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maio 2, 2016

Augusto de Campos no Sesc Pompeia, São Paulo

Com curadoria de Daniel Rangel, a mostra abrange os 65 anos de produção de Augusto de Campos, exibindo poemas que saem dos livros para se transformar em serigrafias, objetos, colagens, instalações, áudios e até vídeos em 3D

Entre as 75 obras, há novas leituras para muitos de seus trabalhos, criadas especialmente para REVER, como uma escultura penetrável de “Viva Vaia”, uma instalação de “Amortemor”, uma versão em LED de “Cidade/City/Cité” e em 3D de “O Pulsar” e “Poema Bomba”

Aos 85 anos e em plena atividade poética, artística e intelectual, Augusto de Campos ganha a maior exposição individual de sua carreira, que completa 65 anos em 2016. De 05 de maio a 31 de julho, o Sesc Pompeia apresenta REVER_Augusto de Campos, realizada em parceria com o ICCo - Instituto de Cultura Contemporânea e com curadoria de seu diretor artístico Daniel Rangel.

A mostra explora o conceito verbivocovisual da obra de Augusto de Campos – termo criado pelo escritor irlandês James Joyce que destaca a materialidade do poema em todas suas dimensões, não apenas semântica, mas também sonora e visual. São poemas que saem das publicações e se transformam em serigrafias, objetos, esculturas, colagens, instalações, áudios, animações e vídeos em 3D.

“A ideia de REVER é criar um ambiente imersivo com os poemas, sejam esses escritos, falados, desenhados, esculpidos ou projetados. Uma ‘invasão’ poética e visual de Augusto de Campos, onde a palavra é expandida para além dos limites dos livros”, explica Daniel Rangel.

A seleção de obras, que conta com cerca de 75 trabalhos, tem como ponto de partida os quatro livros de poesia do autor – “Viva Vaia” (1979) “Despoesia” (1994), “Não” (2003) e “Outro” (2015) –, além de peças sonoras e audiovisuais produzidas por ele ao longo de sua trajetória. Há ainda manuscritos e documentos originais, que serão exibidos pela primeira vez.

Ao mesmo tempo em que tem um caráter histórico, ao percorrer de forma cronológica a carreira de Augusto de Campos, REVER é também inovadora, pois apresenta ao público novas leituras para muitos de seus trabalhos.

“Viva Vaia” (1972), por exemplo, será apresentada como uma escultura penetrável em MDF, aço e tinta acrílica e “Código” (1973), uma escultura em chapa de PVC, aço e madeira. “Amortemor” (1970) e “Vida” (1957) ganham versões instalativas e poemas como “O Pulsar” (1992), “Poema Bomba” (2003) e “Rever” (2003) serão exibidos em uma sala especial com versões em 3D, assim como o poema “Cidade/City/Cité” (1963) que, desde sua criação, vem ganhando novas versões – tendo sido o primeiro trabalho eletrônico de Augusto, em 1975 – que também terá na mostra uma releitura em LED.

Outro destaque de REVER, a área compreendida pelo gabinete reúne extenso material de Augusto de Campos, desde exemplares de seus poemas-objetos, protótipos de obras como “Poemóbiles” (1974), publicações com “Expoemas” (1985), “Caixa Preta” (1975), edições da revista “Noigandres” (de 1952 a 1962) –criada por Augusto, Haroldo de Campos e Décio Pignatari – e ainda manifestos, fotografias e objetos produzidos desde os anos 1950. Além das colagens originais dos “Popcretos” (1964-1966), mostradas pela primeira e única vez na Galeria Atrium, em São Paulo, em 1964, também estão entre as obras.

“A mostra busca exibir um amplo panorama de sua produção, interpretar sua poesia em diversos suportes visuais e sonoros, e inserir sua obra, já consagrada no meio literário, no âmbito das artes visuais, definitivamente”, diz o curador.

Para Augusto de Campos, REVER é ao mesmo tempo uma exposição retrospectiva e prospectiva. “Exposição retrospectiva porque abrange obras que representam todas as etapas da minha poesia, que faz parte do acervo histórico da poesia concreta. Mas exposição prospectiva, também, porque procura acentuar alguns dos trabalhos que mais se alinham ao programa verbivocovisual, projetando-se em meus últimos experimentos com a linguagem computacional. “Não sei se o que faço é ainda poesia concreta. Fiquei talvez mais ‘pop’. Mas sempre 'verbivocovisual'”, afirma o artista-poeta.

A mostra contará também com uma programação integrada à exposição, aprofundando a discussão entre as linguagens relacionadas à obra do Augusto de Campos, à poesia concreta e à poesia visual em suas diversas facetas – a saber, música, literatura e artes visuais. Uma equipe de educadores desenvolverá ateliês, oficinas, visitas orientadas e encontros com professores durante todo o período da mostra.

SOBRE AUGUSTO DE CAMPOS

Nascido em São Paulo, em 1931, é poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música. Sua bagagem literária registra numerosas publicações, de 1951 a 2014. Com Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou em 1952 o livro-revista Noigandres, origem do grupo literário que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. Em 1953, produziu a série de poemas em cores, "Poetamenos", primeira manifestação da poesia concreta brasileira. Em 1956, participou da organização da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e a partir de então seus trabalhos foram incluídos em diversas exposições nacionais e internacionais de poesia concreta e visual e em antologias editadas no exterior como as publicações "Concrete Poetry: an International Anthology", organizada por Stephen Bann (London, 1967), "Concrete Poetry: a World View", por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968), "Anthology of Concrete Poetry, por Emmet Williams" (NY, 1968) entre outras. Sua produção poética, iniciada em 1951, com o livro "O Rei Menos O Reino", está reunida principalmente em "Viva Vaia" (1979), "Despoesia" (1994) e "Não" (2003), além de "Poemóbiles" e "Caixa Preta", coleções de poemas-objetos, em colaboração com Julio Plaza, publicados em 1974 e 1975, respectivamente. Sua produção vem influenciando gerações de artistas, seja do campo da literatura, artes visuais ou mesmo da música. Augusto foi fonte de inspiração para nomes com Caetano Veloso, Arrigo Barbané, Percicles Cavalvanti, Walter Franco, Cid Campos, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, Lenora de Barros e Marilá Dardot, entre tantos outros.

SOBRE OS LIVROS

Viva Vaia compila trinta anos de produção poética de Augusto de Campos, desde seu primeiro livro, O Rei Menos o Reino, cujos poemas mais antigos datam de 1949. A publicação reúne alguns dos poemas mais conhecidos da poesia concreta brasileira, como “Viva Vaia” (1972), “Luxo” (1965), “O Pulsar” (1975), a série “Poetamenos” (1953) e as colagens dos “Popcretos” (1964-1966). A maior parte destas experiências de desconstrução e reconstrução das palavras foi feita manualmente, seja com a utilização de carbonos coloridos e máquinas datilográficas, como na série “Poetamenos”, seja nas colagens tipográficas provindas de jornais e revistas dos “Popcretos”.

Despoesia reúne um longo e importante período de sua produção poética, em que ele intensifica o contato com diferentes tipos de mídias – como luminosos, néon, laser e vídeo –, produz holografias e realiza suas primeiros contatos com computação gráfica. Augusto produziu clip-poemas, videotextos, cartões e cartazes, além de muitos trabalhos sonoros, com seu filho músico, cid campos. Fazem parte desta fase os poemas “Pós-tudo” (1984), “Poema Bomba” (1987) e “SOS” (1983), entre muitos outros que integram a mostra.

Não é, em grande parte, realizado em meio digital. Todos os poemas foram produzidos por meio da computação gráfica, sendo que muitos dos poemas impressos são frames retirados de vídeos. Um CD-ROM acompanha o livro, com videopoemas de novos trabalhos e releituras de poemas. Nesta produção audiovisual, Augusto explora o recurso rítmico da edição, colocando a palavra em movimento a partir do som das leituras, muitas vezes musicadas, de seus poemas. A migração de suporte é evidente, e o livro, em si, não consegue mais dar vazão a sua produção poética. Boa parte dos vídeos e experimentos digitais produzidos nesse período está incluída na mostra, exibida em tablets, projetores e até mesmo em vídeo em 3D.

Outro propõe um retorno à produção gráfica. Augusto não deixou de produzir trabalhos audiovisuais, que integram o livro por meio de links da internet, mas volta a ressaltar a dimensão gráfica presente em seu trabalho. O livro é organizado pelas séries que permeiam toda sua produção – os prefixos ex, intro e des – e traz “poemas-quadros querendo ser clipes”, nas palavras do autor. O livro foi lançado em paralelo à concepção da exposição, de modo que seus “poemas-quadros e clipes” puderam ser incorporados a ela.

SOBRE O CURADOR

Daniel Rangel atuou como diretor de museus da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia, de 2008 a 2011, e assistente de direção do Museu de Arte Moderna da Bahia, entre 2007 e 2008. Idealizou e dirigiu o SOSO+Cultura, em São Paulo, espaço de arte contemporânea africana. Foi um dos curadores da 17ª Bienal de Cerveira (Portugal), da II Trienal de Luanda (Angola), da 6ª Bienal de São Tomé e Príncipe e da 8ª Bienal Internacional de Curitiba. Ainda como curador, idealizou o programa Quarta Dimensão, que realizou individuais de Tunga, José Resende e Waltercio Caldas em diálogo com a obra de Augustin Rodin, no Palacete das Artes, em Salvador (2009), e o programa Ocupas (2009/2010), com mostras de site-specific de Eder Santos, Carlito Carvalhosa, José Rufino e Caetano Dias, em diálogo com o entorno do Palácio da Aclamação. Realizou também a mostra “Transit”, que circulou por Salvador, Brasília e São Paulo, com obras de artistas contemporâneos africanos, entre outras dezenas de coletivas e individuais no Brasil e exterior, incluindo as de Chelpa Ferro, Rodrigo Braga e Arnaldo Antunes, ganhadora do prêmio APCA 2015.

SOBRE O ICCO

O ICCo – Instituto de Cultura Contemporânea é uma Organização sem fins lucrativos que trabalha para ampliar a apreciação da arte do nosso tempo. Suas ações buscam fomentar a produção artística, sensibilizar o público e democratizar o acesso a novas experiências. As linhas de ação do Instituto são: democratizar o acesso de diferentes públicos a conteúdos de qualidade, internacionalizar o sistema de arte brasileiro, resgatar a memória cultural artística e promover a formação cultural.

Posted by Patricia Canetti at 3:34 PM