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fevereiro 28, 2014

Antonio Dias na Iberê Camargo, Porto Alegre

Antonio Dias - Potência da Pintura abre o calendário de exposições da Fundação Iberê Camargo

Antonio Dias - Potência da Pintura, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS - 14/03/2014 a 18/05/2014

No ano do centenário de Iberê Camargo, a Fundação que leva o nome do artista abre o calendário de 2014 em 14 de março com uma grande exposição de Antonio Dias, nome fundamental da arte brasileira, assinada pela curadoria do crítico e historiador de arte, Paulo Sergio Duarte. No dia 29 do mesmo mês, as pinturas realizadas por Iberê nos anos 1980, quando deixou o Rio e regressou a Porto Alegre, foram selecionadas por Lorenzo Mammi para Iberê Camargo: As Horas – O Tempo como Motivo. Com uma abordagem do conceito antropológico de “dádiva”, o sempre surpreendente Nuno Ramos apresenta no dia 30 de maio Duas Dádivas, com a curadoria de Alberto Tassinari. No mesmo dia abre a coletiva Liberdade em Movimento, com proposta curatorial de Jacopo Visconti, que utiliza o movimento (do artista ou da própria obra) como estratégia criativa. Já 22 de agosto será dedicado à Arte Povera, um dos principais movimentos da história da arte do século XX, com Traçar o Espaço Marcar, o Tempo, que tem curadoria do italiano Gianfranco Maraniello, diretor da Instituição dos Museus de Bologna.

O grande momento da Programação acontece no dia 18 de novembro, dia em que Iberê Camargo estaria completando 100 anos. O centenário vai receber uma homenagem à altura do mestre, um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX, com obras e apresentações exibidas nos três andares expositivos do prédio, rampas, átrio e parte externa. A montagem das atividades e da mostra oficial tem curadoria do Comitê Curatorial da Fundação, integrado por Icleia Cattani, Jacques Lenhardt e Agnaldo Farias. A programação dedicada a Iberê vai se estender até março de 2015.

Antonio Dias - Potência da Pintura

Com abertura programada para convidados em 13 de março, a aventura cromática, a força do elemento pictórico e a contundência plástica da pintura de Antonio Dias, considerado como um elo entre o modernismo, o neoconcretismo e os artistas da década de 70, poderá ser conferida em Antonio Dias - Potência da Pintura, exposição concebida especialmente para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. A mostra reunirá 28 obras recentes do artista (1999-2011) - 23 pinturas, esculturas, objetos e instalações - divididas entre o terceiro e o quarto andar do prédio. O boneco “peludo”, com o tamanho real de um homem, Seu Marido (2002), construído com latas de refrigerantes e recoberto por lycra amarela imitando pelos, e a tela História Resumida para Crianças (2005), receberão o público já no átrio. Em seus múltiplos meios de expressão, que contemplam tela, instalações, performances, gravura, fotografia, um LP, vídeo, objetos, a pintura dos últimos 13 anos é o ponto evidenciado no recorte do crítico e historiador de arte Paulo Sergio Duarte, curador da exposição e grande especialista na obra do artista.

“É uma exposição que eu mesmo espero ver, no sentido de me fazer perceber o que foi feito nestes últimos anos. Raramente tenho a oportunidade de ter quatro ou cinco telas recentes no meu atelier, são sempre poucos trabalhos e as exposições - proporcionalmente - são muitas. Às vezes, quando quero conviver mais com um trabalho, tenho que escondê-lo em outro atelier, para que eu possa ficar mais tempo pensando no que ele me propõe. Deste ponto de vista, a mostra é uma ocasião única também para mim. Isto foi possível graças à generosidade dos vários colecionadores e galeristas que emprestaram as obras”, diz Antonio Dias.

Para Paulo Sérgio, a pintura de Antonio Dias sempre desafia, produzindo simultaneamente superfície plana e volume. “A intensidade se divide e se movimenta de plano para plano. Diferencia-se porque cada momento da tela ao lado da tela, ao lado da outra tela, varia. Tem atritos, conflita entre si, essa briga interna, entre planos pacíficos, os vermelhos, por exemplo, que eclodem da sua verdade, evidente, e as superfícies ambíguas, que flutuam, nos cobres, dourados e verdes de malaquite”.

O processo para alcançar nuances tão ricas e únicas, com a dissolvição de cores segmentadas em porções de pinturas, já foi descrito por Antonio em entrevistas: “Às vezes é pigmento, na maior parte são minerais, mas é mais um material derramado, um banho de pós e aglutinantes que eu deixo escorrer na superfície. A única cor que é realmente tinta de pintura é o vermelho, que uso quase sempre chapado, sem marcas de pincel”.

Em Duas Torres (2002), criadas com latas de alimentos fundidas em bronze e apresentada na Fundação Iberê Camargo, Antonio Dias faz referência à tragédia de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. “É um trabalho político explícito. Essas torres que podemos abraçar, encerram nos seus corpos a nossa tristeza e a nossa impotência diante da história. São os melhores monumentos aos mortos de nossos dias, na sua dimensão modesta, firmeza material e fisionomia do resto; daquilo que é desprezado, uma escultura à altura do pensamento de Walter Benjamin. Melhor que qualquer Arco do Triunfo e chama ao soldado desconhecido”, diz o curador Paulo Sergio Duarte em seu texto do catálogo da mostra.

O deboche ganha forma com a obra Seu marido, cuja pele em tecido elástico amarelo foi confeccionada pela Coopa-Roca, uma cooperativa de artesanato e costura da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. “Ele é o retrato do homem contemporâneo. É grande, e exorbita na sua pele, tem pelos enormes, seria quase um gorila, não fosse amarelo. Seu membro é enorme, é um quinto membro, pois concorre com suas pernas. Vive sentado, nunca fica em pé, mas de vez em quando tem uns tremeliques. Excita-se, treme, mas depois se acalma. Essa imensa figura patética e tão divertida, sua existência quase inerte, realizada por espasmos, não tem um pouco de cada humano diante da imensidão do Ser? Esse deboche é quase um retrato”, comenta o curador.

Na instalação Satélites (2002), latas de queijo fundidas em bronze transformam-se em esculturas aéreas. “Esse microuniverso, de satélites sem planeta, sugere que o planeta somos nós. Ao observarmos, temos apenas nossos satélites que, por um momento, nos pertence”, comenta Paulo Sergio.

Sobre Antonio Dias

Nasceu em 1944, em Campina Grande(PB). Em 1957, muda-se para o Rio de Janeiro. Estuda sob a orientação de Oswaldo Goeldi no Ateliê Livre de Gravura da Escola Nacional de Belas-Artes. Realiza trabalhos de artes gráficas e o projeto de programação visual da Editora Tempo Brasileiro. Já em 1962, aos 18 anos, participa das primeiras exposições coletivas e realiza sua primeira individual na Galeria Sobradinho e, em 1964, a segunda na Galeria Relevo, ambas no Rio de Janeiro. Em 1965, participa da Bienal de Paris,onde recebe o prêmio de pintura, e da antológica Opinião 65,no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Ganha o prêmio da exposição “Jovem desenho brasileiro”,Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

Em 1966, participa da Opinião 66; em 1967, da “Nova objetividade brasileira”, ambas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nesse mesmo anomuda-se para Paris quando participa da mostra itinerante “Science fiction”, apresentada na Kunsthalle de Berna, no Musée des Arts Décoratifs de Paris e na Städtische Kunsthalle de Düsselforf. Citado, frequentemente, como um dos mais importantes artistas brasileiros de sua geração, Antonio Dias deve seu sucesso inicial ao talento precoce que manifestou numa produção crítica paralela à pop-art norte-americana e que conseguiu manter com vitalidade ao longo dos últimos 30 anos. Os ícones poderosos, dispostos numa composição inusitada que rompia as fronteiras entre a pintura e a escultura, marcaram seu trabalho do início dos anos 60 até 1967.

Em 1968, muda-se para Milão, cidade onde até hoje mantém uma de suas residências e ateliê. Ainda em 1968, inicia suas investigações conceituais concentradas na reflexão poética sobre as relações entre palavra e imagem, sendo, portanto, um dos pioneiros nessa linha de experiências. Participa da mostra “Dialogue between the Eastand the Western”, no National Museum of Modern Art de Tóquio, onde apresenta a instalação Do it yourself: freedom territory. Essas preocupações se estenderão até a segunda metade da década de 70. Em 1971, participa na 6th International Exhibition, no Guggenheim Museum de Nova Iorque; em 1972, ganha o Grande Prêmio da International Exhibition of Original Drawings, em Rijeka, Iugoslávia, atual Croácia; ainda no mesmo ano recebe a bolsa da John Simon Guggenheim Foundation.

Em 1988, recebeu a bolsa do Programa para Artistas de Berlim do Deutschen Akademsichen Austauschdiensts (DAAD). No segundo semestre de 1994, o Instituto Mathildenhöhe de Darmstadt realizou uma grande exposição retrospectiva dos trabalhos de 1967 a 1994.Depois, entre 2000e 2002 fez uma série de exposições no Brasil: no Museu de Arte Contemporânea (Coleção João Sattamini), Niterói; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro;Museu Vale do Rio Doce, Vitória; Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília; Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Fortaleza; Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife.Em 2009 e 2010 foi apresentada a exposição “Anywhere is myland”, na Daros, em Zurique, e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Suas obras estão em importantes acervos como no Museum of Modern Art de Nova York, no Museum Ludwig de Colônia, na Lenbachhaus de Munique, no Museo de la Solidaridad, em Santiago do Chile, na Coleção Daros de Zurique, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Coleção João Sattamini), no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre outros.

Sobre Paulo Sergio Duarte

É crítico, professor de história da arte e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESAP – da Universidade Candido Mendes na qual dirige o Centro Cultural Candido Mendes. Exerceu diversos cargos públicos na direção de instituições da educação e da cultura, entre outros participou da implantação do Núcleo de Arte Contemporânea – NAC da Universidade Federal da Paraíba – UFPb (1978-1979); projetou e implantou o programa Espaço Arte Brasileira Contemporânea – Espaço ABC – da Funarte (1979-1983); dirigiu o Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte – INAP (1981-1983); foi Assessor-Chefe do Instituto Municipal RioArte, Chefe de Assessoria e Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Educação e Cultura do Rio de Janeiro (1983-1986); foi Diretor Geral do Paço Imperial – IPHAN (1986-1990); Subsecretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro (1991-93) e membro do grupo de implantação da Universidade Estadual Norte Fluminense – UENF (1991-1995).

Desde 1978, foi curador de muitas exposições individuais e coletivas de diferentes portes nas instituições que dirigiu, Curador Geral da 5ª Bienal do Mercosul (2005), do programa Rumos Itaú Cultural – Artes Visuais (2008-2009), e, junto com Felipe Scovino, da exposição Lygia Clark – uma retrospectiva (2012)no Instituto Itaú Cultural. Coordenou e participou de diversos encontros, congressos e seminários na área de artes visuais e patrimônio cultural.

Lecionou Estética nos departamentos de Arquitetura e Urbanismo, e Artes e Comunicação na Universidade Federal da Paraíba – UFPb (1978-1979); História da Cultura no curso de Desenho Industrial da Universidade Silva e Souza (1981-82); História e Arte Moderna no curso de pós-graduação de História da Arte e da Arquitetura no Brasil do departamento de História da PUC-Rio (1987-1990); Teoria e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro – Parque Lage (1998 a 2005,onde voltou a lecionar desde 2012); desde 2000 leciona nos cursos de pós-graduação de Gestão Cultural e Produção Cultural da Universidade Candido Mendes.

Posted by Patricia Canetti at 7:59 AM