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novembro 14, 2014

Ilusões: mostra de videoarte na Daros, Rio de Janeiro

A Casa Daros apresenta mostra de videoarte, com curadoria de Analu Cunha, que integra a programação paralela da exposição Ilusões. A coletiva de videoarte acontece entre os dias 19 e 22 de novembro de 2014.

"A mostra fará um recorte das diferentes abordagens da ilusão na produção videográfica brasileira, sem separar por temas. A título de pesquisa, os vídeos foram inicialmente pensados a partir de algumas formas das seguintes categorias, logo abandonadas: a surpresa, o engano, o fantasma, a miragem, o espelho, o sonho, o truque, a mágica, a loucura, o transe, o tempo, a miniatura. Como as obras escolhidas apresentam não um, mas diferentes aspectos da arte de iludir – ou sacudir – o espectador, optou ‐se por deixar a este as categorizações finais. Se forem necessárias," apresenta a curadora.

Ilusões – Mostra de Videoarte

ARTISTAS E OBRAS

Analu Cunha – “Pickpocket”, 2012
Vídeo digital, sem som, 4’4
O vídeo exibe a materialização da imagem como condição – e véspera – de seu desaparecimento, evidenciando suas qualidades ambíguas e contraditórias. Em silêncio, o valor e o estatuto da imagem.

Analu Cunha é artista, doutora em Linguagens Visuais pelo PPGAV/UFRJ com estágio PDEE na École Doctorale Arts Plastiques, Esthétiques & Sciences de L'Art - Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne. É professora de videoarte e dos cursos de Fundamentação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atua como curadora, educadora, pesquisadora e artista visual, com participação em exposições no Brasil e no exterior.

André Parente – “Estereoscopia”, 2006-2009
Vídeo digital, som, 1’32
Um zoom infinito que envolve a imagem de duas pessoas fotografadas em campo/contracampo (dispositivo principal da representação audiovisual) reproduzindo, conceitualmente, a estrutura de uma imagem fractal (a parte contém o todo).

André Parente é artista e teórico do cinema e das novas mídias. Em 1987, obtém o doutorado na Universidade de Paris 8 sob a orientação de Gilles Deleuze. Em 1991, funda, juntamente com Rogério Luz, o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre 1977 e 2007, realiza inúmeros vídeos, filmes e instalações nos quais predominam a dimensão experimental e conceitual. Seus trabalhos foram apresentados no Brasil e no exterior (Alemanha, França, Espanha, Suécia, Espanha, México, Canadá, Argentina, Colômbia, China, entre muitos outros). ). É autor de vários livros: Imagem-máquina. A era das tecnologias do virtual (1993), Sobre o cinema do simulacro (1998), O virtual e o hipertextual (1999), Narrativa e modernidade (2000), Tramas da rede (2004), Cinema et narrativité (L’Harmattan, 2005), Preparações e tarefas (2007), Cinema em trânsito (2012), Cinemáticos (2013), Cinema/Deleuze (2013), entre outros. Nos últimos anos obteve vários prêmios: Prêmio Transmídia do Itaú Cultural, Prêmio Petrobrás de Novas Mídias, Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, Prêmio Petrobrás de Memória das artes, Prêmio Oi Cultural 2010, Prêmio da Caixa Cultural Brasília, Prêmio Funarte de Artes Visuais, Prémio Oi Cultural 2014.

André Sheik – “Siga o Coelho Branco”, 2013
Vídeo digital, som, 4’20
Os japoneses têm uma palavra especial só para designar a filtragem da luz do sol através das folhas: Komorebi. As imagens do vídeo “Siga o Coelho Branco”, captadas no cotidiano com telefone celular, são desse tipo, registros de cenas de luz e sombras projetadas no chão, resultado da ação do vento e do sol sobre árvores. A instabilidade dessas imagens transporta o espectador para um estado de percepção alterada.

André Sheik nasceu no Rio de Janeiro, em 1966. Poeta, músico, compositor, redator, curador independente. Desde 1999 estuda artes visuais e expôs seus trabalhos em mostras em Portugal, França, Polônia, Suécia, EUA, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Cuba e Brasil.

Betelhem Makonnen – “The only way out is in”, 2014
Vídeo digital, som,1’10
Dentro do conceito deleuziano de diferença e repetição, a realidade é um devir e não um ser. Cópias geraram uma nova transformação conceitual. A identidade não é fixa, mas em mudança constante.

Betelhem Makonnen (1972, Adis Abeba, Etiópia) vive e trabalha no Rio de Janeiro e Austin, Texas. Artista multimídia cuja pesquisa trata as questões perenes de existência. Através de suas obras, ela pesquisa a relação entre elementos geralmente percebidos como contraditórios usando como plataforma suas próprias experiências pessoais em constante diálogo com novas questões geradas através da sua prática diária de observação, leitura e derivas. Enfatiza o processo de criação em si como uma chave para a coerência do trabalho final.

Brígida Baltar – “Quando fui carpa e quase virei dragão”, 2004
Mini DV, sem som, 2’
“Quando fui carpa e quase virei dragão” é um vídeo cuja narrativa imprime ação à imagem. A câmera fica parada, focalizada nos pés da artista, aludindo a uma simbiose entre seus pés parados e os peixes que se movimentam. Nas legendas, lê-se um relato pessoal sobreposto a um relato tradicional da mitologia japonesa, em que as carpas são vistas como símbolos de fortaleza e sorte por nadarem contra a correnteza, subindo cachoeiras. É uma história de superação e metamorfose. Quando atingem a nascente das águas, os peixes se transformam em dragões. Esse vídeo foi rodado durante um passeio ao lago da cidade de Nara, no Japão.

Brígida Baltar nasceu no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e recebeu os prêmios Rioarte (1994), Conexões Artes Visuais Funarte (2010) e foi selecionada para o edital do Governo do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura (2011). Sua obra se apresenta em diferentes linguagens como ações mostradas através de vídeos, filmes e fotografias, instalações, esculturas, desenhos e som. Participou de importantes exposições, como a 1ª Bienal da América, em Denver (2010), Panorama de Arte Brasileira (2007), 25ª Bienal de São Paulo (2002) e 5ª Bienal de Havana (1994). Destacam-se as exposições individuais no Brasil “O amor do pássaro rebelde”, Cavalariças, Parque Lage (2012); “O que é preciso para voar”, Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro (2011); “Um céu entre paredes”, Fundação Joaquim Nabuco (2009); “Pó de casa”, Galeria Nara Roesler (2007), Projeto Respiração, Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro (2007). Entre as exposições no exterior estão: 17a Bienal de Cerveira, Arte crise e transformação, Portugal (2013), Chambres à part VIII: Voir est une Fable, “La Réserve”, Paris (2013), Cruzamentos: Contemporary Arts in Brazil, Wexner Center for the Arts, Ohio (2013), SAM Project Paris, (2012); The Peripatetic School: Itinerant Drawing from America Latina, Museo de Arte del Banco de la República in Bogotá (2012), Drawing Room Londres e MIMA, Middlesbrough Institute of Modern Art (2011), Marginália- d'après Edgar Allan Poe, Plataforma Revolver, Lisboa e Constructing Views: Experimental Film and Video from Brazil, New Museum, Nova Iorque (2010); After Utopias, Museu Pecci, Prato (2009); In search of the miraculous, University Gallery of Essex, Colchester, (2007); An Indoor Heaven, Firstsite, Colchester (2006), L’Autre Amerique, Passage de Retz, Paris; Untitled, Santa Barbara Contemporary Arts Forum (2005), Body Nostalgia, Museu de Arte Moderna, Toquio; Unbound, Parasol Unit, Londres; C’est pas du cinema, Studio Fresnoy des Arts Contemporains, França (2004); Collecting Humidity, Kunsthaus Baselland, Suíça (2001). Desenvolveu projetos com Capacete Entretenimentos Rio de Janeiro, 2004.

Bruna Moraes – “Des coberto”, 2012
Vídeo digital, som, 3’40
Faz-se necessária a reflexão sobre as narrativas imagéticas e o poder delas sobre nós, espectadores. Neste trabalho, a artista aborda o que se espera de algo que começamos a acompanhar, e a indagação de se existe mesmo um porquê para que isso se estenda até seu desfecho. A descoberta ou a não descoberta do motivo pelo qual nos fazemos interessados e cativados por imagens que contam histórias.

Bruna Moraes é estudante de artes visuais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), assistente de câmera na indústria cinematográfica nacional e amante da ilusão.

Cezar Bartholomeu – “Sem Título”(Para A cidade e os símbolos I, de Italo Calvino”,2001
Mini DV, sem som, 3’24
Uma voz que não ouvimos lê “A cidade e os Símbolos I”, uma descrição de uma cidade feita de transparência e memória. No entanto, nada ouvimos, apenas acompanhamos um olho que imagina a cidade ficcional.

Cezar Bartholomeu nasceu em São Paulo. Artista visual, lida prioritariamente com questões da fotografia como arte: prática, história e teoria, já expôs no Brasil e no exterior. Principais exposições: “Mar(é)”, 2006, Galeria Novembro; “Parfum Brûlé – Le Brésil et l'age d'or”, 2005, Galeria da ENSP Arles; “Artefoto”, 2002 CCBB-RJ; “O corpo na arte brasileira contemporânea”, Itaú Cultural, 2005; “Outros territórios”, Museu da Imagem e do Som, São Paulo SP, 1994; “A inflação – Projeto Macunaíma”, Palácio Gustavo Capanema IBAC, Rio de Janeiro RJ, 1994; “Na falta da verdade”, Casa Triângulo, São Paulo SP, 1993; “Brasilien – Entdeckung Und Selbstentdeckung”, Fundação Suiça para a Fotografia, Zurich (Suiça), 1992, entre outras. Professor do curso de História da Arte da Escola de Belas Artes da UFRJ na área de teoria da imagem, doutor em linguagens visuais pela EBA/UFRJ, 2008; mestre em linguagens visuais EBA/UFRJ, 2002; pós-graduado pela PUC-RJ pelo curso de História da Arte e Arquitetura no Brasil, e graduado em Educação Artística (especialização em História da Arte) pela Uerj. Editor da Arte & Ensaios, revista do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da EBA/UFRJ.

Elisa de Magalhães - “Paralém”, 2006
Mini DV, sem som, 5’
“Paralém” tem como tema a loucura e o conflito entre a clausura e a autoclausura. Aquele que fica louco fica livre em seu mundo particular, livre em seu próprio confinamento. É por isso que a mulher neste vídeo anda de uma porta fechada a outra, através dos corredores de acesso a elas, como um espectro. “Paralém” foi realizado em 2006, nos corredores do antigo Convento do Carmo, hoje prédio da Universidade Cândido Mendes, lugar onde a Imperatriz Dona Maria I, a louca ficou internada até sua morte.

Elisa de Magalhães é artista visual, bailarina, doutora em Artes Visuais pela EBA/UFRJ, Mestre em Artes pelo Instituto de Artes/Uerj, com exposições no Brasil e no exterior. Atualmente, a artista, que mora e trabalha no Rio de Janeiro, faz seu Pós-Doutorado no IACS/UFF, sob a supervisão de Tânia Rivera. Elisa de Magalhães acaba de lançar o livro Nenhuma Ilha sobre seus trabalhos instalativos mais recentes.

Evângelo Gasos – “Out”, 2012
Vídeo digital, som, 2’47 min
A relação da paisagem urbana e o olhar através da janela, por onde as fronteiras se tornam exibicionismo, voyeurismo, intimidade e espetáculo calculado.

Mestrando em Linguagens Visuais pelo programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi assistente do cineasta e fotógrafo experimental Arthur Omar, com quem trabalhou durante seis anos consecutivos em obras de videoinstalações, exposições, filmes e livros com trabalhos exibidos em festivais (It's All true; ETNODOC; CurtaCinema) e espaços de arte (VideoBrasil; Oi Futuro; Galeria Anita Schwartz).

Felippe Cesar Marins – “No war”, 2004
O vídeo nasce a partir de um registro comum, a filmagem de uma janela no prédio vizinho. Em certo momento, há uma intervenção que acontece no mesmo local aonde se encontra a câmera. Essa intervenção, que apesar de não planejada, quebra com a ideia de registro e cria um confronto entra as duas profundidades.

Felippe Cesar Marins é cineasta e videoartista. Formou-se em cinema pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro, e como projeto de conclusão codirigiu o curta-metragem “Casa de Mendes”, que se encontra em processo de finalização. Também é integrante do coletivo Lala, que a partir de uma dinâmica de filmagem construída entre três realizadores pretende documentar a nova cena da música carioca. Atualmente estuda Videoarte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

João Modé – “Suite Belle-Île – Last day of magic [alone]”, 2007
Mini DV, sem som, 2’43
Coleção MAM Rio
“Last day of magic [alone]” é o quarto de um grupo de doze pequenos filmes que compõem a “Suite Belle-Île”, que o artista fez durante uma residência na ilha de mesmo nome na Bretanha, França, em 2007.

João Modé vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu trabalho articula-se por uma noção plural de linguagens e espaços de atuação. Participou da 28ª Bienal de São Paulo [2008], da 7ª Bienal do Mercosul [2009] e da Bienal de Praga [2003]. Alguns projetos, como REDE – desenvolvido em diversas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Berlim e Rennes – e Constelações, envolvem a participação direta do público. Exposições individuais selecionadas: Land, die raum, Berlim, Alemanha [2014]; Desertão, CCBN Cariri, Juazeiro do Norte [2014]; Para o silêncio das plantas, Cavalariças do Parque Lage, RJ [2011/2012]; Eva [invisíveis], Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro [2009]. Participou do Panorama da Arte Brasileira de 2007. Entre as exposições coletivas: Espaços deslocados e futuros suspensos, MAC Niterói, RJ [2014]; Arte e Patrimônio, Paço Imperial, Rio de Janeiro [2014]; Tout est la, Pavillon Carré de Baudouin, Paris [2013]; The Spiral and the Square, Bonnierskonsthall, Estocolmo, Suécia [2011] e Trondheim Kunstmuseum, Noruega [2012]; connect – A Gentil Carioca na IFA Galerie de Berlim e Stuttgart [2010-2011]. Desenvolveu projetos com Capacete Entretenimentos [Rio], Le Centre du Monde [Bruxelas], Casa Tres Patios [Medellin], Watermill Center [NY], entre outros. Tem formação em Arquitetura e Programação Visual, com mestrado em Linguagens Visuais pela UFRJ. Foi membro fundador do grupo Visorama, que promoveu debates acerca das questões da arte contemporânea entre o final dos anos 1980 e a década de 1990. Tem trabalhos nas coleções do MAM-SP; MAM-RJ, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Frac Bretanha, França.

João Penoni – “O pendurado”, 2011
Vídeo digital, som, 3’58
Fotógrafo, videoartista e acrobata adota a performance como estratégia artística, para construir narrativas visuais relacionadas à passagem do tempo, ao ritual dos gestos cotidianos e à consciência de si mesmo. Os rastros da metamorfose do seu corpo são fixados fotograficamente pela longa exposição à luz e ganham animação, sem perder as características próprias do suporte fotográfico, com efeitos de transição diferentes das séries de fotogramas do vídeo ou do cinema. Assim, os movimentos corporais do artista são reinventados através da combinação fluida de técnicas de vídeo e animação, analógicas e digitais.

João Penoni é graduado em Design pela PUC-Rio e com formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Participou de exposições coletivas como From the margin to the edge, no Somerset House (Londres, UK, 2012); Quase Casais, no Espaço Maus Hábitos (Porto, Portugal, 2011); Zonas de Contato, no Paço das Artes (São Paulo, Brasil, 2011). Em 2012, participou da Rio Occupation London, apresentando trabalhos no Battersea Arts Centre e V22. Neste ano, também, apresentou seu projeto Incorpóreo, no Festival Panorama 2012. Em 2013, realiza sua primeira exposição individual, Lúmens - A Luz na Obra de João Penoni, no Espaço Furnas Cultural, Rio de Janeiro. Em 2014, apresentou a performance Lúmen, dentro da exposição Le Parc, Lumiere, na Casa Daros e fez sua segunda exposição individual, Átman, no Espaço Cultural Sérgio Porto, como parte do Foto Rio.

Katia Maciel – “Uma Árvore”, 2009
Videoinstalação digital, sem som, 5’
Uma árvore se movimenta em uma imagem fixa.

Katia Maciel é artista, poeta, cineasta, curadora, pesquisadora do CNPq e professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1994. Em 2001, realizou o pós-doutorado em artes interativas na Universidade de Wales na Inglaterra. Publicou, entre outros, os livros Instruções para fimes (e-book org. com Lívia Flores, 2013), Poesia e videoarte (com Renato Rezende, 2013), ZUN. (2012), Letícia Parente (com André Parente, 2011), O Livro de Sombras (org com André Parente 2010), O que se vê, o que é visto (org. com Antonio Fatorelli, 2009), Transcinemas (Contracapa, 2009), Cinema Sim (Itaucultural, 2008), Brasil experimental: Guy Brett (org 2005), Redes sensoriais (em parceria com André Parente, 2003), O pensamento de cinema no Brasil (2000) e A Arte da Desaparição: Jean Baudrillard (org 1997). Katia Maciel realiza filmes, vídeos, instalações e participou de exposições no Brasil, na Colômbia, no Equador, no Chile, na Argentina, no México, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França, na Espanha, em Portugal, na Alemanha, na Lituânia, na Suécia e na China. Recebeu, entre outros, os prêmios: Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio (2013), Prêmio da Caixa Cultural Brasília (2011), Funarte de Estímulo à Criação Artística em Artes Visuais (2010), Rumos Itaucultural (2009), Sérgio Motta (2005), Petrobrás Mídias digitais (2003), Transmídia Itaúcultural (2002), Artes Visuais Rioarte (2000) Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio (2013). Seus trabalhos operam com a repetição como anulação do tempo nos códigos amorosos e seus clichés e em desnaturezas.

Lívia Flores – “Rio Morto”, 1999
Filme super-8 transposto para video, 2’58
O filme corre paralelo a um rio, imprimindo em seu espelho d'água a imagem especular da cidade que o ameaça.

Lívia Flores é artista e professora da UFRJ. Interessada na relação entre filme e espaço, realizou diversas instalações utilizando projeções em super-8 e 16mm, por vezes transpostas para vídeo. Autora da tese de doutorado "Como fazer cinema sem filme?", vem pesquisando temas relativos à imagem em movimento, projeção e arte contemporânea. Participa de exposições no Brasil e no exterior e tem livro publicado pela coleção ARTE BRA – Lívia Flores (Automatica, 2012). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Tem livro publicado pela coleção ARTE BRA – Livia Flores (Automatica, 2012). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Milton Machado – “Prince”, 2008,
Animação: Luiz Nogueira
Vídeo, som, 1:42 min
A partir de seis fotografias, registro meu deslocamento muito lentamente diante da vitrine de uma galeria de arte em Nova York. No vidro, percebi o reflexo de um imenso outdoor, erguido em frente à galeria, reproduzindo um trabalho muito conhecido de Richard Prince: uma imagem de propaganda de cigarros Marlboro, originalmente contendo as palavras Welcome to the Marlboro Country. A intervenção de Richard Prince consiste em eliminar essas palavras, sem qualquer interferência na imagem. O outdoor, no entanto, volta a incluir palavras, já que sua função é propagandear – não cigarros, mas a firma Phillips de Pury & Company, uma das principais casas de leilões de arte contemporânea. Portanto, trata-se de uma apropriação que acaba por subverter, pela adição de palavras, o estratégico (e falso, porque é eloquente) "mutismo" do artista. Subversões múltiplas da imagem, que implicam retiradas, devoluções, subtrações e adições, mudanças de função e de sentido, perdas de vista de originais. O outdoor produzia um reflexo duplo sobre a vitrine da galeria, de modo que o que se via não eram um único cavalo e um único cavaleiro, mas dois: um era o reflexo do outro, por sua vez já um reflexo. Com meu deslocamento, percebi que essas imagens – cavalos e cavaleiros (inexistentes) – apostavam uma espécie de corrida. Se eu me deslocava para a frente, o cavalo e o cavaleiro refletidos passavam a frente de seu outro reflexo. Deslocando-me para trás, era o outro reflexo, o outro cavalo e o outro cavaleiro que ganhavam a dianteira. É o que mostram as seis fotografias de Prince: essa corrida, por assim dizer fantasmagórica, que não termina jamais. Trata-se de uma aporia. As fotos deram lugar à imagem em movimento. O vídeo é uma animação digital, que fiz no Rio de Janeiro, a partir das seis imagens fotográficas, com a colaboração de Luiz Nogueira.

Milton Machado desde 1970 já fez diversas exposições individuais e participou de coletivas no Brasil e no exterior. Tem textos publicados em livros, revistas, jornais e websites. De 1979 a 1994, foi professor do Centro de Arquitetura e Artes da Universidade Santa Úrsula, e de 1983 a 1994, professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Professor Associado do Departamento de História e Teoria da Arte e do PPGAV-Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Escola de Belas Artes EBA / UFRJ.

Wagner Morales – “Mala testa # 1”, 2014
Full HD, som, preto e branco, 7’33 min
“Mala testa # 1” é o primeiro de uma série de filmes sobre a ideia de transe. O transe é algo que possibilita tanto a visão extrema como a cegueira total. No filme, vemos um herói em seu momento de transe. Ele está nesse limiar: ver tudo ou nada ver. É preciso escolher. O filme tem duas partes e, em cada uma delas, o transe é evocado. A duração do filme faz parte da obra. Ver o tempo passar faz parte da obra e serve como uma pausa para o pensamento. Nesse momento, o pensamento pode focar-se ou perder-se totalmente. O filme foi originariamente concebido para ser visto em um looping.

Artista, pesquisador e curador brasileiro, Wagner Morales tem mostrado seu trabalho no Brasil e no exterior. Projetos recentes incluem exposições no MAM-Bahia, (Salvador, Brasil), Palais de Tokyo, Centre Pompidou e Fondation d'Entreprise Ricard (Paris, França), Cable Factory (Helsinki, Finlândia), Paço das Artes (São Paulo), Galeria Anita Schwartz (Rio de Janeiro) e Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo). Em 2004, recebeu o Prêmio de Criação Visual do 14º Videobrasil (Festival Internacional de Arte Eletrônica) que resultou em uma temporada como artista convidado no Le Fresnoy - Estúdio Nacional de Arte Contemporânea, em Tourcoing, na França. Entre 2005 e 2006, foi selecionado para o Le Pavillon, programa de residência artística do Palais de Tokyo, em Paris, França, onde realizou diversos projetos e exposições. Em 2010, foi artista residente do HIAC (Helsinki International Artist-in-Residence), Em Helsinque Finlândia.
Como curador, esteve no comando do programa de vídeo da 28a Bienal de São Paulo e nos projetos Cinema de Corredor (São Paulo), Acidentes (MNAC / Museu Nacional de Arte Contemporânea de Bucareste), Nouvelles de São Paulo-Carte Blanche à Wagner Morales (Le Silo / École de Beaux Arts, Paris) Film Studies (Benoît Maire no Blau projetos, São Paulo) entre outros.
Atualmente, Morales faz doutorado na Universidade Paris 3/Sorbonne Nouvelle, em Paris. Desde 2013, coordena o La Maudite, espaço de arte independente dedicado a curadorias experimentais, debates e um banco de documentação sobre a arte contemporânea brasileira (www.lamaudite.net).

Posted by Patricia Canetti at 1:40 PM