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maio 9, 2019

Como falar com as árvores na Z42 Arte, Rio de Janeiro

Rio recebe exposição de obras produzidas em residência artística na Floresta Amazônica

A Amazônia vai aportar no Rio de Janeiro entre maio e junho. Ou pelo menos uma releitura de sons, cores e texturas sobre o território amazônico, feita por artistas que passaram por dias de imersão na floresta para criar suas obras.

De 9 de maio a 28 de junho, a galeria Z42 Arte, localizada no Cosme Velho, Rio de Janeiro, recebe a exposição Como falar com as árvores, projeto de residência artística realizado pelo LabVerde no coração da Amazônia com artistas de todo o mundo interessados em explorar a relação entre arte, natureza e ciência. O projeto, que completa cinco anos em 2019, já recebeu mais de cem artistas de 30 países, e chega ao Rio de Janeiro pela primeira vez, depois de passar por Londres, Oslo, Nova York e São Paulo, com inciativas coletivas propostas pelos próprios artistas residentes.

No Rio, serão apresentadas as obras de 20 artistas do Brasil, Estados Unidos, Itália, Chile e Moçambique, que já participaram do projeto: Bia Monteiro, Bianca Lee Vasquez, Claudia Tavares, Fabian Albertini, Guto Nóbrega, Laura Gorski, Lisa Schonberg, Liana Nigri, Lorenzo Moya, Luisa Puterman, Luzia Simons, Nathalia Favaro, Patricia Gouvêa, Renata Cruz, Pedro Vaz, Renata Padovan, Rodrigo Braga, Sergio Helle, Simone Fontana Reis e Turenko Beça.

Criado pela Manifesta Arte e Cultura, em cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), o LabVerde promove uma vivência intensiva na floresta, mediada por uma equipe de especialistas nas áreas de arte, filosofia, biologia, ecologia e ciências naturais.

Segundo a curadora do projeto, Lilian Fraiji, a exposição comemora os cinco anos do programa, e traz um panorama cultural sobre a paisagem amazônica, envolvendo artistas nacionais e internacionais. “A exposição apresenta uma efervescência de processos, matérias e técnicas poéticas que ressignificam a natureza em um conjunto plural de linguagens”, explicou.

De acordo com Lilian, alguns trabalhos são notadamente engajados e denunciam a extinção da vida na Amazônia, outros dão ênfase à percepção sensorial do artista e seus processos afetivos, enquanto alguns tentam retratar as dinâmicas dos seres em sua complexidade. “Existe ainda a preocupação em dar novo sentido à paisagem, dissolvendo o lugar do sujeito. Há também a vontade de dar visibilidade a fenômenos naturais invisíveis, onde a luz é a grande protagonista nas investigações artísticas”, completou.

Entre as obras que serão exibidas, está a série de instalações "Irreversíveis", produzida pela artista plástica paulista Renata Padovan. Há mais de vinte anos, Renata tem como foco de seu trabalho lugares em que a interferência humana alterou drasticamente a paisagem, afetando, de forma irreversível, as condições ambientais e sociais da região.

Durante a residência, ela fotografou a instalação que criou no cemitério de árvores da usina hidrelétrica de Balbina, um lago de 2.360 km² que inundou parte da floresta causando um impacto ambiental enorme para gerar apenas 250 megawatts, insuficientes sequer para abastecer Manaus.

“Eu já conhecia Balbina, mas o trabalho junto com os cientistas no LabVerde trouxe um novo sentido, ampliou meus conhecimentos. Esta troca é muito interessante. Geralmente a hidrelétrica é considerada uma energia limpa, mas ela traz muitas consequências ruins, como uma alta emissão de dióxido de carbono e metano na atmosfera. O trabalho multidisciplinar propicia esta comunicação, porque o cientista está dentro do laboratório, enquanto o artista é quem vai levar estas questões para o mundo”, explicou Renata sobre o projeto LabVerde.

A noite de abertura terá apresentação do “Uau Show”, baseado na pesquisa da musicista e bióloga Lisa Schonberg, em parceria com o entomólogo Fabrício Baccaro e Erica Valle, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), sobre o ambiente sonoro das formigas. Iniciada durante a residência artística LabVerde, Lisa documentou o ambiente sonoro de inúmeras espécies de formigas da Amazônia para uma investigação científica, em desenvolvimento, sobre como as formigas se comunicam por meio dos sons.

O ambiente sonoro das formigas também serviu como base para a criação de composições do “Uau Show”, que será interpretado pelos músicos americanos Lisa Schonberg e Anthony Brisson na abertura da exposição.

Além da exposição, que ocupa o primeiro andar da Z42, galeria dedicada à arte contemporânea próxima à Estrada de Ferro do Corcovado, no Cosme Velho, o LabVerde reúne artistas do mundo inteiro no Espaço Vazio, casa de residência também localizada no Cosme Velho, e promove roda de conversas shows e performances.

Posted by Patricia Canetti at 7:45 AM