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julho 9, 2021

Nemer no Tomie Ohtake, São Paulo

A mostra Nemer – aquarelas recentes, com curadoria de Agnaldo Farias, traz a singular destreza do artista mineiro que faz do manejo astuto e delicado das pinceladas uma verdadeira apologia à aquarela. Segundo o curador, os trabalhos de José Alberto Nemer propiciam um intermitente confronto entre uma orientação construtiva e um impulso orgânico. Diluídos na água, seus pigmentos correm pela folha, adivinhando suas minúsculas fissuras e revelando o acidentado da topografia do papel. A dimensão construtiva de suas obras se expressa, continua Farias, no recurso a figuras geométricas variadas, veloz e cuidadosamente executadas com lápis de grafite duro, com o apoio de régua, compasso.

Nesta mostra patrocinada pela CEMIG, a sensibilidade de suas composições, marcadas por cores que aliam vivacidade e transparência, chamam atenção pela escala. Quadrados, retângulos, grelhas, hachuras, círculos, trapézios, elipses, cruzes, arcos, pirâmides etc. povoam as 20 peças de pequenos formatos, divididas entre duas dimensões, 7 x 10 cm e 7,5 x 12 cm. Parte desse repertório de formas está presente nas 22 peças de formato maior, que também integram a exposição, começando nos 100 x 100 cm, até o inusual, pelas grandes dimensões, formato de 150 x 200 cm. Farias destaca que nessas maiores, a geometria é rarefeita, despojada, com círculos e retângulos quase perfeitos, posto que quase não são feitos por instrumentos, mas com a mão nua.

“Pensando na presença e no uso do elemento orgânico do trabalho de Nemer, frise-se que ele comparece já no emprego da aquarela, técnica intrincada, sujeita às idiossincrasias da água e dos pigmentos nelas dissolvidos, mais ou menos pesados, e que têm na transparência seu maior predicado. O domínio do artista nessa linguagem é impressionante, suas peças, especialmente as maiores, afiguram-se como celebrações”, completa o curador.

Medidas de segurança: Obrigatório uso de máscara / Medição de temperatura / Tapetes sanitizantes / Álcool em gel disponível em diversos pontos / Distanciamento mínimo de 1,5m entre os visitantes / controle de público, de 2 a 10 pessoas, dependendo da sala / percurso único / guarda-volumes desativado.

José Alberto Nemer (1945, Ouro Preto, MG) é artista plástico e doutor em Artes Plásticas pela Université de Paris VIII. Lecionou em universidades brasileiras e estrangeiras, como a UFMG (1974 a 1998) e a Sorbonne (1974 a 1979). Pertencente à geração dos chamados desenhistas mineiros, que se afirmou no cenário da arte brasileira a partir da década de 1970, Nemer participa de salões e bienais no Brasil e no exterior. Sua obra obteve, entre outros, o Prêmio Museu de Arte Contemporânea da USP (1969), Prêmios Museu de Arte de Belo Horizonte (1970 e 1982), Prêmios Museu de Arte Contemporânea do Paraná na Mostra do Desenho Brasileiro (1974 e 1982), Grande Prêmio de Viagem à Europa no Salão Global (1973), Prêmio Museu de Arte Moderna de São Paulo no Panorama da Arte Brasileira (1980). Incluído pela crítica e por júri popular entre os dez melhores artistas de Minas Gerais na década de 1980, Nemer foi o artista homenageado, com Sala Especial, no Salão Nacional de Arte Edição Centenário, realizado no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (1997/1998). Entre suas exposições, destacam-se a do Centro Cultural Banco do Brasil/CCBB Rio (2000), a dos espaços culturais do Instituto Moreira Salles, em circuito itinerante pelo País (2003 a 2005), e a da Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio (2009). Num ensaio sobre a obra do artista, intitulado Razão e Sensibilidade (2005), Olívio Tavares de Araújo diz: “Só um virtuose da aquarela – a mais exigente de todas as técnicas, a mais inflexível, na qual é impossível enganar – conseguiria dar este enorme salto de escala sem atraiçoar-lhe em absolutamente nada a essência. Ao que eu saiba, ninguém nunca, em qualquer tempo, fez aquarelas das dimensões dessas, de Nemer. Mas, a despeito do tamanho, elas permanecem, definitivamente, aquarelas. Conservam sua natureza de música de câmara, e não sinfônica, delicada, econômica, sempre transparentemente instrumentadas. Parece-me terem fluído com a naturalidade, quase, de uma fonte”.

Posted by Patricia Canetti at 12:49 PM