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janeiro 31, 2014

Programa de Exposições 2013 no CCSP, São Paulo

Por seus 23 anos de excelência, o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo figura entre as atividades institucionais periódicas mais longevas do ambiente cultural brasileiro. A especificidade da iniciativa é apresentar o trabalho de artistas em início de trajetória profissional – inscritos em edital publicado anualmente e selecionados por uma comissão julgadora diferente em cada edição – , sempre ao lado da produção recente de nomes cuja obra está em curso há mais de uma década. O objetivo é armar um repertório ampliado dos pensamentos que se desenvolvem, hoje, no campo das artes visuais, a fim de estabelecer também relações entre artistas de diferentes gerações com a instituição e os visitantes do CCSP. Daí, por exemplo, o fato de as mostras se constituírem de obras de artistas “iniciantes” e “experientes” dispostas lado a lado no mesmo espaço expositivo, sem hierarquizá-los, mas com o compromisso de criar ou oferecer a cada trabalho, condições de apresentação próximo do ideal. Além do estímulo aos artistas em início de carreira, o Programa de Exposições incentiva também um grupo de críticos que acompanham e escrevem sobre os projetos realizados pelos artistas selecionados e/ou convidados.

A comissão julgadora deste ano – formada pelo artista e professor Orlando Maneschy (docente da UFPA, vive em Belém), pela curadora independente Kiki Mazzucchelli (vive em Londres) e pelo curador Nilton Campos (diretor do MARP- Museu de Arte de Ribeirão Preto) – selecionou 12 artistas para três mostras ao longo de 2013, entre mais de 700 inscritos. São eles: Daniel Escobar, Chico Togni, Jimson Vilela, Keyla Sobral, Maíra das Neves, Márcia Beatriz Granero, Newton Goto, Pedro Wirz, Rafael RG, Rodolpho Parigi, Rodrigo Cass e Thiago Gonçalves.

A edição deste ano é marcada pelo movimento do Programa de Exposições em direção a outros equipamentos culturais da cidade, por ocasião de parceria firmada com a X Bienal de Arquitetura, que ocupa os dois pisos expositivos do CCSP, Piso Caio Graco e Flávio de Carvalho, mais a Sala Tarsila do Amaral, entre 12 de outubro a 1º de dezembro de 2013, com a temática geral Cidade: modos de fazer, modos de usar. Fator este que provoca de imediato a Curadoria de Artes Visuais do CCSP a experimentar um novo modus operandi do Programa de Exposições, em realização com o Museu da Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. Ao passo que essa suposta “migração” está em sintonia com a política de diálogo com a cidade aberta recentemente pela SMC. A primeira mostra do Programa de Exposições 2013 aconteceu dentro do Centro Cultural São Paulo e as demais se deslocaram para fora, como a segunda mostra, que aconteceu na Casa Modernista (14/9 -17/11/13).

Esta terceira e última mostra de 2013 valoriza igualmente modos alternativos de exibir e as especificidades das obras de arte que dela participam. Acontece, ao mesmo tempo, em dois lugares: no Gabinete do Desenho (Chácara Lane), onde são apresentados trabalhos em papel dos artistas selecionados Keyla Sobral, Maíra das Neves e Pedro Wirz; mais dois projetos especialmente comissionados para o Programa de Exposições 2013: um pela dupla convidada Luciana Ohira e Sérgio Bonilha e outro por Carla Zaccagnini, que supervisionou um pequeno grupo de pesquisadores em residência de investigação artística no Arquivo Multimeios do CCSP. E, na Galeria Olido, podem ser vistas também, na sala de exposições do edifício-sede da Secretaria Municipal de Cultura, ações e intervenções dos artistas Daniel Escobar, Newton Goto e Thiago Gonçalves.

Curadoria de Artes Visuais do CCSP

Posted by Patricia Canetti at 11:45 AM

janeiro 30, 2014

Anthony McCall na Luciana Brito, São Paulo

Em cartaz a partir de 8 de fevereiro, a segunda individual no Brasil do artista britânico apresenta instalações recentes e série de desenhos

Anthony McCall, Luciana Brito Galeria, São Paulo, SP - 11/02/2014 a 15/03/2014

Nome referencial nas práticas artísticas transdisciplinares, o britânico radicado nos EUA Anthony McCall articula linguagens como escultura, instalação, performance, arquitetura, cinema e desenho. Esta mostra de certa forma complementa a retrospectiva realizada pela Luciana Brito Galeria em2011, quando a curadoria de JacopoCrivelli Visconti apresentou ao público brasileiro a icônica obra Light Describing a Cone, entre outras. A seleção de obras desta exposição reitera o papel central do artista no manejo da qualidade escultórica da luz, mas também destaca a presença da performance e a dimensão material de suas instalações.

Circulation Figures, instalação que ocupa a sala central do térreo da galeria, por exemplo, associa a ambientação do espaço ao caráter discursivo do cinema. Projetado em uma tela suspensa no centro da sala, um vídeo no qual se alternam passagens silenciosas e ruídos sugestivos mostra fotógrafos em ação. Um instigante incômodo vem do fato de que nunca temos acesso àquilo que eles registram, sugerindo o que uma recente matéria do New York Times classificou como “uma alegoria do narcisismo moderno”. Ao mesmo tempo, a sala, que está coberta de folhas de jornal amassadas, tem dois grandes espelhos em cada lado: a multiplicação infinita da instalação não apenas cria uma experiência sensorial marcante, mas confere novas camadas de sentido à obra. O trabalho, de 2010, teve sua primeira versão em 1972. Para McCall, esse expediente de recriar suas obras em novas tecnologias permite ser cada vez mais fiel à ideia original.

Duas “maquetes” luminosaspresentes na exposição são outras das obras que o artista recria com recursos atuais. Instalados na sala posterior da galeria,os trabalhos integram a sériedeSolid Light Films, desenvolvida desde o início da década de 70, em que o ponto focal do visitante não éa tela onde a luz é projetada, mas sim o trajeto da luz no espaço. McCall torna tangível a luminosidade, quase lhe conferindo solidez. Ao caráter inicialmente impalpável da luz se contrapõe o rigor geométrico das figuras que constituem essas esculturas luminosas, aspecto que rende comparações com Sol Lewitt e Richard Serra; artistas de que McCall se distingue, entre outros aspectos, pela engenhosa ambiguidade de sua “matéria-prima”. A presença destas obras não apenas traz ao público brasileiro um dos mais conhecidos segmentos da produção do artista, mas também, por seu caráter mais acessível e de mais simples montagem do que as instalações, permitirá que exemplares sejam incorporados a coleções nacionais.

Como na exposição de 2011, a galeria dá visibilidade também ao processo criativo do artista e apresenta a sérieTraveler, (2012) – 24 desenhos que compõem estudos para a instalação performativa Eclipse, um trabalho desenvolvido em colaboração com o coreógrafo americano JonahBokaer. O projeto de McCall envolvia conceber um espaço de performance para visualização a partir dos quatro lados, e incluiu 36 lâmpadas com que dançarinos interagiam, além de figurinos. Nos desenhos expostos, o espectador pode compreender como o artista apreendeu a parceria e a traduziu a partir de seu repertório estético.

Na exposição estará disponível o catálogo bilíngue editado pela galeria em 2011, de 130 páginas e com mais de cem imagens e trechos de textos referenciais, além de entrevistas, até então inéditos em português.


Sobre o artista

Nascido em St. Paul’sCray, Inglaterra, em 1946, Anthony McCall radicou-se em Nova York, onde vive e trabalha desde 1973. Inicialmente, ainda na Inglaterra, envolveu-se com performances e filmes. Mais tarde, não obstante um intervalo criativo de mais de duas décadas, suas pesquisas se voltaram para a luz, a arquitetura e o espaço, com ênfase na participação intensa do público. McCall possui uma vasta produção, presente em coleções como as do Centre Georges Pompidou (Paris, França), MuseumofModernArt (MoMa - Nova York, USA) e Tate (Londres, Inglaterra), entre outras. Além de mostras individuais em instituições de renome, a importância histórica de sua obra foi destacada em exposições como Intothe Light: theProjectedImage in American Art 1964-77, no Whitney Museumof American Art, Nova York (2001-2); The ExpandedScreen: Actions and InstallationsoftheSixties and Seventies, no MuseumModernerKunst, Viena (2003-4); The Geometryof Motion 1920s/1970s (2008) e On Line (2010-11), ambas no MoMA.

Posted by Patricia Canetti at 6:05 PM

janeiro 28, 2014

Performance Lúmen de João Penoni na Casa Daros, Rio de Janeiro

O artista carioca fará uma performance com o corpo coberto por luzes, dentro da exposição “Le Parc Lumière – Obras cinéticas de Julio Le Parc”, na Casa Daros

João Penoni - Lúmen, Casa Daros, Rio de Janeiro, RJ - 07/02/2014, 19h

A Casa Daros apresenta no próximo dia 7 de fevereiro de 2014, às 19h, a performance “Lúmen”, do artista João Penoni (1983, Rio), dentro da exposição “Le Parc Lumière – Obras cinéticas de Julio Le Parc”. O artista convidará o público a percorrer o circuito da exposição, e na última grande sala escura, onde está suspensa no teto a obra cinética e luminosa “Continuel-lumière au plafond” (1963/1996), ele fará a performance “Lúmen”, em que se movimenta com o corpo inteiramente coberto por lâmpadas de LED.

Há nove anos João Penoni investiga o corpo, e sua relação com o espaço e a luz, e para isso utiliza sua experiência em acrobacia aérea, atividade que pratica desde antes de seus estudos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e de design na PUC Rio, onde se graduou. Em 2012 fez residências e exposições em Londres, e participou do festival Rio Occupation, também na capital inglesa. No Brasil, tem feito exposições individuais e participado de coletivas.

Em “Lúmen” o corpo incorpora a luz e passa a ser “um corpo iluminante”, em um desenvolvimento da pesquisa do artista que antes usava, ao contrário, a claridade externa. Dessa maneira, a “presença viva do artista fica registrada no espaço escurecido da performance”, desenhando e esculpindo em movimento, na penumbra, com a luz de seu próprio corpo, em um diálogo com a obra de Julio Le Parc (1928, Mendoza), que usa a luz, também em movimento. O corpo do artista passa a “iluminar o olhar do espectador”.

João Penoni nasceu em 1983, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Graduado em Design pela PUC Rio, estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Há cerca de nove anos, realiza um trabalho de investigação sobre o corpo, relacionando-o com o espaço e a luz, através de diferentes meios, como a fotografia, o vídeo e a performance. Participou recentemente de exposições coletivas no Brasil, em Portugal e no México.

Posted by Patricia Canetti at 4:03 PM

janeiro 27, 2014

Daniel Arsham na Baró, São Paulo

O artista norte-americano, com grande destaque na atualidade, realizará sua primeira exposição individual na América Latina na Baró Galeria, em São Paulo

Daniel Arsham - Volcanic Ash, Rusted Steel, Baró Galeria, São Paulo, SP - 18/02/2014 a 29/03/2014

A Baró Galeria tem o prazer de anunciar Volcanic Ash, Rusted Steel, a primeira exposição individual no país do artista norte-americano Daniel Arsham a ser inaugurada no dia 15 de fevereiro de 2014. A parceria entre o artista e a galeria se iniciou em 2013, quando a galeria apresentou pela primeira vez no Armory Show NY a obra “Error Mirror”. No mesmo ano, a galeria apresentou uma obra da mesma série na SP-Arte, e logo se tornou um dos maiores destaques da feira. Neste novo momento, a Baró inaugura a mostra individual de Arsham que será centrada em noções da decadência arquitetônica e erosão. “Mostrarei obras que possuam uma relação com o tempo e a geologia misturados com construções feitas pelo homem. O Brasil teve um movimento arquitetônico muito interessante e vibrante com muitos sucessos e belos fracassos. Focarei na relação entre arquitetura e natureza e no impacto do tempo e dos elementos sobre superfícies arquitetônicas.”, define o artista.

Daniel Arsham nasceu em Cleveland, Ohio em 1980 e atualmente vive e trabalha em Nova Iorque, Estados Unidos. Conhecido por transformar o rotineiro em algo espetacular e surreal e guiado por conceitos arquitetônicos, transita entre pintura, escultura, instalações, set design e performances de dança. ”De todos os produtos que os seres humanos fazem, a arquitetura é a maior e mais duradoura e importante forma de expressão cultural – é a única coisa que vai durar”, ele declara. Em 2007, desenvolveu o cenário para o espetáculo eyeSpace, o primeiro dos quatro que faria para a Merce Cunningham Dance Company, companhia lendária que outrora contou com colaborações de nomes importantes da arte como Robert Rauschenberg, Frank Stella e Bruce Nauman. Em 2011, criou uma vitrine-instalação para a flagship da marca Dior em NY e, em 2013, foi convidado para ilustrar para a série de Travel Books da marca francesa Louis Vuitton.

Seu último projeto de destaque em 2013 foi realizado em parceria com o compositor, músico e produtor Pharrell Williams resultando em uma réplica do teclado Casio MT-500 – o primeiro a ser usado por Williams na história de sua carreira – constituído de cinzas vulcânicas, vidro quebrado, cristal e aço.

Hoje é sócio e fundador junto a Alex Mustonen da Snarkitecture, estúdio de design colaborativo que opera entre os territórios da arte e arquitetura e que também fará parte da exposição na Baró Galeria.

Para a exposição em São Paulo, o artista apresentará 16 peças inéditas (sendo 4 pinturas e 12 esculturas), que vão desde objetos de gesso, cinzas vulcânicas e vidros quebrados com ar de relíquias arqueológicas, esculturas feitas à partir de auto-retratos e uma grande instalação no meio da galeria que dialogará diretamente com a arquitetura do hangar da Baró.

Exposições individuais e últimos trabalhos

2013
FUTUREARCHIVE, Galerie Perrotin, Hong Kong
YESTERDAYSFUTURES, Louis Vuitton Singapore headquarters in conjunction with the Singapore Biennale
SOTA, featuring #YESTERDAYSFUTURES Part 2
RECOLLECTIONS, Pippy Houldsworth Gallery, London, UK
TOMORROWSPAST, Ron Mandos Gallery, Amsterdam, Netherlands

2012
Reach Ruin, The Fabric Workshop Museum, Philadelphia, PA, EUA
Project at The Box, Pippy Houdsworth, Londres, UK
Storm, Galerie Perrotin, Paris, França
Ron Mandos, Amsterdam, Holanda
The fall, the ball and the wall, OHWOW Gallery, Los Angeles, CA, EUA
Commemorative Marker, in collaboration with Snarkitecture, Marlins Ballpark, Miami, FL, EUA

2011
Set design for Merce Cunningham Dance Company's last performances, Park
Avenue Armory, NovaYork, NY, EUA
Dig, in collaboration with OHWOW Gallery and Galerie Perrotin, Store Front for Art and Architecture, New York, NY, EUA

2010
Alter, Galerie Emmanuel Perrotin, Miami, FL, EUA
Animal Architecture, Galerie Emmanuel Perrotin, Paris, França
Ron Mandos Gallery's booth, Artbrussels, Bélgica
Avalanche, set design for the performance of Merce Cunningham's company at Adrienne Arscht Center, Miami, FL, EUA

2009
Set design for Merce Cunningham Dance Company's Paris Performances, França

Coleções Públicas
Louis Vuitton Collection, France
Walker Art Museum, Minneapolis, MN
Project for Dior Homme, Los Angeles, CA, EU
Museum of Contemporary Art, Miami, FL
The Four Seasons Miami Collection, FL, EU

Links
www.danielarsham.com
www.snarkitecture.com
www.barogaleria.com/artist/daniel-arsham
www.barogaleria.com/exhibition/daniel-arsham-2

Posted by Patricia Canetti at 2:21 PM

Janaina Tschäpe na Fortes Vilaça, São Paulo

Janaina Tschäpe – The Ghost in Between, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 07/02/2014 a 15/03/2014

[Scroll down to read in English]

A Galeria Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar a exposição The Ghost in Between em que Janaina Tschäpe, artista residente em NY, mostra seu mais recente filme. Produzida na Amazônia e apresentada em forma de dupla projeção, a obra enfoca o olhar romântico sobre um mundo a desbravar das viagens científico-exploratórias do século XVIII e XIX.

A prática do vídeo e da fotografia é paralela à pintura e desenho no desenvolvimento da poética de Tschäpe. As diferentes mídias se influenciam permanentemente. Dentro destes quatro campos, ao longo dos anos, a artista recorreu diversas vezes a mitologia e literatura em contraponto às descobertas da ciência para criar seres fantásticos, células e plantas fictícias, em um universo onde o real e o imaginário coabitam.

O título do filme alude a um costume brincalhão dos habitantes do alto Amazonas de procurarem fantasmas, em fotografias. Segundo eles o fantasma fica no limite entre o começo da vegetação ribeirinha e o seu próprio reflexo no rio. Para os povos indígenas que formam a base da população local, o mundo invisível é tão real quanto o visível e isto informa a rica e híbrida mitologia amazônica.

The Ghost in Between, propõe uma viagem subjetiva ao flertar com a ideia romântica da busca pelo desconhecido. Vemos uma mulher navegando pela paisagem, refletida num Rio Negro imóvel e espelhado. A imagem vai se tornando abstrata, como as manchas simétricas do teste psicológico de Rorschach, e assim o mundo conhecido abre espaço para a existência de seres místicos. A mulher se metamorfoseia em menina e em criatura e volta a ser mulher. Há cenas povoadas por crianças e seres antropomórficos que ora permanecem imóveis, como em documentos etnográficos, e ora interagem com a natureza em cenas justapostas às sequências de paisagem.

Em narrativa ambígua, por vezes beirando a exploração do exótico, a artista subverte e questiona precisamente o lugar de quem observa e é observado. O mundo imaginário e fantasioso, embebido de um velado romantismo ingênuo vai nos levando para um lugar onde nada pode ser definido de fato, o lugar onde fantasmas habitam.

Janaina Tschäpe nasceu em Munich, Alemanha em 1973. Entre suas exposições individuais destacam-se Quimera no IMMA – Irish Museum of Modern Art, 2008; em 2009 a Trienal do Centro Internacional de Fotografia, Nova York e Museu de Arte Kasama Nichido, Japão. Já participou de exposições coletivas no MAC USP, São Paulo; MAM, Rio de Janeiro; LiShui Museum of Photography, China; New Museum, Nova York; Guggenheim Museum, New York entre outras. Sua obra está em importantes coleções tais como Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Moderna Museet, Stockholm, Suécia; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Minas Gerais, Brasil; Centre Pompidou, Paris, França Museu Nacional Centro de Arte Reina Sophia, Madrid, Espanha.


Janaina Tschäpe – The Ghost in Between, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 07/02/2014 til 15/03/2014

Galeria Fortes Vilaça is pleased to present the exhibition The Ghost in Between, in which the New York based artist, JanainaTschäpe, shows her most recent film. Produced in Amazonia and presented as a double projection, the work focuses on the romantic outlook towards a world to be explored of the 18th- and 19th-century scientific journeys.

The practice of video and photography is parallel to that of painting and drawing in Tschäpe’s poetics. The different media are constantly influencing each other. Within these four fields, over the years, the artist has resorted various times to mythology and literature in counterpoint to the discoveries of science in order to create fantastic beings, fictitious plants and cells, in a universe where the real and the imaginary coexist.

The film’s title alludes to the playful custom of the inhabitants of the Upper Amazon River to look for ghosts in photographs. According to them, the ghost is in the fringe between the edge of the riverside vegetation and its reflection in the river. For the indigenous people who make up the basis of the local population, the invisible world is as real as the visible one, and this informs the rich and hybrid Amazonian mythology.

The Ghost in Between proposes a subjective journey by flirting with the romantic idea of the search for the unknown. We see a woman navigating through the landscape, reflected in a motionless and mirrored Rio Negro. The image becomes abstract, like the symmetric splotches of a Rorschach psychological test, and the known world thus opens a space for the existence of mystical beings. The woman metamorphoses into a girl and into a creature, and returns to being a woman. There are scenes peopled by children and anthropomorphic beings that sometimes remain motionless, as in ethnographic documents, and sometimes interact with nature in scenes juxtaposed to the landscape sequences.

In an ambiguous narrative, at times bordering on the exploration of the exotic, the artist subverts and precisely questions the place of the observer and the observed. The imaginary and fantastic world, steeped in a veiled naive romanticism leads us to a place where nothing can in fact be defined, the place where ghosts dwell.

JanainaTschäpe was born in Munich, Germany, in 1973. Her solo shows have most notably included Quimera at the Irish Museum of Modern Art (IMMA), 2008; and in 2009 at the Triennial of the International Center of Photography, New York, and at Kasama Nichido Art Museum, Japan. She has participated in group shows at MAC USP, São Paulo; MAM, Rio de Janeiro;LiShui Museum of Photography, China; New Museum, New York; Guggenheim Museum, New York; and other venues. Her work figures in important collections such as those of Itaú Cultural, São Paulo, Brazil; ModernaMuseet, Stockholm, Sweden; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Minas Gerais, Brazil; Centre Pompidou, Paris, France; and MuseuNacional Centro de Arte Reina Sophia, Madrid, Spain.

Posted by Patricia Canetti at 6:49 AM

janeiro 24, 2014

Coletiva 140 caracteres e Jenny Holzer no MAM, São Paulo

MAM abre exposição 140 caracteres, inspirada nas redes sociais e nas manifestações de 2013, no dia 28 de janeiro

Mostra de obras do acervo com curadoria coletiva abre simultaneamente à inauguração do Projeto Parede com Jenny Holzer, artista conceitual nova-iorquina

140 caracteres - 29/01/2014 a 16/03/2014

Jenny Holzer - Truism (1977-9), Inflammatory Essays (1979-82) - 29/01/2014 a 15/06/2014

Um coletivo de pessoas tem sua autoria individual diluída em prol de ações conjuntas. Recentemente, a premissa ganhou força nas redes sociais, com grupos formados no ambiente da web compartilhando pensamentos e opiniões, e nas manifestações de rua, em que indivíduos perdem a identidade na multidão para fortalecer as causas reivindicadas. Alinhada com esta ideia, a exposição 140 caracteres, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, foi pensada por 20 curadores, que, em consenso, chegaram ao conceito do projeto e selecionaram 140 obras do acervo do museu para compor a mostra. Sob a coordenação do curador do MAM Felipe Chaimovich, 140 caracteres será inaugurada no dia 28 de janeiro. Em paralelo, para estrear o Projeto Parede de 2014, - em que o MAM convida dois artistas por ano para ocupar com uma obra o corredor de acesso entre o saguão de entrada e a Grande Sala - a artista conceitual americana Jenny Holzer apresenta os trabalhos Truism (1977-9) e Inflammatory Essays (1979-82).

Com integrantes de cidades e formações diferentes, esse grupo participou do primeiro Laboratório de Curadoria, realizado pelo MAM Educativo e ministrado por Chaimovich ao longo de 2013. Assim como acontecem com os outros cursos promovidos pelo Educativo, a proposta era que não houvesse uma pré-seleção para o ingresso dos alunos, podendo se inscrever interessados em geral, não necessariamente profissionais ligados à arte. “Essa diversidade funcionou bem”, aprova o curador do museu.

Os debates e os exercícios aplicados durante o laboratório, somados à onda de protestos pelo Brasil - e sua forte reverberação também na internet -, conduziram os alunos a um encadeamento de ideias: mobilizações populares-redes sociais-twitter-140 caracteres. “Isso revelou a chave para se selecionar as 140 obras”, diz Chaimovich. E também para definir os temas que dariam norte à mostra. Em cartaz até dia 16 de março, a exposição ocupará a Grande Sala e a Sala Paulo Figueiredo, configurando, na prática, uma divisão histórica dos trabalhos escolhidos.

Na Grande Sala, estarão compiladas, em núcleos, obras contemporâneas relacionadas a assuntos da atualidade, criando um espaço mais vinculado à antropologia urbana e à política do que à história da arte. No núcleo de máscaras, por exemplo, as peças escolhidas no acervo fazem alusão às máscaras usadas por diversos grupos durante as manifestações populares. Ainda no espaço, destacam-se outros trabalhos, como Máquina curatorial, de Nicolás Guagnini, Telhado, de Marepe, Uma vista, de Cássio Vasconcellos, e Ato único, de Iran do Espírito Santo.

Fazendo uma contraposição política, a Sala Paulo Figueiredo reunirá trabalhos do período da ditadura militar no Brasil – uma maneira também de lembrar os 50 anos do Golpe Militar de 1964. Nessa seção, uma parede inteira, do chão ao teto, será tomada por obras daquele momento histórico. Diante dessa parede, dois trabalhos, contemporâneos, ocuparão a mesma sala. Um deles será Problemas nacionales (2012), de Jonathas de Andrade, uma impressão sobre placa de acrílico, que ficará repousado sobre uma escrivaninha de escritório.

Espera-se que os visitantes interajam com a obra, tirando fotos com ela e postando-as nas redes sociais, como Instagram, Facebook e Twitter. O outro, Transestatal (2006), consiste em uma instalação de Marcelo Cidade, composta por entulhos, plástico, madeira, tijolos, cimento, bebida alcóolica, mangueira e bomba d’água. “A exposição 140 caracteres é reflexo da mobilização por meio das mídias sociais, como aparato político e reflexão social sobre o que aconteceu em junho, em comparação com a ditadura”, define Felipe Chaimovich.

O processo no Laboratório de Curadoria
O primeiro Laboratório de Curadoria ocorreu de março a dezembro de 2013, com recesso em julho. Com duração de cerca de dois meses, a primeira parte se baseou na antropologia, através da análise de texto do livro Pensamento selvagem, de Lévi-Strauss.

Na segunda fase, os alunos tiveram aulas de redação a partir do método dialético, que foca na oposição de ideias que levam a outras ideias, por meio da tríade "tese, antítese e síntese". Com base nesse exercício, todos escreveram uma redação, com temas diversos. Em um terceiro momento, a turma se dividiu em três subgrupos e, em cada um deles, foi eleita uma redação.

As três teses eleitas ganharam mais duas antíteses feitas pelos dois grupos complementares, totalizando uma combinatória de nove opções. Foram então escolhidas, por votação, uma tese e uma antítese, encerrando-se, assim, esse ciclo.

De volta às aulas, no segundo semestre, o grupo entrou na etapa de estruturar a exposição. Juntos, chegaram à definição das 140 obras do acervo para compor a mostra. Além disso, cada um ficou responsável por escrever sete legendas comentadas, que serão fixadas próximas das respectivas obras, descrevendo-as e contextualizando-as dentro da exposição. E, claro, nenhum dos textos virá assinado. Afinal, essa é uma mostra coletiva, que não assinala autorias. Para vivenciar plenamente o museu, os 20 alunos/curadores foram distribuídos em várias tarefas, em áreas como curadoria, acervo, captação de patrocínio, marketing, educativo e jurídico. “Desde o início, isso foi o foco do laboratório”, conta Chaimovich. “A exposição em si é uma das etapas do processo, não só o resultado.”

Projeto Parede – Jenny Holzer
Nascida em 1950 nos Estados Unidos, Jenny Holzer é uma importante artista contemporânea, residente em Nova York. Holzer utiliza as palavras como principal matéria-prima de trabalho e explora espaços públicos como suporte para exibir as ideias em outdoors, placas luminosas, painéis eletrônicos, projeções em prédios públicos, pôsteres e cartazes. Seu trabalho é carregado de símbolos e de força poética, social e política, abordando temas como raiva, orgulho, sexo, morte, guerra, individualidade e amor. Ao mesmo tempo em que sua obra é exposta em lugares públicos, por meio de frases simples, Holzer revela um aspecto intimista, que causa reflexão no observador.

A estreia de Holzer deu-se por meio dos lambe-lambes da série Truisms, com frases como “Você precisa saber onde você acaba e o mundo começa” ou “A revolução começa com mudanças no indivíduo”. A série, como o nome diz, mostra o óbvio por meio de clichês, examinando a construção social de verdades conhecidas como absolutas. Cada truísmo destila ideias difíceis e controversas em uma frase aparentemente simples.

Desses cartazes, Holzer partiu para Inflammatory Essays, obra que participou da Documenta de Kassel (1982), considerada uma das maiores e importantes exposições de arte contemporânea e moderna que ocorre a cada cinco anos em Kassel, na Alemanha. Composto de 100 frases impressas em papéis coloridos, que serão exibidas no Projeto Parede tanto em inglês quanto em português. Como em qualquer manifesto, as frases instam e defendem uma ideologia forte e particular. Com a obra, a artista convida o leitor a considerar a necessidade urgente de mudança social, a possibilidade de manipulação da opinião pública e uma possível revolução. Indignação, fúria, politica, utopia e ímpeto são alguns dos sentimentos que inflam o discurso social da artista e dialogam com as questões políticas exibidas na mostra 140 caracteres.

Café Educativo
Outro destaque da mostra 140 caracteres é a obra Café Educativo, de autoria de Jorge Menna Barreto, que consiste num espaço de mediação espontânea, que visa a aproximar o público da exposição. Diferentemente de uma visita guiada, o visitante poderá ter uma conversa mais prolongada com os atendentes do educativo ou com um dos 20 curadores, que se revezarão numa escala para este atendimento. O objetivo é criar um clima de conversa em um café para que os curadores possam explanar sobre o projeto curatorial e a produção da mostra, além de sentirem de perto a recepção do público.
“É tão raro os visitantes terem a oportunidade de conversar com algum curador, que queremos explorar esse formato de curadoria coletiva para aproximar essa relação”, afirma Jorge Menna Barreto, que apresentou essa obra no Panorama, de 2011, no próprio MAM. “Essa não é uma obra concreta, ela muda a cada situação e ganha uma nova roupagem. Desta vez, usaremos o novo balcão de madeira certificada que fica na antiga recepção e alguns puffs para criar um clima de bar/café e atrair o público para conversar”, explica. Os participantes ainda terão acesso ao material da biblioteca que ficará a disposição como jornais do dia, revistas da área de arte e cultura, além de livros sobre artistas presentes na mostra.

Biblioteca
A proposta de ocupação da Biblioteca Paulo Mendes de Almeida com obras durante as exposições, iniciada em 2011, segue com a exibição de Bandeira, uma serigrafia sobre tecido de algodão, de Emmanuel Nassar. O projeto começou com a exibição da obra Jogo da Amarelinha, da mineira Marilá Dardot, e já recebeu a trilogia de livros I met, I went e I got up, do japonês On Kawara. Com isso, a biblioteca fixa-se como espaço expositivo alternativo do MAM, recebendo obras que têm uma relação especial com o local e que, dessa maneira, ganham um aprofundamento do seu significado poético.

Curadoria coletiva do Curso Laboratório de Curadoria - MAM
Mini-Biografias

Arlete
Arlete Fonseca de Andrade nasceu e mora na cidade de São Paulo. Fez graduação em ciências políticas e sociais (sociologia) na FESPSP, mestrado em psicologia social e doutorado em antropologia, ambos na PUC-SP.Apaixonada por fotografia e temas relacionados à arte e cultura, vem desenvolvendo nos últimos anos estudos e projetos nestes segmentos.

Artêmide
Artêmide Franco, apaixonada por artes plásticas e música desde criança. Esta se formando em marketing pela Universidade Metodista. Trabalhou em agencias de publicidade como web designer. Na Associação Brasileira de Arte trabalhou como curadora e na organização de eventos culturais como exposições e discussões sobre arte com artistas plásticos de Sorocaba. Participação no projeto Viva o Centro, pela ABART, um projeto que leva artes para o centro histórico da cidade de Sorocaba.

Conceição
Maria Conceição de Figueiredo Matos Soares
Natural de São Paulo; atualmente reside em Sorocaba onde se graduou pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras.Fez pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.Paralelamente ao trabalho com Educação, estudou pintura frequentando diversos ateliês. Como artista plástica, assina Conceição Matos e é catalogada pelo New Circle International Artist Register e pela Domani. É membro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História e da Associação Brasileira de Arte.

Damaris
Damaris Domingues, 26, natural de Sorocaba. Formada em História e atualmente estuda Comunicação Social, Relações Públicas e curadoria de Arte Moderna. Faz parte da comissão de jurados do Prêmio Flávio Gagliardi de Arte em Sorocaba. Trabalhou como assessora de imprensa na Associação Brasileira de Arte. Atualmente trabalha como relação publica da fotografa Camila Fontenele e da artista plástica Carolinna Drummond.

Guilherme
Guilherme Tosetto é fotógrafo e pesquisador. Mestre em Multimeios pela Unicamp, especialista em Fotografia e graduado em Comunicação Social pela Universidade de Londrina. Trabalhou na Folha de São Paulo e Editora Abril como fotojornalista. Atualmente é editor de imagens do portal G1 e escreve artigos sobre fotojornalismo e acervos fotográficos.

Veronica
Ines Veronica Falcon, Manauense -AM de nascimento, e residente em Sao Paulo desde 2007. Morou na Bolivia, Argentina e Suica. Formada em Relações Publicas (Universidad NUR) e Fotografia (SENAC).Foi picada pelo “bichinho da Arte” quando teve a oportunidade de trabalhar como VIP Relations na Exposicao “In the name of the Artists” da Bienal em 2011. Atualmente estuda Marketing de Relacionamento na FGV (Fundacao Getulio Vargas).

Ivaldo
Jornalista cultural, atuo em diversos meios de comunicação, com destaque os programas Metrópolis (TV Cultura, 1995 / 2000-2003) e TAM Nas Nuvens (TV de bordo, desde 2011). Fui bolsista do governo holandês no curso Educative Programme Production for TV e fiz cursos de arte e exposições em Florianópolis. Ao me mudar para São Paulo em 1994, participei de montagens de instalações da 22º Bienal de São Paulo. Desde então, participo ativamente das cenas de artes, moda e música eletrônica. Dirigi e roterizei documentários sobre estes temas e coorganizei o livro Percurso do Círculo: Schwanke - séries, múltiplos e reflexões. Sou membro-fundador do coletivo Projeto Rosângelo, que cria vídeos, performances, estampas e trabalhos site specific. “A vida até parece uma festa”, dizem os Titãs.

Letícia
Designer formada pela FAAP. Atualmente cursa: Arte: História, Crítica e Curadoria na PUC-SP, onde também participa do Grupo de Pesquisas em Bienais. Aluna do curso Laboratório de Curadoria oferecido pelo MAM/SP.Paixão por arte, design, arquitetura, fotografia e literatura se dedica quase que totalmente a esses interesses, além da língua alemã que estuda e pratica desde a infância.

Luiza
Luiza Testa, 26 anos, é apaixonada por arte e esportes. Formada em Letras Português-Francês pela USP, atualmente, é sócia-proprietária da 11.16, uma loja/galeria de arte/café em Campinas-SP, onde cuida especialmente das exposições de novos artistas. Também colabora com alguns sites, escrevendo artigos sobre arte contemporânea. Anualmente, coordena a produção de um calendário cuja renda é totalmente revertida a uma instituição que resgata e cuida de animais abandonados.

Marcelo
Arquiteto, curador e crítico independente. Criou e dirige, juntamente com Márcia Gadioli, a Casa Contemporânea, espaço cultural inaugurado em julho de 2009 voltado a exposições, debates e produção de arte contemporânea.

Maria Amélia
Maria Amélia Shimabukuro Levorin, 45 anos,paulistana.Formada em Arquitetura de Interiores pela FAAP tendo atuado na área por 20 anos.Na minha trajetoria desenvolvi alguns projetos com o artesanato brasileiro contemporâneo e participei da curadoria de exposições em galeria.Atualmente está envolvida com dois projetos de arte popular.
Acredita que a arte tem a força da transformaçao "Arte - Transforma a Açåo"

Maria Isabel
Maria Isabel Villalba, de Buenos Aires, mora em São Paulo desde 2004.Formada em Psicologia na Argentina e em Artes Plásticas pela Escola Panamericana de Arte e Design em São Paulo.Interessada em fotografia e especialmente na arte contemporânea.Faz cursos de historia da arte desde 2010 e atualmente o curso de critica e o laboratório de curadoria, todos no MAM.

Milton
Milton Mansilha. Natural de São Paulo. Formado pelo Senac em Fotografia, Mestre em Artes Visuais pela Griffith University- Australia. Fotojornalista. Agitador cultural. Marketeiro. Artista visual por amor, educador por opção.

Nalim
Nalim Garzesi, 23 anos, formada em Comunicação Social e Curadoria de Arte. Vive e trabalha em São Paulo.Já circulou com lambe-lambe pela cidade, fez crownfounding para documentário sobre intervenções urbanas, previamente conhecido como "Por uma cidade menos monocromática", produz crônicas escondidas, rabiscou paredes de des-conhecidos. Busca ser tudo isso e um pouco mais.

Pollyanna
Pollyanna Guimarães. Mineira de Belo Horizonte, mas desbravadora de São Paulo a 1 ano. Bacharel em Design de Ambientes pela UEMG, atualmente cursando Especialização em Artes Visuais: Cultura e Criação no Senac. Fez teatro, dança e também já fez parte de uma banda tocando pífano, sax e pratos, mas se encontrou mesmo atrás dos palcos. Apaixonada por todo tipo de ambientação, além da graduação como designer, fez curso de design de joias e de Cenografia no Grupo Galpão.Busca com o Laboratório de Curadoria aprender um pouco de mais um estilo de ambientar. Costura por hobby e como boa mineira cozinha por prazer. Organizada, curiosa, brava, otimista, polly. Não gostava do seu nome até entender o quando ele é forte e a descreve.

Renata
Renata Valentini Martins, 21 anos. Paulistana. Estudante de Design, filha de Arquiteto e Desenhista Industrial. Colecionadora de antiguidades familiares. Patinação e miniaturas, sua paixão. Se emociona com o aroma da infância. Gosta de sentir o vento e com "duas mãos e o sentimento do mundo" (Carlos Drummond de Andrade), sonha em envelhecer.

Sandra Baptistone
Sandra Aparecida Baptistone,natural de São Paulo, professora de História e apaixonada por arte.Mestra em psicologia da Educação.

Sandra Sanches
Sandra Regina Paniza Sanches, natural de São Paulo,bacharel em comunicações,empresária.Aficionada em arte e fotografia.

Silvia
Silvia Vignola. Paulistana que gosta de arte.Como profissional de saúde pública, durante muitos anos me dediquei ao desafio de discutir a arte de viver com saúde. Agora o desafio é outro: descobrir a arte de viver com arte!

Yudi
Yudi Rafael é artista visual e pesquisador. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-graduando do curso de especialização em Crítica e Curadoria de Arte na PUC-SP, foi contemplado com prêmio-bolsa na 45ª Anual de Arte da FAAP, onde cursa o bacharelado em Artes Visuais.

Posted by Patricia Canetti at 2:09 PM

janeiro 22, 2014

Andreas Fogarasi na Galeria Vermelho, São Paulo

A Vermelho apresenta, de 21 de janeiro a 1 de março de 2014, a exposição “1988” do artista Andreas Fogarasi que conta com curadoria de Sophie Goltz, além da animação “White Noise” (2006), da dupla Angela Detanico e Rafael Lain, e da instalação “Espectro do Vermelho” (2013) de Maurício Ianês. Na data de abertura das exposições, o artista Fabio Morais lança, no Edições Tijuana, o livro “Site Specific, um Romance”, da editora Par(ent)esis.

Andreas Fogarasi é um artista austro-húngaro nascido em Viena [Áustria] em 1977. Em 2007, Fogarasi foi premiado com o Leão de Ouro na 52ª Bienal de Veneza (2007). Fogarasi é graduado em arquitetura e Artes Visuais na Academy of Fine Arts de Viena e é um dos fundadores da revista dérive. Zeitschrift für Stadtforschung.

Em suas obras, Fogarasi utiliza estratégias de exibição que são reminiscências do minimalismo e da arte conceitual para explorar questões acerca do espaço e da representação. “1988”, título escolhido por ele para a individual na Vermelho, faz alusão às várias mudanças políticas ocorridas no final dos anos 1980, bem como a outras manifestações urbanas menos visíveis que aconteceram nas últimas décadas.

A obra de Fogarasi aborda temas como arquitetura, economização das cidades e culturalização dos espaços públicos, (des) construindo por meio de vários procedimentos a idéia de cidade nos países europeus. Seus trabalhos conjugam diferentes expectativas e demandas relacionadas ao espaço urbano, apontando para o comprometimento do artista com a arquitetura do espaço.

Como em outras cidades do globo, as transformações ocorridas no espaço urbano a partir da década de 1990, em São Paulo, apontam, segundo a curadora da mostra, não apenas para o fenômeno de gentrificação, mas também para a prática de apropriação do espaço urbano como instrumento de cidadania, oposto à lógica capitalista. Na exposição, Fogarasi descontrói essa lógica e pergunta como devemos entender as ruas, as praças, as casas, as cidades, a construção e a materialidade do cotidiano. Como se dá a construção da subjetividade nesse meio? Qual o futuro dos grandes projetos arquitetônicos em oposição aos ícones da modernidade tardia, como a Casa de Vidro de Lina Bo Bardi [São Paulo], ou a Casa Barragán de Luis Barragán [Cidade do México]?

Primeira individual de Fogarasi no Brasil, “1988” apresenta a série de fotos “Mirrors” (2014), criada especialmente para a exposição, e inclui também as instalações “North American International Auto Show” (2012), “Postcards” (Verde Guatemala / Sem título) (2012-2014), além do filme “Folkemuseum” (2010).

No filme “Folkemuseum”, que empresta seu título do museu norueguês localizado em Oslo, visitantes da instituição dividem a projeção com perguntas propostas pelo artista, como Should I bring my own actor (Devo trazer meu próprio artista?). O filme apresenta várias questões, como a história do museu norueguês, a paisagem urbana que o rodeia e a cidade norueguesa por meio de uma coleção de 155 edificações que ocupam uma área de 140.000 m², em Oslo.

Já em “Mirrors” e “North American International Auto Show”, Fogarasi apresenta imagens de importantes projetos arquitetônicos inacabados ou em processo de deteriorização. As imagens criam um jogo com a fotografia arquitetônica convencional, em que o carro, símbolo do capitalismo no século 20, aparece como anti-herói, apontando para a falência do projeto econômico Fordista, que conduziu à decadencia de cidades cujas economias estavam baseadas na indústria de automóveis, como Detroit.

Como nenhuma outra cidade do mundo, Detroit representa o fim de uma era econômica. Ao mesmo tempo, ela surge também como exemplo de alternativa para a vida nas grandes cidades que vai além da eficiência econômica calculada, como novas formas de comunicação e de projetos autogeridos.

1988 sugere ao visitante várias questões, como o que caracteriza a identidade da cidade nos dias de hoje, a paisagem ou a arquitetura? Como podemos devemos enxergá-la?

White Noise (2006)
Angela Detanico e Rafael Lain


A animação “White Noise” apresenta uma seleção de fotografias tiradas por satélite da Amazônia. Lentamente, as cores presentes na imagem invadem a brancura da tela, o som da instalação aumenta proporcionalmente. Em “White Noise”, o som é equivalente ao ruído branco da imagem, como se os pontos selecionados se transformassem simultaneamente no mesmo número de sonoridades. Embora não seja intenção dos artistas apresentar uma metáfora acerca do desmatamento da floresta amazônica e da poluição do seu imenso rio, a ligação parece inevitável.

Espectro do Vermelho (2013)
Mauricio Ianês


“Espectro do Vermelho” se apropria e distorce a forma e o significado das bandeiras, tecendo uma crítica acerca do patriotismo e da idéia abstrata de nação, de sociedade e da representação de comunidade por meio de um símbolo. Ianês compara essa estratégia àquela de usar uma única palavra para descrever objetos díspares ou contraditórios. As vinte e seis bandeiras dos estados brasileiros, além da do Distrito Federal, foram reproduzidas com tecido vermelho e seus emblemas bordados também em vermelho, distorcendo e descaracterizando, dessa forma, seu conteúdo político.

Site Specific, um Romance
Fabio Morais
Editora Par(ent)esis, Florianópolis, 2013, 1000 exemplares.

“Site Specific, um Romance”, mais recente livro escrito por Fabio Morais, é uma obra que utiliza o papel como espaço expositivo. Narrativa fictícia que cobre quase cem anos na vida de dois personagens, o livro foi concebido como uma exposição de arte na qual cada capítulo representa uma obra no espaço expositivo do romance. Para isso, sua textualidade é formalmente construída a partir de conceitos e linguagens do campo das artes visuais, como ready-made, non-site, vídeo, site specific, instalação, entre outros, friccionando assim a práxis literária, natural à escrita, com a práxis das artes visuais.

“Site Specific, um Romance” é a dissertação de mestrado de Fabio Morais, defendida na Universidade Estadual de Santa Catarina, em 2013, que uniu num só corpo textual a obra artística e a dissertação. A obra dá continuidade à atuação de Morais que já há algum tempo une práticas literárias com as das artes visuais, criando nesta intersecção o território de seu trabalho artístico.

Andreas Fogarasi – Seleção de exposições individuais: GfzK. Museum of Contemporary Art, Leipzig (2014); Museum Haus Konstruktiv, Zurique (2014); Galerie Cortex Athletico, Paris (2013); Prefix Institute of Contemporary Art, Toronto (2012); Trafó, Budapeste (2012); Museo Reina Sofia, Madri (2011); CAAC, Sevilha (2011); Ludwig Forum, Aachen (2010); Georg Kargl Fine Arts, Viena (2010); MAK, Viena (2008); Ernst Museum, Budapeste (2008); Lombard Freid-Projects, New York (2008). Seleção de exposições individuais: Grazer Kunstverein, Graz (2011); CAC, Vilnius (2011); MSU, Zagreb (2010); Mücsarnok, Budapeste (2009); 52th Venice Biennale / Hungarian Pavilion (2007), Kunstverein für die Rheinlande und Westfalen, Düsseldorf (2007); European Kunsthalle, Colonia (2007); MAK Center for Art and Architecture, Los Angeles (2006); Palais de Toyko, Paris (2003); Manifesta 4, Frankfurt / Main (2002).

Angela Detanico e Rafael Lain – Seleção de exposições individuais: Alfabeto Infinito - Fundação Iberê Camargo - Porto Alegre – Brasil; - Weightless Days version Kyoto 2013 - Kyoto Art Center - Kioto – Japão; - Amplitude - Museu Coleção Berardo - Lisboa – Portugal (2013); Rio Corrente – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil (2012); - Lexico – Blindarte Contemporanea – Nápoles – Itália (2011); -Horizon Vague -Galerie Martine Aboucaya- Paris – France (2010). Seleção de exposições individuais: Amor e ódio a Lygia Clark - Zacheta National Gallery - Varsóvia – Polônia; Imagine Brazil - Astrup Fearnley Museet – Oslo – Noruega [2013]; Más allá de la xilografía - Museo de la Solidaridad Salvador Allende – Santiago- Chile; The Spiral and the square - SKMU Sorlandets Kunstmuseum - Kristiansand – Noruega (2012); Ensaios de Geopoéticas – 8ª Bienal do Mercosul – Porto Alegre – Brasil (2010); 10ª Bienal Habana - Integración y resistencia en la era global - Havana – Cuba (2009).

Maurício Ianês – Seleção de exposições individuais: O Nome – Projeto Octógono – Pinacoteca do Estado – São Paulo – Brasil; Silence – Y Gallery – Nova York – EUA [2013]; Emet, do sopro ao silêncio – Centro da Cultura Judaica [CCJ] – São Paulo – Brasil; Um e Outro Silêncio – Cultura Inglesa – São Paulo – Brasil (2011); Mensageiro – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil [2006]. Seleção de exposições individuais: Avante Brasil - KIT [Kunst im Tunnel] – Dusseldorf – Alemanha [2013]; FLAM III [Forum of Live Art Amsterdam] – Arti et Amicitiae – Amsterdam – Holanda [2012]; Il va se passer quelque chose: Formes & pratiques actuelles de la performance - Maison de l'Amérique Latine – Paris – França; Festival Performance Arte Brasil – Museu de Arte Moderna [MAM RJ] – Rio de Janeiro – Brasil [2011]; 29ª Bienal de São Paulo: Há sempre um copo de mar para um homem navegar- – Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil [2010]; 28ª Bienal de São Paulo – Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil [2008].

Fabio Morais – Seleção de exposições individuais: - Palavras são Coisas - Oficina Cultural Oswald de Andrade - São Paulo – Brasil [2013]; Símile-fac – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil [2012]; Gente de Palavra – SESC Vila Mariana - São Paulo – Brasil [2007]; Museu de Letras – Galeria Vermelho - São Paulo – Brasil [2005]. Seleção de exposições individuais: Imagine Brazil - Astrup Fearnley Museet – Oslo – Noruega; Passant pàgina. El llibre com a territori d’art - Arts Santa Mònica – Barcelona – Espanha [2013]; - The Storytellers - The Stenersen Museum – Oslo – Noruega; The Spiral and the square - SKMU Sorlandets Kunstmuseum - Kristiansand – Noruega [2012]; 8ª Bienal do Mercosul: Ensaios de Geopoéticas – Porto Alegre - Brasil [2011]; 29a. Bienal de São Paulo: Há sempre um copo de mar para um homem navegar-Fundação Bienal de São Paulo- São Paulo –Brasil [2010].

Posted by Patricia Canetti at 10:23 AM

janeiro 13, 2014

Mostra Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú

Mostra Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira
na Coleção Itaú comemora o aniversário de São Paulo

Pela primeira vez, o Itaú Cultural apresenta este conjunto de obras completo cuja base
está no movimento fotoclubista brasileiro iniciado no Foto Cine Clube Bandeirante da cidade,
em 1939; são 116 imagens com obras de artistas como German Lorca, Geraldo de Barros
e José Yalenti, reforçadas pela 12 novas aquisições de Paulo Pires, Marcel Giró, Ademar Manarini, Roberto Marconato, Fabio Morais Bassi, Gertrudes Altschul e Fernando Lemos

No dia 25 de janeiro de 2014, o Itaú Cultural abre a exposição Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú. Celebra, assim, o aniversário da cidade lançando ao público o olhar dos modernos que registraram o crescimento, a urbanização e a transformação da metrópole. Já exibido em recortes em Fortaleza, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Assunção, no Paraguai, e Cidade do México, no México, o acervo é agora exposto completo em São Paulo pela primeira vez. São 116 imagens – 12 delas recém adquiridas – de 27 artistas.

Com curadoria do fotógrafo Iatã Cannabrava e produção e organização do Itaú Cultural, a exposição remonta aos anos de 1940 a 1970, quando, na esteira do modernismo europeu e americano, fotógrafos brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Em cartaz até 9 de março, ela mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro.

“Este acervo está recheado de obras relevantes e com as recentes aquisições consolidou-se como a mais importante coleção modernista brasileira,” atesta Cannabrava. “É importante apresentá-la em São Paulo na sua totalidade já que a cidade foi um dos maiores palcos do modernismo, inspirando e servindo de cenário para muitos artistas do calibre de German Lorca, Geraldo de Barros, José Yalenti e Paulo Pires”, completa.

Alguns exemplos que demonstram a força da arquitetura de São Paulo são as imagens Visão Atlética, Arquitetura, Tentáculos de Ferro e Fonte 9 de Julho, quatro entre as 23 fotografias de José Yalenti expostas. Há ainda duas obras novas do artista: Móbile e Balancê. Considerado um inovador pelo uso da contraluz, Yalenti utilizou a técnica para evidenciar formas geométricas produzindo efeitos abstratos que o transformaram em mestre da contraluz e da geometrização de motivos. Dele, vale destacar também Paralelas e Diagonais, em que o espectador se depara com formas inusitadas, migrando o tempo todo de uma intenção abstracionista a um surrealismo inesperado.

Entre as novidades, encontram-se mais três obras de Paulo Pires recém incorporadas pelo acervo: Estudo Abstrato nº 1, Comporta e Curvas. Ela se juntam a outras 17 imagens do artista que retratam tanto o cotidiano como o crescimento da cidade. Pires expôs pela primeira vez em 1950 no Foto Cine Clube Bandeirante, e fundou, posteriormente, o Íris Foto Grupo de São Carlos.

“As obras dele, como Ascensão, são um exercício de alquimia de laboratório da mais alta qualidade”, observa Cannabrava. “Ao trabalhar técnicas sobre o negativo e o positivo, ele construía desenhos como se fossem resultado da ponta seca de um gravurista”, completa. Além disso, nas palavras do curador, ele incorpora dois elementos à fotografia: o banal, como na Composição com Torneira, e a metrópole paulistana como na foto Linhas, sobre o Edifício Copan, de Oscar Niemeyer. “Esta imagem mostra o desnudamento do símbolo maior da cidade, ainda em andaimes de madeira”, conclui.

Outro artista de destaque na mostra é Marcel Giró (1913-2011). Fotógrafo catalão exilado no Brasil, foi um dos principais representantes da escola Paulista, formado nos anos 50 pelos membros do Foto Cine Clube Bandeirante em São Paulo. Além da recente aquisição Sem título e da obra Miró, a Coleção Itaú incorporou no ano passado as fotografias dele Esboço e Botellas. Para o curador, ambas são representativas dentro desse gênero da fotografia. “Esboço é uma das obras mais delicadas da coleção, é um ícone do movimento onde um inofensivo lago com plantas aquáticas refletidas se transformam em uma sinfonia de traços”, conta. “Isso dá uma especial delicadeza ao jogo com as formas, tão inerente ao movimento da fotografia moderna.”

Aquisições
Além das já citadas, entre as novidades do acervo estão as fotografias Disputa 1., de Roberto Marconato; Pespectivas, de Fabio Morais Bassi; e Sentido Único, de Fernando Lemos. Elas se somam às obras deles já existentes na coleção, adquiridas em seu início em 2002. É nova, ainda, a imagem Sem Título, do renomado Geraldo de Barros, que, em um total de 11 fotografias, retrata a incessante busca pelo geométrico dos modernistas. O artista também marcou o início da Coleção Itaú, com as obras: Cadeira Unilabor; Fotoforma, Estação da Luz; Fotoforma, Pampulha; Homenagem a Paul Klee; Sem Título, Cemitério do Tatuapé; e Sem Título, Tatuapé.

A Folha Morta, de Gertrudes Altschul, é outra que acaba de se juntar a mais três obras da fotógrafa no acervo. E Composição, de Ademar Manarini, que tem outras nove fotografias de estilo abstrato-geométrico em exibição.

Raridades
Entre algumas raridades da coleção está Telhas, de Thomaz Farkas, que constrói com criatividade um novo olhar sobre os já tão fotografados telhados. “Mesmo com o título ao lado da fotografia, duvidamos de qualquer referência a telhas ou telhados”, observa o curador. “Esta imagem, por exemplo, nos leva a um passeio por luz e movimento, e particularmente lembra as bandeiras de Volpi, que na verdade não nasceram bandeiras, mas sim telhados.”

O abstrato-geométrico de Ademar Manarini faz par perfeito com Arabescos em Branco, de Gertrudes Altschul, rara representante do gênero feminino no fotoclubismo deste período. Se junta a este grupo a imagem Formas, de Eduardo Salvatore, de quem vale ressaltar o importante papel no cenário fotoclubista como um dos fundadores do Foto Cine Clube Bandeirante. Rubens Teixeira Scavone, em Abstração #5, completa o conjunto, em uma foto eternamente contemporânea de cartazes rasgados.

Fotocublismo
Cannabrava explica que o fotoclubismo brasileiro teve início em São Paulo, no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, e se alargou para outros fotoclubes da cidade. Em geral, era composto por fotógrafos amadores que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e quebrar regras. Nesses núcleos aterrissaram artistas como Geraldo de Barros, José Yalenti e German Lorca. “Nas imagens, encontramos as buscas por formas e volumes, abstracionismos e surrealismo, em uma evidente influência das antigas vanguardas europeias”, conta o curador.

Os trabalhos destes artistas começaram pictorialistas, imitando os padrões da pintura do século XIX. Com o desenvolvimento e crescimento econômico do país, desembocaram no celeiro da fotografia moderna brasileira, a chamada Escola Paulista. “As obras parecem uníssonas porque tem forte unidade temática, divididas em dois grupos: cidades ou formas, sejam elas geométricas, elaboradas ou simétricas”, explica o curador. “A partir deste momento, texturas, contraluzes, enquadramentos sóbrios, linhas, solarizações, fotomontagens, fotogramas, entre outros tópicos, passam a integrar o vocabulário criativo”, afirma.

Vale observar, também, que a maioria dos membros dos fotoclubes era de imigrantes de origem europeia, como o citado Giró, ou descendentes refugiados das guerras do hemisfério norte, estabelecendo no Brasil uma produção com olhar mais otimista e de esperança no futuro, distante de assuntos sociopolíticos que predominavam nos trabalhos da época, e diferenciando-se do movimento europeu focado nas dificuldades sociais.

Para o curador, este grupo se antecipou ao atual universo dos blogs, facebooks e flickrs montando o que poderia ser chamado de primeiras redes sociais de que se tem conhecimento na área de fotografia. Por meio de salões, catálogos e concursos formaram uma teia internacional que divulgava a produção nos grandes centros da fotografia mundial e também do Brasil.

Acervo Itaú
Este acervo começou a tomar forma no início da história do grupo há mais de 60 anos. Entre arte contemporânea e moderna tem cerca de 3.600 peças representativas de todos os movimentos da história da arte nacional, como esta de Fotografia Modernista Brasileira. Somado às mais de 6.400 peças da Coleção Numismática, com moedas, condecorações em medalhas, e aos cerca de 2,2 mil itens da Coleção Brasiliana – com iconografia nacional, imagens avulsas ou inseridas em álbuns de gravuras e centenas de livros, documentos e mapas que retratam e revelam os 500 anos do Brasil e sua cultura – totaliza mais 12 mil peças.

Em um esforço para garantir o acesso do público em geral, o Itaú Cultural já realizou 72 mostras com recortes de diferentes gêneros artísticos deste acervo e das exposições específicas realizadas pelo instituto. Apresentadas em 18 cidades do Brasil e mais seis países, como Argentina, França e Uruguai, já foram vistas por mais de 1,2 milhão de pessoas.

Posted by Patricia Canetti at 3:11 PM