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abril 9, 2017

Marcelo Campos lança livro sobre escultura na França-Brasil, Rio de Janeiro

Livro de Marcelo Campos mapeia a produção escultórica brasileira a partir dos anos 1960 sob dez critérios temáticos

Um espaço rarefeito na bibliografia da arte brasileira está sendo ocupado com o lançamento do livro bilíngüe ESCULTURA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL – REFLEXÕES EM DEZ PERCURSOS (Caramurê Publicações), resultado de três anos de intensa pesquisa do professor e curador carioca Marcelo Campos, marcado para o próximo dia 11 no Rio (Casa França-Brasil) e dia 27 de abril em Salvador (Palacete das Artes).

Convidado pela editora baiana para destacar, a princípio, um pequeno grupo de escultores, Campos contrapropôs, a partir de um primeiro levantamento, contorno conceitual mais abrangente. O editor Fernando Oberlaender aceitou o desafio que resultou em uma obra de fôlego, com suas 420 páginas e 300 ilustrações. O patrocínio é da Global Participações em Energia S.A. (GPE), através da Lei de Incentivo à Cultura do MinC.

– Decidi fazer uma pesquisa mais extensa, olhando para artistas e obras canônicas, trabalhos que estabeleceram ou consolidaram mudanças de paradigma, explica o autor.

– Percebi, nesse levantamento, vertentes conceituais que me chamaram a atenção e optei por essa configuração.

CAPÍTULOS-CONCEITO

Dos 200 artistas listados num primeiro apanhado, Campos selecionou 91 escultores (listados abaixo), cujo trabalho se desenvolveu a partir dos anos 1950. Eles estão relacionados em dez capítulos-conceito, a partir do que o autor chama de “sintoma”: a reunião de “parentescos, células, lugares de encontro, onde a junção das poéticas as torna firmemente históricas”, ele define na introdução do livro.

A organização, portanto, não faz o caminho histórico-evolutivo, de alinhamento meramente temporal; também não segue o critério que reúne artistas e obras em movimentos ou grupos. Campos buscou a ampliação do raio de busca para além dos eixos geográficos tradicionais da produção artística brasileira.

– Pesou também minha identificação crítica como trabalho. Não incluí os coletivos, mesmo que produzam objetos. E não enveredei pela instalação, privilegiando a tridimensionalidade; a manufatura, que me interessou bastante no livro, de certa forma,se apresenta como um contraponto à teatralidade da instalação.

O RECORTE

O mapeamento desses artistas e de seus trabalhos se distribuiu nos temas do recorte curatorial. Esses conceitos estabelecem diálogo não só com a forma, mas com os olhares socioculturais, como na psicologia e na antropologia. E, dessa maneira, aprofundam-se na análise contextual dessa produção artística que se propõem a analisar. São os temas:

1 HERANÇA CONSTRUTIVA, GEOMETRIA REVISADA – sem a sequência cronológica, examina a óbvia vinculação entre escultura contemporânea brasileira e a geometria, com mais organicidade, além da poética mais autóctone, de apelo popular. Exemplos na obra de Almandrade, Ascânio MMM, Raul Mourão.

2 CORPO, ORGANICIDADE – ao desconstruir as certezas geométricas, traz o olhar mais psicológico, surrealista, incluindo discursos específicos, como os de gênero, por exemplo: Márcia X, Tunga, Felícia Leirner.

3 ATLAS, MAPAS, LOCALIZAÇÕES – examina objetos que tendem à reconfiguração de situações espaço-geográficas, artistas que se dedicam a perceber as esculturas no espaço, alterando-o, pontuando-o, criando obras como se bússolas de orientação. Exemplo na obra de Anna Bella Geiger, Nelson Félix, Juarez Paraíso.

4 APROPRIAÇÃO CONCEITUAL, IMAGÉTICAS POPULARES – O olhar pop, as apropriações de objetos localizados e localizadores da cultura, dos usos e saberes populares. Exemplos na obra de Barrão, Cildo Meireles, Jarbas Lopes.

5 EU-OBJETO, RELICÁRIOS, ESPÓLIOS – O eu, que abrange as narrativas em primeira pessoa, como herança, espólio e memória. Exemplos na obra de Efrain Almeida, Brígida Baltar, José Rufino

6 PAISAGEM, CASA E JARDIM – a ligação com a arquitetura e a paisagem, em obras que se dedicam a ocupar e refazer lugares. Exemplo na obra de Ana Maria Maiolino, José Bento, Vinicius S.A.

7 TECNOLOGIA, MÍDIAS, COMUNICAÇÃO – as mídias high and low tech, a criação que se dedica às máquinas, ao movimento, a cinetismos de todo tipo. Exemplos na obra de Paulo Nenflídio, Carmela Gross, Otavio Schipper.

8 RITUAL, TOTEMISMO, ÍDOLOS – O totêmico, que é um dos mais importantes conceitos para a escultura brasileira; obras que se relacionam ao caráter religioso, aos signos de consagração, à monumentalidade que se estende por elementos de adoração coletiva, amuletos, felicidades roubadas da sorte. Exemplos na obra de Rubem Valentim, Juraci Dórea, Tonico Lemos Auad.

9 A INFÂNCIA, O BRINQUEDO – a influência dos brinquedos, o lugar da infância com materiais plásticos extraviados, sujeitos ao toque, a cores, à acumulação, aos guardados pueris. “Um japonismo - estabelecendo um neologismo - que vem pela lógica do brinquedo”. Exemplos na obra de Ana Miguel, Rogério Degaki, Flavio Cerqueira.

10 HIBRIDAÇÃO, ROTINAS, ALQUIMIAS – São as formas em brotamentos, os objetos híbridos, de naturezas heterogêneas, processados nas mais distintas materialidades da cera, do cimento, dos metais, das porcelanas. Exemplos na obra de Livia Flores, Erika Verzutti, Paulo Paes.

O ARCO DA PRODUÇÃO

Campos inclui ainda no volume alguns dos escultores modernos, como Brennand e Felícia Leiner, em atividade nos anos 1950 nas vanguardas concretistas e neoconcretistas.

–De certo modo, a inserção das esculturas de Felicia Leiner, por exemplo, demonstra as possíveis relações com trabalhos de Celeida Tostes e Ernesto Neto, conjugando algo da historiografia mais recente.

O autor repete que não houve intenção de esgotamento da pesquisa ou do olhar enciclopédico. E isso se reflete na escolha da imagem da capa, “La Bruja” (1979-1981), de Cildo Meireles:

–Achei importante contemplar obras que se estendiam, em que se perceba o arco da produção, como a de Waltercio Caldas ou de Cildo, artistas atuantes. Pensamos em destacar na capa um nome mais histórico, como Hélio Oiticica ou Lygia Clark, mas essa opção não daria conta de mostrar a escultura viva. Cildo, aqui, aparece como criador que influenciou e influencia a arte brasileira, uma referência para a sua geração e de jovens artistas.

ESCULTURA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL – REFLEXÕES EM DEZ PERCURSOS ARTISTAS

Abraham Palatnik (RN), Afonso Tostes (MG), Agnaldo dos Santos (BA), Alexandre da Cunha (RJ), Almandrade (BA), Amílcar de Castro (MG), Ana Linmemann (RJ), Ana Maria Tavares (MG), Ana Miguel (RJ), Angelo Venosa(SP), Anna Bella Geiger (RJ), Anna Maria Maiolino (ITA), Artur Bispo do Rosário (SE), Ascânio MMM (POR-RJ), Ayrson Heráclito (BA), Bel Borba (BA), Brennand (PE), Brígida Balltar (RJ), Camille Kachani (LIB), Carmela Gross (SP)| Celeida Tostes (RJ), Cildo Meireles (RJ), Cristina Salgado (RJ), David Cury (PI), Edgard de Souza (SP), Edson da Luz (BA), Eduardo Coimbra (RJ), Eduardo Frota (CE), Emanuel Araujo (BA), Efrain Almeida (CE), Erika Verzutti (SP), Ernesto Neto (RJ), Felícia Leirner (POL), Fernanda Gomes (RJ), Flávio Cerqueira (SP), Franz Weissman (AUT), Hélio Oiticica (RJ), Iole de Freitas (MG), Iran do Espírito Santo (SP),Ivens Machado (SC), Jac Leirner (SP), Jarbas Lopes (RJ), Jorge Barrão (RJ), José Bechara (RJ), José Bento (BA), José Damasceno (RJ), José Rufino (PB), José Tarcisio (CE),Juarez Paraíso (BA), Juraci Dórea (BA), Laerte Ramos (SP), Laís Myrrha (MG), Leonilson (CE), Lia Menna Barreto (RJ), Livia Flores (RJ), Luiz Hermano (CE), Lygia Clark (MG), Lygia Pape (RJ), Márcia X (RJ), Marcius Galan (EUA), Marcone Moreira (MA), Marepe (BA), Maria Martins (MG), Milton Machado (RJ), Nelson Felix (RJ), Nuno Ramos (SP), Otavio Schipper (RJ), Paulo Nenflídio (SP), Paulo Paes (PA), Paulo Vivacqua (ES), Ramiro Bernabó (AR), Raul Mourão (RJ), Renata Lucas (SP), Renato Bezerra de Mello (PE), Ricardo Ventura (RJ), Ricardo Basbaum (RJ), Rodrigo Sassi (SP), Rogério Degaki (SP), Ronald Duarte (RJ), Rubem Valentin (BA), Sandra Cinto (SP), Sergio Camargo (RJ), Tatiana Blass (SP), Tiago Carneiro da Cunha (SP), Tonico Lemos Auad (PA), Tunga (PE), Vanderlei Lopes (PR), Vinicius S.A (BA), Wagner Malta Tavares(SP), Waltercio Caldas(RJ), Zélia Salgado (SP)

Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É diretor da Casa França-Brasil, desde 2016, professor Adjunto do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. É doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. É autor de Um canto, dois sertões: Bispo do Rosário e os 90 anos da Colônia Juliano Moreira (MBrac/Azougue Editorial, Rio de Janeiro, 2016) e Emmanuel Nassar: engenharia cabocla (Museu de Arte Contemporânea de Niterói/MAC, Niterói, 2010). Foi curador das exposições: Viragens: arte brasileira em outros diálogos na coleção da Fundação Edson Queiroz, Casa França-Brasil, 2017; Orixás, Casa França-Brasil, 2016; A cor do Brasil, cocuradoria com Paulo Herkenhoff, MAR (Museu de Arte do Rio), 2015; Tarsila e Mulheres Modernas, cocuradoria com Paulo Herkenhoff, Hecilda Fadel e Nataraj Trinta, 2014, MAR (Museu de Arte do Rio); Guignard e o Oriente, junto com Priscila Freire e Paulo Herkenhoff, 2014, MAR (Museu de Arte do Rio).

Há mais de vinte anos editando literatura brasileira, arte e infanto-juvenis, a Caramurê Publicações privilegia o talento dos nossos artistas, o incentivo à leitura e tem o resgate da história como missão. Entre seus lançamentos recentes estão 50 anos de Arte na Bahia, Água Reflexos na Arte da Bahia, da crítica Matilde Mattos; Salvador uma Iconografia através dos Séculos, de Fernanda Terra, Francisco Sena e Daniel Rebouças. A editora vem publicando autores como Ruy Espinheira Filho, José Carlos Capinam, Mabel Velloso e Vânia Abreu.

Posted by Patricia Canetti at 2:59 PM