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novembro 3, 2020

Janaina Tschäpe no Musée de l’Orangerie, França

Janaina Tschäpe abre individual no Musée de l’Orangerie, em Paris. O projeto da artista para o museu francês é idêntico em seu objetivo à declaração de Claude Monet: “Meu único desejo é uma fusão mais íntima com a natureza, e o único destino que desejo é, de acordo com os preceitos de Goethe, ter trabalhado e vivido em harmonia com as suas leis”.

Seu trabalho - vídeo, desenho, performance e pintura - inspira-se na contemplação da natureza, em sua indefinição e em suas metamorfoses. “Para mim pintar significa sentir algo de perto, estar presente de corpo e alma. Jamais consegui explicar a ninguém esse diálogo íntimo com a tela. Minha pintura não vem de fotos, surge de minhas observações, que podem ser observações da natureza, mas também observações da fantasia.”

A série de desenhos produzida exclusivamente para o Musée de l’Orangerie remete aos cadernos de rascunho que Monet guardou de suas observações do lago de Giverny. A artista interpreta esta série como um diálogo entre mente-corpo: “Tenho a necessidade de permanecer em contato com a tela depois de concluir o trabalho principal. Muitas vezes tenho vontade de tocar suavemente na pintura com o lápis, voar sobre a pele colorida como uma carícia.”

Blood, Sea completa a seleção de trabalhos que integram a exposição. Na videoinstalação de 2004 Tschäpe convida o espectador a mergulhar nas múltiplas fontes sonoras onde a água se torna o principal motor de energia que orienta o movimento e a exploração dos territórios físicos e corporais. Esta é a 5ª edição do programa 'Contemporary Counterpoint’, que propõe um contraponto a série de pinturas Nenúfares, de Claude Monet.

Sobre Janaina Tschäpe

Nascida na Alemanha - onde se formou na escola de arte HFBK - e criada no Brasil, Janaina Tschäpe mora em Nova York. Sua obra integra a coleção de instituições como Solomon R. Guggenheim Museu, Nova York, National Museum of Women in the Arts, Washington, e Musée national ’art moderne, Paris, onde expôs Elles: Mulheres Artistas.

Posted by Patricia Canetti at 4:05 PM