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abril 28, 2021

Lucia Laguna na Carpintaria, Rio de Janeiro

“Caminante son tus huellas el camino y nada más; caminante, no hay camino: se hace camino al andar. Al andar se hace camino, y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante, no hay camino, sino estelas en la mar” Antonio Machado

A Carpintaria tem o prazer de apresentar Se hace camino al andar, individual de Lucia Laguna. Essa é a primeira exposição da artista no Rio de Janeiro desde Enquanto bebo a água, a água me bebe, panorâmica dedicada à sua obra no Museu de Arte do Rio, em 2016.

[scroll down for English version]

Nestas novas pinturas produzidas entre 2020 e 2021, Laguna reforça a indissociabilidade que há entre seu processo artístico e o espaço de seu ateliê, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro. É a partir da vista de sua janela e do seu jardim – um corredor de plantas que recebe diariamente as mãos da artista – que ela compõe suas paisagens.

“Em outra época meu trabalho fazia referência às vias expressas, a uma cena mais urbana. Mas essa série é totalmente orgânica, é uma paisagem menos estendida, voltada para o meu jardim. Ele é o protagonista.” O tempo interior da pintora escoa para o tempo da pintura. Um novo corpo de trabalho que carrega marcas do confinamento. “Antes eu via paisagem, eu via ruas, construção, horizontes. Por questões do momento estou exclusivamente em casa. Só acesso outras imagens nos meus próprios livros e no meu entorno”.

Seu jogo pictórico é de natureza empírica. “Quando começo um quadro, não sei onde vai parar. Existe uma direção geral, mas não um limite”. O ponto de partida são proposições que a artista faz aos seus assistentes, que começam o processo delimitando linhas sobre a superfície da tela, inserindo figurações e outros sinais gráficos. Ao assumir a execução da obra, Lucia ingressa em um processo de desconstrução do que ali já estava. Num exercício ambíguo de intervenções e apagamentos que se dão com a pintura de outras camadas e detalhes, novos cenários são construídos. Nesse corpo de trabalho, Laguna dá sequência ao método de vedação temporária com faixas de fita para preservar áreas da tela e tomar decisões em tempos distintos. Um quadro de Lucia Laguna deve ser visto, portanto, como uma trama de acontecimentos pictóricos onde nada se apaga e tudo é acúmulo.

Lucia Laguna nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) em 1941. Formou-se em Letras em 1971, passando a lecionar Língua Portuguesa. Em meados dos anos 1990, começou a frequentar cursos de Pintura e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e realizou sua primeira individual em 1998. Ganhou em 2006 o Prêmio Marcantônio Vilaça do CNI SESI. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Lucia Laguna, Fortes D’Aloia & Gabriel (2020) Vizinhança, MASP (São Paulo, 2018); e Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (Rio de Janeiro, 2016). Suas principais coletivas incluem participações em: 30ª Bienal de São Paulo (2012), 32º Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). Sua obra está presente em importantes coleções públicas, como MASP, MAM-SP, MAM-RJ, MAR, entre outras.


Carpintaria is pleased to present Se hace camino al andar, the latest solo show by Lucia Laguna. This is the artist’s first one-person exhibition in Rio since Enquanto bebo a água, a água me bebe, which took place at Museu de Arte do Rio, in 2016. In these new paintings created in 2020-2021, Laguna reinforces the existing inseparability between her artistic process and the context of her studio, in the north zone of Rio de Janeiro. Taking the view from her window and front yard as a starting point – a passageway full of plants to which the artist tends on a daily basis –­, she plots her landscapes.

“Before, my work would reference expressways and far more urban settings. But this series is quite organic. It’s not such a far-reaching landscape, as it’s focused in my front yard. The yard takes center stage”. This fresh body of work bears the scars of the lockdown. “I used to see the landscape, the streets, construction sites, skylines. Due to current issues, I find myself at home at all times. I can only access further images through my own books and surroundings”.

Her pictorial practice is empirical in nature. “When I begin painting a canvas, I have no idea where it will go. There’s a general course, but no limits”. It all starts with propositions from the artist to her assistants, who initiate the process by outlining the surface, inserting figures and other graphic signs. As she takes over, Laguna ignites a process of deconstructing what was previously there. In an ambiguous effort of intervention and erasure that occurs through the addition of newly painted layers and details, eschewing new sceneries. The artist employs a temporary covering method, using pieces of tape to protect certain areas of the canvas and thus allowing her to make decisions asynchronously. A painting by Laguna must be thus seen as a storyline of painterly actions in which nothing is erased, and everything is accumulation.

Lucia Laguna was born in Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro) in 1941. In 1971 she received a degree in Portuguese and began her career as a teacher. In the mid-nineties she attended workshops on painting and art history at Escola de Artes Visuais do Parque Lage, in Rio de Janeiro, she had her first solo show in 1998. In 2006, she was awarded the Marcantônio Vilaça Prize from CNI SESI. Recent standout exhibitions include: Lucia Laguna, Fortes D’Aloia & Gabriel (2020) Vizinhança, MASP (São Paulo, 2018); and Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (Rio de Janeiro, 2016). Among her most important participations in group shows are: 30th Bienal de São Paulo (2012), 32nd Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). The work of Lucia Laguna is featured in prominent public collections such as MASP, MAM-SP, MAM-RJ and MAR.

Posted by Patricia Canetti at 6:41 PM