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outubro 4, 2013

Chicama por Afonso José Afonso

Chicama

AJAX - AFONSO JOSÉ AFONSO

Marcus André - Chicama, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ - 11/10/2013 a 09/11/2013

O OLHAR já nos pôde servir ao envolvimento do sujeito com seu mundo circundante e factível. Neste sentido o olhar guardava certa subserviência, como um sistema de reconhecimento possível, ainda que em paralelo e transgressor, à construção da PAISAGEM a favor do seu espelhamento e representação. O desvelar imagens, formas e significantes, através do desmembrar e desconstruir a NATUREZA, por meio de um campo de visão possível ou de certa correlação de similitude, espreitava o mundo para nos surpreender diante às possibilidades do real, desconstruído e imediatamente reconstruído em novas IMAGENS produzidas.

A dimensão do olhar "do artista" ou do olhar "o artista" contemporâneo se dá de outro modo. Marcado pelo predicado de uma quase privação de sentido, fixada ora na simples complacência das sensações puras trazidas pela obra, ora num olhar desautorizado, que já não mais se presta a dimensões subjetivas do sujeito relacionado com seu 'mundo visível , a contemporaneidade afirma e requer para sua compatibilidade uma relação em que o campo de visão não mais se esgota na pura autonomia da visualidade, reclamando uma dimensão psíquica ampliada para que o OLHAR se realize.

A obra de Marcus André exige esta mesma constituição aflitiva, carente deste reenquadramento entre observador e obra observada. A impossibilidade de pousarmos olhares atribulados ou esquivos é experimentada pelo conjunto dos planos, plataformas ou blocos de cores e massas, edificadas entre transparências e opacidades da encáustica "surda", que contundentemente da cera se faz tinta em camadas silentes. Como que seladas, a comungarem direções escorridas não de todo alienadas, razões saltam cristalizadas como em uma "coagulação", um ultimo instante de fluidez e estado
líquido.

Abrasado, Marcus André faz da pintura um ato insistente por meio da mecânica de um conjunto, apontando direções ancoradas na dramaticidade das cores e em linhas de matéria espessa. A pintura presente quase vacila para condensar seu tempo.

Materializada no desafio herdado da não linearidade de um tempo histórico presente, recorta a matéria e fornece a alusão da vertigem. Assim, infiltra sua verdade manobrada e a abandona imediatamente, para repelir o que ainda possa persistir de banal.

AjAx - Afonso José Afonso

Posted by Patricia Canetti at 6:00 PM