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maio 24, 2018

Modernos 10, Destaques da Coleção + 10 Contemporâneos na Roberto Marinho, Rio de Janeiro

Casa onde viveu o empresário carioca é transformada em espaço cultural e sua coleção, especializada em modernismo brasileiro, é apresentada ao público

Abrem-se os portões do nº 1105 da Rua Cosme Velho e revela-se a casa rosa neocolonial de 1939, que teve por referência o Solar de Megaípe, construção pernambucana do século XVII. O jardim, orginalmente projetado por Burle Marx, com espécies da flora tropical, é um prolongamento da Floresta da Tijuca. Nele, o visitante encontrará obras dos artistas Ascânio MMM, Bruno Giorgi, Carlos Vergara, Maria Martins e Raul Mourão. Há ainda uma obra de Beth Jobim. Ali, o jornalista Roberto Marinho viveu entre os anos 1943 e 2003.

A partir do dia 28 de abril de 2018, a casa será aberta ao público em sua nova função de espaço cultural.

A inauguração da Casa Roberto Marinho – dirigida pelo arquiteto, antropólogo e curador Lauro Cavalcanti – será sábado, dia 28/04, a partir do meio-dia, com a exposição Modernos 10, Destaques da Coleção. A mostra, com 124 obras da Coleção Roberto Marinho, ocupará todo o andar superior da casa principal, reunindo dez expoentes do modernismo brasileiro dos anos 1930 e 1940: Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Cândido Portinari, José Pancetti, Ismael Nery, Alberto Guignard, Djanira, Di Cavalcanti, Milton Dacosta e Burle Marx.

O novo instituto cultural, com arquitetura projetada por Glauco Campello, acrescentou ao terreno de mais de 10 mil metros quadrados, os prédios de reserva técnica e espaço educativo. Foi concebido para promover o conhecimento através da Arte e da Educação e para transformar-se num centro ativo de referência e pesquisa em modernismo. Sem fins lucrativos, a instituição foi integralmente criada com recursos próprios da família, de forma independente, sem qualquer incentivo ou lei de isenção fiscal.

Na Casa Roberto Marinho serão organizadas duas grandes exposições anuais, partindo do acervo focado em Modernismo e Abstração Informal. Com mais de 1.200m² de área expositiva, o projeto conta ainda com sala de cinema (com acessibilidade e capacidade para até 34 pessoas), além de cafeteria e uma unidade da Pinakotheke, livraria especializada em publicações de arte.

A proposta de educação não seriada, através de cursos e oficinas destinados a grupos de escolas, universidades, professores e ao público em geral, será focada na modernização da arte e da sociedade brasileira no século XX.

Para a inauguração, a mostra paralela 10 Contemporâneos ocupa o andar térreo e revela a intenção do projeto curatorial de dialogar permanentemente com a produção artística atual. Os artistas Anna Bella Geiger, Carlos Vergara, Daniel Senise, José Bechara, Lena Bergstein, Luiz Áquila, Luiz Zerbini, Malu Fatorelli, Roberto Magalhães e Wanda Pimentel foram convidados a criar gravuras em torno da temática “casa”, para homenagear o novo espaço no Cosme Velho. Vale destacar ainda, no andar térreo, a belíssima escultura de Frans Krajcberg e trabalhos de Cristina Canale, Luiz Zerbini e Orlando Mollica, que homenageiam a paisagem carioca, ao lado de litogravuras de Jean-Baptiste Debret.

A construção da casa teve início em 1939, mesmo ano em que o jovem jornalista passou a investir nos artistas de sua geração. À época, Di Cavalcanti, Portinari, Tarsila, Malfatti e Pancetti eram pintores que assumiam o Brasil como tema, integrando o amplo movimento cultural que transformou a linguagem artística do país.

O acervo reunido ao longo de seis décadas recebeu trabalhos de estrangeiros, como Chagall e Vieira da Silva, sem perder o foco original. Aquisições representativas do Abstracionismo Informal (das décadas de 50 e 60), como Antonio Bandeira, Iberê Camargo, Manabu Mabe e Tomie Ohtake, destacam-se no belíssimo conjunto de 1473 peças cadastradas, que inclui pinturas, esculturas, gravuras e desenhos.

Movido pelo amor à arte e pela crença no talento dos nossos artistas, Roberto Marinho costumava adquirir obras diretamente dos pintores e escultores que considerava promissores ou pela emoção que os trabalhos lhe provocavam. Frequentador assíduo de bienais e salões, galerias e ateliês, não raro adquiria quadros e esculturas para ajudar artistas em dificuldades.

“Foram muitas as histórias que ouvimos do nosso pai sobre sua amizade com Pancetti e as recepções organizadas no Cosme Velho para apresentar suas obras; as visitas ao ateliê de Portinari e o processo de criação de muitos dos seus quadros; as tintas enviadas a Guignard para que não poupasse cores nas suas telas...”, relembram Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto, no texto de apresentação da mostra de abertura, Modernos 10.

Ainda sobre a exposição Modernos 10

Distribuídos nos espaços do primeiro andar, grupos individuais aludem a uma das características do colecionador: a de, após escolher uma obra, procurar reunir, ao longo do tempo, conjuntos de trabalhos do mesmo artista.

A seleção de Roberto Marinho obedeceu a seu gosto pessoal e foi dirigida, em sua maioria, a companheiros de geração, de vários matizes ideológicos, com anseio comum da formação de uma nova mentalidade na arte, pessoas e país. Amigo de Pancetti e Portinari, então jovens promissores, não era inusual receber a visita deles e de outros artistas no escritório ou em reuniões no Cosme Velho.

Nas palavras do curador, “este acervo nos permite um olhar mais denso sobre a produção dos anos 1930/1940, período precipitadamente descrito como ‘cristalização pictórica’ ou ‘mero exercício de um modernismo tardio’, muitas vezes subestimado frente aos valorizados avanços dos anos 1920 e 1950. Nossa era convida a revisões de muitos julgamentos e esta exposição é uma excelente oportunidade de redescoberta e avaliação desses dez magníficos artistas”.

Sobre o curador

Lauro Cavalcanti nasceu em 1954, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É arquiteto, antropólogo, curador de exposições e escritor. Autor de vários livros sobre arquitetura, estética e sociedade, além de inúmeras mostras de artes plásticas realizadas no Brasil e no exterior. Foi diretor do Paço Imperial de 1992 a 2014. É professor da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI/UERJ) e desde 2014 é o diretor-executivo do Instituto Casa Roberto Marinho.

Posted by Patricia Canetti at 4:49 PM