (2)
Leo Ceolin(2)
Lia Nasser(2)
Lucas Länder (1)
Luisa Meyer (2)
Marcelo Gandhi (2)
Marcelo Salum (2)
Marcia Regina Azevedo (2)
Marinalva Rosa (2)
Mauricio Adinolfi (2)
Milton Blaser (2)
Mirla Fernandes (2)
Monica Tinoco (2)
Murilo Kammer (2)
Neiliane Araujo (2)
Neusa Yamaguchi (2)
Nilo de Medina Coeli Neto (2)
Ninetta Rabner (2)
Paula Scavazzini (2)
Paulo Camillo Penna (2)
Paulo Caranpurnalo (2)
Paulo Mattos (2)
Raíssa Aarruda (2)
Raquel Magalhaes (2)
Renata Pedrosa (2)
Renato Pêra (2)
Ricardo Alves (2)
Roberto Fabra (2)
Rodrigo Pasarello (2)
Ronaldo Grossman (2)
Rosana Guimarães Mariotto (2)
Rose Eisencraft(2)
Sheila Oliveira (2)
Silvia Maria Garcia Pinto (2)
Síssi Fonseca (2)
Susanne Schirato (2)
Taís Cabral Monteiro (2)
Tammy Aires (2)
Tchelo (2)
Thereza Salazar(2)
Thig Martins (2)
Tuca Chicalé Galvan (2)
Vânia Medeiros (2)

Posted by Patricia Canetti at 9:51 AM

julho 2, 2020

Cinemateca do MAM Rio celebra 65 anos com duas mostras online

Cinemateca celebra seus 65 anos de atividades no MAM Rio e exibe duas mostras comemorativas através de novo canal on-line

O dia 7 de julho de 1955 é celebrado como marco de fundação da Cinemateca do MAM, quando foi realizada a primeira sessão de filmes na sede da Associação Brasileira de Imprensa, ainda sob a denominação de Departamento de Cinema. No programa, três filmes sobre arte: ‘Escultura holandesa do fim da Idade Média’, ‘A janela aberta’ (evolução da paisagem do séc. XV ao séc. XX) e ‘Van Gogh’.

Assim como muitas de suas congêneres, antes de formar uma coleção, a Cinemateca começou exibindo filmes e formando plateias. A difusão e a formação sempre estiveram no cerne da instituição, entendidas como elementos estruturantes da preservação cinematográfica. Ao longo destas mais de seis décadas, a Cinemateca foi responsável pelo desenvolvimento cultural de diversas gerações de cinéfilos, cineastas, preservadores audiovisuais e daqueles interessados na história e na memória do cinema.

No mês em que celebra 65 anos de atividades, a Cinemateca do MAM dá um passo importante para ampliar suas ações de difusão para o mundo digital com a criação de um canal on-line (www.vimeo.com/mamrio). Nesta plataforma, o público terá acesso a uma programação que pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido no auditório Cosme Alves Netto. Esta sala virtual objetiva ser mais um espaço de divulgação e valorização do patrimônio audiovisual. Além disso, busca-se levar para este novo ambiente as mesmas orientações que norteiam a programação da sala de cinema: um espaço democrático, engajado e aberto para a diversidade da produção audiovisual brasileira, tanto do passado como do presente.

Vale lembrar que a importância e o alcance possibilitado pela internet e pelas tecnologias digitais não devem obliterar a experiência da sala escura. Esta seguirá sendo o único local onde é possível proporcionar um contato com as obras do passado em seus formatos e condições originais. Neste sentido, o canal virtual não vem substituir, mas expandir o espaço da sala de cinema, em particular neste momento tão delicado de crise sanitária que estamos vivendo.

Mostra Petrobras de filmes para crianças

Inaugurando a programação on-line da cinemateca, oferecemos duas mostras. A primeira é a Mostra Petrobras de filmes para crianças, que vai apresentar um conjunto de 26 produções brasileiras voltadas para a primeira infância, selecionadas pela Cinemateca com a colaboração do Dia Internacional da Animação e do CINEAD da Faculdade de Educação da UFRJ. Os filmes estão organizados em três programas, que reúnem animações realizadas com diferentes técnicas e por pequenos filmes denominados “Minutos Lumière”, criados por crianças em um exercício audiovisual que procura recuperar os gestos iniciais dos cinegrafistas da empresa dos irmãos Lumière.

Mostra Cinemateca 65 anos

Para marcar o aniversário da cinemateca, apresentamos também a mostra Cinemateca 65 anos. Em quatro programas, serão três longas e cinco curtas que lembram aspectos e momentos de sua história e de sua missão, tanto na preservação quanto na difusão da memória e da história do cinema brasileiro. Em ‘Tudo por amor ao cinema’, de Aurélio Michiles, celebramos Cosme Alves Netto, figura ímpar da cultura cinematográfica no Brasil e diretor da Cinemateca do MAM por cerca de 30 anos. Em seguida, exibiremos o documentário ‘Humberto Mauro’, de André Di Mauro, que resgata o trabalho daquele que é considerado o patriarca do cinema brasileiro. Em ‘Até onde pode chegar um filme de família’, Rodolfo Junqueira Fonseca parte do filme brasileiro mais antigo preservado, ‘Reminiscências’, para falar da história de sua família e do pioneiro do cinema Aristides Junqueira. Por último, apresentamos um programa concebido pela Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) que reúne cinco obras conservadas, por diferentes instituições de memória, que simbolizam um pouco do trabalho desenvolvido por elas e sublinham a importância de uma ação coletiva na proteção e valorização do patrimônio audiovisual. Nesta sessão, serão apresentados Gafieira, de Gerson Tavares, Creche-Lar, de Maria Luiza Aboim, Carnaval de Rua – Porto Alegre, produzido pela Wilkens Filmes, Pantera Negra, de Jô Oliveira, e Eclipse, de Antônio Moreno.

PROGRAMAÇÃO (com transmissões gratuitas em www.vimeo.com/mamrio):

Mostra Cinemateca 65 anos (disponível online)

- 10/julho a 16/julho
Filme: Tudo por amor ao cinema de Aurélio Michiles. Brasil, 2014. Documentário, 98'.

- 17/julho a 23/julho
Filme: Humberto Mauro de André Di Mauro. Brasil, 2018. Documentário, 90'.

- 24/julho a 30/julho
Filme: Até onde pode chegar um filme de família de Rodolfo Junqueira. Brasil, 2018. Documentário, 75'.

- 31/julho a 6/agosto
Sessão ABPA 2019. Gafieira de Gerson Tavares. Brasil, 1972. 12' + Creche-Lar de Maria Luiza Aboim. Brasil, 1978. 9'. + Carnaval de Rua – Porto Alegre de Wilkens Filmes Ltda. Brasil, 1959. Documentário 5'. + Pantera Negra de Jô Oliveira. Brasil, 1968. 3'. + Eclipse de Antonio Moreno. Brasil, 1984. 12'.

Mostra Petrobras de filmes para crianças (disponível online)

- 13/julho a 13/agosto
Filme: Minutos Lumière de Estudantes da Escola de Cinema CINEAD do CAp UFRJ Nelson Pereira dos Santos. Brasil, 2013-2019. Documentário. 5'30'' + Nimbus, o Caçador de Nuvens de Marco Nick. Brasil, 2016. Animação, 16'40''.

- 20/julho a 13/agosto
Filme: Minutos Lumière de Escolas de Cinema CINEAD de Educação Básica. Brasil, 2013-2019. Documentário, 15'.

- 27/julho a 13/agosto
Filmes: As Aventuras do Chauá de Alunos da Escola Municipal Santo Antônio do Norte. Brasil, 2016. Animação, 4'. + No Caminho da Escola de Alunos do Projeto Animação Instituto Marlin Azul. Brasil, 2017. Animação, 9'18''. + Space Scape de Bruno Monteiro. Brasil, 2017. Animação, 3'56''. + O Fim da Fila de William Côgo. Brasil, 2016. Animação, 2'47''. + Macacada de Thomas Larson. Brasil, 2016.Brasil, 2016. Animação, 4'05''. + Caminho dos Gigantes de Alois Di Leo. Brasil, 2016. Animação, 11'52''.

Mostra Petrobras de filmes para crianças (lançamento 13 | julho)

A Mostra Petrobras de filmes para crianças vai apresentar um conjunto de 26 produções brasileiras voltadas para a primeira infância, selecionadas pela Cinemateca do MAM Rio, para serem apresentadas em seu canal on-line. São filmes para crianças e/ou criados por crianças. A escolha das obras foi realizada em parceria com o Dia Internacional da Animação e o projeto CINEAD/LECAV da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A mostra se organiza em dois grupos: Animações e Minutos Lumière. Além disso, serão apresentados vídeos com os curadores exibindo a seleção e contextualizando as obras para o público.

Em parceria com Marcelo Marão e com o Dia Internacional da Animação, selecionamos seis obras que abarcam diferentes técnicas de animação, que vão do desenho quadro a quadro ao Stop Motion com utilização de bonecos, massinhas ou recortes, passando pela animação em 3D e a pixilation. Os filmes exploram uma diversidade de narrativas que abordam temáticas do folclore, da música, das tradições populares e do universo dos games.

Já os Minutos Lumière foram selecionados pela professora Adriana Fresquet, coordenadora do Grupo CINEAD/LECAV, Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual. No total, serão apresentados 20 filmes criados em oficinas realizadas em escolas públicas do Rio, desde 2007. Os Minutos Lumière buscam recuperar o gesto dos primeiros operadores cinematográficos, de realizar registros de até 60 segundos de duração, com uma composição de quadro fixa. Esses filmes compõem o Acervo dos Minutos Lumière do Brasil, conservado pela Cinemateca do Museu de Arte Moderna.

Esta programação integra o Petrobras Cultural para Crianças.

Os filmes:

Nimbus, o Caçador de Nuvens de Marco Nick. Brasil, 2016. Animação, 16'40''.
Sinopse: Numa pequena vila rodeada por uma densa floresta, há um pequeno habitante conhecido como Nimbus, o Caçador de Nuvens, um garotinho esforçado que é capaz de materializar seus sonhos em belos balões que flutuam todo o tempo. Quando uma grande tempestade toma conta do vilarejo, Nimbus precisa iniciar uma fantástica aventura pela floresta para capturar as grandes e furiosas nuvens.

As Aventuras do Chauá de Alunos da Escola Municipal Santo Antônio do Norte. Brasil, 2016. Animação, 4'.
Sinopse: O filme apresenta um alerta sobre a importância da preservação ambiental e do Papagaio Chauá, espécie nativa da Mata Atlântica, ameaçada de extinção.

No Caminho da Escola de Alunos do Projeto Animação Instituto Marlin Azul. Brasil, 2017. Animação, 9'18''.
Sinopse: No caminho da escola, uma menina faz uma viagem alucinante por planetas imaginários e perde a primeira aula.
Space Scape de Bruno Monteiro. Brasil, 2017. Animação, 3'56''.
Sinopse: Cadete espacial precisa lutar para conseguir sair de um labirinto que oferece uma coisa pior que a própria morte.

O Fim da Fila de William Côgo. Brasil, 2016. Animação, 2'47''.
Sinopse: Baseada em um premiado livro de imagem, a animação nos apresenta vários animais brasileiros em fila indiana, dia após dia. Conforme passa o tempo, surgem novos motivos para que os animais sigam em frente, sempre enfileirados – incluindo a aparição de um conhecido personagem do folclore. Afinal, o que tem no fim da fila? A linguagem gráfica evoca a arte indígena brasileira.

Macacada de Thomas Larson. Brasil, 2016. Brasil, 2016. Animação, 4'05''.
Sinopse: Clipe da canção “Macacada” do grupo de música para crianças “Angudadá”. Era uma vez um menino solitário que sonhava em alçar vôos mais altos. Com a ajuda dos amigos macacos, descobre novas formas de brincar e de perceber o mundo.

Caminho dos Gigantes de Alois Di Leo. Brasil, 2016. Animação, 11'52''.
Sinopse: Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá uma menina indígena de seis anos, vai desafiar o seu destino e descobrir o ciclo da vida.

Minutos Lumiere
Minutos Lumière de Estudantes da Escola de Cinema CAp UFRJ. Brasil, 2013-2019. Documentário, 20'. Seleção de 20 filmetes criados em oficinas realizadas em escolas públicas do Rio, desde 2007. Os Minutos Lumière buscam recuperar o gesto dos primeiros operadores cinematográficos, qual seja o de realizar registros de até 60 segundos de duração, com uma composição de quadro fixa. Esses filmes compõem o Acervo dos Minutos Lumière do Brasil conservados pela Cinemateca do MAM.

Mostra Cinemateca 65 Anos (lançamento 10 | julho)

Programa 1:

Tudo por amor ao cinema de Aurélio Michiles. Brasil, 2014. Documentário, 98'.
Sinopse: Tudo por Amor ao Cinema é um documentário sobre um dos personagens mais importantes da história do cinema brasileiro: Cosme Alves Netto (1937-1996). Mais conhecido como o “Cosme da Cinemateca” do MAM, esteve presente, entre as décadas 50 a 80, em vários episódios da história do cinema brasileiro e latino-americano, sobretudo na luta por sua divulgação e preservação. O filme revela a intimidade da vida deste "amazonense-de-todo-mundo" e homenageia o cinema por meio da cinebiografia de Cosme Alves Neto e suas aventuras e peripécias para preservar e difundir filmes. O único documentário brasileiro sobre a “cinefilia” e a arte de programar filmes.

Programa 2:

Humberto Mauro de André di Mauro. Brasil, 2018. Documentário, 90’.
“Humberto Mauro” é um documentário feito para homenagear o cineasta Humberto Mauro, considerado o pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano, dirigido por seu sobrinho neto, André di Mauro. O filme mostra a vida de Humberto Mauro através de seus filmes em uma narrativa composta por entrevistas com ele realizadas nos anos 60. “Humberto Mauro” é um amplo painel dinâmico e humano sobre a criatividade e o cinema de Mauro, expondo as soluções técnicas incomuns para fazer seus filmes e diante das adversidades inerentes ao trabalho pioneiro no início do século XX em uma pequena cidade latino-americana. A voz de Mauro permeia o filme, contando histórias e falando sobre a vida, seu estilo cinematográfico e suas descobertas. De cena a cena vemos seus filmes se misturarem na edição criando uma visão ampla do que é seu cinema, com planos e seqüências de tirar o fôlego que nos remetem à uma viagem no tempo desvelando a própria história do cinema, nunca esquecendo a sua definição sobre o cinema: “o cinema é cachoeira”.

Programa 3:

Até onde pode chegar um filme de família de Rodolfo Junqueira Fonseca. Brasil, 2018. Documentário, 75'.
Sinopse: Reminiscências (1909-1926), filme de família de Aristides Junqueira, acervo da Cinemateca do MAM e Cinemateca Brasileira, é desvendado em suas histórias e pontos de vista na forma de um ensaio fílmico com materiais de arquivo, cenas de família, film footage, entrevistas e voz off para contar a biografia desconhecida de um pioneiro do cinema.

Programa 4:

1) Gafieira de Gerson Tavares. 1972, 35mm, cor, 12'.
Em 2014, o “Projeto Resgate da obra de Gerson Tavares” preparou, digitalizou e recolocou em circulação a produção do cineasta fluminense Gerson Tavares. Gafieira foi produzido pelo Instituto Nacional de Cinema (INC) e registra uma noite de sábado na tradicional Gafieira Elite, na praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro. Fotografado por Lauro Escorel, o curta traça o painel de um típico salão de baile que já então desaparecia da cidade. A cópia em 35mm do curta-metragem, matriz da presente digitalização, está depositada na Cinemateca Brasileira, São Paulo.

2) Creche-Lar de Maria Luiza Aboim. 1978, 16mm, cor, 9'.
Nos anos 1970, Maria Luiza Aboim integrava o Centro da Mulher Brasileira (CMB), uma organização feminista centrada na reflexão sobre a condição da mulher na sociedade. A ausência de creches, e a necessidade urgente de criar condições para que as mães pudessem ter apoio no cuidado com filhos, eram temas frequentes. Creche-Lar, o primeiro filme da diretora, parte dessa busca e retrata uma experiência de creche comunitária em Vila Kennedy, no Rio de Janeiro, onde trabalham mães residentes no bairro. A cópia do filme está depositada, em regime de comodato, no Arquivo Nacional, Rio de Janeiro.

3) Carnaval de Rua – Porto Alegre de Wilkens Filmes Ltda. 1959, 35mm, pb, 5'.
Em 2018, o Museu da Comunicação Social Hipólito José da Costa realizou o projeto “Do fotograma ao cinema” e digitalizou parte do seu acervo. O projeto incluiu os materiais da produtora Wilkens Filmes, empresa cinematográfica de Carlos Wilkens (1913-1977) e de Heitor Baptista Wilkens (1921-1993), que noticiou a vida social e política do Rio Grande do Sul nas décadas de 1950 e 1960. Carnaval de Rua – Porto Alegre registra as festividades que, na época, ocorriam no coração da cidade, no encontro da Rua dos Andradas e a Avenida Borges Medeiros. Tais imagens compõem importante registro da história local e do filme de não-ficção no Brasil.

4) Pantera Negra de Jô Oliveira. 1968, 16mm, cor, 3'.
Pantera Negra ganhou menção honrosa no IV Festival de Cinema Amador JB/Mesbla, em 1968. Um filme musical pintado à mão, foi a primeira experiência com cinema de animação do artista e ilustrador Jô Oliveira, na época integrante do grupo Fotograma, organização que reunia o trabalho de diversos artistas e promovia o cinema de animação no Brasil. O filme foi digitalizado em 2019, o que permitiu a sua redescoberta como um material importante para história do cinema experimental no Brasil. O material original, com as cores pintadas em nanquim, está sob os cuidados do artista.

5) Eclipse de Antonio Moreno. 1984, 35mm, cor, 12'.
Eclipse é considerada a obra mais marcante de Antônio Moreno. Nascido em Fortaleza e radicado no Rio de Janeiro, o cineasta e professor foi um dos fundadores do grupo Fotograma, marco da animação experimental no Brasil. A partir de 1972 realizou 15 curtas-metragens. Eclipse, filme-ensaio experimental sobre os 21 anos de ditadura no Brasil, foi realizado através de animação direta na película, tendo ganhado menção honrosa no XIII Festival de Gramado em 1985. Foi digitalizado em 2019 através da iniciativa do Urubu Cine, cineclube dedicado ao curta-metragismo brasileiro. Os negativos originais em 35mm, matrizes desta digitalização, encontram-se depositados em regime de comodato no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. A cópia 35mm, utilizada como referência, encontra-se depositada na Cinemateca do MAM.

Posted by Patricia Canetti at 3:46 PM

Cristina Canale na Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro

Inaugura no dia 1 de julho No Espelho a nova mostra individual da pintora Cristina Canale. Com 7 pinturas e 2 aquarelas, a exposição tem como tema central a figura feminina, desde o seu uso para personificar mitos até questões de identidade tão relevantes no mundo digital atual.

Essas figuras são por vezes reduzidas a pequenos detalhes, como penteados, lábios sedutores, olhares. São pequenos fragmentos narrativos, alguns até com “bolhas” de pensamentos e diálogos, que lembram a linguagem dos quadrinhos. As imagens são colagens e superposições de referências cinematográficas, revistas e até mídias sociais.

Canale, com sua típica paleta colorida, continua fiel a linguagem que vem desenvolvendo desde a década de 80, usando a tensão entre a figuração e a “situação abstrata” para potencializar a imagem e gerar instabilidade no olhar.

Segundo a artista “No Espelho, é uma exposição que prioriza a pintura como linguagem e diálogo com o mundo de imagens que nos rodeia diariamente.”

Morando desde 1993 em Berlim, Cristina Canale é uma das expoentes da pintura brasileira. Sua carreira teve início nos anos 80, quando participou da icônica mostra “Como Vai Você Geração 80” no Parque Lage no Rio de Janeiro. Desde então, Canale tem mostrado seu trabalho com frequência em instituições nacionais e internacionais de prestígio.

Posted by Patricia Canetti at 9:10 AM