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setembro 6, 2014

O Interno Exterior por Daniel Rangel

O Interno Exterior

DANIEL RANGEL

Arnaldo Antunes - O interno exterior, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, RJ - 05/09/2014 a 11/10/2014

Segundo Andy Wahrol “A pop arte pegou o interior e virou para o exterior, pegou o exterior e virou para o interior”. Arnaldo Antunes é um artista pop. Sua produção visual também reflete este conceito, além de influências da poesia concreta, da arte conceitual e da vídeo-arte. A mostra “O Interno Exterior” reúne obras que dialogam com todos estes conceitos.

Composta por 21 objetos poéticos – caixas metálicas com 228 monitores diferentemente distribuídos entre elas – e uma áudio-instalação cujo objetivo é criar uma paisagem sonora e ampliar o efeito imersivo do ambiente. A montagem sugere uma narrativa específica e uma distribuição linear das obras. Uma livro-exposição site-specific, que está relacionado ao conceito “verbivocovisual” da poesia, cunhado por James Joyce e introduzido no país pelo movimento concreto.

Os vídeos foram realizados a partir de fotos, editadas em corte seco com diferentes velocidades, para funcionarem em loop. Uma dízima periódica de imagens, esquizofrênica e cheia de informações que, reunidas, criam poemas visuais e dinâmicos. Conceitos, palavras, significados, letras, figuras e formas divididos por campos semânticos que deslocam a função, local e sentidos originais dos objetos fotografados.

Arnaldo esquadrinhou seu acervo de imagens realizadas nos últimos vinte anos de viagens de um artista que vive em constante deslocamento, seja de locais, seja de linguagens em que se expressa. Letreiros de vários idiomas e países, em que subverte o uso e sentido das palavras, sílabas e sinais da forma em que estão expostos na rua. Um turismo de placas que transforma anúncios em poesia, placas em poemas e informações genéricas em arte. Apropriação e deslocamento típicos da arte conceitual e dos ready-mades de Marcel Duchamp.

A atribulada vida de shows e apresentações efêmeras do artista-músico se contrapõe ao dilatado processo de construção verbal e visual dos trabalhos aqui apresentados pelo artista visual. Uma tensão que faz parte do seu arsenal criativo e que, de certa forma, o liberta por meio de um refúgio sistemático e de um processo contínuo e compulsivo, que ganha liberdade em sua forma e conteúdo.

Temas filosóficos relacionados à metafísica, a passagem do tempo, a psicologia, a linguagem, a busca de conhecimento e a existência humana. Abordagens profundas que emanam do interior de um artista múltiplo e inquieto, que de certa forma vive em constante contato com o exterior.

Posted by Patricia Canetti at 2:11 PM