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maio 7, 2017

Gustavo Speridião na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro

Gustavo Speridião apresenta, pela primeira vez, na Galeria Mercedes Viegas, 9 trabalhos inéditos e recentes, criados especialmente para esta exposição, A gente surge da sombra: 5 em grandes formatos (2 m X 4 m) e 4 em pequenos formatos que variam 20 cm X 40 cm a 40 cm X 40 cm. O artista utiliza nanquim, carvão e verniz, mantendo sempre o uso das palavras e a relação delas com a imagem. Além disso, vem trabalhando na sequência de metros e metros de lonas pintadas e repintadas.

- A princípio, eu trabalho coma produção de uma imagem. Imagem em movimento, impressa, apropriada, pintada, escrita, desenhada. A pintura; tinta sobre tela, é suporte mais utilizado para este trabalho com a imagem por diversos fatores práticos de produção de imagem bidimensional, mas é na carga histórica e conceitual que sua importância está colocada pois nela estão acumulados séculos de discussão sobre o poder da imagem para a humanidade. Sobre este suporte convencional são criados meu jogos poéticos de idéias e formas. Mas o motivo pelo foco na pintura não é o teórico apenas. Eu busco na pintura a essência de onde tudo começou: o desenho, a abstração de uma ideia. É o rabisco no papel. É a pintura na caverna. É um “Existir” – diz Gustavo.

Mestre em Linguagens visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ (PPGAV-UFRJ,2007), Os trabalhos de Gustavo Speridião são regidos pela ideia de “Kino-Glaz”, do cinema avant-garde russo que pode ser traduzida grosseiramente por “cinema-olho”. Suas ações tem foco na ideia de que o meio artístico deve imitar o olho humano, utilizando esta técnica para explorar situações da vida cotidiana. Sua prática multimídia inclui desenhos, colagens, pinturas, instalações e esculturas, embora ele talvez seja mais conhecido por suas pinturas, fotografias e vídeo. O trabalho de Speridião é caracterizado por suas justaposições espirituosas de imagens, atenção à linguagem, atenção ao enquadramento e cor. Seu trabalho critica e se envolve com a história da arte, as tradições em fotografia e cultura visual contemporânea.

Posted by Patricia Canetti at 5:38 PM