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maio 28, 2014

Regina de Paula na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro

A Mercedes Viegas Arte Contemporânea inaugura, no próximo dia 4 de Junho a exposição E fiquei de pé sobre a areia, de Regina de Paula. As obras da mostra tiveram origem em Jerusalém, onde a densidade histórica da cidade marcou a poética da artista, que há mais de uma década é elaborada a partir de sua vivência em determinados lugares ­ especialmente em Copacabana, bairro onde vive. Para Regina a areia, matéria recorrente em sua obra, é mais do que um elemento da paisagem praiana: é o tempo, a decomposição das rochas que se transformam em grãos. Foi justamente a paisagem arenosa que atraiu a artista a Israel, território que é palco de eventos significativos de nossa história e que, para nós no ocidente, marca as origens do cristianismo.

A partir dos registros feitos no deserto de Negev, e das reverberações de sua viagem, Regina apropriou­se da Bíblia para realizar trabalhos que resultam em uma reflexão poética acerca de sua carga simbólica. Considerando a Bíblia tanto uma narrativa histórica quanto ficcional, a artista elaborou especialmente para a exposição uma performance para fotografia em uma praia carioca. Nesse trabalho, uma Bíblia tem seu centro recortado em forma de quadrado, como um cubo negativo, preenchido com areia de praia. Uma jovem artista, Anais, verte a areia e depois leva a bíblia para o mar. A imagem, no cristianismo, opera tanto enquanto local de fé como existe para produzir ficções, como afirma a teórica francesa Marie­José Mondzain.

Um conjunto de cinco bíblias integra a exposição, cada uma com uma intervenção diferente. Entre elas a utilizada na performance e outra em espanhol, com um templo de areia inspirado na arquitetura pré­colombiana, em alusão à catequese na América do Sul. O conjunto da obra revela um olhar reflexivo e subjetivo sobre a história e as narrativas produzidas pela cultura.

A referência à catequese reaparece em duas imagens dispostas verticalmente, tocando na temática da visão “civilizatória” do homem branco sobre os índios. Outros dois grandes conjuntos de imagens fotográficas apresentam as bíblias no processo de intervenção.

Finalmente, um vídeo, com um único plano, praticamente um still, intitulado Bandeiras, realizado nas ruínas arqueológicas de Avdat, trazendo à tona o passado arqueológico e sua realidade presente.

As fotografias da exposição foram realizadas com a colaboração de Wilton Montenegro.

Sobre a artista
Nascida em Curitiba, em 1957, Regina de Paula, vive e trabalha no Rio de Janeiro. onde desenvolve trabalhos em diversas mídias: fotografia, vídeo, objetos, desenhos etc. Desde 2013 a artista tem se voltado para uma pesquisa, financiada pela FAPERJ, que envolve uma reflexão visual e teórica a partir de uma percepção subjetiva de determinados espaços: paisagens, arquitetura; no espaço psíquico do apreciador. A presente exposição é um vertente desse projeto, intitulado Paisagens: deslocamento e sobreposição.

Recentemente apresentou seu vídeo Não ­habitável no evento ObaOba no Fosfobox, em Copacabana. Sua última individual em 2012 foi Tratado elementar de arquitetura, com curadoria de Marcelo Campos, na galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, no mesmo ano realizou Miragens, no âmbito do projeto Cofre na Casa França Brasil e participou de Três artistas, na Galeria Paradigmas, em Barcelona. Foi indicada para o Prêmio Pipa 2011. Em 2005 foi artista residente do Centre d’Art Passerelle, em Brest, França. Foi contemplada com a Bolsa RioArte de Pesquisa em Arte (1996) e com o Projeto Uniarte/Faperj (2000). Recebeu o Prêmio Brasília de Artes Visuais (1998) e o prêmio do VI Salão da Bahia (1999). Viveu em Nova York entre 1988 e 1992 onde fez mestrado na Columbia University (1988/1990). É doutora em Artes Visuais pela EBA/UFRJ (2001/2005). É professora adjunta no Instituto de Artes da UERJ.

Exposições individuais selecionadas
2012, Tratado elementar de arquitetura, Galeria Mercedses Viegas Arte Contemporânea, RJ / Miragens, Casa França Brasil, RJ / 2009, O Cubo paisagem em Nudez e território, Cavalariças, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ / 2006, Não­habitável [SSCC], Galeria Novembro Arte Contemporânea, RJ / 2000, Não­habitável, Museu do Telephone / Espaço Telemar, RJ / 1998, Aqui e para além, Galeria Catete, Museu da República, RJ / 1997, Regina de Paula, Espaço Cultural Sérgio Porto, RJ / 1995, Programa de Exposições, Centro Cultural São Paulo, São Paulo / 1993, Projeto Macunaíma, Funarte/Ibac, RJ.

Exposições coletivas selecionadas
2012, Três artistas, Galeria Paradigmas, Barcelona / 2011, Realidades do desenho contemporâneo brasileiro, SESC Pinheiros, SP / 2010 Projetos [in] provados, Caixa Cultural, Rio de Janeiro / 2007, O Museu como lugar, Museu Imperial, Petrópolis; ARCO Arte Contemporâneo – Galeria Novembro Arte Contemporânea, project room, Madri / 2006, Linguagens Visuais: 10 anos, Centro de Artes Hélio Oiticica, RJ / 2005, Équipée Rio­São Paulo­Brest, Centre d’Art Passerelle, Brest; Amalgames, Musée de l'Hotel Dieu, Mantes la Jolie; Coleção Joaquim Paiva, Théâtre de la Photographie et de l’Image Charles Nègre, Nice / 2003, Centro I EX I cêntrico, CCBB, DF; Grande Orlândia, artistas abaixo da linha vermelha, RJ /
2000­2001, Projeto Rumos Visuais, Itaú Cultural / 1998, XVI Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro / 1993, 17o Salão Carioca de Arte, Escola de Artes Visuais, RJ / 1991, Natural Order, Art in General, Nova York; Artist in the Marketplace, Bronx Museum of the Arts, Nova York.

Posted by Patricia Canetti at 9:25 AM