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julho 17, 2018

Maxwell Alexandre na Gentil Carioca, Rio de Janeiro

No próximo dia 21 de julho, às 18h, a galeria A Gentil Carioca, tem o prazer de apresentar O Batismo de Maxwell Alexandre, a primeira exposição individual de Maxwell Alexandre, que fica em cartaz até o dia 12 de setembro. Para a mostra, o artista apresentará obras inéditas, concebidas especialmente para a exposição que conta com texto crítico de Fernando Cocchiarale.

Ainda no dia de abertura da exposição, em ato de peregrinação, o artista e os membros “d’A Noiva Igreja do Reino da Arte”, levarão a pé da Rocinha as pinturas-mãe, pinturas apelidadas carinhosamente pelo artista, numa jornada religiosa de quatro horas, onde tod@s carregarão no ombro as telas enroladas até o centro do Rio de Janeiro. Em formato de grande escala, as telas apresentam medidas de 4,60 (altura) x 2,10 (largura)m e de 4,14 (altura) x 2,80 (largura)m que ao chegarem na A Gentil Carioca, serão içadas nas salas expositivas. Todo o ato será filmado e transmitido ao vivo num telão na galeria.

Às 20h, a “Encruzilhada Gentil”, ativação da galeria A Gentil Carioca, transborda o espaço expositivo da mostra e recebe a cerimônia de Batizado do Artista. Enquanto as pinturas estiverem sendo içadas nas galerias, Maxwell dirige-se para seu batismo, uma passagem, sob a benção da Igreja. Quem batiza o artista é um dos membros da igreja, o rapper Abebe Bikila, mais conhecido como BK, BKristo, BKrack, BKratos ou Ekelelê, autor de versos que deram nome à pinturas da série “Pardo é Papel”. Após o batismo BK performa a música “Caminhos” e terminamos o ritual.

Paralelamente à abertura da exposição e aos demais acontecimentos, também será realizado o lançamento da “Camisa Educação de n º 79” por Eduardo Barros.

Às 21h, os DJs Rodrigo Rosm e Caio Rosa, membros d’A Noiva, começam a tocar e seguimos para aproveitar a exposição/culto/celebração com piscina, música, e descoloração de cabelo de tod@s que quiserem experimentar um novo look.

PROGRAMAÇÃO

14h as 18h - Peregrinação Rocinha - Centro
saída as 14h do atelier do artista, Travessa Mesopotâmia, Rocinha

18h Abertura da exposição e içamento das telas

20h Encruzilhada Gentil – O Batizado do Artista
participação especial do happer BK

21h
Celebração com banho de piscina, descoloração de cabelo ao som dos Djs Rodrigo Rosm e Caio Rosa

MAIS SOBRE A MOSTRA

As pinturas-mãe, como foram apelidadas, são telas pintadas em acrílica, henê, graxa, betume, pastel oleoso, e látex, em frente e verso com cores e padrões das piscinas Capri, signo ambíguo - de status e lazer dentro das favelas, e de sarcasmo pelos mais abastados. Personagens negros e de cabelo descolorido - numa referencia autobiográfica ao próprio artista - se sobrepõem ao fundo azul, aparecendo em cenas variadas de dias de praia e festas na piscina. Em meio ao lazer nas águas aparecem imagens de batismos evangélicos, além dos agentes de segurança das praias do Rio, bem como os militares prostrados à orla desde o começo da intervenção militar. Jovens saltam da janela de um ônibus em direção às praias lindas e seguras da Zona Sul do Rio, veladamente reservadas aos turistas e moradores locais.

Na galeria uma das salas é inteiramente coberta em papel pardo, um dos elementos marcantes da obra do artista em referência ao termo “pardo” usado como um tom de pele que por muito tempo ‘amenizou” e escondeu a negritude no Brasil. Em seu interior indícios discursivos da infância e realidade de vida do artista: fotos, desenhos, documentos, além de diversos objetos, todos envoltos e suspensos em pardo, padronizados, camuflados, secretos, dissimulados e ao mesmo tempo, falsa e estranhamente enaltecidos.

Aguardam também a série de portas e janelas de formatos e tamanhos variados, pintadas a óleo. São imagens de evangelização e batismo inspiradas em fotos de família e cenas da disseminação da influência e poder das igrejas pentecostais nas forças militares, na política e nas favelas.

Do lado de fora uma piscina Capri e um tanque batismal aguardam a chegado dos peregrinos, os preparativo para o batismo e celebração nas águas da encruzilhada em frente à galeria.

As 20h, depois da submissão ao sacrifício da caminhada, as pinturas são entregues à galeria, onde serão içadas no espaço expositivo. Paralelamente ao içamento das telas, Maxwell se dirige para seu batismo, um rito de passagem sob a benção d’A Noiva. Quem batiza é o rapper Abebe Bikila, mas conhecido como BK, BKristo, BKrack, BKratos ou Ekelelê, autor de versos sobre o empoderamento negro, que deram nome à pinturas da série “Pardo é Papel”.

Criado no evangelho Maxwell nunca chegou a ser batizado na igreja e, ao performar seu batismo dentro de seus próprios termos e condições durante seu lançamento oficial como artista, se utiliza de um recurso-chave de sua obra; a espetacularização, tomada de controle e curadoria de sua própria mitologia biográfica.

Após o ritual os DJs Rodrigo Rosm e Caio Rosa dão início à celebrações, com direito a banho de piscina e descoloração de cabelo.

MINIBIO – MAXWELL ALEXANDRE

Nascido em 1990 na Rocinha, Rio de Janeiro, Maxwell Alexandre se graduou no Departamento de Artes e Design da PUC-Rio em 2017. Em 2018 uma de suas obras passou a fazer parte do acervo da Pinacoteca de São Paulo. No mesmo ano ele participou da exposição coletiva Abre Alas 14 na A Gentil Carioca. Ele também participou da exposição coletiva Carpintaria para todos, realizada em 2017 no Fortes D’Aloia & Gabriel.

"Criado em berço evangélico, aprendi que fé e obra devem caminhar juntos, uma em detrimento da outra não funciona. Dentro desse sistema religioso me ensinaram também que a oração é um segredo pra prosperar, comunicar e receber coisas de Deus. Quando me vi em artes precisei rever tudo isso que havia escutado e incorporado. Ao desconstruir o evangelho que me ensinou, deixei de usar a linguagem verbal como um meio para me conectar com Deus. Então, encontrei na pintura um caminho legítimo para agradecer, falar e conhecer a mim mesmo. Minhas pinturas são orações, visões e profecias. Assim como em casas pentecostais onde fiéis oram aos berros, expondo sua intimidade, minha prática artística se apresenta ao mundo também como uma prece aberta/pública."
Maxwell Alexandre

MINIBIO - ABEBE BIKILA (BK)

Abebe Bikila Costa Santos, nascido em 20 de março de 1989, mais conhecido como BK, é membro do grupo carioca de rap Nectar Gang, do Bloco7, e Pirâmide Perdida. Em seu álbum solo de estreia, Castelos & Ruínas e no EP em dois volumes “Antes dos Gigantes Chegarem", o rapper alcançou grande aclamação do público, conquistando diversos prêmios no cenário. BK utiliza sua música para tecer reflexões existencialistas com composições que discutem tédio, depressão e ansiedade de forma contida, detalhista, e como um exercício de descoberta pessoal.

SOBRE A IGREJA

A Noiva - A Igreja do Reino da Arte - Fundada por artistas - entre eles o próprio Maxwell, a Igreja prega o processo artístico como caminho para a salvação e o auto-conhecimento. Seu formato atual resulta do sincretismo de termos, estruturas, textos e rituais apropriados das instituições cristãs e do mundo da arte, onde os trabalhos dos artistas são tidos como orações e seus ateliês como templos.

Posted by Patricia Canetti at 5:31 PM