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setembro 3, 2020
Wisnik e Kaz conversam sobre Burle Marx na Almeida e Dale, São Paulo
O curador da mostra Guilherme Wisnik conversa com Leonel Kaz sobre Roberto Burle Marx. A transmissão acontece no instagram @almeidaedale e será disponibilizada posteriormente no canal da galeria no youtube.
3 de setembro de 2020, quinta-feira, às 17h
Sobre a mostra que fica em cartaz até 31 de outubro de 2020
A exposição Burle Marx: paraísos inventados, na Galeria Almeida e Dale, em São Paulo, apresenta um recorte da produção pictórica, gráfica, escultórica, objetual e paisagística de Roberto Burle Marx (1909-1994). Reconhecido mundialmente como um dos paisagistas mais importantes do século XX, Burle Marx não concebia diferença entre seus projetos de jardins, suas pinturas e seus desenhos. Influenciado pelo Cubismo, combinou o geometrismo e o organicismo de modo ímpar, criando uma poética identificada ao hedonismo lírico da cultura tropical, hoje associada ao termo “Sul Global”. Sua adoração pelas potências da natureza, numa época dominada pelo racionalismo cientificista, faz de Burle Marx um artista pioneiro, muito importante no contexto de um mundo que revê criticamente a ideia cartesiana e iluminista de separação estanque entre natureza e cultura, à luz do conceito de Antropoceno.
Respeitando a cronologia de uma obra que se desenvolve dos anos 1930 aos 1990, a exposição não separará de forma estanque seus trabalhos conforme o medium. Ao contrário, buscará uma aproximação entre as linguagens, relacionando, por exemplo, projetos de jardins, desenhos e pinturas, de modo a explicitar a unidade do seu pensamento.
O título da exposição alude à liberdade com que o artista trabalhava, formulando mundos edênicos em suas obras. Mundos transbordantes de potência criativa, nos quais a lógica geométrica da composição não se opõe à curva orgânica da natureza, muito ao contrário.
Sobre os palestrantes
Leonel Kaz é curador e editor de UQ! Editions e foi Secretário de Cultura e Esportes do Estado do Rio. Foi o editor do livro “Debret Flowers and Fruits” com texto de Burle Marx e escreveu a introdução do livro “Burle Marx”, de Renato Kemp. Curador de várias exposições, entre as quais VIK MUNIZ, no MAM-Rio, MASP, MON-Curitiba; Provocando o olhar, no MASP; O Colecionador – Arte Brasileira e Internacional na Coleção Boghici, no MAR-Museu de Arte do Rio; A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein, no MAM-Rio e no MASP, Arte e Ousadia - O Brasil na Coleção Sattamini no MASP. Como profissional de comunicação foi diretor de publicações em Bloch Editores e Editora Abril, assim como editor em O Globo e é co-autor do livro Museus do Brasil (editora Atlântica).
Guilherme Wisnik é professor da FAU-USP e autor de livros como Lucio Costa (Cosac Naify, 2001), Oscar Niemeyer (Folha de S. Paulo, 2013), Espaço em obra: cidade, arte, arquitetura (Edições Sesc SP, 2018, com Julio Mariutti), publicou ensaios em diversos livros e revistas, tais como Artforum, Architectural Design, Domus, Arch +, Baumeister, Urban China, Plot e Monolito.
É membro da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte e foi Curador Geral da 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo (Instituto de Arquitetos do Brasil, 2013).
Fortes D’Aloia & Gabriel lança a plataforma digital Transe
A Fortes D’Aloia & Gabriel lançou em 4 de agosto, às 19h, a plataforma digital Transe - transe.art.br - que promove e interconecta vários agentes das artes visuais no Brasil. 0101 Art Platform, auroras, Casa do Povo, Galeria Estação, Galeria Superfície, Olhão, Pivô, Projeto Vênus e Sé Galeria inauguram essa rede de colaboração que tem como objetivo se expandir e se transformar com novas rodadas de participantes, a cada três meses. A iteração inaugural foi delineada a partir do circuito paulistano, mas a plataforma receberá também instituições de outras cidades do País.
Abrigada no site da Fortes D’Aloia & Gabriel, Transe surge do desejo de contribuir para a motricidade do circuito das artes visuais, da vontade de coexisitr na interação e no diálogo com diversas entidades atuantes hoje no País. Transe é um campo aberto de troca e exposição, uma iniciativa que propõe união na experiência comum ao mesmo tempo que reafirma a crença na multiplicidade de modelos e linguagens.
Uma série de conversas entre dirigentes das entidades integrantes, curadores e artistas convidados serão incorporados ao longo de cada ciclo, estimulando escuta e reflexão. As atualizações serão constantes, criando um conteúdo dinâmico. Para celebrar a inauguração de Transe, o site da galeria será dedicado por 24h exclusivamente para o projeto.
0101 Art Platform
O 01.01 é uma plataforma de arte que oferece uma maneira mais consciente e sustentável de adquirir arte contemporânea, com foco na produção de artistas africanos e afro-diaspóricos. Criados por artistas e curadores africanos / brasileiros, são apoiados por instituições no Reino Unido (Bockantaj - Inglaterra), Portugal (Galeria ILHA DO GRILO - Lisboa) e Gana (Fundação Ganesa de Arte Contemporânea). O objetivo é reverter antigas rotas de comércio de escravidão em um circuito de intercâmbio cultural, promovendo maneiras justas de coletar e consumir arte.
Transe: 01.01 apresenta a residência internacional Death & Life, uma comunidade temporária criada entre mestres da arte contemporânea, artistas emergentes, colecionadores e outros agentes. O objetivo deste encontro é repensar ética e estética não-hegemônicas com produtores inseridos no mercado de arte e exteriores a ele.
Auroras
auroras é um espaço de arte independente voltado a ideias e projetos de artistas. Baseado em uma casa modernista na cidade de São Paulo, o espaço realiza exposições, itinerâncias institucionais, projetos, editais, publicações, atividades educativas e conversas abertas ao público, incentivando o diálogo entre artistas, críticos, curadores, estudantes e o público em geral e conversas abertas ao público, incentivando o diálogo entre artistas, críticos, curadores, estudantes e o público em geral.
Transe: o auroras tem o prazer de apresentar a exposição Acauã e o Fantasma, um diálogo entre a obra de Rivane Neuenschwander e do escultor José Bezerra, com curadoria de Gisela Domschke.
Galeria Estação
Com um acervo entre os mais importantes do país, a Galeria Estação, inaugurada no final de 2004, consagrou-se por revelar e promover a produção de arte brasileira não erudita. A galeria foi responsável pela inclusão desta linguagem na cena artística contemporânea, ao editar publicações e realizar exposições individuais e coletivas dentro e fora do País. Partindo desta rara competência, o espaço consegue oferecer um panorama histórico e atual de uma produção que ultrapassou os limites da arte popular, ao mesmo tempo em que investiga nomes que, independentemente da formação, trabalham com elementos da mesma fonte.
Transe: a Galeria Estação compartilha um panorama da primeira individual de Santídio Pereira, apresentada em 2016. “Dedicado, sério e focado, Santídio interage com naturalidade no chamado mundo cultural, o que nos leva a pensar que nasceu artista. Constantemente faz novos cursos e mostra interesse em outras linguagens artísticas.”
A Casa do Povo
A Casa do Povo é um centro cultural que revisita e reinventa as noções de cultura, comunidade e memória. Habitada por uma dezena de grupos, movimentos e coletivos, alguns há décadas e outros mais recentes, a Casa do Povo atua no campo expandido da cultura. Criada em 1946 por parte da comunidade judaica progressista, o espaço nasceu de um desejo duplo: homenagear os que morreram nos campos de concentração nazistas e criar um espaço que reunisse as mais variadas associações na luta internacional contra o fascismo. Seus eixos de trabalho - memória, práticas coletivas e engajadas, diálogo e envolvimento com o seu entorno - são pensados a partir do contexto contemporâneo em relação direta com suas premissas históricas, judaicas e humanistas.
Transe: Os trabalhos apresentados coexistem no espaço em temporalidades diferentes, de modos distintos: chegaram ao edifício em comissionamentos específicos ao longo dos últimos sete anos, alguns efêmeros, outros mais permanentes, alguns como plataformas a serem usadas no dia a dia, outros como instalações a serem visitadas. Estes trabalhos ativam de formas diferentes o passado da instituição, sempre numa relação estreita com as questões do presente. Reunimos aqui uma seleção que pudesse dar conta do caráter híbrido e um tanto experimental que caracteriza os trabalhos comissionados para um centro cultural, espaço comunitário e lugar de memória, como é a Casa do Povo.
Galeria Superfície
Inaugurada em maio de 2014, a Galeria Superfície desenvolve um seleto programa de exposições, em paralelo ao desenvolvimento da carreira de artistas contemporâneos e artistas de vanguarda cuja produção centra-se em torno dos anos 70. Dirigida por Gustavo Nóbrega a galeria desenvolve não apenas um trabalho comercial, de inserção de artistas em importantes coleções, como também mantém estreita relação com instituições e museus. Entre suas atividades, destaca-se a dedicação da galeria à produção de publicações voltadas à disseminação de grupos de vanguarda histórica, bem como artistas em meio de carreira.
Transe: a Galeria Superfície apresenta o trabalho de Lotus Lobo. Sua prática artística identifica-se profundamente com o repertório técnico, mas também experimental da Litografia. Sua pesquisa caracteriza-se pelo uso diversificado de suportes e procedimentos extraídos do processo litográfico, sua capacidade técnico-expressiva, que se manifesta como importante aporte material e conceitual para a sedimentação da linguagem autoral. Tal investigação inaugura-se com a apropriação e ressignificação de marcas litográficas industriais, perpassa a experimentação de diferentes bases (pedra, papel, plástico, acrílico e folha de flandres), culminando na intervenção e releitura das marcas (as anotações).
Olhão
O Olhão é um espaço cultural independente, sem fins lucrativos, na Barra Funda (SP - Brasil) gerido pela artista Cléo Döbberthin. É um território experimental que procura refletir e atuar sobre práticas contemporâneas no campo das artes. Além de um ponto de encontro entre participantes da comunidade artística e o público em geral.
Transe: o Olhão apresenta Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, de Tiago Mestre e Dudi Maia Rosa. A exposição pode ser entendida como uma narrativa que se debruça especificamente sobre a relação do individuo com a paisagem, remetendo para a ligação profunda e ancestral entre a forma construída e a forma natural. Como parte dos esforços em manter uma programação durante o período de quarentena, o OLHÃO anuncia também o Programa de Web Residência. Toda semana um artista convidado ocupa o Instagram do Olhão e, ao final do período, apresenta um video. Em Transe, Wisrah Villefort, Sony Gelo, 2020.
Pivô
Sediado no icônico edifício Copan, o Pivô é um espaço de arte autônomo fundado em 2012, que atua como uma plataforma para a experimentação e pensamento crítico de artistas, curadores, pesquisadores e público em geral. O programa da instituição é composto por exposições, residências, palestras e publicações de artistas brasileiros e estrangeiros.
Transe: Com a pandemia, o Pivô suspendeu suas atividades públicas e desenvolveu uma programação voltada para os meios digitais que compartilha em Transe. Em julho, foi lançada a nova plataforma de projetos em ambiente virtual, o Pivô Satélite, com projeto desenvolvido pela curadora Diane Lima e participação de Rebeca Carapiá, biarritzzz, Diego Araúja e Raylander Mártis dos Anjos. O Pivô Pesquisa, programa de residências artísticas da instituição, articula dinâmicas de criação e interlocução coletivas e individuais, e é atualmente apoiado em diversas atividades online - encontros, grupos de trabalho, aulas, palestras - algumas delas abertas ao público. O Ciclo II de 2020 acontece entre os dias 30 de junho e 21 de setembro, sob condução da curadora, crítica de arte e pesquisadora convidada Clarissa Diniz, e conta com a participação de Ana Almeida, Bruna Kury, Christian Salablanca Díaz, Érica Storer de Araújo, Iagor Peres, Pepi Lemes, Vita Evangelista e Yhuri Cruz.
Projeto Vênus
Projeto Vênus é o escritório lira do delírio do curador Ricardo Sardenberg acoplado a um espaço expositivo: uma plataforma dedicada a interagir com a arte contemporânea brasileira e em particular com a sua versão paulistana.
Transe: o Projeto Vênus apresenta sua primeira exposição virtual: Nine out of Ten. Reunindo seis artistas representados pelo escritório e mais três convidados: Adriana Coppio, Camile Sproesser, Flora Rebollo, Janina McQuoid, Luiz Queiroz e Paula Scavazzini, acompanhados dos notáveis Giulia Puntel, Olga Carolina e Yan Copelli. Nine out of Ten é uma referência explícita à música homônima de Caetano Veloso, onde ele relata a beleza e a delícia de estar vivo caminhando pela Portobello Road, em Londres, e encontrar o som do Reggae no início dos anos 1970.
Sé Galeria
A Sé atua em colaboração e parceria com os artistas representados, privilegiando o acompanhamento crítico e a realização de projetos institucionais. Busca também formar novos públicos para artistas e obras que expressem uma visão conceitual e processual de arte contemporânea. A Sé representa 19 artistas brasileiros, todos com sólida trajetória institucional ou acadêmica. A maioria deles inaugurou seu diálogo com o mercado por meio da galeria.
Transe: A Sé Galeria apresenta a individual de Edu de Barros. "Marcel Duchamp, Hélio Oiticica e Hebe Camargo voltarão. Assim o artista Edu de Barros profecia um nem tão longe 2070 pós-apocalíptico. Por isso, sua primeira individual em São Paulo é uma contraproposta ao caos que se anuncia como o fim do mundo. Longe de resignar-se com a hipotética contagem regressiva até o apocalipse, Edu provocativamente engrossa o coro dos que esperam o regresso dos mitos e dos messias do passado, celebrando a criação em meio à convulsão em curso”, trecho do texto curatorial de Clarissa Diniz.
Alair Gomes e Robert Mapplethorpe na Fortes D’Aloia & Gabriel - Artsy OVR
Alair Gomes e Robert Mapplethorpe revisita a exposição que aconteceu na galeria em 2017 e propôs uma justaposição inédita entre a obra de Alair Gomes (1921-1992) e Robert Mapplethorpe (1946-1989). Agora, temos o prazer de apresentar a mostra online, até 18 de outubro de 2020, em que a obra do consagrado fotógrafo americano é mais uma vez vista lado a lado com um artista brasileiro.
O ponto de partida deste diálogo é o desejo – compartilhado por ambos os artistas em textos e entrevistas – de fazer presente em suas obras a experiência de transcendência do sexo. A exposição explora essa relação através do olhar que busca no corpo a perfeição da escultura clássica; na noção de teatralidade presente em Mapplethorpe em oposição ao corpo natural de Gomes; e finalmente na praia como um lugar idealizado do prazer, retratada por ambos os artistas. Dessa forma, os trabalhos são intercalados formando grupos temáticos, sem uma ordem cronológica. Embora as fotografias apresentadas partam de um período próximo, do final da década de 1970 ao início dos anos 1980, essa aproximação é também capaz de marcar algumas diferenças fundamentais entre a produção dos dois. É curioso notar, por exemplo, que enquanto Mapplethorpe nomeia seus personagens, não apenas mostrando seus rostos, mas emprestando-lhes status de celebridade, Gomes opta pelo anonimato total.
Ao longo da maior parede da Galeria, um grupo heterogêneo de imagens de Mapplethorpe trata a praia como um lugar de hedonismo e prazer. O corpo parece integrar-se à paisagem em poses que imitam relevos, fotografados à luz do sol. Outras fotos menos conhecidas revelam o olhar do artista sobre a paisagem crua. Essas imagens são intercaladas com as Sonatinas, Four Feet (1970–1980) de Alair Gomes, realizadas com uma teleobjetiva da janela de seu apartamento em Ipanema. Embora conceda um alcance maior, o uso dessa lente reduz a nitidez das imagens, de modo que as Sonatinas privilegiam a composição geométrica dos corpos em relação à textura contrastada da areia e aos instrumentos de ginástica. O olhar distante procura na ação espontânea uma estrutura geométrica rígida, ao mesmo tempo em que explicita códigos não falados da masculinidade, da interação e da intimidade entre dois homens em público.
Ao fundo da Galeria, fotos de estúdio de Mapplethorpe retratam partes do corpo em recortes precisos, cuidadosamente posados e iluminados com objetivo de realçar suas qualidades escultóricas – volume, peso e superfície estão em evidência. O corpo da fisiculturista Lisa Lyon se mistura aos nus masculinos dessa sequência, denotando a preocupação do artista nas questões de representação de gênero. Ao lado dessas imagens, aparecem os Beach Triptychs (c. 1980) de Gomes que, apesar de sua natureza espontânea, do momento captado sem pose, traduzem a mesma preocupação com a representação clássica de um corpo-escultura.
Um terceiro grupo une imagens de S&M de Mapplethorpe (como Leather Crotch e Frank Diaz, ambas de 1980) com outras onde papéis masculinos e questões de raça são evidenciados por vestimentas. Hooded Man (1980), por exemplo, mostra um homem negro totalmente pelado usando apenas um capuz. Esse grupo aparece lado a lado da obra Sonatinas, Four Feet no 32, talvez a mais explicitamente homoerótica da série.
Robert Mapplethorpe (Nova York, EUA, 1946 – Boston, EUA, 1989) é um dos artistas americanos mais importantes do século XX. Sua produção, catalogada e organizada ainda durante sua vida, continua sendo vista e reexaminada à luz das discussões contemporâneas de gênero. Com o apoio da Robert Mapplethorpe Foundation, criada em 1988, sua obra tem sido tema de retrospectivas em diversas instituições. Destacam-se suas exposições recentes em: Kunsthal Rotterdam (Roterdã̃, 2017), The Getty Museum of Art (Los Angeles, 2016), LACMA (Los Angeles, 2016), Montreal Museum of Fine Arts (Montreal, 2016), Kiasma Museum (Helsinki, Finlândia, 2015), Bowes Museum (Durham, Reino Unido, 2015), Tate Modern (Londres, 2014), Grand Palais (Paris, 2014), Musée Rodin (Paris, 2014). Mapplethorpe está presente em diversas coleções importantes ao redor do mundo, entre as quais: MoMA (Nova York), Solomon R. Guggenheim Museum (Nova York), Metropolitan Museum of Art (Nova York), Whitney Museum of Modern Art (Nova York), SFMOMA (San Francisco), Tate (Londres), National Portrait Gallery (Londres), Centre Georges Pompidou (Paris), Stedelijk Museum (Amsterdã̃), Museum of Contemporary Art (Tóquio).
Alair Gomes (Valença, Brasil, 1921 – Rio de Janeiro, Brasil, 1992), apesar de celebrado por um público seleto, permanece pouco conhecido e estudado, tanto no Brasil quanto fora. Sua obra tem sido resgatada aos poucos, especialmente desde o sucesso de sua exposição na Fondation Cartier, Paris, em 2001. Suas exposições recentes incluem: Young Male, Casa Triângulo (São Paulo, 2016), Muito Prazer, Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, 2016), Percursos, Caixa Cultural (São Paulo, 2015), 30. Bienal de São Paulo (2012), A New Sentimental Journey, Maison Européenne de la Photographie (Paris, 2009).
Casa Roberto Marinho reabre ao público
Instituto será reaberto no dia 5 de setembro, sem cobrança de ingresso e com protocolo reforçado de segurança sanitária
No dia 5 de setembro de 2020 (sábado), a Casa Roberto Marinho será reaberta ao público, cumprindo a determinação do decreto municipal que estabelece a retomada dos centros culturais. Com o objetivo de zelar pela segurança de funcionários e visitantes, a direção do instituto elaborou um protocolo sanitário reforçado com base nas orientações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre outras medidas, o protocolo prevê aferição de temperatura na entrada e distanciamento orientado entre o público. Segue em cartaz até 13 setembro a exposição O Jardim, com curadoria de Lauro Cavalcanti.
Nesta reabertura, a Casa não terá cobrança de ingresso, mas há exigência de reserva prévia no site da instituição (http://www.casarobertomarinho.org.br/), como forma de controle de fluxo. O visitante efetua a reserva e recebe um código de acesso ao instituto através do e-mail cadastrado. O serviço de bilheteria está temporariamente suspenso. A gratuidade vai vigorar até 4 de outubro.
Pontos de álcool em gel estrategicamente distribuídos pelos espaços, distanciamento de 2m orientado por meio de marcações no piso e uso obrigatório de máscara durante a permanência no instituto são algumas das medidas a serem adotadas. O acesso à exposição O Jardim será permitido somente em quatro horários pré-determinados: 12h, 13h30, 15h e 16h30, com circulação simultânea de apenas 80 pessoas (sendo o total máximo diário de 320 visitantes).
A cafeteria igualmente terá capacidade reduzida (com maior distanciamento entre as mesas), cardápio digital, uso de descartáveis quando possível e intensificação da limpeza de mesas e cadeiras com álcool 70%. A livraria do espaço também estará aberta ao público.
Fechada em 16 de março, em virtude da pandemia de Covid-19 e após a publicação do Decreto Estadual nº46966, do Governador do Estado do Rio de Janeiro, a Casa Roberto Marinho se manteve ativa digitalmente, reafirmando seu compromisso com a difusão da arte brasileira. Durante o incontornável período de isolamento social, o instituto idealizou a série “Conversas da Casa”, que apresentou bate-papos gravados entre artistas, curadores, críticos e personalidades de destaque do meio artístico. Entre eles, Beatriz Milhazes, Angelo Venosa, Carlos Vergara, Luiz Aquila, José Bechara, Paulo Sergio Duarte e Frederico Morais. Palestras, vídeos, atividades artísticas para as famílias e outros conteúdos digitais foram regularmente disponibilizados através das redes da instituição, mantendo a conexão entre a Casa e seus públicos.
“A Casa Roberto Marinho será reaberta com todos os cuidados devidos, para que o público se sinta seguro e resgate a sensação de prazer oferecida pelos diversos espaços da Casa, que funciona como um oásis em meio à cidade. A possibilidade de retomar o contato presencial com a natureza e com a arte, através de duas belíssimas exposições, é o convite desta reabertura”, informa Lauro Cavalcanti, diretor do instituto no Cosme Velho.
Sobre a coletiva O Jardim
Os jardins da Casa Roberto Marinho inspiram a temática da exposição, que reúne xilogravuras, objetos e serigrafias individualmente interferidas. A convite do diretor do instituto, Lauro Cavalcanti, 11 artistas contemporâneos criaram múltiplos alinhados pela diversidade de suas linguagens: Angelo Venosa, Beatriz Milhazes, Carlito Carvalhosa, Hilal Sami Hilal, Iole de Freitas, Luciano Figueiredo, Maria Bonomi, Paulo Climachauska, Regina Silveira, Suzana Queiroga e Vânia Mignone. A curadoria optou por incluir também as matrizes e registros dos processos de cada artista, revelando suas práticas no ateliê.
Confira o protocolo de proteção sanitária de reabertura:
Visitantes
Reserva de ingressos on-line, através do site da instituição, evitando aglomeração na bilheteria;
Distanciamento de 2m entre os visitantes orientado pelos funcionários e por meio de marcações no piso dos espaços;
Redução do número de visitantes simultâneos na Casa Roberto Marinho (respeitando o distanciamento);
Aferição de temperatura de todos os visitantes na chegada à Casa (pessoas com temperaturas acima de 37ºC deverão reagendar a visita);
Distribuição de máscaras descartáveis para os visitantes que estiverem sem (a utilização de máscara será obrigatória em todo o período de permanência no Instituto);
Utilização de tapete sanitizante na entrada da bilheteria;
Pontos de álcool em gel distribuídos estrategicamente pelos espaços;
Lixeiras específicas para o descarte das máscaras;
Cinema com somente 1/3 da capacidade. Todas as poltronas serão recobertas por capas de marcação/proteção, que simultaneamente indicarão as posições disponíveis e serão trocadas a cada sessão;
Intensificação da limpeza do cinema, corrimãos das escadas, elevadores, maçanetas das portas e banheiros;
As cadeiras de rodas contarão com capas protetoras de plástico, utilizadas e posteriormente descartadas a cada uso.
Funcionários
Aferição de temperatura de todos os funcionários diretos, indiretos, terceirizados e parceiros (funcionários com temperaturas maiores do que 37ªC não poderão trabalhar);
Uso de máscaras obrigatório, devendo ser trocadas a cada duas horas.
Uso de face shield por todos os funcionários diretos, indiretos, terceirizados e parceiros;
Cafeteria
Capacidade reduzida com maior distanciamento entre as mesas;
Cardápio digital;
Uso de descartáveis quando for apropriado;
Intensificação da limpeza das mesas e cadeiras com álcool 70.
Serviço:
Instituto Casa Roberto Marinho
Rua Cosme Velho, 1105 - Rio de Janeiro
Tel: (21) 3298-9449
Reabertura: sábado, 5 de setembro de 2020, ao meio-dia (área verde e cafeteria a partir das 9h)
Reserva de ingressos pelo site
Horários de visita às exposições:
12, 13h30, 15h e 16h30
Horários de funcionamento regular:
Terça a domingo, das 12h às 18h
Aos sábados e domingos, a área verde e a cafeteria abrem a partir das 9h.
Estacionamento gratuito para visitantes, em frente ao local, com capacidade para 30 carros.
A Casa Roberto Marinho é acessível a portadores de deficiências físicas.
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa
Projeto Latitude apoia sete galerias brasileiras na BAphoto Live
Serão sete galerias de arte brasileiras que vão participar da BAphoto Live, a versão digital da feira de arte de Buenos Aires, que acontece de 1 a 15 de setembro de 2020. Através do Latitude - Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, uma parceria entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea – ABACT e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil, as galerias Aura, Janaina Torres, Karla Osorio, Luciana Brito, Luisa Strina, Mamute e Múltiplo Espaço Arte, estão entre os 60 expositores que terão suas obras disponíveis na plataforma do evento.
Algumas exposições estarão na seção principal da feira e outras poderão ser encontradas na Gallery Show. Abaixo mais detalhes do que cada galeria preparou para seu estande.
Galeria Aura: Os trabalhos dos artistas Júlia Milward, Paula Scamparini e Renato Custódio compõem o estande da Aura na BAphoto deste ano, que estará localizado na seção Geral da feira. Enquanto Júlia explora em suas obras o passado, as memórias e as lembranças, Paula foca nas paisagens como elemento central de sua arte. As fotografias de Renato Custódio se voltam a elementos arquitetônicos, projetando esculturas geométricas em lugares propícios à prática do skate, esporte que ele exercita desde sua infância.
Janaina Torres Galeria: O tema do estande na BAphoto, que estará na seção principal do evento, é ‘Paisagens Alteradas’ e as obras expostas são de Pedro David e Kitty Paranaguá.
Karla Osorio Galeria: O estande que leva o tema ‘Desafios – Fotografia engajada, foto performance em gênero e raça’ apresenta dois artistas, Élle de Bernardini e Moisés Patrício, em série de obras, que são resultado de foto performance de cada um. As obras refletem o engajamento e dedicação de cada um dos artistas a causas de forte cunho social e político. A galeria participa da seção principal da feira.
Luciana Brito Galeria: Presente na seção Gallery Show, a galeria traz obras de Caio Reisewitz, Geraldo de Barros, Rochelle Costi, Thomas Farkas e Gaspar Gasparian. Este último artista terá também um trabalho expositivo na seção Artista Convidado, com curadoria de Francisco Medail.
Galeria Luisa Strina: No estande da galeria na BAphoto estarão expostas obras dos artistas Carlos Garaicoa, Alfredo Jaar, Miguel Rio Branco e Pedro Motta.
Mamute: A proposta da exposição, que estará na Gallery Show, é cruzar dois artistas cujo lema de pesquisa é a reconfiguração da arquitetura: Bruno Borne e Letícia Lampert.
Múl.ti.plo Espaço Arte: Os artistas Walter Carvalho e Murilo Salles terão seus trabalhos expostos no estande da galeria na BAphoto deste ano.
Sobre o Latitude - Platform for Brazilian Art Galleries Abroad
O Latitude é um programa desenvolvido por meio de uma parceria firmada entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea - ABACT, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil, para promover a internacionalização do mercado brasileiro de arte contemporânea. Criado em 2007, conta hoje com 51 galerias de arte do mercado primário, localizadas em sete estados brasileiros e Distrito Federal, que representam mais de 1000 artistas contemporâneos. Seu objetivo é criar oportunidades de negócios de arte no exterior, fundamentalmente através de ações de capacitação, apoio à inserção internacional e promoção comercial e cultural.
O volume das exportações definitivas e temporárias das galerias do projeto Latitude vem crescendo significativamente. Em 2007, foram exportados US$ 6 milhões e, de acordo com a última Pesquisa Setorial Latitude publicada, em 2017 atingiu-se mais de US$ 65 milhões. As galerias Latitude foram responsáveis por 42% do volume total das exportações do setor no ano.
Desde abril de 2011, quando a ABACT assume o convênio com a Apex-Brasil, foram realizadas 48 ações em mais de 26 diferentes feiras internacionais, com aproximadamente 300 apoios concedidos a galerias Latitude. Neste mesmo período, foram trazidos ao Brasil aproximadamente 250 convidados internacionais, entre curadores, colecionadores e profissionais do mercado, em 23 edições de Art Immersion Trips. Além dessas ações, o Latitude realizou cinco edições de sua Pesquisa Setorial, com dados anuais sobre o mercado primário de arte contemporânea brasileira.
O Real Resiste nas ruas, becos, avenidas e vielas do Rio de Janeiro

Saulo Nicolai (Favelagrafia, Morro do Fogueteiro)
A partir de 29 de agosto, mais de cem lambe-lambes vão pousar nas paredes e muros do Rio de Janeiro. O Real Resiste, título de uma canção de Arnaldo Antunes, é uma ocupação urbana concebida por Manuela Muller e Maneco Muller, com cartazes de 2 X 3 metros que despejarão ideias, desejos, gritos — seja lá o que for — em fotografias, poesias, desenhos, grafias e pinturas.
O gesto nasce em contraponto a um processo de demolição da cultura, de amplificação dos negacionismos, do poder punitivo e sua escalada sem fim, da mediocridade, do preconceito, do desrespeito a República, da banalização de tantas mortes que poderiam ser evitadas.
Artistas participantes: Ana Calzavara, Cabelo, Carlito Carvalhosa, Carlos Vergara, Casa Voa com Bernardo Vilhena, Antonio Bokel, Carolina Kasting, Clarice Rosadas, Maria Flexa, Marcelo Macedo e Mateo Velasco, Chelpa Ferro (Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler), Criola, Elvis Almeida, João Sánchez, Marcos Chaves, Pedro Sánchez e Raul Mourão. Entre os poetas, Catarina Lins, Gabriela Marcondes e Marina Wisnik. Entre os fotógrafos, Anderson Valentim (Favelagrafia, Morro do Borel), Elana Paulino (Favelagrafia, Morro Santa Marta), Josiane Santana (Favelagrafia, Complexo do Alemão), Joyce Piñeiro (Favelagrafia, Morro da Providência), Omar Britto (Favelagrafia, Morro da Babilônia), Rafael Gomes (Favelagrafia, Rocinha), Saulo Nicolai (Favelagrafia, Morro do Fogueteiro) e Walter Carvalho. Entre os músicos, Arnaldo Antunes e Leo Gandelman.
Caminhos/Ways na Jaqueline Martins, São Paulo
Estamos de volta com a exposição Caminhos/Ways!
Caminhos/Ways, obra do coletivo Arte/Ação, é o ponto de partida para nossa nova exposição de acervo. Multidisciplinar, a seleção sobrepõe trabalhos que, apesar de se construírem a partir de diferentes linguagens, inquietações conceituais e estratégias de pesquisa, reafirmam o compromisso da Galeria Jaqueline Martins em apresentar artistas que elaboram obras como zona de contato para o exercício de reflexões estéticas, sociais e políticas.
Para garantir a segurança de nossos visitantes e equipe, implementamos medidas de saúde pública, como a exigência de que todos usem máscaras e mantenham uma distância segura. Para agendar uma visita à galeria, entre em contato por email. Estamos funcionando de segunda à sexta-feira, das 10 às 16h30.
Carlos "Marilyn" Monroy apresenta serviços performáticos experimentais no Fonte
A partir de 3 de setembro – e por um mês – Monroy irá habitar o espaço de ateliês coletivos Fonte, com câmeras ligadas ininterruptamente em tempo real: A ação se inicia com sugestões do público para a pergunta “Quer que eu faça o quê?”, frase usada por Bolsonaro para responder à imprensa sobre medidas para a Covid-19
A live inaugural acontece quinta-feira, 3 de setembro, às 19h, em www.youtube.com/watch?v=5OIQ87-oUWo
Diante dos desafios impostos pela pandemia o Fonte, espaço de ateliês coletivos e residências artísticas, lança o programa “Sala de acontecimentos” em que ações serão irradiadas através de plataformas digitais.
O primeiro artista a ocupar a “Sala de Acontecimentos” será o colombiano Carlos "Marilyn" Monroy. O título 1MONTH-ROY faz referência ao período de um mês que o artista irá habitar o espaço expositivo do Fonte com câmeras ligadas ininterruptamente em tempo real.
A cada dia ele fará posts sobre seu processo criativo e transmissões ao vivo criando circunstâncias de diálogo com o público, experimentando com o corpo e as plataformas de redes sociais, procurando repensar o formato já habitual das lives.
O artista que pesquisa ideia de re-formance, isto é a possibilidade de refazer performances à luz do contexto atual, repete o gesto de artistas já clássicos que também se dispuseram a habitar o cubo branco, adicionando camadas de ironia e trazendo novos pontos de vista Latino-americanos ao, entre outras ações, re-transmitir aulas de danças e ritmos populares.
A ação de Monroy se inicia buscando sugestões do público com a pergunta “Quer que eu faça o quê?” uma das frases com que o presidente Jair Bolsonaro respondeu a imprensa que questionava sobre medidas para o controle da pandemia. Estar a disposição dos comentários e sugestões do público das redes sociais em 2020 é contar com um risco de violência em potencial.
Curadoria: Marcelo Amorim (ler texto)
Produção e operação de vídeo: Pedro Gallego
Assistência de produção: Niki Nomura
Realização: Fonte e Monroy's Performance Services
Acompanhe pelas redes sociais: instagram.com/carlos_monroy_visual_arts e instagram.com/residenciafonte.
setembro 2, 2020
Como habitar o presente? Ato 2 na Simone Cadinelli, Rio de Janeiro
“Como habitar o presente? Ato 2 – Estamos aqui”
Dando sequência ao Ato 1, a galeria vai expor em sua vitrine, voltada para a rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema, trabalhos em vídeo feitos a partir de várias linguagens multimídia, como videomapping e GIFs, de 15 artistas, nascidos ou radicados no Rio, São Paulo, Belém, Salvador e Porto Alegre. Os trabalhos poderão ser vistos 24 horas por dia. A exposição será espelhada no site da galeria. Os trabalhos selecionados pela curadora Érika Nascimento são dos artistas Ana Clara Tito, Batman Zavareze, Ivar Rocha, Jonas Arrabal, Leandra Espírito Santo, Gabriela Noujaim, Martha Niklaus, Nathan Braga, Panmela Castro, Roberta Carvalho, Simone Cupello, Talitha Rossi, Ursula Tautz, Virgínia di Lauro e VJ Gabiru.
Simone Cadinelli Arte Contemporânea, dá sequência à exposição Como habitar o presente? com o Ato 2 – Estamos Aqui em sua vitrine e seu site, a partir de 24 de agosto de 2020. Os trabalhos em vídeo feitos em várias linguagens multimídia, como videomapping e GIFs, ficarão ligados 24 horas por dia, e poderão ser vistos por quem estiver passando no local, na Rua Aníbal Mendonça, em Ipanema. A exposição será replicada no site da galeria, com informações completas das obras e dos artistas [https://www.simonecadinelli.com].
Este novo momento da mostra reúne obras de 15 artistas nascidos ou radicados no Rio, São Paulo, Belém, Salvador e Porto Alegre: Ana Clara Tito (Bom Jardim, Rio de Janeiro, 1993), Batman Zavareze (Rio de Janeiro, 1972), Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983), Ivar Rocha (Niterói, 1986), Jonas Arrabal (Cabo Frio, Rio de Janeiro, 1984, radicado em São Paulo), Leandra Espírito Santo (1983, Volta Redonda, Rio de Janeiro, e trabalha entre São Paulo e Rio), Martha Niklaus (1960, Rio de Janeiro), Nathan Braga (Rio de Janeiro, 1994), Panmela Castro (Rio de Janeiro, 1981), Roberta Carvalho (Belém do Pará, 1980), Simone Cupello (1962, Niterói), Talitha Rossi (Resende, Rio de Janeiro, 1987), Ursula Tautz (Rio de Janeiro, 1968), Virgínia di Lauro (Barra da Choça, Bahia, 1989, radicada em Porto Alegre), VJ Gabiru (São Paulo, 1977, vive em Salvador, Bahia).
A curadora Érika Nascimento comenta que “neste tempo cronometrado, em que a vida humana na Terra aparenta ter dias contados, apresentamos ‘Estamos aqui’ – o segundo ato da exposição Como habitar o presente? – e ansiando por dias melhores”. “Em um lugar de fragilidades e dor pelos nossos corpos sociais e físicos, onde a experiência de vivenciar a cidade está afetada, percebemos o mundo – e os códigos para nele existir – sendo recriado a todo tempo. Um lugar de estranhamento, dor e vulnerabilidade, um estado de tensão e atenção para uma sociedade doente”, afirma. “Estamos aqui, em uma dinâmica temporal atropelada, quase um loop, e continuamos sem respostas para as provocações lançadas no primeiro ato. Como podemos imaginar um horizonte, um mundo possível, o nosso lugar como habitante neste tempo presente-futuro? Como manter um estado de esperança e antecipar o presente?”, indaga a curadora.
Os vídeos, em diferentes conceitos, abordam questões pertinentes ao nosso momento atual, como a ideia de infinitos realizados através de códigos gerados a partir do bater das asas de borboleta, no trabalho do criador multimídia de projetos multidisciplinares Batman Zavareze; ideias de “apagamento”, da artista Leandra Espírito Santo, que transita em vários meios, como a performance; a alertas como o feito por Martha Niklaus, do risco permanente sofrido pelo acervo do Museu Casa de Pontal; a transitoriedade da vida na ótica de Nathan Braga; a denúncia da violência contra a mulher, biológica ou não, feita por Panmela Castro, que já expôs no Stedelijk Museum, em Amsterdã, e está na coleção da ONU; a pesquisa sobre o corpo feminino e suas transfigurações diante do “messianismo digital”, com seus símbolos e cancelamentos, de Talitha Rossi; a reconstrução do percurso de seus ancestrais, de Ursula Tautz; a memória, em pequenos fragmentos filmados e GIFs, de Virgínia di Lauro; e, em época de uma pandemia até o momento incurável, o silêncio da noite da cidade vazia, em imagens drone, do artista multimídia VJ Gabiru (Davi Cavalcanti).
Érika Nascimento observa que “Como habitar o presente?”, em seus Atos 1 e 2, “é uma exposição-projeto no sentido de projeção para novos mundos possíveis, um lugar para criar estranhamentos e preenchimentos desta lacuna que estamos atravessando, em uma época em que um vírus afasta nossos corpos e impõe novos códigos sociais e barreiras no cotidiano, nos colocando em um estado de angústia e impotência, e evidenciando grandes abismos sociais já existentes”. Ela complementa, observando que a exposição pode ser vista “através da janela de nossos celulares, computadores ou, em um universo possível, na vitrine da galeria”.
UMA BREVE DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
ANA CLARA TITO
“Os usos da raiva – momento 5” (2019), 1/5 (2 PA)
O trabalho é uma pesquisa que, a partir de ideias de permissão e de possibilidade, explora o registro e a potência do momento e a intelectualidade dos sentimentos. Numa coreografia calma e calculada, o metal é moldado e transformado em escultura durante as performances. Num processo de constante feitura, funcionando para além das definições de uma obra de arte pronta e congelada, as peças geradas seguem seu processo de mudança a cada nova instalação no espaço. A pesquisa é dividida em momentos, sendo cada momento realizado com uma quantidade de material necessariamente maior que a anterior.
BATMAN ZAVAREZE
“Infinito 01, 02 e 03” (2019), animação Full HD [1920x1080 pixels], 3’36”
A partir do desenho vetorial de uma borboleta, transformou o bater de suas asas em códigos e gerou os vídeos “Infinitos”. Ao todo são 47 vídeos livremente criados, sem determinações de um ponto final. Podem ser contemplados isoladamente ou combinados simultaneamente. Na última vez vivenciada, 47 projetores foram direcionados aleatoriamente numa caixa preta, onde chão, teto, e quatro paredes eram sobrepostos de vídeos em "loopings" com movimentos cíclicos, em diferentes perspectivas, oferecendo novos pontos de fuga e a interação do público, no meio de um cenário imersivo. Elas nascem como peças videográficas e constantemente são investigadas para uma vivência 4D. A imagem, o áudio, o espaço e a imaginação se complementam para compreensão dessa experiência em constante processo. “Infinitos” fazem parte das permanentes incompletudes, da inquietação em ver, sentir, escutar uma nova dimensão.
GABRIELA NOUJAIM
“Mulheres Latinamerica 2020” (2020), vídeo, 3' 33"
Produzido durante o período de quarentena devido à Covid-19, o vídeo é marcado pelo som da batida de um coração. A uma certa altura, a silhueta da artista aparece de forma fantasmagórica sobre a região da América Latina no mapa-múndi, seguindo com a projeção de uma radiografia de pulmão sobre seu corpo e o áudio de sua respiração. O som da música funde-se ao batimento cardíaco, apresentando os rostos das mulheres que estão lutando pela sobrevivência, trazendo suas marcas de “alma” estampadas nas máscaras cirúrgicas, formando um só corpo. Uma maneira de chamar a atenção para um vírus silencioso, que ninguém vê, e que é negligenciado por muitos chefes de Estado, o que agrava a situação da pandemia, principalmente em países marcados por desiguais sociais, como o Brasil.
IVAR ROCHA
“O Mundo Locomotiva Se Esfacela” (2013), vídeo, 58’
Baseado na ideia de arte como informação, este filme aborda aspectos críticos do tema, criando tensão entre a informação como tal e os processos de silenciamento presentes nas mais diversas instâncias da sociedade. Partindo de dois dispositivos potentes, sendo o primeiro uma pergunta extraída da cultura pop do anos 1980 – “Todo mundo tá feliz?” – da música de Xuxa Meneghel (1989), e da intervenção “Arte/Pare”, realizada no Recife (1973) pelo artista Paulo Bruscky, onde uma ponte é interrompida por uma fita, desafiando os motoristas a atravessá-la. “O Mundo Locomotiva se Esfacela” é a princípio o registro de uma ação onde repito o gesto de Bruscky, 40 anos depois, somando a isso a pergunta da música. Após instalada, a faixa é abandonada, numa abordagem crítica aos aspectos materiais e simbólicos da violência, investigando a importância das imagens na manutenção de imaginários e ações brutais.
JONAS ARRABAL
“Roteiro para um filme sem imagens” (2019), 14’44
A Ilha do Japonês, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, é uma ilha artificial, criada na década de 1960 para servir de base para os barcos pesqueiros. Aterraram uma área no meio do canal, e plantaram casuarinas – uma árvore resistente a salinidade – para servirem de quebra-vento. O artista se utiliza de elementos que compõem este território para pensar numa parábola sobre os processos de imigrações, memória, deslocamentos, desaparecimentos contínuos e identidade. O texto é escrito e narrado pelo próprio artista e teve participação (em voz) de Shinpei Takeda, artista mexicano, de origem japonesa que vive e trabalha entre Kagoshima (local de origem da família de Jonas Arrabal) e Berlim.
LEANDRA ESPÍRITO SANTO
“Clarão” (2017), vídeo, 2’ em loop
"Clarão"(2017) é um vídeo da série "Apagamento" (2017/2018), que aborda a representação da própria artista, fazendo analogia às ideias de revelar, esconder e apagar. No vídeo, feito em stop motion, uma sequência de imagens simula movimentos fictícios de iluminação e escuridão.
MARTHA NIKLAUS
“Retirantes” (2019), vídeo, 9'4"
Luz e câmera: Francisco Moreira da Costa. Edição: Carlos Fernando Macedo e Martha Niklaus. Cor: Catarina Carvalho.
O trabalho foi motivado pela grande inundação que atingiu o Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro, em 2019. A peça de barro utilizada no vídeo foi modelada pela artista a partir da observação das obras de Mestre Vitalino e Zé Caboclo, presentes no acervo do Museu. “Retirantes” usa efeitos visuais de fortes contrastes, desde a escolha da peça, cujo tema é o êxodo da seca, que é mergulhada em um recipiente de vidro cheio de água. O desmoronamento das figuras de barro cria uma atmosfera apocalíptica e germinal, como as experiências limítrofes vividas nas grandes catástrofes, guerras, enchentes e pandemia. São situações em que se perde o controle e formam feridas, abalando a estrutura do ser em um desmantelamento existencial, numa sensação de suspensão e expectativa.
NATHAN BRAGA
“Deriva” (2014), vídeo, 2”52’.
No vídeo, os refinados movimentos do artista estão em contraponto com os vazios arquitetônicos, e funcionam como golpes no que ainda existe de estável, de fixo, de duradouro em nós. Ao mesmo tempo, invoca devires inesperados de sonhos, nos suspendendo em uma dialética irreparável e inalienável de sentidos, se apropriando de um conceito bastante difundido, mas sugerindo derivas em nós mesmos.
PANMELA CASTRO
"Caminhar" (2017), vídeo, 4'50", HD 720p.
Integrante do acervo do Museu de Arte Brasileira da FAAP, o vídeo mostra um vestido de noiva como um símbolo imponente, um grande fardo. Caminhar arrastando uma longa cauda pintando o chão da cidade de vermelho sangue é mapear metaforicamente a morte diária de milhares de mulheres, causada pelo simples fato de serem mulheres, biológicas ou não. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas (Anuário Brasileiro de Segurança Pública), totalizando 4.657 mortes. O risco de uma mulher negra ser assassinada no Brasil é duas vezes maior do que uma mulher branca.
ROBERTA CARVALHO
“INdiGesTo” (2020), vídeo, 3’15”.
O trabalho é uma performance audiovisual orientada para vídeo, que traz o ato de comer como um gesto de engolir e digerir uma realidade caótica. Na performance, temos uma projeção mapeada no prato que apresenta um vídeo com palavras tiradas dos noticiários atuais em tempos de pandemia. As palavras trazem as contrariedades e as desigualdades sociais que o momento de crise global torna ainda mais visível. O ato de comer denota nossa condição de indivíduo aprisionado em um cenário indigesto onde somos consumidos por esta condição.
SIMONE CUPELLO
“Sub” (2007), vídeo, 4’16”, cor, sem áudio
Uma das primeiras obras da artista, “Sub” possui o cerne de sua investigação sobre materialidade nas imagens. Naquele momento, Cupello utilizava o próprio corpo em experimentações que relacionam as superfícies de vídeos e fotografias com as de paredes e materiais de revestimento. A obra “Sub”, em que Cupello é vista nua movendo-se sobre os tacos de seu apartamento, foi originalmente concebida como videoinstalação e projetada em escala real no chão da capela excomungada do Solar do Unhão, Salvador, durante o 14o Salão da Bahia, em 2007.
TALITHA ROSSI
“CAPS LOCK” (A mãe natureza e a filha da internet, 2016), vídeo, 45”
Na era do messianismo digital em que vivemos uma nova linguagem escrita por símbolos e cancelamentos, o convívio corporal deu lugar para o convívio por telas. “A filha da internet” foi registrada durante uma performance da artista em Berlim em 2016. Quatro anos se passaram, a atrofia digital continua no enxame das vaidades e delírios virtuais. Só que desta vez nossos corpos e nossos aparatos digitais estão quarentenados. Confinados. Fugindo de microvírus para tentarmos não morrer. Mas o que seria um ser vivo neste tempo de mortos-vivos? Quem está vivo? O ser humano? A mãe natureza? Ou a internet?
URSULA TAUTZ
“Sem Título” (série “Estranhamentos”), vídeo em full HD em loop, 1’09”
Na cidade de Ołdrzychowice Kłodzkie, Polônia, lugar dos ancestrais da artista, Ursula refaz o caminho percorrido por sua família durante a guerra. Uma tentativa de criar laços afetivos e reconstruir a memória de forma não-linear, em um lugar de estranhamento, não pertencimento, de reencontro e entrega, o corpo da artista é amalgamado neste “lugar de origem”.
VIRGÍNIA DI LAURO
“Do gesto – ainda tatear as fissuras” (2019), 4’36, edição digital, feita a partir de pequenos fragmentos filmados e GIFs
Vídeo experimental, desdobrado a partir de fragmentos e GIFs atravessado por ruídos, falas, batidas e palavras soltas, onde através das janelas, tanto das telas, quanto nas janelas maquinadas, criam-se espaços de gestos e limites. No lugar de observador e observado, quase um delírio de se perder nos acontecimentos externos e se desconectar de si mesmo.
VJ GABIRU (Davi Cavalcanti)
“Urbe et orbi” (2020), vídeo, 3'21". Videomapping, imagens, edição e audioremix: @vjgabiru. Imagens via drone: Gabriel Teixeira. Trilha sonora: Nego Mozambique.
Para a cidade e para o mundo, no silêncio da noite da cidade vazia, pequenos versos de luz efêmera no espaço urbano demarcam nossa esperança de humanos, para uma pandemia, até então, incurável. Vale o que nos faz únicos como espécie, a linguagem, a capacidade infinita de atribuir sentido e significado a tudo o que nos rodeia, para cidade e para o mundo, nesse século em rede, digital e plural.
MINIBIOS DOS ARTISTAS
Ana Clara Tito (Bom Jardim, Rio de Janeiro, 1993) é graduada em Desenho Industrial pela ESDi/UERJ, com parte dos estudos na York University, em Toronto, Canadá, 2014/2015. Participou do Programa Formação e Deformação 2019, "Emergência e Resistência", e do curso "Cenas para outras linguagens", ministrado pela Camilla Rocha, ambos na EAV Parque Lage. Participou de exposições coletivas no Valongo Festival Internacional da Imagem, Bela Maré, Ateliê da Imagem, Espaço Breu e Solar dos Abacaxis. Realizou exposições individuais da Fundação de Artes de Niterói e no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. É também fundadora-integrante do movimento nacional Trovoa. Em sua pesquisa, utiliza seu corpo e seus estados emocionais/mentais como ponto de partida e de chegada. Seus trabalhos cruzam fotografia, performance e instalação, integrando a matéria como corpo-agente e explorando as relações entre material e imaterial. Pensa sua prática artística como desenvolvimento de um modus e de um universo baseado em permissão e possibilidade.
Batman Zavareze (Rio de Janeiro, 1972). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bacharel em Comunicação Visual, trabalha com projetos multidisciplinares ligados a exposições, shows, peças de teatro e programas broadcasting para canais televisivos brasileiros e internacionais. Suas produções dialogam com arte e tecnologia, utilizando como suporte principal o vídeo e a videoinstalação. Idealizador, diretor-geral e curador do Festival Multiplicidade no Rio de Janeiro desde 2005. Como diretor artístico, dirigiu: as lives das artistas AnaVitoria e do artista Carlinhos Brown (2020); Festival Ultrasonidos, também como curador (2019); o projeto autoral Macro, em parceria com o músico Pedro Luís (2019); turnê do show da banda Los Hermanos (2019); turnê internacional dos Tribalistas (2019/2018); show de final de Ano do artista Roberto Carlos, na TV Globo (2018); show da banda Kronos Quartet, no teatro Royal Albert Hall, em Londres (2019); as projeções do encerramento das Olimpíadas Rio (2016). Em 2015, foi o diretor de criação da instalação de realidade virtual sobre Kandinsky nas unidades do CCBB em todo o país. Em 2014, fez a concepção e a direção de arte da exposição “100 Anos Vinicius de Moraes”, da Biblioteca Parque do Estado, no Centro do Rio de Janeiro. Entre 2010 e 2015, na Casa França-Brasil, concebeu e fez a curadoria do projeto Happenings. Iniciou sua carreira na MTV Brasil (1991) e trabalhou com Oliviero Toscani na Fabrica/ Itália (1998/99). Possui trabalhos publicados em revistas e expostos em museus do Brasil e do exterior.
Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983). Tem estruturado sua poética com interesse pela imagem técnica construída a partir de vídeos, fotografias, gravuras e instalação, tensionando as possibilidades em imaginar outros mundos e futuros, onde as noções de permanência e risco são questionadas. Participou da exposição "Prêmio Jovens Mestres Rupert Cavendish" (Londres, 2011). Recebeu a Menção Honrosa no festival de videoarte "Lumen EX" (Badajoz, Espanha) e o Prêmio de Aquisição da 39a Exposição de Arte Contemporânea de Santo André, SP (2011). Participou de várias coletivas, como "Se Liga" (CCBB RJ) e projeto "Technô" (Oi Futuro Flamengo RJ), em 2015. Foi finalista do 3m Love Songs Festival (Instituto Tomie Ohtake, SP, 2014), e integrou o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), em 2013. Possui obras na coleção do Museu de Arte do Rio; Instituto Ibero-Americano, Berlim; Centro Cultural São Paulo, Escola de Artes Visuais Parque Lage; Museu de Arte Digital, Valência; Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro; SESC, Copacabana; Palácio de Las Artes Belgrano, Buenos Aires; Espaço Culturais dos Correios, Rio de Janeiro.
Ivar Rocha
Artista visual, gravador e docente, vive e trabalha entre São Paulo e Bogotá. Tem no colecionismo de fragmentos arquitetônicos e detritos encontrados no passeio público as ferramentas básicas para articular problemas fundamentais do dia a dia. Erige sua poética questionando temas como a memória, a violência urbana, as relações entre o indivíduo a história e a cidade. Parte desta pesquisa foi apresentada recentemente durante a XIII Bienal de La Habana, na ocasião do evento Indagar lo Propio do Instituto Superior de las Artes – ISA - Universidad de las Artes, Havana (2019), na exposição “Que as coisas permaneçam” na Galeria Desvio, Rio de Janeiro (2019), “Simbólica” no Memorial Getúlio Vargas, Rio de Janeiro (2018) e na ocasião da oficina de gravura “A invenção do desuso ou o enigma do objeto fragmentado”, na Corporación Universitária Escuela de Artes y Letras – EAL, Bogotá (2017). Nos últimos anos foi artista integrante do Atelier Sanitário, no Rio de Janeiro, participou da exposição “Tudo fora de ordem” no Espaço Saracura, Rio de Janeiro; “Des-Gastáre” Galeria Casa del Parque, Bogotá; e “Outras matrizes, novas poéticas” no Centro de Artes UFF, Niterói. Entre outros trabalhos, foi artista residente no Taller de Serigrafia René Portocarrero, Havana 2015 e apresentou a exposição individual “Grave” no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, Niterói 2013, entre outras exposições. Seu trabalho faz parte da coleção do MAR - Museu de Arte do Rio e de coleções particulares.
Jonas Arrabal
Jonas Arrabal é natural de Cabo Frio (1984), vive e trabalha em São Paulo. É mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Realizou exposições individuais no Rio e em Curitiba, entre elas: os vivos e os mortos (Paço Imperial, Rio de Janeiro - 2019), Mar Baldio (Marques456, Rio de Janeiro - 2019), Volume Morto (SESI, Curitiba/PR - 2015), Sinfonia tempo (Galeria Ibeu, Rio de Janeiro -2014), Fundação (CCJF, Rio de Janeiro - 2014), Hipotética (Largo das Artes, em parceria com Felippe Moraes, Rio de Janeiro - 2013) e As Horas não passam para as pessoas felizes (Casamata, Rio de Janeiro – 2013) Entre as exposições coletivas,destacam-se: Inundação (Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro - 2019), Acervo (Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro - 2019), A Vida não é só a praticidade das coisas ( Galeria Silvia Cintra, Rio de Janeiro - 2019), É tudo Provisório #1 (Caixa Preta, Rio de Janeiro - 2019) Juannio (Museo Ixchel del traje indigena, Cidade de Guatemala - 2018), The Sun teaches us that history is not everthing (Osage Art Foundation, Hong Kong - 2018), Responder a Tod_s (Despina, Rio de Janeiro - 2017),Reply All (Grosvenor Gallery, Manchester, Inglaterra - 2016), Permanências e Destruições (Projeto patrocinado pelo OI Futuro, série de intervenções artísticas na Ilha do Sol, na Baía de Guanabara -2016), X Bienal do Mercosul (Porto Alegre - 2015), Transição e Queda (Fundação Ecarta, Porto Alegre, e Largo das Artes,Rio de Janeiro - 2015), Abre Alas (A Gentil Carioca, Rio de Janeiro-2015), Quinta Mostra (Parque Lage, Rio de Janeiro - 2015), Salão de Abril(Fortaleza/PE - 2015), Frestas - Trienal de Artes (SESC Sorocaba/SP - 2014 ), A Casa do Pai (Casa Contemporânea, São Paulo - 2014), Deslize (Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro - 2014), XII Salão de Itajaí (Itajaí/SC - 2013), Novíssimos (Galeria Ibeu, Rio de Janeiro - 2012), entre outras. Em 2015 publicou Transição e Queda, pela Pingado Prés (em parceria com Eduardo Montelli e Mayra Martins Redin) e em 2016 publicou Derivadores, pela editora Automatica (em parceria com Luiza Baldan). Possui obras na coleção do Museu de Arte do Rio, da Galeria Ibeu e da Osage Art Foundation
Leandra Espírito Santo
Doutora e mestre em Artes Visuais pela ECA/USP. Graduou-se em Comunicação Social pela UFF/Niterói.
Seu trabalho artístico transcorre por diversas mídias, como performance, fotografia, vídeo, escultura, intervenção urbana. Por meio de linguagem cômica e irônica, a artista faz reflexões sobre nossos procedimentos cotidianos, dos mais complexos aos mais comuns, investigando a relação entre a arte e as diversas técnicas e tecnologias, relativizando seus usos e pensando na relação que mantemos com elas em nível de corpo e comportamento. Em 2017, iniciou pesquisa focada nas relações entre identidade, corpo e máquina, série de trabalhos em que pensa a auto representação dentro das redes sociais. Em 2016, foi indicada ao Prêmio Pipa MAM-RJ, tendo sido finalista do Pipa Online. Em 2014, recebeu o Prêmio Estímulo no 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto e ganhou a Chamada Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Niterói. Entre suas principais exposições, prêmios e eventos estão: “Instauração”- Sesc Belenzinho (SP, 2017); “Agora somos mais de mil” - EAV Parque Lage (RJ, 2016); “Quando o tempo aperta” – Palácio das Artes (BH, 2016) e Museu Histórico Nacional (RJ, 2016); “Novíssimos” - Galeria Ibeu (RJ); 37° Salão de Artes de Ribeirão Preto (SP, 2013); 2º Prêmio EDP nas Artes (SP, 2010). Possui obra na Coleção do Museu de Arte de Rio.
Martha Niklaus é uma artista visual que tem a videoarte e a videoperformance como linguagens marcantes em seus projetos. De Bandeira de Farrapos (1993) até Retirantes (2019), suas ações e performances são registradas e finalizadas em vídeos. Com destaque para Horizonte Negro (2015), Flutuar (2014), Nau-Now (2014), Livro (2013) e Sombras (1997), já exibidos em muitas exposições e mostra de vídeos, ao longo de sua carreira. Em sua última exposição individual, Histórias de Peixes, Iscas e Anzóis, em 2018, no Centro Cultural Paço Imperial (RJ), foram reunidos vídeos feitos no decorrer de 25 anos de trabalho. Desde 2016, faz parte do grupo A Perplexa, de desenvolvimento de projetos e crítica de videoarte, sob orientação da artista Analu Cunha. Atualmente participa do Curso de Documentário Contemporâneo, ministrado pelo documentarista Bebeto Abrantes e desenvolve projeto fílmico a partir das suas obras em videoarte. O Museu de Arte do Rio (RJ), Museu Histórico Nacional (RJ) e Museu Casa do Pontal (RJ) e Museu da Maré (RJ) têm em suas coleções cópias de obras videográficas da artista. Mais informações no site www.marthaniklaus.com
Nathan Braga
Nathan Braga, 25 anos, Rio de Janeiro.
Artista visual e pesquisador. Mestrando em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, graduado em Artes visuais pela mesma instituição e técnico em química pelo IFRJ, instituição na qual cursa atualmente a especialização em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação. Nos últimos anos, Nathan tem se dedicado a investigar e atualizar plasticamente a Vanitas e seus motivos (como Ars Moriendi, Memento Mori, Danse Macabre, etc.), produzindo e revisitando narrativas fúnebres e cristãs, a partir de sua história pessoal, que se aprofunda com a morte de sua mãe quando tinha apenas 7 anos, mas tendo como pano de fundo a construção ocidental da História da Arte. Realizou exposições individuais no Museu de Arte de Blumenau, BR (2019) e no Centro de Artes UFF, BR (2019). Participou de exposições coletivas na Bortolami Gallery, USA (2020), Centro Cultural Justiça Federal, BR (2019), C.Galeria, BR (2019), Paço Imperial do Rio de Janeiro, BR (2018), Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, BR (2018), entre outras. Recebeu menção honrosa por sua participação na XIII Bienal de Arte Joven Argentina, AR (2018) e foi segundo lugar na categoria escultura do 15 Salão de Artes Visuais de Ubatuba, BR (2018). Foi artista residente na Residência Artística FAAP, BR (2019) e Fundação ECARTA, BR (2020).
Panmela Castro
Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir performances a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. É Mestre em artes pela UERJ; realizou projetos em mais de 15 países; teve seu trabalho exposto em instituições como o Stedelijk Museum; e está em coleções como das Nações Unidas. Recebeu inúmeras nomeações por seu ativismo pelos direitos humanos.
Roberta Carvalho (Belém do Pará, 1980) é mestranda em Artes da UNESP (PPGARTES). Seus trabalhos inserem a imagem digital fotográfica ou em vídeo no espaço público, seja urbano ou rural. Várias imagens construídas e projetadas são de personagens comuns e muitas vezes às margens da sociedade, refletindo uma relação simbólica com o entorno onde a ação artística acontece, suscitando questões identitárias e sociais, como em “Symbiosis, série iniciada em 2007, onde faces de ribeirinhos amazônicos são projetadas em áreas verdes nestas próprias comunidades. Foi vencedora de diversos prêmios, entre eles, o Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais (2014), Prêmio Diário Contemporâneo (2011) e Prêmio FUNARTE Microprojetos da Amazônia Legal (2010). Foi bolsista de pesquisa e criação artística do Instituto de Artes do Pará (2006 e 2015). Dentre as exposições, mostras e festivais que participou, destacam-se: “Amazon Connection” (Brulexas, 2018), Arte Pará 2017, 7ª Mostra SP de Fotografia (São Paulo, 2016), “Visualismo – Arte, Tecnologia, Cidade” (Rio de Janeiro, 2015), SP ARTE/FOTO (2014), Grande Área Funarte (São Paulo 2014), “Pigments” (Martinica, 2013), Festival Paraty em Foco (Paraty, 2012), “Tierra Prometida” (Barcelona, 2012), e “Vivo Art.Mov” (Belém, 2011). É idealizadora do Festival Amazônia Mapping, iniciado em 2013. Suas obras integram os acervos do Museu de Arte do Rio (primeira obra em realidade aumentada do Museu), Museu de Arte Contemporânea Casa das 11 Janelas (PA) e Museu da Universidade Federal do Pará.
Simone Cupello vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Investiga imagens em campo ampliado adotando fotografias apropriadas como principal elemento de trabalho. O uso pouco convencional das fotografias, aponta para onde sua pesquisa se desenvolve: a materialidade da imagem e, junto a ela, às questões antagônicas, inerentes ao histórico das fotos, como tecnologia e afetos, presença e virtualidade, exibição e privacidade, memória e esquecimento. Através de seu acervo cria instalações/esculturas que ao serem esculpidas assumem formas orgânicas semelhantes às da natureza que, ao mesmo tempo que remetem ao que é palpável e físico, trazem à tona o alegórico, a forma forjada da paisagem. Nos últimos anos, realizou as individuais Jardim de Yeda (Central Galeria), Entornos (Centro Cultural Cândido Mendes), Olhares Privados (Centro Cultural Justiça Federal) e Extracampos (Projeto “Mesmo Lugar”, Hermes Artes Visuais). Participou das exposições Arte Londrina 7 (Universidade de Londrina), 43°SARP (Museu de Arte Ribeirão Preto), 2ª edição Frestas Trienal de Artes (Sesc Sorocaba), The Role of Image (One Paved Court, Richmond, UK), MONU – A Arte Delas (Marina da Glória), Fotos Contam Fatos (Galeria Vermelho), Abre Alas 12 (Galeria A Gentil Carioca), Contraprova (Paço das Artes), Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas (Caixas Culturais do país), Díptico – Simone Cupello e Victor Haim (Ateliê da Imagem), entre outras. Teve mostras individuais na ArtRio 2019 e SP-Arte 2018 representando a Central Galeria de São Paulo. Consta do acervo do Museu de Arte do Rio.
Talitha Rossi
Desenvolve sua obra a partir do posicionamento de sua geração perante questões femininas e midiáticas. Performance, fotografia, vídeo, instalações, poesia e objetos, são seus suportes de escolha, que abrigam este universo, por meio de um olhar delicado. Exerce sua prática na experimentação, e aprende a lidar com a materialidade em seu próprio fazer artístico. Começou fazendo intervenções de pintura, lã e colagem em suportes urbanos pelas ruas do Rio de Janeiro. Já pintou a sua personagem em cidades como Berlim, Londres, Paris e Nova Iorque. Dedica-se à pesquisa sobre o corpo e suas transfigurações. Já participou de performances na Polônia, Alemanha, Portugal e Brasil. Atualmente, ocupa um ateliê em São Conrado, mesmo local onde é diretora criativa do NACASA.CO, um co-working de criativos no Rio de Janeiro.
Ursula Tautz
Rio de Janeiro, RJ, 1968. Vive e trabalha em Rio de Janeiro, RJ
Desenvolve sua pesquisa a partir de proposições multimídia: instalações, fotografias, desenhos, vídeos, objetos. Cursou a ESPM, além de ter frequentado oficinas da “School of Visual Arts /NY”, e a partir de 2005 a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Participou Da Siart Bienal 2018 - Bienal Internacional de Arte da Bolívia em La Paz, e de várias exposições coletivas, como “Monumental Arte na Marina da Glória” (RJ, 2016); “Intervenções Urbanas Bradesco ArtRio 2015”. Além das individuais “Frestas por onde Muros escoam” (2017) reinaugurando o Jardim da Reitoria da Universidade Federal Fluminense/RJ; “Lugar familiar” (Zipper Galeria/SP, 2016) e “Fluidostática” na Galeria do Lago - Museu da República (RJ, 2015). Foi selecionada para o “Programa Olheiro da Arte” (2010) e finalista do Prêmio Mercosul das Artes Visuais Fundação Nacional de Arte – FUNARTE (2016). Suas obras integram o acervo do MAR.
Virgínia di Lauro
Barra da Choça, BA, 1989. Vive e trabalha em Porto Alegre, RS
Desde 2011 reside em Porto Alegre, onde cursa o bacharel em Artes Visuais, pela UFRGS, tendo transitado pelo curso de Design de Moda e História da Arte. A partir do corpo, incluindo o próprio, a poesia, a memória, os sonhos, processos internos, desenvolve suas produções nos mais diversos suportes como vídeos, fotografias, gifs e pinturas. Em 2018 realizou a exposição individual “Tramas no Vazio” no Instituto Estadual de Artes Visuais. Em 2019 participou da exposição coletiva, Artistas Mulheres Tensões e Reminiscências, na Pinacoteca Rubem Berta, Porto Alegre, RS, com curadoria das Mulheres no Acervo. Em 2020 participou da residência artística “Caminhos para uma Imagem”, no Rio de Janeiro, com o artista Frederico Arêde, e frequentou o curso Creativity Master Class com Charles Watson na Escola de Artes Visuais (EAV), Parque Lage
VJ Gabiru, Davi Cavalcanti (São Paulo, 1977, vive em Salvador, Bahia).
é um artista multimídia, DJ, VJ, fotógrafo e videomaker. Desde 2001 vem participando de exposições coletivas na cidade de Salvador e em outras capitais, realizando trabalhos em pintura, instalação e sobretudo videoarte. Entre seus trabalhos estão Singue in de Rein (2005), Important Garbage (2003), Urbe et Orbi (2005), Sampa-Soterópolis (2002) e o Polêmico O Fim do Homem Cordial (direção de Daniel Lisboa) onde co-assina direção de arte, roteiro, produção e assistência de direção. Como VJ Gabiru explora a natureza anamórfica das imagens desconstruindo-as num universo de cores e gráficos, relacionando o universo de imagens da cultura de massa com o caldeirão étnico cultural do Brasil, estabelecendo conexões entre fluxos de imagens, ritmo musical e espaço a partir da tridimensionalidade do vídeo mapping. Como VJ e DJ, participou dos festivais: Festival Universo Paralello (entre 2005 e 2011), Festival Trancendence(2008), Festival Fora do Tempo (2008/2009), Montemapu Festival (Chile -2008), Psycholand (DF), Trance Vibrations (DF), After Dreams (PE), UV (BA), Aurora (BA), Pulsar (BA), Transfusion (BA), em clubs coom a Fiction (Goiania), Zauber (Salvador), Label Club (Belo Horizonte) Festival Eletronika (Salvador 2012) , Zona Mundi (Salvador 2011/2012), Futurama (Salvador 2011) entre outros eventos de música eletrônica. Além dos eventos musicais: como o projeto Afrobossanova com Paulo Moura e Armandinho, apresentações no Phoenix jazz Festival (praia do forte 2008), Show Canto Geral (Salvador 2008), Concertos Populares da Orquestra da UFBA (BA 2009/2010), concerto Mãe D’água (aniversário da fundação Palmares) apresentado em Brasília e Salvador, e vêm desenvolvendo trabalhos em videomapping com Carlinhos Brown (museu do ritmo verão 2011/2012, carnaval 2012), no Brasil e em outros países. Atualmente tem se dedicado a projetos de videomapping em intervenções urbanas e eventos, dialogando com a música instrumental e ancestral da Bahia ao lado da orquestra Rumpilezz.
Material de imprensa realizado por CWeA Comunicação
setembro 1, 2020
Adelina Gomes e Carlos Pertuis na 11ª Bienal de Berlim, Alemanha
Museu de Imagens do Inconsciente – Bienal de Berlim, Parque Nise da Silveira, inventário de 22 mil obras e site bilíngue com 400 obras
Criado em 1952 por Nise da Silveira (1905-1999), o Museu de Imagens do Inconsciente estará representado na 11ª Bienal de Berlim, a partir do próximo dia 5 de setembro, com curadoria de María Berríos, Renata Cervetto, Lisette Lagnado e Agustín Pérez Rubio. Os curadores selecionaram 22 obras dos artistas Adelina Gomes (1916-1984) e Carlos Pertuis (1910-1977).
Lisette Lagnado destaca: “A luta antimanicomial da Dra. Nise da Silveira, que se traduziu na prática do afeto e do calor humano reinante nos ateliês de atividades expressivas, permitiu amenizar a dor psíquica do esquizofrênico, e nos revela a extraordinária potência da criação a despeito de pertencer a vidas danificadas”.
Filha de camponeses, Adelina Gomes nasceu em Campos, estado do Rio de Janeiro, fez o antigo curso primário e aprendeu variados trabalhos manuais em uma escola profissional. Aos 18 anos se apaixonou por um homem que não foi aceito pela família. Tornou-se cada vez mais retraída, sendo internada em 1937, aos 21 anos. Começou a frequentar o ateliê de pintura criado por Nise da Silveira em 1946. Produziu com intensa força de expressão cerca de 17.500 obras, e faleceu em 1984. Sua produção plástica e as pesquisas daí desenvolvidas por Nise da Silveira ao longo dos anos se tornaram objeto de exposições, filmes, documentários e publicações.
Carlos Pertuis nasceu no Rio de Janeiro. De natureza sensível e religiosa, com a morte do pai deixou de estudar e foi trabalhar em uma fábrica de sapatos. Em uma manhã, raios de sol incidiram sobre um pequeno espelho de seu quarto, e ele ficou deslumbrando com o brilho extraordinário, seguido de uma cósmica – “O Planetário de Deus”. Ele gritou e chamou a família, para que todos também vissem o deslumbramento ali diante dele. Foi internado no mesmo dia no Hospital da Praia Vermelha, em setembro de 1939. Em 1946, começou a frequentar o ateliê da Seção de Terapêutica Ocupacional, onde pintou sua visão “O Planetário de Deus”, imagem que traz no centro uma flor de ouro, símbolo do sol e da divindade. Carlos mergulhou vertiginosamente à esfera das imagens arquetípicas, dos deuses e dos demônios, produzindo com intensidade cerca de 21.500 trabalhos – desenhos, pinturas, modelagens, xilogravuras e escritos – até sua morte em 1977.
Instalado no bairro Engenho de Dentro, zona norte do Rio, o Museu de Imagens do Inconsciente tem dois projetos em curso. Um deles, de arquitetura e urbanismo, cria o Parque Nise da Silveira, uma grande área verde integrando ainda um prédio anexo, que estava em desuso e foi incorporado ao Museu em setembro de 2018. O estudo deste projeto arquitetônico, que há dois anos recebeu o apoio do IBRAM e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, está nas mãos do Prefeito Crivella, aguardando sua assinatura.
Está em processo final para liberação de recursos uma Emenda Parlamentar do Dep. Marcelo Calero, que prevê: a construção de um site bilíngue com 400 obras e textos informativos; um inventário de 22 mil obras do lote das 128 mil tombadas pelo IPHAN. Do universo de 400 mil obras do acervo, apenas 16 mil estão inventariadas.
E em breve o Museu vai iniciar a terceira fase do matchfunding com o BNDES – que coloca dois reais para cada real doado – para uma obra no prédio recentemente anexado, que irá abranger a reforma do telhado, parte elétrica e de banheiros, poda das árvores, além de aumentar a área expositiva do Museu. A primeira fase deste projeto foi iniciada em janeiro, e uma bem-sucedida campanha se bateu a meta de R$ 244 mil, e em seguida uma segunda meta de R$ 278 mil. Entre os apoiadores, estiveram a artistas Maria Bethânia e Glória Pires.
ADELINA GOMES
Adelina era filha de camponeses, nasceu em 1916 na cidade de Campos, estado do Rio de Janeiro. Fez o curso primário e aprendeu variados trabalhos manuais numa escola profissional. Aos 18 anos apaixonou-se por um homem que não foi aceito pela família. Tornou-se cada vez mais retraída, sendo internada em 1937, aos 21 anos.
Começou a frequentar o ateliê de pintura em 1946. Inicialmente dedicou-se ao trabalho em barro, modelando figuras que impressionam pela sua semelhança com imagens datadas do período neolítico. Na sua pintura pode-se acompanhar passo a passo as incríveis metamorfoses que ela vivenciou.
Tornou-se uma pessoa dócil e simpática, produzindo com intensa força de expressão cerca de 17.500 obras. Adelina faleceu em 1984. Sua produção plástica e as pesquisas daí desenvolvidas por Nise da Silveira ao longo de muitos anos tornaram-se objeto de exposições, filmes, documentários e publicações.
CARLOS PERTUIS
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1910. Tinha uma natureza sensível e religiosa. Com a morte do pai, deixou de estudar e foi trabalhar numa fábrica de sapatos.
Certa manhã, raios de sol incidiram sobre um pequeno espelho de seu quarto: um brilho extraordinário deslumbrou-o, e surgiu diante de seus olhos, numa visão cósmica, "O Planetário de Deus", em suas palavras. Gritou, chamou a família, queria que todos vissem também aquela maravilha que ele estava vendo. Foi internado no mesmo dia no Hospital da Praia Vermelha, em setembro de 1939.
Nove anos depois dessa experiência, veio frequentar o ateliê da Seção de Terapêutica Ocupacional, onde pintou a visão que teve do “Planetário de Deus": uma imagem cujo centro é uma flor de ouro, símbolo do Sol e da divindade. Carlos desceu vertiginosamente à esfera das imagens arquetípicas, dos deuses e dos demônios. Produziu com intensidade cerca de 21.500 trabalhos – desenhos, pinturas, modelagens, xilogravuras e escritos – até sua morte em 1977.
LANÇAMENTO DE LIVROS, EXPOSIÇÕES E SOCIEDADE DE AMIGOS
A diretoria da Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente, presidida por Marcos Lucchesi, grande amigo da dra Nise, tomou posse em 2018, e tem como vice-presidente o compositor e museólogo Eurípedes Júnior, que trabalhou com ela, e acabou de escrever o livro "Do asilo ao Museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura", sua tese de doutorado, ainda sem data de lançamento.
Outro livro, recém-editado, é "Cartas a Spinoza", com textos de Nise da Silveira, em uma terceira edição revista, com dois mil exemplares impressos graças ao apoio de Max Perlingeiro, do Conselho Deliberativo da Sociedade de Amigos do Museu. O livro foi escrito por Nise da Silveira por incentivo de Marcos Lucchesi. Ela começou a estudar Spinoza quando esteve presa em Alagoas, em 1937/38.
Outros dois livros – “O Mundo das Imagens” e “Imagens do Inconsciente” – têm novas edições previstas pela editora Vozes, pois estão esgotados e são muito solicitados por estudiosos, pesquisadores e interessados pelo assunto.
Está ainda prevista a exposição “Imaginária e Arquitetura”, no Museu, durante o Congresso Mundial de Arquitetura UIA Rio, que será realizado no Rio de Janeiro em julho de 2021.
ACESSO
Museu de Imagens do Inconsciente na 11ª Bienal de Berlim: Os ingressos podem ser comprados por agendamentos, de meia em meia hora, das 10h às 19h, com preços de 7 euros, a inteira, e 5 euros, "ingresso reduzido". Abaixo de 18 anos e portadores do BerlimPass ou membros do ICOM é gratuito.
Gropius Baus
Auguststraße 69, 10117, Berlin
Access
S-Bahn S1/S2/S25/S26, Tram M1/M5: Oranienburger Straße
U-Bahn U6: Oranienburger Tor
U-Bahn U8: Weinmeisterstraße
Directions
Gropius Bau
Exterior view, Martin-Gropius-Bau, photo: Christian Riis Ruggaber
Niederkirchnerstraße 7, 10963, Berlin
Access
S-Bahn S1/S2/S25/S26, Bus M29: Anhalter Bahnhof
U-Bahn U2: Potsdamer Platz
U-Bahn U6: Kochstraße
Bus M41: Abgeordnetenhaus
Directions
Wheelchair accessible
Material de imprensa realizado por CWeA Comunicação
agosto 31, 2020
Online Viewing Room: Nightscapes na Luisa Strina, São Paulo
A Galeria Luisa Strina tem o prazer de anunciar Nightscapes, novo viewing room online, que reúne obras de Alfredo Jaar, Anna Maria Maiolino, Eduardo Basualdo, Fernanda Gomes, Irmãos Campana, Jorge Macchi, Laura Lima, Leonilson, Leonor Antunes, Lygia Pape, Miguel Rio Branco, N. Date, Olafur Eliasson, Pedro Motta, Renata Lucas e Tonico Lemos Auad, entre outros, em torno das temáticas do sonho, do duplo, da mitologia grega sobre as tecelãs Ariadne e Penélope, da observação astronômica e das imagens atmosféricas e desérticas.
O tema da paisagem noturna, abarcado em todos os desdobramentos mencionados acima, nos parece crucial no tempo presente, dada a necessidade psíquica de descansar a mente, despressurizar, refletir com serenidade sobre a vida e, com isso, poder recomeçar a sonhar. A arte possibilita esse salto consciente na escuridão do mundo assolado por incertezas. Apostamos na força mágica da arte para ampliar horizontes e apontar novas alternativas para a imaginação humana.
Eduardo Basualdo, Miguel Rio Branco e Matías Duville participam com obras atmosféricas que aludem ao campo dos sonhos e fazem uso da luz e da sombra para enfatizar os aspectos oníricos ou sombrios dos objetos representados em suas criações. Jarbas Lopes, Tonico Lemos Auad, Leonor Antunes e Laura Lima exploram a linguagem da arte têxtil como narrativa ancestral dos povos originários das Américas ou como trama que estrutura verdadeiras massas escultóricas, leves e inefáveis.
Em muitos casos, as obras selecionadas para a mostra online Nightscapes transitam entre diferentes temáticas: Gabriel Sierra, Fernanda Gomes e os Irmãos Campana comparecem com trabalhos que aludem diretamente à questão do duplo, ou do espelho, porém reúnem características que poderiam realocar as obras a outros núcleos, como o da arte têxtil e o da atmosfera surrealista ou enigmática dos sonhos. Nicolás Paris e N. Date tratam, nos trabalhos selecionados, das paisagens noturnas pensadas da perspectiva da observação dos astros. Pedro Motta e Renata Lucas retratam paisagens desérticas ou antevisões do deserto que poderia vir a se instalar no mundo, como num pesadelo ou delírio sombrio.
Exposição Triangular encerra primeiro ciclo de atividades da Casa Niemeyer
Exposição Triangular: arte deste século encerra primeiro ciclo das atividades na instituição - Finissage da Casa Niemeyer traz ações digitais em setembro
Aberta em dezembro de 2019, a exposição Triangular: arte deste século encerrará o primeiro ciclo das atividades da Casa Niemeyer nos próximos dias. Para marcar a data será realizada, na primeira semana de setembro, a finissage digital da exposição. Realizada pela Casa Niemeyer, espaço de arte contemporânea da Universidade de Brasília – UnB, a “Triangular” reúne obras de mais de 150 artistas contemporâneos e contemporâneas de todo o Brasil. Na semana de encerramento, será apresentado um grande balanço dessa experiência que nasceu no espaço físico e seguiu para o digital, com o início da pandemia e o isolamento social. Tudo no Instagram da Casa Niemeyer!
A programação da finissage contará com bate-papo online com a equipe da exposição “Triangular”, lançamento de catálogo, performances, entre outras ações. No dia 1º de setembro, terça, será realizada a última Ocupação Triangular, sendo Gustavo Torrezan o artista da vez. No dia 2, quarta, será transmitida ao vivo a performance Cova Rasa – Veias Abertas, 2019-2020, realizada em parceria pelos artistas Edu Marin e Gustavo Silvamaral.
Em 3 de setembro, quinta, será apresentada uma nova obra da coleção, realizada por um coletivo baseado numa ocupação paulistana, e uma conversa com a equipe da exposição e a curadora e professora Fabrícia Jordão. Os desafios curatoriais na construção de um acervo de arte contemporânea para um museu universitário estarão entre os temas debatidos, bem como a construção do projeto “Casa Niemeyer Digital”, que possibilitou a continuidade da exposição e a ativação do educativo em ambiente digital.
Na sexta, dia 4, será lançado o catálogo digital da mostra “Brasília Extemporânea”, exposição coletiva realizada por Ana Avelar na Casa Niemeyer, em 2017/2018, contando com obras de Adirley Queirós, Camila Soato, Cao Guimarães, Christus Nóbrega, Clara Ianni, Clarisse Tarran, Diego Castro, Ding Musa, Dora Smék, Gê Orthof, Helô Sanvoy, Gregorio Soares, Isabela Couto, João Trevisan, Joana Pimenta, Karina Dias, Laercio Redondo, Lenora de Barros, Luciana Paiva, Luiz Alphonsus, Márcio H Mota, Milton Machado, Nuno Ramos, Raquel Nava, Paul Setubal, Peter de Brito, Vera Holtz e Xico Chaves. O catálogo será lançado pela Editora da UnB e discutido por uma mesa composta por Marcella Imparato, organizadora do catálogo, assistente da mostra e mestranda no Programa de Pós-Graduação Interunidades Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP), e Luciana Conrado Martins, especialista em museologia, doutora em Educação e atuante nas áreas de educação museal, políticas públicas culturais e tecnologias digitais.
A semana também será de balanço de ações, uma forma de apresentar ao público os resultados alcançados com o projeto digital e gerar debate sobre o posicionamento dos museus em ambiente digital, durante e pós-pandemia. Lembrando: toda programação poderá ser acompanhada, gratuitamente, no Instagram da Casa Niemeyer (@casaniemeyer).
Ativações Digitais
O projeto “Casa Niemeyer Digital” teve suas últimas ativações realizadas durante o mês de agosto. Uma das atividades foi a abertura do perfil da Casa Niemeyer no Tinder, a Guanabara, escultura de Alfredo Ceschiatti que fica à beira da piscina da Casa, é a musa do museu na rede social de paquera. A ação tem o objetivo de pensar novas possibilidades de posicionamento dos museus nas redes sociais. A Guanabara segue ganhando “matchs” e convidando os interessados para conhecerem suas redes sociais e a Casa Niemeyer! Outra ação foi a abertura do Medium da Casa Niemeyer: a expectativa é garantir, dessa forma, a preservação dos textos produzidos pelo educativo da exposição “Triangular” e facilitar o acesso aos mesmos.
Keyna Eleison e Pablo Lafuente assumem a Direção Artística do MAM Rio
Keyna Eleison e Pablo Lafuente assumem a Direção Artística do MAM Rio
Em processo histórico para a instituição, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro anuncia resultado da chamada internacional sul-americana aberta em maio
O diretor executivo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Fabio Szwarcwald, anuncia publicamente nesta terça-feira, 18 de agosto de 2020, a nova Direção Artística do museu. A curadora, escritora e pesquisadora carioca Keyna Eleison e o curador, escritor e educador espanhol Pablo Lafuente compõem a diretoria conjunta que, por um prazo mínimo de dois anos, responderá pela gestão das coleções e pela curadoria de artes visuais, além das iniciativas e eventos das áreas de educação, cinema, acervo e conservação, documentação e pesquisa. A retomada do Bloco Escola e a parceria com a Residência Artística Internacional Capacete também farão parte do escopo de atuação da dupla. Keyna e Pablo trabalham com curadoria de exposições de grande escala no Brasil e no exterior, e acumulam experiências como gestores de arte e cultura.
“Pela primeira vez, o MAM Rio terá uma direção artística selecionada por meio de processo aberto e transparente, que marca historicamente a escrita afirmativa da instituição. A criação desse modelo inovador fortalece a nova visão para o museu de integrar todas as áreas artísticas de forma criativa e contemporânea. As experiências complementares de um estrangeiro e uma mulher brasileira promoverão melhor trânsito entre as diversas expressões artísticas a partir de experimentações locais e internacionais que compõem o reposicionamento do MAM”, avalia Szwarcwald.
Eleison e Lafuente optaram pela candidatura conjunta por acreditarem que suas experiências complementares resultarão em uma visão artística e curatorial extremamente rica e diversa para o MAM, considerando a imagem de um museu de arte moderna ancorado na contemporaneidade. A abertura institucional à diversidade e a modelos de trabalho inovadores que respondam aos desafios do pós pandemia – que, segundo os curadores, demandam recriação das estruturas de afeto e reconstrução das maneiras de viver em comunidade - foi ressaltada pela dupla em sua proposição inicial.
“Tenho uma relação afetiva com o MAM Rio e é sobre afeto que se trata nossa direção artística. Eu e Pablo estamos juntos para pensar e desenvolver um museu vivo, situado e em rede. Estabelecer um diálogo prático e intelectual com saberes e visões de mundo, e ocupar espaços internos e externos de muitas formas. Estar na Diretoria Artística do MAM coloca na minha trajetória e na dimensão coletiva conquistas. Agora, temos muito trabalho pela frente”, afirma Keyna.
Para Lafuente, trabalhar a direção artística em dupla oferece uma oportunidade única para pensar o museu, a arte e a cultura: “Uma diretoria compartilhada implica conjugar visões diversas e negociar múltiplas posições, com o intuito de representar e conectar com a realidade que nos rodeia, no Rio, no Brasil e no mundo. Temos a convicção de que só a partir da troca e da construção coletiva é possível criar instituições que façam a diferença”, reflete.
A proposta da nova direção artística é trabalhar conjuntamente no desempenho de todas as funções que correspondem à posição, construindo uma visão plural e orgânica da arte. Uma visão que ecoe a diversidade da cidade do Rio e da sociedade brasileira, e os anseios dos profissionais da cultura. O anteprojeto apresentado ao MAM Rio propõe uma reativação de seus patrimônios material e imaterial, entendidos em sua complexidade expandida, e a reconexão do museu com seu exterior físico, digital e simbólico.
“A escolha de Pablo e Keyna, consensual entre os dois comitês, é marcada pela visão contemporânea que trazem sobre o papel dos museus na sociedade atual, por um plano de gestão de acervos integrado à renovação do Bloco Escola, além da experiência prévia de ambos na área de educação em centros culturais, integrada à articulação de redes locais e internacionais que se somam ao que temos desenvolvido nesta nova visão para o museu”, ressalta Szwarcwald.
As inscrições da chamada internacional sul-americana foram abertas no dia 3 de maio de 2020, data de comemoração de 72 anos de fundação do museu. Encerradas em 7 de junho, receberam o expressivo resultado de 103 candidaturas, selecionadas por um comitê interno deliberativo do MAM, formado por seis membros da equipe do museu. Em seguida, as candidaturas foram encaminhadas para avaliação de um segundo comitê técnico, composto pelo artista baiano Ayrson Heráclito; pelo curador e diretor da Casa do Povo (SP), Benjamin Seroussi; pela curadora baiana Diane Lima; pela diretora do Instituto Brasileiro de Museus, Eneida Braga; por Jochen Volz, diretor da Pinacoteca de São Paulo; pela curadora equatoriana Manuela Moscoso; pelo artista carioca Maurício Dias; pela coordenadora de educação do Instituto Moreira Salles de SP, Renata Bittencourt; e por Roberta Saraiva Coutinho, que integra a diretoria do ICOM Brasil. Na última etapa seletiva, os cinco finalistas também foram entrevistados pelo Conselho de Administração do MAM Rio.
Em todo o processo da Chamada Aberta, o MAM Rio manteve o princípio da isonomia, bem como seu compromisso de preservar os participantes, garantindo o sigilo das informações dos candidatos e membros dos comitês.
Trecho da carta de apresentação da candidatura de Keyna e Pablo à Direção Artística do MAM Rio:
“O Museu de Arte Moderna de Rio de Janeiro é a instituição mais importante dedicada à arte moderna e contemporânea na cidade e no estado do Rio, e uma das mais importantes no Brasil e América Latina, com uma história exemplar de experimentação com as manifestações, trajetórias e ramificações da prática artística entendida em um sentido expandido. Dinâmicas de trabalho em grupo não são novidade em contextos artísticos, mas fazer delas parte integrante da estrutura da instituição, combinando nossas experiências, olhares, competências e redes nacionais e internacionais para construir o projeto artístico, seria um sinal de que o MAM, em sua renovação, continua fiel a essa história, mostrando clara vontade de ser um museu de referência no mundo.”
Keyna Eleison, 41 anos, carioca
Curadora. Escritora, pesquisadora, herdeira Griot e xamã, narradora, cantora, cronista ancestral. Com experiência extensa em gestão de instituições de arte, cinema e cultura, e com gestão de projetos educativos.
Mestre em História da Arte e especialista em História e Arquitetura pela PUC - Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro); bacharel em Filosofia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Participa da Comissão do Patrimônio Africano para laureação da região do Cais do Valongo, como Patrimônio da Humanidade (UNESCO).
Curadora do 10a Bienal Internacional SIART, Bolívia (2018-19).
Atualmente, é cronista da Contemporary & Magazine e professora do Programa de Formação e Deformação da EAV Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Pablo Lafuente, 44 anos, espanhol
Nascido em Santurtzi, no País Basco, Pablo Lafuente vive no Brasil há sete anos, desde junho de 2013. Tem trajetória profissional nas áreas da curadoria, crítica de arte, edição e ensino, em contextos institucionais e informais, em projetos de pequena e grande escala. Em todos esses engajamentos, sejam eles de curto ou longo prazo, procurou desenvolver práticas interdisciplinares de modo colaborativo, com base em pesquisas teóricas e históricas, sempre pensando a arte desde seus contextos sociais e políticos e desde as plataformas institucionais que a fazem possível.
Coordenador, Programa CCBB Educativo – Arte & Educação, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, de 2018 a 2020.
Co-curador, 31a Bienal de São Paulo como parte da equipe curatorial composta inicialmente por 5 pessoas (com Galit Eilat, Nuria Enguita, Oren Sagiv e Charles Esche) e mais tarde 7 (com Luiza Proença e Benjamin Seroussi).
Curador Associado, Office for Contemporary Art Norway, Oslo, de 2008 a 2013, responsável pelo programa público e plano institucional em conjunto com a diretora Marta Kuzma.
Números que quantificam o interesse público pela convocatória:
O MAM Rio recebeu um total de 103 candidaturas, de 116 participantes, incluindo projetos assinados por duplas e coletivos. No total, foram 66 participantes mulheres e 50 homens.
As candidaturas partiram das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e do Distrito Federal. Outros participantes, incluindo brasileiros e sul-americanos, enviaram propostas da Alemanha (1), Argentina (6), Chile (1), Colômbia (1), Costa Rica (1), Emirados Árabes Unidos (1), Espanha (1), França (2), Hong Kong (1), México (2), Nova Zelândia (1), Portugal (1) e Reino Unido (2).
Após avaliação dos currículos pelos critérios de classificação, restaram 67 candidaturas válidas, analisadas por um painel de 5 avaliadores internos, que selecionaram 13 candidaturas para a segunda fase. Com apoio do comitê técnico consultivo, esta fase analisou as 13 candidaturas e apontou 5 finalistas.
Houve consenso entre os nomes indicados no ranking, tanto na primeira quanto na segunda fase, demonstrando alinhamento na leitura das propostas mais adequadas aos desafios do museu.
As cinco candidaturas finalistas, que passaram por uma primeira rodada de entrevistas com a direção do MAM Rio e do Capacete, representam a diversidade proposta pela chamada aberta, do ponto de vista de gênero, etnia e lugares de fala, sendo três candidatos sul-americanos e dois brasileiros (Keyna Eleison e Pablo Lafuente em candidatura dupla).
Sobre o MAM Rio
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), fundado em 1948, é voltado às vanguardas e à experimentação nas artes, cinema e cultura. Seu acervo de cerca de 15 mil obras forma uma das mais importantes coleções de arte moderna e contemporânea da América Latina. O museu realizou inúmeras exposições que marcam até hoje as expressões e linguagens das artes visuais e abrigou múltiplos movimentos artísticos brasileiros.
O MAM Rio é uma instituição cultural constituída como uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, apoiada por pessoas físicas e por empresas, que tem atualmente a Petrobras, o Itaú e a Ternium como mantenedores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o Grupo PetraGold como patrocinador.
Desde janeiro de 2020, a nova gestão do MAM Rio, liderada pelo diretor-executivo Fábio Szwarcwald, com o apoio do corpo de conselheiros do MAM e das demais áreas do museu, deu início a um processo de profunda transformação institucional envolvendo novas ideias, novos fluxos de trabalho e novas atitudes. Um movimento de potencialização das ações já realizadas no museu, em consonância com seu histórico, e de acolhimento de todos que desfrutaram da efervescência dos diversos espaços do MAM Rio, incluindo públicos que nunca visitaram a instituição.
As ações do processo de transformação buscam coerência com o projeto original do museu, pautado pelo tripé arte-educação-cultura. Está sendo planejada a reabertura do Bloco Escola, espaço de aprendizado, discussão e criação artística, e da participação da Residência Artística Internacional Capacete. Com esses gestos, o MAM Rio assume uma plataforma de aprendizado vivo em âmbito nacional e internacional e amplia suas bases de diálogo e experimentação.
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa
agosto 30, 2020
Programa Intervenções: Thiago Rocha Pitta no MAM, Rio de Janeiro
Programa Intervenções apresenta Thiago Rocha Pitta, Noite de Abertura
MAM Rio inaugura programa curatorial que ocupará área externa do museu
No próximo dia 2 de setembro - data que marca os dois anos do trágico incêndio que destruiu o Museu Nacional - o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) dará início ao Programa Intervenções, que comissiona artistas visuais para criarem projetos para as áreas externas da instituição, no Aterro do Flamengo. A obra Noite de Abertura, que apresenta um vídeo e uma escultura de Thiago Rocha Pitta, ambos inéditos, inaugura o programa curatorial de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes.
O artista mineiro, radicado em Petrópolis (RJ), constantemente empenhado em promover transformações da matéria, tomou como ponto de partida a relação entre os lados de dentro e fora do museu. O estudo de uma formulação de topologia analítica, denominada “cloppen” (não há tradução em português), afirma que os conceitos de aberto e fechado não seriam de ruptura, mas de continuidade cíclica. De acordo com este princípio, em um sistema clopen é possível estar simultaneamente aberto e fechado, dentro e fora.
No foyer do MAM Rio, “The Clopen Door”, uma projeção de grandes dimensões, apresentará um filme inédito no qual uma fogueira queima continuamente, até a total destruição de uma porta de madeira localizada em seu ponto mais alto. Graças à configuração arquitetônica do local, a imagem extrapola os limites da tela e reflete, não só no piso de granito preto, mas através das paredes de vidro do museu, transformando o espaço em uma grande fogueira imagética.
No dia 2 de setembro, o vídeo será exibido precisamente a partir das 19h24, horário em que o Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro foi acionado, em 2018, em decorrência do incêndio no Museu Nacional. A partir desta memória, outros incêndios históricos que atingiram o setor cultural no Brasil e no Rio de Janeiro serão lembrados, como o do próprio MAM Rio, em 1978.
O vídeo será apresentado diariamente ao público apenas nos horários em que a instituição estiver fechada: sempre das 17h às 22h. “É uma experiência inovadora para o museu receber um trabalho que será ativado apenas à noite, durante o período de fechamento”, avalia Fabio Szwarcwald, diretor-executivo do MAM Rio.
Já no vão livre do museu projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, será instalada uma escultura que se apropria da estrutura de uma fogueira à espera de ser acesa, com uma porta fixada em seu topo, como a que queima no vídeo. A porta de madeira, vinda da casa do artista, em Petrópolis, vai contrastar com a arquitetura modernista do museu.
Rocha Pitta conta que o estudo da topologia o fez lembrar de outro artista, o pernambucano Tunga, com quem trabalhou. “Ele se aprofundou no assunto e adotou o conceito algumas vezes em sua obra, como no vídeo Ão (filme em 16mm e instalação sonora, 1980)”, comenta.
“Eu já venho queimando essa porta há cerca de três anos, amadurecendo o trabalho como escultura e vídeo. É interessante que seja instaurado publicamente no momento em que vemos uma problematização do aberto-fechado também no campo político. O incêndio do Museu Nacional, que é uma instituição científica e de educação, foi um grande vodu do que acontece hoje no Brasil. Podemos associar aquele incêndio às queimadas na Amazônia, ao extermínio das populações indígenas e ao desmonte da educação e da cultura. Em 2018, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro propôs que o prédio fosse deixado em ruínas, com suas cinzas, como um monumento à nossa ignorância”, relembra Thiago.
De acordo com a curadoria, o uso do fogo e das imagens relacionadas a ele (como a fogueira) é um dos elementos que marcam a trajetória de Thiago Rocha Pitta, que nas últimas duas décadas vem desenvolvendo uma reflexão fundamentada na observação das ações do tempo, dos fenômenos da natureza, das reações químicas e físicas, da “ruinificação” das coisas, e das transformações do planeta. “O fogo é considerado a maior conquista do ser humano na Pré-História. Se na Idade Média, os alquimistas acreditavam que o fogo tinha propriedades de transmutação da matéria, transformando minério sem valor em ouro, não faltam casos ao longo da história quando o fogo desempenhou um papel destruidor”, analisam Cocchiarale e Lopes.
Pitta avisa que o trabalho não é uma celebração. O artista cria um espaço que deixou de ser lugar de representação para se tornar ambiente de ação. “É uma memória muito dolorosa, mas necessária pra que não volte a acontecer. Esse fogo está aceso ainda”, exalta.
Sobre o MAM Rio
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), fundado em 1948, é voltado às vanguardas e à experimentação nas artes, cinema e cultura. Seu acervo de cerca de 15 mil obras forma uma das mais importantes coleções de arte moderna e contemporânea da América Latina. O museu realizou inúmeras exposições que marcam até hoje as expressões e linguagens das artes visuais e abrigou múltiplos movimentos artísticos brasileiros.
O MAM Rio é uma instituição cultural constituída como uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, apoiada por pessoas físicas e por empresas, que tem atualmente a Petrobras, o Itaú e a Ternium como mantenedores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o Grupo Petra Gold como patrocinador.
Desde janeiro de 2020, a nova gestão do MAM Rio, liderada pelo diretor-executivo Fábio Szwarcwald, com o apoio do corpo de conselheiros do MAM e das demais áreas do museu, deu início a um processo de profunda transformação institucional envolvendo novas ideias, novos fluxos de trabalho e novas atitudes. Um movimento de potencialização das ações já realizadas no museu, em consonância com seu histórico, e de acolhimento de todos que desfrutaram da efervescência dos diversos espaços do MAM Rio, incluindo públicos que nunca visitaram a instituição.
As ações do processo de transformação buscam coerência com o projeto original do museu, pautado pelo tripé arte-educação-cultura. Está sendo planejada a reabertura do Bloco Escola, espaço de aprendizado, discussão e criação artística, e da participação da Residência Artística Internacional CAPACETE. Com esses gestos, o MAM Rio assume uma plataforma de aprendizado vivo em âmbito nacional e internacional e amplia suas bases de diálogo e experimentação.
Transformar significa tornar o museu mais aberto, com preocupação social, acolhimento, sustentável, digital, experiencial e humano. O objetivo é promover o trânsito entre as diversas expressões artísticas, eliminando fronteiras e gerando integração e inventividade entre gêneros e programas poéticos.
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa
Leilão online para apoiar a Fundação Iberê
Obras de Vik Muniz, Artur Lescher, Marepe e Marcelo Jácome vão à leilão da Fundação Iberê
Depois do grande movimento de importantes nomes gaúchos do mundo das artes, que se uniram para apoiar o primeiro leilão virtual da Fundação Iberê, artistas, colecionadores e galerias de fora do Estado aderiram ao novo evento. Artur Lescher (SP) doou peça única – sem título – de seu acervo, bem como Vik Muniz (RJ), que escolheu “Flowers after Van Gogh”, de 131,1 cm x 101,6 cm.
A Fundação Iberê realiza entre 4 e 8 de setembro um preview das obras do leilão virtual, que acontece nos próximos dias 9 e 10 (quarta e quinta), a partir das 19h, pelo site www.santayana.com.br. As visitas ocorrerão das 14h às 18h e deverão ser agendadas pelo telefone (51) 3247-8001 ou pelo e-mail agendamento@iberecamargo.org.br. Como medida de segurança, serão permitidas até 15 pessoas por vez para um percurso de uma hora, devidamente acompanhadas de um mediador.
O catálogo completo para lances está disponível no site do leiloeiro José Luis Santayana. Com valores a partir de R$ 200 e possibilidade de pagamento em até dez vezes no cartão de crédito, toda a renda será destinada à manutenção da instituição e futuras exposições e ações educativas.
A Galeria Luisa Strina doou peça única de tinta sobre cetim do badalado Marepe, um dos brasileiros mais importantes da arte contemporânea. Em seus trabalhos, ele evoca poeticamente uma memória pessoal que se entrelaça à sua cidade natal, Santo Antônio de Jesus, localizada no Recôncavo Baiano. O artista tem uma linguagem artística comparada com a do pintor, escultor e poeta francês Marcel Duchamp.
Também somam-se ao leilão obras de colecionadores de São Paulo e Rio de Janeiro, como uma raridade de Iberê Camargo, intitulada “Sol Vermelho” (1951). Trata-se de um óleo sobre tela de 47 cm x 56 cm, que retrata a vista de Santa Teresa na época em que o pintor viveu no Rio de Janeiro.
A colecionadora Frances Reynolds, do Rio de Janeiro, doou a obra “Planos-Pipa”, de 180 x 180, do carioca Marcelo Jácome. Uma das revelações da nova geração de artistas, Jácome expôs este trabalho com pipas em espaços e instituições como Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Saatchi Gallery (Londres), Espace_L (Genebra) e Jardin d’acclimatatitiom (Paris).
O catálogo completo para lances está disponível no link encurtador.com.br/iwxPR. Com valores a partir de R$ 200 e possibilidade de pagamento em até dez vezes no cartão de crédito, toda a renda será destinada à manutenção da instituição e futuras exposições e ações educativas.
Artistas: Alejandro Lloret, Alexandre Moreira, Ana Andueza, Ane Goldsztein Jewelry, Ananda Kuhn, André Lichtenberg, André Santos, André Severo, André Venzon, Andressa Cantergiani, Angela Zaffari, Antônio Bernardo, Antônio Augusto Bueno, Arminda Lopes, Arnaldo de Melo, Artur Lescher, Beatriz Werebe, Bebeto Alves, Benjamim Rothstein, Berenice Unikowsky, Betinha Schultz Jewelry, Branca Dadda, Carlos Bacchi, Carlos Pasquetti, Carlos Vergara, Cartier, Celma Paese, Claudia Hamerski, Clovis Danario, Clóvis Martins Costa, Constança Brunelli, Cris Leal, Cris Rocha, Cristiano Lenhardt, Daniel Acosta, Daniel Escobar, Daniel Senise, Danúbio Gonçalves, De Conto, Dione Veiga Vieira, DvoskinKulkes, Eduardo Haesbaert, Elaine Tedesco, Elida Tessler, Elvira Fortuna, Erico Santos, Essere, Fábio Balen, Fabio Zimbres, Felipe Moreira Constant, Fernanda Gassen, Fernanda Valadares, Fernando Baril, Flávio Gonçalves, Gelson Radaelli, Gisela Waetge, Glória Corbetta, Gustavo Nakle, Heloisa Crocco, Henrique Fuhro, Hidalgo Adams, Iberê Camargo, Inos Corradin, Iná Fantoni, Jander Rama, Jaqueline Biazus, Jorge Menna Barreto, José Alberto Nemer, Karen Axelrud, Karin Lambrecht, Kika Herrmann, Leandro Machado, Leopoldo Plentz, Lia Menna Barreto, Lya Luft, Lou Borguetti, Lucas Strey, Lucia Koch, Lucio Spier, Luiz Carlos Felizardo, Luiz Eduardo Achutti, Lya Luft, Marcelo Jácome, Marepe, Maria Lidia Magliani, Maria Lucia Cattani, Marilice Corona, Marion Lunke, Mariza Carpes, Michel Zózimo, Nara Fogaça, Nara Sirotsky, Nico Rocha, Olga Velho, Pablo Ferretti, Patrícia Francisco, Paulo Amaral, Paulo Correa, Paulo Favalli, Paulo Hoffmeister Neto, Pedro Weingärtner, Priya Rafael Pagatini, Regina Silveira, Rochelle Costi, Sandra Rey, Sandro Ka, Santiago, Saint Clair Cemin, Sauer, Silvia Brum, Silvia Nothen de Azevedo, Sylvia Furmanovich, Teresa Poester, Theo Felizzola, Tina Felice, Tita Macedo, Ubiratã Braga, Ubiratan Fernandes, Vera Chaves Barcellos, Vera Reichert, Vik Muniz, Vitório Gheno, Walmor Corrêa, Xadalu e a dupla Yael Mer e Shay Alkalay/ Louis Vuitton.
A Fundação Iberê tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, Renner Herrmann S/A e Lojas Renner, Dell Technologies, OleoPlan, Banco Safra e apoio de Ventos do Sul, BTG Pactual, Grendene, Unifertil, Nardoni Nasi, ISend, DLL Group, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Tecnopuc e Plaza São Rafael, com realização e financiamento da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania / Governo Federal. O Programa Educativo/Iberê nas Escolas tem o patrocínio de CMPC – Celulose Riograndense e Dufrio, com realização e financiamento da Secretaria Estadual de Cultura/ Pró-Cultura RS, Secretaria da Educação – Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria de Educação – Prefeitura de Guaíba e Viação Ouro e Prata.
