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agosto 4, 2019

Arte Atual: Éder Oliveira, Regina Parra e Virgínia de Medeiros no Tomie Ohtake, São Paulo

A oitava edição do programa Arte Atual, realizado pelo Instituto Tomie Ohtake por meio de seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria, reúne os artistas Éder Oliveira, Regina Parra e Virgínia de Medeiros em torno de reflexões acerca do retrato como gênero pictórico e como forma de reconhecer e atribuir uma identidade ao retratado. O título da exposição - Jamais me olharás lá de onde te vejo - remete a uma frase do psicanalista francês Jacques Lacan empregada no livro 11 de O Seminário denominado Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. Segundo a equipe curatorial, o próprio ato de retratar também permeia as questões da mostra, partindo de diferentes abordagens e linguagens. “É possível, por intermédio dos trabalhos, discutir parâmetros de como os artistas constroem os limites entre o "eu" e o "outro", e delimitam relações de afinidade e de distinção. Mais do que isso, os trabalhos presentes explicitam como os artistas convidados se valem da figura humana como uma de suas ferramentas para abordar a violência que imputamos ou a que são imputados nossos corpos, os limites e rastros do tempo e a noção do corpo como um lugar de resistência”, escrevem Diego Mauro, Luana Fortes, Priscyla Gomes e Theo Monteiro, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria.

A obra de Éder Oliveira é reconhecida pela pintura de retratos coloridos em diferentes escalas e em suportes que variam de telas a muros de cidades. O artista paraense se apropria de imagens majoritariamente masculinas do caderno policial de jornais, para investigar sobre o que se entende como homem amazônico ao mesmo tempo em que traz à tona os altos índices de violência no norte do Brasil. Se até pouco tempo atrás Oliveira retratava só figuras, recentemente tem adicionado texto às suas pinturas, que tendem a vir acompanhadas de citações literárias que servem como comentários sobre as situações por ele representadas.

Já Regina Parra, traz no retrato um processo de desconstrução mitológica sobre si. Apesar de usar autorretratos fotográficos para escolher quais imagens pintar, a artista não considera os resultados como autorretratos. Com uma trajetória que já passou bastante pelo teatro, Parra afirma que empresta seu corpo para experimentar posições, movimentos e enquadramentos. Em Jamais me olharás lá de onde te vejo, a artista exibe uma série de pinturas e de neons, todos tendo como pano de fundo as peças Dias Felizes (1961) e Eu Não (1972) do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett.

Virginia de Medeiros, por sua vez, propõe uma nova montagem para a série Alma de Bronze (2016-2018), realizada a partir de sua convivência com lideranças femininas da Frente de Luta por Moradia (FLM) do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), iniciada com sua participação no Programa de Residência Artística Cambridge e posteriormente transmutada para a Ocupação 9 de Julho, onde exibiu uma primeira montagem do trabalho, que também foi exposto no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Para o Instituto Tomie Ohtake, o projeto ganha um formato mais aberto e experimental que pretende servir como espaço para debates e conversas acerca dos acontecimentos mais urgentes do MSTC, com uma programação a ser definida de acordo com as demandas do movimento. A nova montagem, de caráter instalativo, traz retratos em vídeo de doze importantes líderes femininas da Ocupação 9 de Julho, ao som de uma percussão de Beth Belli, regente de tambores do Ilú Obá de Min, que ressoa como um alerta e apenas cede o volume para as conversas que lá acontecerão.

O programa Arte Atual, criado pelo Instituto Tomie Ohtake em 2013, busca alimentar pesquisas artísticas experimentais, para criar possibilidades de aprimorar e enriquecer a pesquisa de cada participante. Para isso conta com a parceria de galerias para a produção das obras, desenvolvidas por meio de diálogos entre a equipe curatorial do Instituto Tomie Ohtake e os artistas convidados. O programa já contabilizou sete exposições: Estranhamente Familiar (2013); Medos Modernos (2014); E se quebrarem as lentes empoeiradas? (2015); Da banalidade (2016); É como Dançar sobre Arquitetura (2017), Fábula, frisson, melancolia (2017) e Fratura (2018). Nesta oitava edição, as galerias Millan, Nara Roesler e Periscópio tornaram possível sua realização.

Éder Oliveira (Timboteua, PA, 1983) Vive e trabalha em Belém do Pará. Licenciado em Educação Artística - Artes Plásticas pela Universidade Federal do Pará. Pintor por ofício, desde 2004 desenvolve trabalhos relacionando retratos e identidade, tendo como objeto principal o homem amazônico. Entre bolsas e premiações, destacam-se o Prêmio Pipa - Voto Popular Exposição (2017), Lingener Kunstpreis 2016 (Alemanha), Rede Nacional Funarte Artes Visuais (2015), Prêmio Seiva Projetos Artísticos (Fundação Cultural do Pará, 2015), Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (2014). Possui trabalhos em acervo de instituições como Centro de Arte Dos de Mayo - Madrid, Fundação Clóvis Salgado, Fundação Marcos Amaro, Itaú Cultural, Kunsthalle Lingen - Alemanha, MAC Rio Grande do Sul, Museu Casa das Onze Janelas, Museu de Arte de Belém e Museu de Arte do Rio.

Regina Parra (São Paulo, SP, 1984) vive e trabalha em São Paulo. Mestre em Teoria e Crítica da Arte pela Faculdade Santa Marcelina (orientação de Lisette Lagnado) e bacharel em Artes Plásticas pela Faap (orientação de Paulo Pasta). Nos últimos anos, realizou exposições individuais na Galeria Millan (SP), Pivô (SP), Centro Cultural São Paulo (SP), Paço das Artes (SP), Fundação Joaquim Nabuco (PE) e Galeria Leme (SP).

Virginia de Medeiros (Feira de Santana, BA, 1973) vive e trabalha em São Paulo, SP. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. Em 2014 foi premiada no 18o Festival de Arte Contemporânea Sesc-Videobrasil com a Bolsa na Residency Unlimited em Nova York. Seus trabalhos foram expostos em numerosas ocasiões, entre elas, Behind the Sun-Prêmio Marcantônio Vilaça, HOME, Manchester, Reino Unido; MAR Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil, 31a Bienal de São Paulo, São Paulo: Como procurar coisas que não existem; Rainbow in the Dark , SALT Galata, Istambul; Salón de Belleza [Beauty Salon], Utopian Pulse – Flares in the Darkroom, Secessão de Viena, Viena, Áustria; 27ª Bienal Internacional de São Paulo Como Viver Junto; Itinerários, Itinerâncias: 32o Panorama de Arte Brasileira, MAM-SP; 2ª Trienal de Luanda “Geografias Emocionais, Arte e Afectos – Projeto 3 Pontes, Espaço Palladium, Luanda.

Posted by Patricia Canetti at 10:25 AM