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abril 17, 2017

À vista - Paisagem em contorno na Funarte, Brasília

Mostra coletiva na Funarte – Brasília/DF reúne obras de nove artistas visuais de Brasília que propõem examinar as interações entre o espetador e a paisagem, seja no espaço aberto ou em ambientes fechados, e suas implicações com o entorno

No próximo dia 19 de abril, quarta-feira, às 19h, o Ministério da Cultura e a Funarte trazem para Brasília a exposição coletiva À vista – Paisagem em contorno. Com obras de nove artistas visuais de Brasília a exposição tem como princípio orientador estabelecer as relações possíveis entre o olhar do espectador e a paisagem. Selecionada pelo Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2015 – Atos Visuais Funarte Brasília, participam da mostra Bruna Neiva, Cecília Bona, Iris Helena, Karina Dias, Julia Milward, Luciana Paiva, Nina Orthof, Raquel Nava e Yana Tamayo, que apresentam propostas estéticas em suportes diversificados. A mostra fica em exibição até o dia 4 de junho na Galeria Fayga Ostrower com visitação de terça a domingo, das 10h às 21h. O Complexo Cultural Funarte Brasília fica no Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural. A entrada é franca e livre para todos os públicos.

A exposição “À vista – Paisagem em contorno” tem curadoria de Marília Panitz e produção da Bloco A Arte e Projeto. Por meio de fotografias, vídeos, objetos e instalações, os processos convidam ora à contemplação, ora à construção da paisagem, oferecendo assim um amplo panorama a ser percorrido.

A expressão “à vista” sugere neste contexto como a forma com que cada artista e cada visitante percebe a paisagem ao redor e demarca este contorno a partir do ato de olhar. É o jogo entre um mapeamento do espaço expressivo determinado pela história da representação da paisagem e a experiência antropológica do corpo a corpo com o horizonte que determina o direcionamento e a altura do olhar, se para cima ou para baixo Da linha do horizonte artificial, que percorre, como nota, as paredes da galeria.A paisagem como gênero artístico data do Renascimento. O que a partir do século XIII era tido como a conexão entre o terreno e o divino, hoje é pensado como forma de colocar o público na posição de observador, “um local para repousar os olhos ou sequestrar o olhar”, afirma a curadora, em uma alusão ao pensamento do teórico da psicanálise Jacques Lacan. O espectador assume então uma posição de mobilidade, o que provoca pequenas erosões entre o espaço interno e externo, delimitando o olhar e implicando novas formas de se relacionar com esse entorno.

Se, por um lado, ver é estabelecer uma separação entre as coisas, por outro, ter algo “à vista” é circunscrever um espaço de garantia, de certeza; é estabelecer um prazo para o limite e a distância que a visão nos impõe.

A expografia idealizada por Marília Panitz pretende criar uma narrativa entre as obras das nove artistas. “Parte dos trabalhos são voltados à pesquisa da matéria, mais corpóreos. A outra parte, trata de temas relacionados ao impalpável”, afirma a curadora. Marília lembra que enquanto a paisagem nos períodos renascentista e barroco expressava ideias transcendentais, na linguagem contemporânea trata de oferecer uma experiência maior que ver a paisagem, “É estar na paisagem”.

Sobre as artistas e as obras

Bruna Neiva
Obras: Visita a ninguém / Terra inscrita
Técnica: Performance/Fotografia

Bruna Neiva é artista visual, pesquisadora em arte e produtora cultural. Possui mestrado na linha de Poéticas Contemporâneas do Instituto de Artes pela Universidade de Brasília, onde desenvolveu sua pesquisa em arte contemporânea, linguagem e memória, voltada para a fotografia e performance. O trabalho de Bruna Neiva transita pela performance e tem a fotografia como suporte para suas ações. Os trabalhos presentes na mostra se reportam a momentos diferentes de sua produção. Em Visita a ninguém, a artista visita casas desocupadas, anunciadas para aluguel escolhidas a partir de um círculo arbitrado que tange vários pontos de um mapa do Distrito Federal. Em cada casa, a artista deixa vestígios da visita anterior: um mapa, algumas fotos, memórias dispersadas de um corpo presente. Em cada ponto, pequenas ações, preparativos ficcionais e tesouros escondidos para a chegada de ninguém.Na obra Terra inscrita, a artista se reporta à inconcretude da realidade e a solidez do sonho como matérias poéticas.

Cecília Bona
Obra: Terreno Instável: Paisagem razão
Técnica: Vídeo instalação e fotografia

Cecília Bona é artista visual, propositora de objetos, encantada pela luz, fascinada pela sombra e desconectada do tempo. Sua pesquisa tem foco em fenômenos perceptivos relacionados à luz, ao tempo e ao espaço. A instalação é composta de 2 vídeos e 2 fotografias, dispostos em 4 tablets de 10 polegadas. Vídeos em looping, som e fotografias que se confundem, há uma incerteza da origem das pedras que rolam nas paisagens apresentadas. Rompe com a estabilidade de nossa sustentação em terra firme. Em Terreno Instável: Paisagem razão, a artista trata da constante movimentação e reconfiguração da Terra. Seu tempo é incontável para nós. É um tempo evidente na areia e nas pedras, mas que não cabe na volta de um relógio, nas horas dos dias ou na passagem dos anos. Essa movimentação, para nós, que parece imóvel, revela-se em incidentes naturais como erupções, terremotos e avalanches. Em quatro monitores distintos, podemos observar um movimento mínimo nessa paisagem: um tilintar delicado de pedras cadentes entre pausas e transições quase imperceptíveis no desnível do solo nos convida a perceber as unidades que compõem essa matéria em extensão. Elas evidenciam timbres gravitacionais próprios, compondo matizes de delicadeza no aparente vazio. A paisagem ressoa.A instalação é composta de 2 vídeos e 2 fotografias, dispostos em 4 tablets de 10 polegadas. Vídeos em looping, som e fotografias que se confundem, há uma incerteza da origem das pedras que rolam nas paisagens apresentadas. Rompe com a estabilidade de nossa sustentação em terra firme.

Iris Helena
Obra: Sem título
Técnica: Fotografia, impressão sobre reboco de parede

Com mestrado em Artes Visuais na linha de Poéticas Contemporâneas, pela Universidade de Brasília, a artista visual Iris Helena já expôs em várias galerias e centros culturais no País e no exterior. Seu trabalho se propõe a criar uma espécie de paisagem citadina ficcional reunindo sobre uma coleção de pedaços de reboco de ruínas variadas imagens de habitações tradicionais brasileiras que vão desde casarões coloniais a casebres sertanejos. As aproximações geográficas afetivas, vizinhanças e distanciamentos entre as casa e prédios criam um mapa imaginário que reflete a formação das cidades brasileiras.

Julia Milward
Obra: Provas materiais das passagens (a cidade) / 2010 - 2017
Técnica: Fotografia

Mestre em Fotografia Contemporânea pela École Nationale Supérieure de La Photographie [FR] e em Artes Visuais - Poéticas Contemporâneas pela Universidade de Brasília, Julia Milward nasceu na baía de Guanabara, foi criada nas margens do Paraíbuna, atravessou o Oceano Atlântico até a Seine, desaguou no Rhône e praticou três anos de Stand Up Paddle no lago Paranoá. Atualmente margina o Tietê à procura de córregos. Elementos na paisagem se tornam invisíveis pela banalidade e repetição. Ao andar pelo espaço urbano nos deparamos com objetos transfigurados que perderam a função original de uso para se tornarem marcas de uma ausência. Monumentos passageiros que carregam em si o escultórico e o imprestável. Em “Provas materiais das passagens (a cidade)”,Julia Milward recupera esses objetos através do aparato fotográfico, propondo uma imagem que seja índice do índice, o encontro do desencontro. A série é composta por 10 fotografias de dimensões variadas

Karina dias
Obra: Sem título
Técnica: Vídeo instalação

Karina Dias trabalha com vídeo e intervenção urbana, expondo no Brasil e no exterior.Sua pesquisa está centrada nas relações entre o homem e a paisagem, entre a imensidão dos espaços e singularidade daqueles que os percorre, na experiência de espaços-extremos, seja pela sua proximidade (cidade em que se habita) ou por sua extrema distância (várias partes do mundo). Dessa relação surge, por meio de vídeoinstalações, uma poética da paisagem e da viagem, uma relação de horizontes, a constituição de uma geopoética.

Luciana Paiva
Obra: Série Vértice
Técnica: Mista - madeira, recortes de papel azul encerado e acrílico

Atualmente cursando Doutorado em Artes na linha de Poéticas Contemporâneas pela Universidade de Brasília, Luciana Paiva integra o grupo de pesquisa 'Vaga-mundo: poéticas nômades', coordenado por Karina Dias, e o coletivo 'Espaços da escrita'. Na série Vértice, a artista visual parte da uma pesquisa sobre os elementos visuais que compõem os espaços da escrita. As peças realizadas nesta série propõem-se como páginas a serem contempladas. Os módulos feitos com armações de madeiras e composições geométricas em diagonal deixam áreas vazadas que são preenchidas pelo branco das paredes ou pelo espaço ao redor, já que os módulos podem estar dispostos na quina das paredes ou pendurados. Estas formas acabam por lembrar sinais gráficos sobre a página. As composições internas são realizadas com papel azul encerado que possui uma leve transparência e traz um recorte da paisagem para dentro da arquitetura do trabalho e do espaço. Em alguns casos as composições também são realizadas com páginas de livros antigos onde a escrita se desloca para a composição do espaço arquitetônico.

Nina Orthof
Obra: Beira Ar - 2017
Técnica: Vídeo-projeção, 1’48’’

Mestre em Poéticas Contemporâneas pelo Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, Nina Orthof desenvolve seu trabalho principalmente em vídeo onde levanta reflexões poéticas acerca de conceitos como: imensidão, navegar, distâncias imaginárias e medidas impossíveis. Ela integra o grupo de artistas-pesquisadores Vaga-mundo: poéticas nômades e participou de exposições coletivas em galerias particulares e espaços públicos como Espaço Piloto da UnB, Alfinete Galeria e Museu Nacional do Conjunto da República e Grosvenor Gallery (Manchester, Inglaterra). Na vídeoinstalação “Beira Ar”, a corda azulada opera como instrumento de intermediação entre artista e imensidão. Uma tarefa realizada com certa insistência. Símil aos nautas que buscam a circunstância mais favorável entre fluxos aéreos e marítimos. À espreita do espaço. Observação do deslocamento. Iniciar força designada. Lançar.

Raquel Nava
Obra: Sem título
Técnica: Mista: objetos escultóricos – materiais variados

Raquel Nava é formada em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (2007) e mestre em Poéticas Contemporâneas pela mesma instituição. Trabalha como professora de licenciatura em Artes Visuais da Universidade Aberta do Brasil - UAB/UnB. Sua pesquisa poética aponta para o ciclo da matéria orgânica e inorgânica em relação aos nossos desejos e hábitos culturais. Busco a transformação de valores em nossa relação com os animais ao longo de um período histórico e de um contexto urbano. Coleciono mercadorias que ainda encontramos com restos biológicos de bichos, justapondo-as a materiais industriais de uso cotidiano ou a objetos que buscam mimetizar elementos da natureza.

Yana Tamayo
Obra:Diários da margem central / 2017
Técnica: Fotografia

Yana Tamayo é artista visual, educadora e curadora independente. Desde 2015 é gestora da Nave, espaço independente onde desenvolve projetos de pesquisa e formação em arte, curadoria e execução de exposições. Seu trabalho se organiza há alguns anos a partir da observação das dinâmicas construtivas que modelam o espaço urbano. Da constatação da diversidade de sua materialidade física à observação das narrativas históricas que atravessam o tempo, das dinâmicas que regem relações sociais estabelecidas nesse espaço, a artista busca criar elementos de fricção entre o olhar e a imagem que se forma diante de nós. A partir da experiência de uma residência artística na cidade de Palmas (TO), a artista buscou pensar sobre as formas de ocupação do território central do País como uma metáfora sobre ordem e desordem, sobre construção e desmanche no cerne do processo histórico.

Sobre a curadora

Marilia Panitz é mestre em Arte Contemporânea: teoria e história da arte, pela Universidade de Brasília. Foi professora nesta Universidade, até 2011. Dirigiu o Museu Vivo da Memória Candanga e o Museu de Arte de Brasília. Desde 1994, atua como pesquisadora, coordenadora e orientadora de programas educativos em exposições e em cursos livres de arte. É curadora independente, com projetos como: Felizes para Sempre, BsB, Curitiba e SP, 2000/2003; Gentil Reversão, BsB, RJ 2001/2003; Rumos Visuais Itaú Cultural 2001/2003 e 2008/2010; Lúdico, Lírico, Berlim, 2002; Centro|EX|cêntrico, CCBB, 2003; Situações Brasília, Caixa e CCBE, 2005; Bolsa Produção|Artes Visuais, Curitiba, 2008/2010; Brasília: Síntese das Artes, CCBB- BsB, 2010; Mostra Tripé Brasília| Linhas de Chamada, SESC Pompéia-SP , 2011 – 2012; Mostra Rumor, Coletivo Irmãos Guimarães, Oi Futuro – RJ ,CCBB-DF e SESC Belenzinho -SP, 2012- 2013; Azulejos em Lisboa Azulejos em Brasília: Athos Bulcão e a azulejaria barroca, Lisboa, 2013; Projeto Triangulações 2013 (Salvador, Brasília e Recife); 2014 (Salvador, Belém e Maceió);2015 (Salvador, Goiânia, Fortaleza); Mostras de Carlos Lin, Polyanna Morgana, Andrea Sá,de Gê Orthof, Renato Rios e Luciana Paiva, Gal. Alfinete, BsB 2013-2015; Christus Nóbrega e Gê Orthof na AmareloNegro, RJ e na Referência Galeria de Arte, BsB, em 2014; Prêmio Marcantônio Vilaça-Sesi/CNI 2014-2015, Mostra Vértice: Coleção Sérgio Carvalho, BsB, RJ e SP, 2015-2016.

Posted by Patricia Canetti at 1:38 AM