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setembro 15, 2020
Tudo vem do nosso pátio na FIC, Porto Alegre
“Tudo vem do nosso pátio, da nossa infância… Sempre fui ligado à terra, ao meu pátio. No Rio Grande do Sul, estou no colo da mãe…” (Iberê Camargo)
A exposição apresenta um recorte de obras do acervo e da coleção Ateliê de Gravura da Fundação Iberê a partir da ideia de “lugar de origem”.
Nas obras em exibição, gravuras de 34 artistas gaúchos de diferentes trajetórias, matizes e gerações, realizadas no ateliê dentro do projeto Artista Convidado, em forma de residência. Muitos deles experimentam, pela primeira vez, a técnica da gravura em metal na tradução de suas poéticas.
Alguns dos artistas selecionados voltam ao seu lugar de origem para essa residência. Outros, mesmo vivendo aqui, deslocam-se de seus ateliês até a Fundação.
A partir da experiência no ateliê e da vivência com a arquitetura da Fundação, podemos observar obras com referências ao edifício e seu entorno, ao Iberê e ao ofício da gravura, como nas imagens de Marilice Corona, Rafael Pagatini, Maria Lucia Cattani, Walmor Corrêa, Luiz Eduardo Achutti, Daniel Escobar, Jander Rama e Cristiano Lenhardt.
Para dialogar com esses artistas, foram selecionadas gravuras e pinturas de Iberê Camargo realizadas simultaneamente entre os anos 1989 e 1992.
Na pintura No tempo (1992) reaparece outro elemento icônico do artista, o carretel. O quadro torna-se memória.
Em tempos de distanciamento social decorrentes da atual pandemia a matéria da memória também se faz presente.
A exposição Tudo vem do nosso pátio, aberta a novas e livres associações a partir do recorte proposto, oferece ao público uma diversidade de obras gráficas e pictóricas agora expostas no Átrio da Fundação Iberê, lugar de origem dessas práticas artísticas.
Artistas que participam da exposição
Iberê Camargo, Ariberto Filho, Carlos Pasquetti, Carlos Vergara, Cláudia Hamerski, Cristiano Lenhardt, Daniel Acosta, Daniel Escobar, Danúbio Gonçalves, Eduardo Haesbaert, Elaine Tedesco, Élida Tessler, Flávio Gonçalves, Gisela Waetge, Karin Lambrecht, Jander Rama, Jorge Menna Barreto, Lia Menna Barreto, Lucia Koch, Luiz Carlos Felizardo, Luiz Eduardo Achutti, Maria Lucia Cattani, Marilice Corona, Mauro Fuke, Michel Zózimo, Nathalia García, Nico Rocha, Rafael Pagatini, Regina Silveira, Rochelle Costi, Saint Clair Cemin, Teresa Poester, Vera Chaves Barcellos, Walmor Corrêa, Xadalu.
Neste momento de retomada parcial, as visitas ocorrerão de sexta a domingo, das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone 51-3247-8000 ou agendamento@iberecamargo.org.br.
Nesta fase, em função dos altos custos para operacionalizar os cuidados sanitários, será necessária uma modalidade de contribuição à Fundação pelo Sympla:
- Visita mediada individual: R$ 20,00;
- Visita mediada dupla: R$ 30,00;
- Visita mediada em dupla + catálogo: R$ 40,00;
- Visita mediada em dupla + catálogo + estacionamento: R$ 70,00;
- Profissionais da saúde em geral terão acesso gratuito.
Serão cinco grupos com até 15 pessoas que poderão conhecer as mostras instaladas no átrio e segundo andar, sempre acompanhados por um mediador. Para entrar na Fundação, será obrigatório o uso de máscaras, higienização das mãos e medição de temperatura. O Café Iberê funcionará em formato delivery e o estacionamento ficará aberto das 13h às 19h.
Iberê Camargo - O Fio de Ariadne na FIC, Porto Alegre
Live do dia 11/04 com Denise Mattar e Gustavo Possamai, curadores da exposição
Durante as décadas de 1960 e 1980, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato. Pelas mãos das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias. Muito presentes na arquitetura da época essas grandes tapeçarias eram chamadas por Le Corbusier de “murais nômades”.
Há algum tempo a Fundação Iberê vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas tapeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito da 12a Bienal, que abordará o tema “feminino(s), visualidades, ações e afetos”. Convidada pela Fundação a desenvolver esse projeto a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, da equipe do Acervo, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo de sua história.
Segundo a lenda grega, Teseu foi desafiado a matar o Minotauro, que vivia no Labirinto de Creta do qual era impossível escapar. Ariadne, filha do Rei Minos, resolve ajudar o herói e lhe entrega um novelo de lã, tecido por ela, instruindo-o a desenrolá-lo à medida que adentrasse o labirinto. Assim, depois de matar o monstro, o fio de Ariadne foi o guia que levou Teseu à saída. O mito de Ariadne, que tem inúmeras interpretações filosóficas e psicológicas, mostra também como o apoio de uma mulher pode levar o herói à vitória.
A exposição Iberê Camargo - O Fio de Ariadne reunirá 37 cerâmicas, 7 tapeçarias de grandes dimensões e seus cartões pintados por Iberê, além de gravuras. Será complementada por uma cronologia ilustrada reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas: sua esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Maria Tomaselli e Regina Silveira, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguercio, a galerista Tina Zappoli, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.
Horários e orientações para visitação, no link.
Veja um preview das obras da exposição clicando aqui.
Neste momento de retomada parcial, as visitas ocorrerão de sexta a domingo, das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone 51-3247-8000 ou agendamento@iberecamargo.org.br.
Nesta fase, em função dos altos custos para operacionalizar os cuidados sanitários, será necessária uma modalidade de contribuição à Fundação pelo Sympla:
- Visita mediada individual: R$ 20,00;
- Visita mediada dupla: R$ 30,00;
- Visita mediada em dupla + catálogo: R$ 40,00;
- Visita mediada em dupla + catálogo + estacionamento: R$ 70,00;
- Profissionais da saúde em geral terão acesso gratuito.
Serão cinco grupos com até 15 pessoas que poderão conhecer as mostras instaladas no átrio e segundo andar, sempre acompanhados por um mediador. Para entrar na Fundação, será obrigatório o uso de máscaras, higienização das mãos e medição de temperatura. O Café Iberê funcionará em formato delivery e o estacionamento ficará aberto das 13h às 19h.
Dobra - Festival Internacional de Cinema Experimental no MAM, Rio de Janeiro
Festival da experimentação artística no cinema acontece até 27 de setembro no canal online da Cinemateca do MAM
Em 2020, o DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental chega à sua 6ª edição consecutiva reafirmando a potência de invenção de novos mundos que move o cinema experimental, em correalização com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, instituição que tem atualmente a Petrobras, o Itaú e a Ternium como mantenedores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o Grupo PetraGold como patrocinador.
Entre 8 e 27 de setembro, o DOBRA será hospedado pelo canal do MAM Rio na plataforma Vimeo e exibido no site www.festivaldobra.com.br, como parte das celebrações dos 65 anos da Cinemateca do MAM. A programação navega pela produção contemporânea brasileira e internacional em busca de uma imaginação radical, e apresenta novas formas e proposições para o enfrentamento dos desafios atuais. Todas as sessões do DOBRA são gratuitas. Além das exibições de 10 programas de filmes, também será realizado um curso e bate-papos online.
A chamada para a edição 2020 do festival, aberta em plena pandemia e a quarentena por ela imposta, resultou em 1.094 inscrições de filmes provenientes de 71 países, de cinco continentes. Esses números demonstram o fôlego dos artistas em se manterem vivos e ativos em um mundo que adoece por asfixia.
A partir das inscrições, o DOBRA selecionou 45 filmes que foram divididos em oito programas temáticos. A curadoria formada por Cristiana Miranda, Lucas Murari e Luiz Garcia identificou, além de temas recorrentes em edições anteriores, como memória, pesquisa de linguagem, ecologia e política, dois novos grupos de filmes que dialogam com a ficção especulativa e a estética doméstica. Os programas traçam um vasto panorama da produção experimental contemporânea e contam com representantes da África do Sul, Alemanha, Anguila, Argentina, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos, França, Irlanda, Japão, Kosovo, México, Países Baixos, Palestina, Portugal, Reino Unido, Ruanda e Taiwan. A produção nacional se destaca com uma expressiva representatividade: 14 selecionados.
Para reforçar os laços de solidariedade internacional, o DOBRA traz em 2020 dois programas convidados que presenteiam o público com curadorias que ampliam a cartografia do cinema experimental.
Um desses programas foi proposto por Nicole Brenez, teórica e curadora de cinema experimental, cuja obra crítica é hoje uma das maiores referências francesas e que participa do DOBRA desde a primeira edição. Cada um à sua maneira, os filmes do programa “Ninguém É Cidadão”, proposto por Nicole, exploram as energias dos sentimentos - raiva, ironia, razão, beleza, alegria - para responder aos tempos conturbados em que vivemos.
Da América Latina, Mónica Delgado e José Sarmiento, críticos e curadores peruanos criadores da plataforma Desistfilm.com, propõem o programa “Políticas para enfrentar outra América Latina”. Os filmes desse programa demonstram a vontade de contribuir para uma nova cartografia do político, destacando as vozes de cineastas e artistas de várias partes da América Latina que, por suas sensibilidades, abordam as diversas essências da região, uma categoria em constante movimento e tensão, entre o novo e o velho, entre o puro e o contaminado.
Todos os dez programas estarão disponíveis a partir do site do DOBRA (www.festivaldobra.com.br) durante todo o período de realização do festival, de 8 a 27 de setembro. A programação do festival também incluirá bate-papos online entre os curadores, os cineastas e o público.
O DOBRA também realizará um curso sobre cinema experimental, ministrado por seus curadores, Cristiana Miranda, Lucas Murari e Luiz Garcia, cujas inscrições serão abertas em meados de agosto.
Nas palavras da diretora e curadora Cristiana Miranda: “Reafirmando-se como um espaço de resistência através de uma produção experimental de qualidade, que compreende o Rio de Janeiro como uma cidade integrada no circuito internacional, o Festival DOBRA convida o público a fazer da experimentação cinematográfica uma linha de combate. Queremos outro mundo e afirmamos que um cinema experimental revolucionário, livre das convenções industriais e prolixo de invenções formais pode nos ajudar a construí-lo. Permaneceremos dobrando as margens e atravessando os limites. Afirmamos uma vez mais que os filmes importam, os encontros importam e o cinema é uma potência que imagina e constrói incessantes formas de viver.”
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa
