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março 17, 2017

Alvaro Seixas na Roberto Alban, Salvador

A “arte literária” de Alvaro Seixas pela primeira vez em Salvador

O artista carioca exibe imagens abstratas relacionadas com poesia e literatura na Roberto Alban Galeria

A poesia romântica e o caráter subversivo que marcam as obras de autores como Lord Byron, Marques de Sade e Álvares de Azevedo estão por trás da mostra que o artista carioca Alvaro Seixas apresenta em Salvador a partir do dia 23 de março, abrindo a temporada de exposições de 2017 da Roberto Alban Galeria, em Ondina. O trabalho de Seixas insere-se entre os mais representativos e expressivos da arte contemporânea brasileira, uma produção marcada por imagens abstratas, gestuais ou, como ele prefere situar, por uma “abstração literária”. A exposição poderá ser visitada pelo público entre 24 de março e 23 de abril, das 10 às 19hs.

Intitulada O Coxo, o Sádico e o Poeta, a mostra é a primeira individual de Alvaro Seixas em Salvador. Sua obra, contudo, já é bastante reconhecida no país. Doutor em artes visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ, vem se consolidando como um dos artistas mais relevantes da sua geração. Em 2015, ele foi o mais jovem artista selecionado para concorrer em uma das mais importantes premiações brasileiras em artes visuais: o Prêmio Marcantonio Vilaça. Além disso, sua obra integra importantes coleções particulares, com trabalhos adquiridos recentemente pelo MAR (Museu de Arte do Rio) e pela importante Alex Katz Foundation, nos Estados Unidos. Dentre suas exposições recentes se destaca a X Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2015).

“A série de pinturas que apresentarei em Salvador pode ser "conceitualizada" como abstrata, gestual e outros termos familiares, mas eu gosto de pensar em uma outra ideia, a da "abstração literária", uma vez que meu modo de pintar passou a admitir não apenas elementos do vocabulário das artes visuais, mas da literatura e da poesia, em particular da poesia romântica byronista e da literatura de Sade: suas contradições, fantasias e caráter subversivo”, justifica Alvaro Seixas.

Para ele, a academia acaba muito integrada à sua forma de trabalhar porque “ela deve ser um espaço pulsante, justamente para não corrermos o risco de reproduzirmos um novo "academicismo", ou seja, cheio de regras de como ser um artista contemporâneo(...) Eu procuro sempre "puxar o meu tapete" quando estou dando aula ou pintando um quadro: considero a perplexidade um objetivo louvável do fazer artístico, seja sobre uma tela de pintura ou no âmbito de uma universidade”.

Nesse sentido, na exposição da Roberto Alban Galeria, Seixas disse ter buscado inspiração na persona e na obra de um autor não tão debatido nas universidades de artes plásticas brasileiras: Lord Byron. “Quando lemos uma poesia do Byron muitas vezes a cor de fundo é algo a ser decifrado ou inventado. Quando me proponho e decifrar uma obra complexa como "Don Juan", em campos e rabiscos de cores, estou jogando com a maneira que o expectador ou observador lida com a pintura em contraste com a poesia”, explica.

Nas telas de Alvaro Seixas que serão expostas em Salvador, chama a atenção o uso que o artista faz das cores, que surgem de forma viva, com função de “criar contrastes visuais e teóricos, servindo também para seduzir e confundir o expectador”. Nessa profusão cromática, o artista estabelece um rico diálogo entre materiais tradicionais, como a tinta a óleo, e as tintas spray neon e estruturas metálicas pré-fabricadas. “O spray neon é uma paleta industrial de tempos recentes, cada vez mais popular. É a tinta que encontro tanto na loja de materiais de construção do lado do meu ateliê como também numa loja de street wear cool de Botafogo e do Leblon. Misturar esses universos: azul da Prússia e rosa neon, por exemplo, é fazer um jogo metafórico e narrativo com os materiais - a matéria tem a sua própria história para contar e mesclar essa história com a vida de figuras tão impressionantes como Byron, Azevedo e Sade me pareceu um grande e cativante desafio”.

O texto de apresentação da mostra é do crítico e curador Felipe Scovino, que ressalta que o caráter pensante da obra de Alvaro Seixas se traduz na sua capacidade de trabalhar conjuntamente a narrativa dos três poetas escolhidos: Lord Byron (o coxo), Sade (o sádico) e Álvares de Azevedo (o poeta). “Esses personagens e suas motivações contaminam e alimentam nesse momento a obra de Alvaro Seixas”, afirma Scovino, para quem o artista “não tem medo do ridículo, pois ele ridiculariza a si próprio antes de mais nada. É por essa atmosfera e personagens que tem o desejo, nas suas mais diversas ambições, o amor, a libido e a paixão violentamente expostas que a sua mostra segue”.

Posted by Patricia Canetti at 3:14 PM