Página inicial

Blog do Canal

o weblog do canal contemporâneo
 


julho 2021
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
Pesquise no blog:
Arquivos:
julho 2021
junho 2021
maio 2021
abril 2021
março 2021
fevereiro 2021
janeiro 2021
dezembro 2020
novembro 2020
outubro 2020
setembro 2020
agosto 2020
julho 2020
junho 2020
maio 2020
abril 2020
março 2020
fevereiro 2020
janeiro 2020
dezembro 2019
novembro 2019
outubro 2019
setembro 2019
agosto 2019
julho 2019
junho 2019
maio 2019
abril 2019
março 2019
fevereiro 2019
janeiro 2019
dezembro 2018
novembro 2018
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
julho 2018
junho 2018
maio 2018
abril 2018
março 2018
fevereiro 2018
janeiro 2018
dezembro 2017
novembro 2017
outubro 2017
setembro 2017
agosto 2017
julho 2017
junho 2017
maio 2017
abril 2017
março 2017
fevereiro 2017
janeiro 2017
dezembro 2016
novembro 2016
outubro 2016
setembro 2016
agosto 2016
julho 2016
junho 2016
maio 2016
abril 2016
março 2016
fevereiro 2016
janeiro 2016
dezembro 2015
novembro 2015
outubro 2015
setembro 2015
agosto 2015
julho 2015
junho 2015
maio 2015
abril 2015
março 2015
fevereiro 2015
janeiro 2015
dezembro 2014
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
agosto 2014
julho 2014
junho 2014
maio 2014
abril 2014
março 2014
fevereiro 2014
janeiro 2014
dezembro 2013
novembro 2013
outubro 2013
setembro 2013
agosto 2013
julho 2013
junho 2013
maio 2013
abril 2013
março 2013
fevereiro 2013
setembro 2012
agosto 2012
junho 2012
abril 2012
março 2012
fevereiro 2012
novembro 2011
setembro 2011
agosto 2011
junho 2011
maio 2011
março 2011
dezembro 2010
novembro 2010
outubro 2010
setembro 2010
junho 2010
fevereiro 2010
janeiro 2010
dezembro 2009
novembro 2009
maio 2009
março 2009
janeiro 2009
novembro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
maio 2008
abril 2008
fevereiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
agosto 2007
junho 2007
maio 2007
março 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004
agosto 2004
junho 2004
maio 2004
abril 2004
março 2004
janeiro 2004
dezembro 2003
novembro 2003
outubro 2003
agosto 2003
As últimas:
 

julho 31, 2020

Mural de Beatriz Milhazes, Gamboa Seasons, em La Jolla

O mural de Beatriz Milhazes, Gamboa Seasons em La Jolla, é a reprodução de Gamboa Seasons, uma série de quatro pinturas acrílicas sobre tela: Love Summer, Autumn Love, Winter Love e Spring Love (2010), mostradas pela primeira vez na Fundação Beyeler na Suíça em 2011.

[scroll down for English version]

Utilizando uma estrutura de abstração geométrica vibrante, as quatro estações são expressas visualmente da esquerda para a direita. Cada estação é representada em diferentes dimensões como referência à sua intensidade no Rio de Janeiro: um verão espetacular, um outono agradável, passando por um inverno modesto - estrangeiro -, que nos leva a uma primavera encantadora.

As pinturas vívidas e caleidoscópicas de Beatriz agora são revisitadas como uma instalação em larga escala, levando o espectador a diferentes emoções, espectro de cores e imagens exclusivas de cada estação do ano. O Gamboa Seasons na estrutura de La Jolla é pontuado por conjuntos recorrentes de motivos de arabescos inspirados na cultura brasileira. Cerâmica, rendas, decoração de carnaval, música e arquitetura barroca colonial são reinventadas para evocar a estação correspondente. O espectador é conduzido por uma jornada linear e não linear à medida que o trabalho se desenrola entre abstração e representação. Paletas de cores contrastantes e combinações incomuns de formas evocam simultaneamente uma alegria ilimitada e uma tensão inquietante à medida que a composição se desdobra em um drama visual extático.

Beatriz Milhazes é uma artista brasileira, conhecida por suas pinturas em grande escala, além de colagens, gravuras e esculturas. O trabalho de Milhazes se baseia nas tradições latino-americanas e européias. Citando ópera, música clássica e popular brasileira como influências, o estilo de Milhazes é imbuído de uma energia otimista dentro das listras, linhas, formas circulares e raios espalhados por suas composições. O cuidadoso equilíbrio de harmonia e dissonância em seu trabalho, combinado com sua paleta tecnicolor, é evidência da forte influência de mestres do século XX como Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Matisse, Kandinksy e Delaunay.

Milhazes representou o Brasil na Bienal de Veneza 2003. Ela teve inúmeras exposições individuais e coletivas notáveis ​​em várias instituições, incluindo o Jewish Museum, Nova York, NY; Pérez Art Museum, Miami, FL; o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, FR; a Fundação Cartier pour l'art contemporain, Paris, FR; e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seu trabalho está presente em várias coleções permanentes, incluindo o Solomon R. Guggenheim Museum, Metropolitan Museum of Art e Museum of Modern Art, Nova York, NY; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh, PA; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sophia, Madri, Espanha; Museu de Arte Contemporânea do Século XXI, Kanazawa, Japão; Centre Pompidou, Paris, França; e Worcester Art Museum, Worcester, MA.

Milhazes é uma figura de proa da geração de arte brasileira dos anos 80, caracterizada pelo retorno de jovens artistas à pintura. Ela mora no Rio, onde nasceu em 1960, e trabalha lá em um estúdio com vista para o Jardim Botânico.

Ver abaixo a lista de artistas / murais encomendados em ordem cronológica inversa, com os murais atualmente em exibição marcados em negrito.


Beatriz Milhazes’ mural, Gamboa Seasons in La Jolla, is the reproduction of Gamboa Seasons, a series of four acrylic on canvas paintings: Summer Love, Autumn Love, Winter Love, and Spring Love (2010), first shown at the Beyeler Foundation in Switzerland in 2011.

Utilizing a structure of vibrant, geometric abstraction, the four seasons are visually expressed from left to right. Each season is represented in different dimensions as a reference to their intensity in Rio de Janeiro: a spectacular Summer, a pleasant Autumn, passing through a modest – foreign – Winter, that leads us into a lovely Spring.

Beatriz’s vivid, kaleidoscopic paintings are now revisited as a large-scale installation, leading the viewer through the different emotionality, color-spectrum, and imagery unique to each of the seasons. Gamboa Seasons in La Jolla’s structural framework is punctuated by recurring sets of arabesque motifs inspired by Brazilian culture. Ceramics, lacework, carnival decoration, music, and Colonial baroque architecture are reimagined to evoke the corresponding season. The viewer is led through both a linear and non-linear journey as the work plays between abstraction and representation. Contrasting color-palettes and unusual shape combinations concurrently evoke an unbound joy and an unsettling tension as the composition unfolds into an ecstatic visual drama.

Beatriz Milhazes is a Brazilian artist, well known for her large-scale paintings, as well as collages, prints and sculpture. Milhazes’ work draws from both Latin American and European traditions. Citing opera, classical, and popular Brazilian music as influences, Milhazes’ style is imbued with an upbeat energy within the stripes, lines, circular forms, and rays scattered throughout her compositions. The careful balance of harmony and dissonance in her work, combined with her technicolor palette, are evidence of the strong influence of such 20th century masters as Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Matisse, Kandinksy, and Delaunay.

Milhazes represented Brazil at the 2003 Venice Biennale. She has had numerous notable solo and group exhibitions at various institutions including the Jewish Museum, New York, NY; Pérez Art Museum, Miami, FL; the Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, FR; the Fondation Cartier pour l'art contemporain, Paris, FR; and the Pinacoteca do Estado de Sao Paulo. Her work is held in a number of permanent collections including the Solomon R. Guggenheim Museum, Metropolitan Museum of Art and Museum of Modern Art, New York, NY; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh, PA; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sophia, Madrid, Spain; 21st Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa, Japan; Centre Pompidou, Paris, France; and Worcester Art Museum, Worcester, MA.

Milhazes is a figurehead of the 80’s generation of Brazilian art, which was characterized by the return of young artists to painting. She lives in Rio, where she was born in 1960, and works there in a studio with a view overlooking the Botanical Garden.

Artists/Murals commissioned are listed in reverse chronological order and Murals currently on view are listed in bold type.

Artist
Title of Mural / Mural Location / Date Installed / taken down

Artista
Título do Mural / Localização do Mural / Data de Instalação / Remoção

Beatriz Milhazes
Gamboa Seasons in La Jolla 1111 Prospect Street 2020

Isaac Julien
ECLIPSE (PLAYTIME), 2013 (detail) 7569 Girard Avenue 2020

Monique van Genderen
Paintings Are People Too 7661 Girard Avenue 2020

Alex Katz
Bill 2 7540 Fay Avenue 2019

Roman de Salvo
McCairn 5535 La Jolla Boulevard 2019

Sandra Cinto
Untitled 7835 Ivanhoe Avenue 2018

Raul Guerrero
Raymond Chandler at the Whaling Bar 1162 Prospect Street 2018

Kota Ezawa
Once Upon a Time in the West 7905 Herschel Avenue 2017

Steven Hull
Man, Myth & Magic 7509 Girard Avenue 2017

Heather Gwen Martin
Landing 7724 Girard Avenue 2016

Lorenzo Hurtado
Segovia Demos Gracias 2259 Avenida De La Playa 2016

Byron Kim/Victoria Fu
Suns 7766 Fay Avenue 2016

Terry Allen
Playing La Jolla (For All It’s Worth) 7611 Fay Avenue 2015

Marcos Ramirez ERRE
Is All That It Proves 7744 Fay Avenue 2015

Mel Bochner
Blah, Blah, Blah, 1111 Prospect Street 2015/2017

Mark Bradford
Sexy Cash 7540 Fay Avenue 2015/2019

Jean Lowe
Tear Stains Be Gone 7661 Girard Avenue 2015/2020

William Wegman
Opening 1162 Prospect Street 2014/2018

Kelsey Brookes
One Pointed Attention 7835 Ivanhoe Avenue 2014/2018

Nina Katchadourian
Whale 1250 Prospect Street 2014/2016

Robert Irwin/
Philipp Scholz Rittermann
The Real Deal 7611 Fay Avenue 2013/2014

Catherine Opie
The Shores 7509 Girard Avenue 2013/2017

Gajin Fujita
Tail Whip 7540 Fay Avenue 2013/2015

Fred Tomaselli
Expecting to Fly (for the Zeros) 7569 Girard Avenue 2013/2020

Julian Opie
Walking in the City.project 1
Walking in the City.project 2 5535 La Jolla Boulevard 2013/2019

Richard Allen Morris
Applied 7744 Fay Avenue 2012/2015

Robert Ginder
House 1162 Prospect Street 2012/2014

Ann Hamilton
at Sea 7905 Herschel Avenue 2012/2017

Ryan McGinness
53 Women 1111 Prospect Street 2011/2015

John Baldessari
Brain/Cloud (with Seascape and Palm Tree) 1250 Prospect Street 2011

Anya Gallaccio
Surf’s up 7540 Fay Avenue 2011/2013

Roy McMakin
Favorite Color 7596 Eads Avenue 2010

Kim MacConnel
Girl from Ipanema 7724 Girard Avenue 2010/2016

Posted by Patricia Canetti at 3:31 PM

Online Viewing Room: Teresa Viana é a nova artista representada pela Zipper

Temos o prazer de anunciar Teresa Viana (Rio de Janeiro, 1960; vive e trabalha em São Paulo) como artista representada pela Zipper Galeria. Teresa investiga a pintura como uma linguagem pela qual é possível expandir a experiência do pensamento. Desenvolvida desde a década de 1990, sua produção busca uma profusão de intensas sensações sinestésicas, físicas e visuais, que se organizam como “pensamento tátil”. Suas instalações e pinturas em encáustica dialogam com a tridimensionalidade escultórica em cores vibrantes que extrapolam a superfície pictórica, estimulando um olhar tátil e lateral. A prática de Teresa Viana inclui, ainda, suportes como desenhos sobre papel e digital, feltragens, colagens e sites specifics.

Acessar o Online Viewing Room

PRINCIPAIS COLEÇÕES

Diversas vezes premiada e com extensa prática de residências artístas, Teresa Viana tem obras em coleções como Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel (Brasil), Contemporary Art Center Cincinnati (EUA), Instituto Figueiredo Ferraz (Brasil), Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Brasileira (Brasil), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Contemporânea do Ceará (Brasil), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Brasil) e Museu de Arte de Pelotas (Brasil).

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES

Individuais: Pensamentos Pictóricos, Museu de Arte de Ribeirão Preto (Brasil, 2020); Centro Cultural São Paulo (Brasil, 2015); Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo (2012); Pintura Expandida, Paço das Artes de São Paulo (Brasil 2005). Coletivas: Spring Open Studio do ISCP, International Studio &Curatorial Program (EUA, 2019); O MAC USP no Século XXI: A Era dos Artistas, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Brasil, 2017); Library of Love - Cincinnati Contemporary Art Center (Brasli, 2017); Pintura Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil, 2007); Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil, 2002); Pintura Anos 90, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2000).

Posted by Patricia Canetti at 1:40 PM

Leilão de arte contemporânea para Nelson Sargento

Artistas contemporâneos consagrados doaram trabalhos para a causa

É terça-feira, dia 4 de agosto, o leilão de arte contemporânea com renda integral para Nelson Sargento, que teve sua agenda de shows cancelada e sem prazo para ser retomada.

Lances podem ser dados online e por telefone: 21-2540-0688

A ação é uma iniciativa da crítica de arte Glória Ferreira e da jornalista Marisa Calage que, quando souberam da situação, imediatamente planejaram um leilão de arte já que o sambista é artista plástico em plena atividade, aos 96 anos, além de cantor e compositor. As duas convidaram artistas contemporâneos para doar uma obra a ser leiloada.

Entre os que doaram pintura, escultura, gravura, fotografia e desenho estão Abraham Palatnik [doação da família], Cildo Meireles, Carlos Vergara, Ernesto Neto, Lenora de Barros, Beth Jobim, Nelson Felix e Laura Lima.

Trabalhos de mais de 40 artistas podem ser vistos, a partir de quarta-feira, 29 de julho, no site de Soraia Cals Escritório de Arte, onde o interessado pode dar seus primeiros lances.

Artistas participantes [por ordem alfabética]
Abraham Palatnik, Alexandre Dacosta, Alexandre Vogler, Amador Perez, Ana Miguel, Ana Vitoria Mussi, Antonio Manuel, Bruno Miguel, C. Folly, Carlos Vergara, Cildo Meireles, Claudia Bakker, Cristina Salgado, C. Folly, Danielle Fonseca, David Cury, Daisy Xavier, Elias Fajardo, Elisa de Magalhães, Elizabeth Jobim, Ernesto Neto, Helena Trindade, Ivani Pedrosa, Jimson Vilela, João Bosco Renaud, Laura Lima, Lenora de Barros, Livia Flores, Lizette Cecato, Malu Fatorelli, Manata Laudares, Marcos Bonisson, Martha Niklaus, Myriam Glatt, Nelson Felix, Nelson Sargento, Neno Del Castillo, Paula Trope, Regina de Paula, Ronald Duarte, Sandra Macedo, Suely Farhi, Ursula Tautz, Vera Bernardes e Xico Chaves.

Material de imprensa realizado por Meise Halabi

Posted by Patricia Canetti at 12:44 PM

MAM São Paulo inaugura mostra online inédita de Antonio Dias no museu e no Google Arts & Culture

MAM São Paulo inaugura mostra online inédita de Antonio Dias

Exposição traz ao público uma prévia da retrospectiva do artista que será inaugurada na reabertura do Museu. Mostra integra programação especial de aniversário de 72 anos do MAM

A partir de 27 de julho, o público poderá conferir na página do Museu de Arte Moderna de São Paulo no Google Arts & Culture, um recorte inédito virtual da exposição Antonio Dias: derrotas e vitórias. A prévia online integra a programação especial de aniversário de 72 anos do MAM São Paulo e é uma das diversas iniciativas online do Museu que, desde o início da pandemia, promove tours virtuais, lives, quizzes, conteúdos inéditos e cursos online em seus canais digitais.

No período da inauguração online, de 27 a 31 de julho, o Museu promoverá em suas redes sociais conteúdos e atividades inéditas relacionadas à mostra, são experiências poéticas e narração de histórias ao vivo no Instagram, ambas propostas pelo MAM Educativo, e ainda uma conversa transmitida ao vivo no Youtube entre Felipe Chaimovich, curador da mostra, e Cauê Alves, curador do MAM.

Acesse a prévia da exposição no perfil do mam no Google Arts & Culture

Figura de singular trajetória na arte contemporânea brasileira, Antonio Dias (1944 – 2018) é autor de uma obra multimídia, carregada de engajamento social e político, e de ironia e sensualidade. O público poderá conferir de perto suas instalações, pinturas, filmes e trabalhos em outros suportes na exposição inédita Antonio Dias: derrotas e vitórias, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Com curadoria de Felipe Chaimovich e patrocínio do Credit Suisse, a mostra reúne obras emblemáticas, muitas delas raramente exibidas, todas advindas do acervo pessoal do artista. “Ao falecer, em agosto de 2018, Antonio Dias reunira uma coleção das próprias obras que recobria toda sua trajetória artística. O conjunto compunha-se tanto de peças de que ele nunca havia se separado, como de outras recompradas de terceiros para quem tinham sido vendidas. Tratava-se, pois, de uma representação de si mesmo intencionalmente construída, mantida e guardada”, explica o curador.

Paraibano de Campina Grande, Dias aprendeu técnicas de desenho com seu avô paterno. No final da década 1950, trocou sua cidade natal para viver no Rio de Janeiro e lá trabalhou como artista gráfico. Frequentou a Escola Nacional das Belas Artes e foi aluno do artista Oswaldo Goeldi (1895-1961), quem lhe ensinou os processos da gravura. Ainda que ao passar dos anos tenha se afastado das composições figurativas com fundo negro, características explícitas nas obras de Goeldi, o artista conservou consigo os trabalhos de seu período de formação.

Entre experimentações, Antonio Dias solidificou sua pesquisa estética na década de 1960, quando decidiu explorar novos meios e suportes. Como muitos artistas de sua geração, tocados pela efervescência política e cultural desses anos, encarnou uma resistência não apenas à opressão política, mas também às tradições de pintura da época. São obras que, permeadas por elementos do grafismo das histórias em quadrinhos da Pop Art, lhe renderam o rótulo de representante da Nova Figuração brasileira e o conduziram à IV Bienal de Paris (1965). Sua prática, no entanto, estabelece um diálogo com a Nova Objetividade Brasileira e com o impulso revolucionário da Tropicália.

Discussões políticas são traços marcante nas obras de Antonio Dias, a exemplo dos trabalhos gráficos, produzidos entre 1964 e 1968. Tomado pela urgência de se opor à Ditadura Militar, o artista participou da coletiva Opinião 65, icônica mostra organizada em 1965, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, pela jornalista Ceres Franco e pelo galerista Jean Boghici, que estabelecia contraponto entre a produção nacional e estrangeira a partir de pesquisas recentes em torno das novas figurações.

Uma rede cultural foi se desenvolvendo naquele momento e culminou na exposição Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1967. A mostra foi um encontro da vanguarda artística do país e trouxe novos paradigmas para as artes visuais. Entre os marcos do período estão a superação do quadro de cavalete, um maior posicionamento sociopolítico nas obras, a participação do espectador e uma tendência para iniciativas coletivas. “Dias teria sido o responsável por introduzir, nessas investigações da vanguarda, uma agenda de questões éticas, sociais e políticas que conduziram toda uma geração a se reposicionar em função da realidade de seu tempo e lugar”, afirma Chaimovich.

Nos anos 1970, Antonio Dias mudou-se para Milão, após afastar-se da figuração em Paris. Na cidade italiana, se aproximou de expoentes da chamada arte povera (arte pobre, em português) e do conceitualismo europeu. Os traços dessas vanguardas registravam mudanças em seus trabalhos. Logo, as imagens viscerais foram substituídas por obras rígidas, quase sempre em preto e branco, que intensificavam seu carácter enigmático.

O título da exposição – Antonio Dias: derrotas e vitórias – remete à gravura que o artista criou para os 20 anos do Clube de Gravura do MAM, em 2006, e deriva de imagens de um filme homônimo. As pinturas, desenhos, instalações e filmes que compõem a mostra revelam, também, temas existenciais recorrentes na pesquisa do artista e conferem o caráter testemunhal à sua obra. “Portanto, a coleção que ele formou de si mesmo é uma síntese única, tanto pelo percurso que organiza ao longo das várias fases, como pela declaração dos valores éticos norteadores de sua arte”, conclui o curador.

Na ocasião da abertura acontece o lançamento do catálogo da exposição. A publicação compila as obras da mostra e conta com textos do curador Felipe Chaimovich, do crítico de arte Sérgio Martins e do historiador de arte Roberto Conduru. Ao longo do período expositivo, o setor Educativo do MAM desenvolverá atividades abertas ao público que ampliam a experiência da exposição.

Material de imprensa realizado por Ane Tavares - a4&holofote comunicação

Posted by Patricia Canetti at 12:20 PM

Nara Roesler mostra Vik Muniz na Untitled Art Online

VikMuniz_NaraRoesler.jpg

Vik Muniz trabalhando no seu ateliê, 2018 (foto Marco Anelli)

A Galeria Nara Roesler tem o prazer de apresentar Landscapes, mostra solo do brasileiro Vik Muniz, na primeira edição de Untitled, Art Online, que terá abertura exclusiva para convidados na quinta-feira, 30 de julho, e para o público geral na sexta-feira, 31 de julho até domingo, 2 de agosto de 2020.

Acessar o Online Viewing Room

A seleção de trabalhos para Untitled concentra-se na representação da paisagem como gênero e nas recorrentes experimentações de Muniz sobre o tema. Estão incluídas obras que remetem às paisagens, mas que, na realidade, são como quebra-cabeças: construções feitas com outras imagens, ou manipuladas de modo a recriar a aparência da natureza. Essas representações jogam com a idéia da experiência virtual e sua tentativa de reencenar o mundo físico. As obras desafiam nossa percepção da realidade, ao mesmo tempo em que se comportam como espelho da mesma.

A produção de Vik Muniz explora os limites da representação nas artes visuais, incutindo em sua produção o desejo de entender o estado atual das coisas no mundo. Utilizando matérias-primas como papel rasgado, algodão, açúcar, chocolate ou lixo, o artista compõe meticulosas paisagens, retratos entre outras imagens, que oferecem representações e compreensões originais sobre os materiais e as figuras que formam.

Posted by Patricia Canetti at 11:22 AM

julho 27, 2020

SOLIDARIEDADE Arte contemporânea à venda para viabilizar tratamento do baterista Hugo Carranca

Referência no mercado de arte internacional, José Patrício é um dos artistas que doaram trabalhos para a ação solidária que salvará a vida do músico Hugo Carranca

Obras de arte assinadas por artistas contemporâneos como José Patrício, Julia Debasse, Raoni Assis, Mariana Belém, Antonio Mendes, Luciana Mafra, Derlon, Isadora Gibson, Neilton, Fernando Peres e Sil Karla estão à venda via Instagram da Casa Balea (@casabalea) para ajudar a custear o tratamento do baterista pernambucano Hugo Carranca. Um total de 41 obras foram doadas para a ação de solidariedade #RecuperaCarranca Artes Visuais, a fim de pagar um tratamento médico de alta complexidade que salvará a vida do músico. Os trabalhos disponíveis têm preços entre R$ 50 e R$ 3.000.

Integrante da banda do cantor Otto, Carranca descobriu um tumor no cérebro pouco antes da pandemia e seu estado de saúde se agravou rapidamente. Na última quinta-feira (17/07), o músico foi submetido a uma cirurgia de urgência na Unidade Santana do Hospital São Camilo, em São Paulo, e está estável desde então. Uma vaquinha virtual organizada para arcar com as despesas da intervenção e do tratamento (estimadas em R$ 180 mil) já ultrapassou 60% da arrecadação necessária e superou a marca dos 1.000 doadores individuais.

Dezenas de músicos, entre eles, Arnaldo Antunes, Karina Buhr, Márcia Castro e Marcelo D2, uniram-se a atores como Irandhir Santos, Maeve Jinkings, Edmilson Filho e Gero Camilo para reforçar o apelo. Nas redes, a campanha ganhou força com uso da hashtag #RecuperaCarranca e tradicionais blocos do carnaval pernambucano, como Pitombeira dos Quatro Cantos, Macuca e Eu Acho é Pouco também pediram apoio aos seus seguidores. Além da venda de obras de arte, um festival musical no formato de live acontecerá nos próximos dias.

Leia na íntegra o última Nota Oficial divulgada pelos organizadores da campanha:

“A Campanha #RecuperaCarranca está linda e cada vez mais forte. Por decisão de uma junta médica especializada, em acordo com a família do nosso querido Hugo Carranca, a cirurgia teve que ser antecipada para ontem (quinta-feira, 16.07). O procedimento foi realizado em São Paulo, no Hospital São Camilo (Unidade Santana), e transcorreu tudo bem. Nesse momento o nosso amigo se encontra na UTI, em recuperação, com todos os devidos cuidados, mas ainda em estado delicado. Em breve, divulgaremos mais notícias do seu quadro clínico, que no momento está estável.

Contudo, a Campanha #RecuperaCarranca precisa continuar a todo vapor para que possamos honrar os compromissos financeiros assumidos e todos os custos que ainda estão por vir. Aproveitemos então essa boa notícia para que possamos permanecer ativos e solidários. Faça sua doação na Vakinha Online e também colabore comprando umas das Obras de Arte da Campanha.

Em nome do baterista Hugo Carranca, agradecemos por tudo que já foi conquistado até aqui. E vamos em frente, com força e fé, para que consigamos pagar essa etapa do tratamento por completo.

O amor opera milagres. Juntos por Carranca!
#RecuperaCarranca - 17/07/2020
Para comprar: @casabalea
Para doar: www.vakinha.com.br/vaquinha/recuperacarranca-segunda-etapa-do-tratamento
Informações: recuperacarranca@gmail.com

Material de imprensa realizado por Tatiana Diniz

Posted by Patricia Canetti at 10:01 AM

julho 26, 2020

Hélio Oiticica: a dança na minha experiência no MASP, São Paulo

MASP realiza abertura digital de Hélio Oiticica: a dança na minha experiência, que apresenta relação entre a produção do artista carioca e a dança, a música, o ritmo e a cultura popular brasileira

Adiada por conta da pandemia de covid-19, a mostra Hélio Oiticica: a dança na minha experiência migrou, em partes, para o online e a abertura digital será realizada no dia 23 de julho, quinta-feira. Seguindo as recomendações de isolamento social, o MASP fechou as portas em março, mês em que seria inaugurada a exposição. A data de término ainda está em definição.

É a primeira vez que o Museu de Arte de São Paulo realiza uma exposição individual de Hélio Oiticica (1937-1980), um dos mais importantes nomes da arte brasileira. A curadoria é de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe. A mostra é uma parceria com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). No MASP, ela inaugura o ciclo “Histórias da dança”, que norteia a programação da instituição em 2020.

A abertura digital irá contemplar uma live no Instagram do @masp no dia 23/7, às 18h, com Vivian Crockett e Tomás Toledo. Curadora e pesquisadora especializada em arte moderna e contemporânea, Crockett escreveu um texto inédito para o catálogo da mostra. No encontro, eles conversam sobre a exposição e a trajetória do artista. Além da live, um tour virtual com Toledo e algumas vistas da mostra serão disponibilizadas no site (masp.org.br) do museu no mesmo dia, 23/7.

Inspirada pela produção de caráter experimental e inovador de Oiticica, a mostra traça um panorama da trajetória do artista, reunindo 126 trabalhos relacionados ao ritmo, à música e à cultura popular. “Meu interesse pela dança, pelo ritmo, no meu caso particular pelo samba, me veio de uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão”, escreveu Oiticica no texto “A dança na minha experiência”, de 1965, que inspirou o nome da exposição.

Hélio Oiticica é um dos artistas mais radicais do século 20 no panorama da arte brasileira e internacional. Seus experimentos renovaram meios e suportes tradicionais (como o desenho, a pintura, a escultura, o objeto, o filme e o vídeo) criando novas formas e mídias. Caracterizada pelo rigor conceitual, com origens arraigadas na linguagem do construtivismo europeu, do concretismo e da abstração geométrica, a produção de Oiticica é extremamente vital, sensual, sensorial, comprometida com a experiência, com a participação e com o corpo (tanto do artista quanto dos espectadores-participantes).

A mostra Hélio Oiticica: a dança na minha experiência toma emprestado o título de um texto do artista publicado em 1965 e tem como ponto de partida o Parangolé, um de seus trabalhos mais radicais. Partir dessa obra-chave implica examinar a trajetória de Oiticica de trás para a frente, retrospectivamente, identificando elementos rítmicos, coreográficos, dançantes e performativos nos trabalhos anteriores — dos Metaesquemas aos Relevos espaciais, Núcleos, Penetráveis, Bólides e, por fim, os Parangolés. Embora a dança tome de fato corpo no trabalho do artista apenas com os Parangolés na década de 1960, essas características já podem ser observadas em seus primeiros trabalhos, que são aparentemente mais formais, estáticos ou tradicionais. Desse modo, a mostra se insere num ano todo dedicado às Histórias da dança no MASP.

Em 1964, Oiticica passou a frequentar a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro, da qual se tornou passista. Essa experiência transformadora constituiu um divisor de águas na vida e na obra do artista. A partir dessa experiência na Mangueira, Oiticica aprofundou suas reflexões sobre experiências estéticas para além das belas-artes, incorporando elementos corporais e sensoriais, populares e vernaculares a seu trabalho por meio da dança, da coreografia, da música, do ritmo e do corpo. Foi nesse momento crucial que o artista começou a produzir os Parangolés, uma espécie de capa ou vestimenta fluida feita de tecido, plástico ou papel, para ser usada, experimentada, vivida e dançada pelo espectador-participante.

Na produção de Oiticica, a participação do público é fundamental e, nesse sentido, a mostra reúne 19 Parangolés; 14 deles são réplicas que podem ser vestidas e vividas possibilitando ao público experimentar a dança, com Oiticica, em sua própria experiência.

O catálogo Hélio Oiticica: a dança na minha experiência (R$ 139, versões em português e inglês) também está disponível para compra. Interessados podem escrever para loja@masp.org.br. Editada pelos curadores, a publicação ilustrada tem ensaios de Adrian Anagnost, André Lepecki, Cristina Ricupero, Evan Moffitt, Fernanda Lopes, Fernando Cocchiarale, Sergio Delgado Moya, Tania Rivera e Vivian Crockett, além de Pedrosa e Toledo. O catálogo inclui ainda nota biográfica de Fernanda Lopes e um extenso material documental, entre fotografias e escritos do artista, que tinha o hábito de registrar suas reflexões sobre a arte e sua produção.

Posted by Patricia Canetti at 2:45 PM

Online Viewing Room: Juliana Cerqueira Leite na Triângulo, São Paulo


Juliana Cerqueira Leite . Hotel Marajoara - Visita Guiada [Guided Tour] from Casa Triângulo on Vimeo.

Em Hotel Marajoara, Juliana Cerqueira Leite apresenta uma série de esculturas, réplicas de urnas, desenhos e colagem digital que propõem diálogo com as urnas produzidas pelas culturas dos povos originários até a perda desta prática em consequência da colonização. Para estas culturas, o corpo é o que permite a identidade humana da alma. a alma, por sua vez, perdendo seu corpo na morte, poderia encarnar em outro animal num perigoso processo de transformação. Neste processo, as urnas funcionavam como objetos agentes que fixavam e transformavam a alma do ancestral.

Acessar o Online Viewing Room

A obra de Juliana Cerqueira Leite está engajada com a história da arte figurativa, reformulando a representação para refletir volição na forma. Sua prática explora noções de controle sobre matéria e a tradução física do corpo sobre desejo e vontade, investigando como a forma é produzida através de intenção repetida. Primeiramente uma escultora, Juliana faz uso de processos e materiais esculturais tradicionais enquanto rompe com a sintaxe visual histórica da representação figurativa. A artista utiliza atividades físicas rigorosas, tais como cavar, rolar, escalar e cair, para resolver questões esculturais, também se aproximando desses temas através do desenho, da fotografia e do vídeo. A prática de Juliana Cerqueira Leite une performance e escultura para representar a mutabilidade física no centro da existência cotidiana.


HOTEL MARAJOARA, 2020 from Juliana Cerqueira Leite on Vimeo.

Este vídeo foi produzido entre 2019 e 2020 após um projeto de pesquisa de dois anos nos departamentos de arqueologia do Museu Emilio Goeldi, na cidade de Belém, e do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo. O vídeo foi filmado em locações nas reservas arqueológicas de ambos os museus e outras filmagens em São Paulo. O filme captura urnas funerárias ameríndias das culturas Maracá, Marajoara, Aristé, Aruã, Tapajonica e Guarita.

Juliana Cerqueira Leite, 1981, é uma escultora brasileira que vive entre Nova Iorque e São Paulo [is a Brazilian sculptor based in New York and São Paulo]. Exposições individuais selecionadas [Selected solo exhibitions]: Convergence, Alma Zevi Gallery, Venice, Italy (2020); Orogenesis, National Archaeological Museum, Naples, Italy (2019); Dividual, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil (2018); BLOOM, T.J.Boulting, London, UK (2017) e [and] Positional, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil (2013). Exposições coletivas selecionadas [Selected group exhibitions]: New York Meets Tbilisi: Defining Otherness, curadoria de [curated by] Nina Mdivani, Assembly Room, New York, USA (2020); Sette Opere per la Misericordia, Pio Monte della Misericordia, Naples, Italy; Sick & Desiring, with Zoë Claire Miller, Bergen Assembly 2019, Hordaland Kunstsenter, Bergen, Norway; Dear Amazon: The Anthropocene, Ilmin Museum of Art, Seoul, Korea (2019); The Female Gaze, Kunsthaus Erfurt, Erfurt, Germany; In Practice: Another Echo, Sculpture Center, Long Island City, New York, USA (2018); Antarctic Pavilion, Venice Biennale, Venice, Italy; 1st Antarctic Biennale, Antarctica (2017); The Measure of Our Travelling Feet, Marres Contemporary Art Center, Maastricht, Netherlands; 5th Moscow International Biennale for Young Art, Moscow, Russia (2016); Vancouver Biennale, Vancouver, Canada (2014). Prêmios recebidos incluem [Awards received include]: Pollock-Krasner Foundation Grant (2019) e [and] Furla Art Prize pela sua contribuição na [for her contribution to the] 5th Moscow International Young Art Biennial (2016).

Posted by Patricia Canetti at 1:11 PM

Como habitar o presente? Ato 1 na Simone Cadinelli, Rio de Janeiro

Utilizando a vitrine da galeria, voltada para a rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema, a galeria irá expor obras em vídeo de 14 artistas de todo o Brasil, que ficarão ligadas 24 horas por dia. A exposição será espelhada no site da galeria. A curadora Érika Nascimento selecionou trabalhos dos artistas Anna Bella Geiger, Aslan Cabral, Fernando Velázquez, Gabriela Noujaim, Jeane Terra, Kammal João, Luzia Ribeiro, Manata Laudares, Moisés Patrício, Nadam Guerra, PV Dias, Roberta Carvalho, Regina Pessoa e Vinícius Monte. Em agosto, será inaugurada a sequência da exposição: “Ato 2 – Estamos aqui”, com vídeos de outros treze artistas, somando 27 ao todo.

Simone Cadinelli Arte Contemporânea inaugura a partir de 20 de julho de 2020 a exposição Como habitar o presente? Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado, com obras em vídeo de 14 artistas de todo o Brasil, instaladas na vitrine da galeria localizada na Rua Aníbal Mendonça, em Ipanema. Os vídeos ficarão ligados 24 horas por dia, e poderão ser vistos por quem estiver passando no local. A exposição será replicada no site da galeria, com informações completas das obras e dos artistas [https://www.simonecadinelli.com]. A curadora Érika Nascimento conta que a exposição “acontece em um mundo pandêmico, onde a noção de tempo, passado, presente e futuro parece estar dilatada”. “É uma exposição-projeto”, explica, “no sentido de projeção para novos mundos possíveis, em uma época em que um vírus afasta nossos corpos e impõe limites e barreiras no cotidiano, nos colocando em um estado de angústia e impotência, e evidenciando grandes abismos sociais já existentes”. “Como habitar o presente?” pode ser vista “através da janela de nossos celulares, computadores ou, em um universo possível, na vitrine da galeria”, observa a curadora (ler texto curatorial).

Dividida em dois tempos ou segmentos, exposição “Como habitar o presente?” reúne em seu “Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado” obras dos artistas Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro), Aslan Cabral (Recife), Fernando Velázquez (Montevidéu, radicado em São Paulo), Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro), Jeane Terra (Minas Gerais), Kammal João (Rio de Janeiro), Luzia Ribeiro (Rio de Janeiro), Manata Laudares (duo dos artistas Franz Manata e Saulo Laudares, que vivem no Rio de Janeiro), Moisés Patrício (São Paulo), Nadam Guerra (Rio de Janeiro), PV Dias (Belém), Roberta Carvalho (Belém do Pará), Regina Pessoa (São Paulo) e Vinícius Monte (Rio de Janeiro).

Érika Nascimento chama a atenção para a possibilidade de sermos “espectadores atuantes num tempo fora de controle, em um planeta que nos alerta sobre os impactos de uma terra cansada, entrando em colapso, enquanto estamos imersos em anseios, solidão, mortes, incertezas, negacionismos, vídeo-chamadas, zoom, emojis, redes sociais, memes, algoritmos, fakes news e infinitas lives. Vivendo em um mar de saudades e nostalgias diárias registradas em #tbt, em uma tentativa de reconexão com o mundo”.

“Este primeiro ato da exposição pode ser lido como um nevoeiro que paira em nossas vidas que nos impede de enxergar, estamos à deriva com nossos corpos suspensos no tempo. Um tempo fragmentado, hiperconectado e distópico. Como se entrássemos em outro estágio de vida, outro mundo, onde ativamos dispositivos imaginários, buscando por curas, sonhos e rupturas”, comenta Érika Nascimento.

A exposição “Como habitar o presente? Ato 2 – Estamos aqui” será realizada de 24 de agosto a 25 de setembro de 2020, também na vitrine da galeria com espelhamento e mais informações no site, e com outros treze artistas.

SOBRE AS OBRAS
Uma breve descrição dos trabalhos

Anna Bella Geiger – “Out of control” (1'29'', 2002), vídeo sonoro e em cor. VT Paula Barreto
Com uma filmadora noturna, muito utilizada por militares, em uma ação performática, a artista traça um círculo com fogo no chão da EAV Parque Lage. Ao subir a escadaria, em movimentos repetitivos de descida e subida, a artista nos alerta: “out of control”, estamos fora de controle.

Aslan Cabral – “É tudo stories / dark social feelings” (7', 2018-2020), vídeo
Uma sequência de 28 cápsulas de 15 segundos, cada, totalmente produzidos através da plataforma instagram/stories, e originalmente disseminados em redes sociais, através de perfis anônimos.

Fernando Velázquez – “TPS” [“Tempo por Segundo”], 6 vídeos de 30” cada, 2020
Uma espécie de atlas do império do invisível, um decalque em escala de 1:1 do estado da arte das coisas do mundo. Um oráculo, um espelho, que nos fala de nós mesmos a partir das nossas lembranças e preconceitos, uma fogueira que nos convida a pensarmos o paradoxo da memória, pautados na velocidade quântica dos dados e da mente, hoje, em embate direto com a paralisia dos corpos e suas marcas.

Gabriela Noujaim – “O Fogo (2’10”, 2019), vídeo
A mão da artista tenta controlar a chama da vela, estabelecendo um jogo de confiança entre poder e desejo. No limiar entre o tempo e a dor, sugere a palavra “amor”, escrita em sua mão. Diante de tantas queimadas nas florestas e crimes ambientais, a artista alerta a sociedade sobre os excessos autorizados pelo modelo político e econômico em que vivemos.

Jeane Terra – “Fábrica de Sonhos” (5”49’, 2009), vídeo
Decifra-me ou te devoro. O trabalho se insere na série de vídeos da artista sobre as relações entre o sujeito e o vazio, orquestrados pela abordagem das nuances da transitoriedade. Na formação da memória, a artista colhe a antimatéria, o que se trama em torno do vazio. Alegoria da invenção invisível do ser. Teatro sensível, forjado pela condensação inexorável do tempo e que, com seu gesto, seu giro e o deglutir das projeções, da máquina de algodão-doce, a artista põe ao serviço do instante, do inconsciente, indestrutível e atemporal.

Kammal João – “Limiar” (8’57”, 2020), vídeo. Imagens e organização: Kammal João. Edição e som: Gabriel Martinho e Kammal João
O trabalho parte de fragmentos do livro “O herói de mil faces”, de Joseph Campbell, sobre o arquétipo do herói, que cruza mitologias e narrativas de distintas tradições ao redor do mundo, buscando seus pontos em comum. Este vídeo é um desdobramento da série “Limiar”, feita a partir de desenhos em pirografias.

Luzia Ribeiro – “Bacante: Cinema vivo na praça” (4’44”, 2009), videoperformance
Em uma praça, encerrados em uma caixa-preta de madeira medindo 3x3x3m, iluminada por dentro, uma bacante dança ao som de uma tamorra tocada pelo percussionista Maurizio Belli. A Bacante seduz e marca um novo ritmo ao tempo, um êxtase. Através de um pequeno orifício, as pessoas que circulavam pela praça puderam ver, durante 1’40’’, o espetáculo. A obra faz alusão à caixa-preta dos Irmãos Lumière, ao cinema de rua, e ao “cineminha” feito dentro de caixas de sapatos que marcaram a infância da artista.

Manata Laudares – “Pesadelo Nightmare” (8'48", 2016), vídeo
Uma cidade esvaziada de vida, onde as pessoas parecem suprimidas, é o prenúncio de um tempo em suspensão. O som surdo da ventania, como num sonho que captura e aprisiona, reforça a imensidão de um mar que anseia pela volta à descivilização.

Moisés Patrício – “Aceita?” (10”, 2020), vídeo em loop
Pensada e produzida por aparelho celular via redes sociais, a obra integra um projeto iniciado há cinco anos, que tem como conceito e estética a baixa resolução, formato quadrado e a repetição. Um diário, em que o artista em seu perfil no instagram pensa a atualidade, mostra suas angústias e “bendições”, e reflete sobre a colaboração intelectual e manual da população afro-brasileira, impacto da escravidão na realidade atual, neoescravidão, geopolítica, imigração, espiritualidade africana e da diáspora entre tantos outros assuntos. Para o artista, a comunidade negra espalhada pelo mundo vive o isolamento social desde o período da escravidão, em que “nosso corpo sempre foi a nossa única casa, e sempre flertamos com a doença e a morte”. “Nada mudou; os corpos elegidos para serem sacrificados é o corpo preto; a mão que mantém a cidade limpa é a mão preta; a mão que mantém a economia girando é a mão negra; a mão que cuida dos doentes (enfermeiros) é a mão preta; a mão que luta por direitos humanos é a mão preta; a mão que faz boas troca no mundo é a mão negra”.

Nadam Guerra – “Materializador de sonhos” (2’06”, 2014), vídeo
O trabalho integra a série em que o artista faz placas de cerâmica a partir de seus sonhos, e assim descobriu que elas formavam um oráculo pessoal. A série é formada de 78 placas de cerâmica (20 x 30 cm/cada) e livros, um baralho e alguns vídeos. Materializar sonhos é um convite para se conectar com a imaginação, a arte e a magia.

PV Dias – “Embaixo da Escola” (40”, 2020), vídeo
No formato de “gif”, o corpo-artista carrega um retrato ao passo que é lançado no vazio do corredor de armários da EAV Parque Lage, em um contrafluxo do tempo levado por um som envolvente, quase uma ficção, ao mesmo tempo aponta para questões sobre o dilema do artista enquanto produtor da sua subjetividade, dos territórios de educação, e dos cenários possíveis para a legitimação dessa produção.

Regina Pessoa – “CONFIO” (Série Desatadora), 2’26”, 2019, vídeo
A obra cria uma relação com o sagrado, e aborda a ligação da artista com o desenho e com trabalhos manuais. No vídeo, o movimento das mãos da artista define o formato de um patuá enlaçado com linha branca, de forma contínua, quase ritualística ao mesmo tempo que guarda e protege a palavra "CONFIO". Esta ação remete ao fio do destino tecido pelas Moiras na mitologia grega, e também ao cosmos e à vida cotidiana, nos mantos andinos.

Roberta Carvalho – “Cinema Líquido” (1’16”,2020), vídeo
Cinema Líquido traz a condição cinemática e imaterial da imagem projetada de um corpo em movimento sobre os fluxos dos rios. O corpo que se imprime na superfície das águas barrentas, típicas de rios da Amazônia, está em constante movimento tal como as águas. Águas são caminhos, água é vida. Os rios são fluxos de resistência ao longo da história, buscam formas de transbordamento e de manutenção de sua natureza imparável e irreprimível. Mergulhar no rio é mergulhar na história. É reconhecer-se tal qual, água que somos. Cinema líquido traz uma confluência dos fluxos e das existências em movimento.

Vinícius Monte – “Reconciliação” (1'35'', 2018), videoperformance
O trabalho é um desdobramento do processo de autoconhecimento iniciado na produção de um tarô autoral, em que o artista transforma em ação psicomágica as experiências reveladas na construção do oráculo.

SOBRE OS ARTISTAS

Anna Bella Geiger (1933, Rio de Janeiro) – Uma das pioneiras da videoarte no Brasil, sua trajetória se inicia na década de 1950, com o abstracionismo informal, seguindo depois na gravura, fotomontagens, fotogravuras, fotocópias e vídeos. Na década de 1990, amplia seus suportes, com a série “Fronteiriços”, utilizando gavetas de ferro de antigos arquivos preenchidas com cera, desenhadas por formas de mapas, linhas e diagramas. A artista também é professora na EAV Parque Lage e mantém sua produção ativa utilizando colagens em diferentes mídias. Participou da 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata em 1952 no Rio de Janeiro. Em 1962, com sua obra abstrata, recebeu o Primér Premio Casa de las Americas, Havana, Cuba. Em 1978, foi convidada para fazer a exposição individual “Projections XXI”, no MoMA de Nova York. Ativa no circuito brasileiro e internacional da arte, integrou várias Bienais Internacionais de São Paulo, Veneza, Bienalle du Jeune (Paris, 1967), II Bienal de Liverpool, 5 éme Biennale Internationale de Photographie (Liège, 2000), Trienal Poligráfica de San Juan, 11th International Biennial Exhibition of Prints in Tokyo (1979) e “Geopoéticas – 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2011). Participou de diversas coletivas, no Brasil e no exterior, como “Artevida – Arte Política” (MAM Rio e Casa França-Brasil, 2014), “América Latina 1960-2013” (Fondation Cartier d’Art Contemporaine, Paris, 2013), “La Idea de America Latina” (CAAC, Sevilha, 2012), “Vídeo Vintáge” (Centre Pompidou, 2012), “Europália – A RUA” (MUHKA, Antuérpia, 2011), “Como nos Miram” (CGAC, 2011), “Elles@Pompidou” (Paris, 2009), e “Cartografias del deseo” (Centro de Arte Reina Sofia, 2000). Seus trabalhos integram coleções como a do MoMA (Nova York), do Centre Georges Pompidou (Paris), Tate Modern e Victoria and Albert Museum (Londres), Getty Institute (Los Angeles), The FOGG Collection (Boston), Hank Hine – TAMPA Museum, Flórida entre outras.

Aslan Cabral (Recife, 1980) – Artista digital, pós-pop. Pesquisador livre em linguagem viral e dark social, Aslan também atua como curador independente e conselheiro de estratégias digitais para grandes corporações. Memeiro e impulsionador de discussões culturais, é pelas redes sociais, através de perfis anônimos que Aslan atinge públicos de milhares de pessoas a cada postagem. Em 2019 participou das exposições “Boost With Facebook”, no Museu Cais do Sertão, em Recife; “Rec N Play – Festival de Inovação e Tecnologia do Porto Digital, em Recife; Departameme – Festival de Performances e Novas Mídias – Perfidia, em São Paulo; “À nordeste”, Sesc 24 de Maio, em São Paulo. Além das exposições: “Happy Forever”, Holz Kohlen Koks (Berlim, 2015); Bienal do Mercosul – Grito e Escuta (Porto Alegre 2009); e “Pernambuco Contemporain”, Carreau du Temple (Paris, 2005)

Fernando Velázquez (Montevidéu, 1970) vive e trabalha em São Paulo. Artista visual, suas obras incluem vídeos, instalações e objetos interativos, performances audiovisuais e imagens geradas com recursos algorítmicos, em que explora a relação entre natureza e cultura colocando em diálogo dois tópicos principais: as capacidades perceptivas do corpo humano e a mediação da realidade por dispositivos técnicos. Participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a “The Matter of Photography in the Americas” (Cantor Arts Center, Universidade de Stanford, USA, 2018), “Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia” (Itaú Cultural, Brasil, 2012), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Mapping Festival (Suíça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011) e o Pocket Film Festival (Centre Pompidou, Paris, 2007).

Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983). Tem estruturado sua poética com interesse pela imagem técnica construída a partir de vídeos, fotografias, gravuras e instalação, tensionando as possibilidades em imaginar outros mundos e futuros, onde as noções de permanência e risco são questionadas. Participou da exposição "Prêmio Jovens Mestres Rupert Cavendish" (Londres, 2011). Recebeu a Menção Honrosa no festival de videoarte "Lumen EX" (Badajoz, Espanha) e o Prêmio de Aquisição da 39a Exposição de Arte Contemporânea de Santo André, SP (2011). Participou de várias coletivas, como "Se Liga" (CCBB RJ) e projeto "Technô" (Oi Futuro Flamengo RJ), em 2015. Foi finalista do 3m Love Songs Festival (Instituto Tomie Ohtake, SP, 2014), e integrou o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), em 2013. Possui obras na coleção do Museu de Arte do Rio; Instituto Ibero-Americano, Berlim; Centro Cultural São Paulo, Escola de Artes Visuais Parque Lage; Museu de Arte Digital, Valência; Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro; SESC, Copacabana; Palácio de Las Artes Belgrano, Buenos Aires; Espaço Culturais dos Correios, Rio de Janeiro.

Jeane Terra (Minas Gerais, 1975). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. A artista se dedica à pintura, escultura, fotografia e videoarte. Sua pesquisa está atrelada à memória e suas subjetividades, investigando fragmentos e nuances da transitoriedade e destroços de um tempo. Dentre as exposições que participou destacam-se a individual “Inventário” (Cidade das Artes, RJ, 2018), e as coletivas, em 2019: “Me Two”, “Brasil! Obras da coleção de Ernesto Esposito” (Museu Ettore Fico, Turim, Itália); “O Ovo e a Galinha” (Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro), e “Abre Alas” (A Gentil Carioca, Rio de Janeiro); em 2013, “Projeto Montra”, em Lisboa, e em 2011, “Nova Escultura Brasileira – Herança e Diversidade” (Caixa Cultural, RJ); Biwako Biennale, Japão, em 2010. Possui obra na Coleção do Museu de Arte do Rio.

Kammal João (Rio de Janeiro, 1988) é graduado em comunicação visual pela PUC-Rio, com pós-graduação em Psicomotricidade Somática, pelo instituto Anthropos, RJ. Atualmente é professor no Parquinho Lage, EAV Parque Lage, onde também participou de formações e cursos livres. Em 2018, fez as individuais “Alegria da Matéria” (Espaço Z42, Rio), com curadoria do João Paulo Quintella e Encenação Menor (Galeria IBEU, Rio), com curadoria do Cesar Kiraly. Integrou as coletivas “Abre Alas” (Galeria A gentil Carioca, 2017); Salão Novíssimos (Galeria IBEU, Rio, 2016); projeto Permanências e Destruições com a Ação com tijolos (Praça XV, Rio, 2015) e Arte Pará (Belém, 2013). Em 2012, participou da residência do ID-Pool na fábrica de porcelana da Vista Alegre, em Ílhavo, Portugal. Possui obras na coleção do Museu da Porcelana de Vista Alegre, Portugal e no Museu de Arte do Rio.

Luzia Ribeiro (Rio de Janeiro, 1955). Artista visual, produtora cultural e poeta. Trabalha principalmente com vídeos, performance, fotografia e escultura, com interesse na memória individual e coletiva, corpo, cidade, espiritualidade, dentre outros assuntos. Realiza frequentemente seus trabalhos no espaço público, envolvendo o espectador. Dentre as exposições realizadas, estão: “Ressuscita-me”, em 2003 e “Paixão” em 2006, ambas no Museu Bispo do Rosário, com curadoria de Wilson Lázaro; “O Inusitado”, em 2012, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Mostra Coletiva de Alunos da EAV em 2016; e a mostra de videoarte “Festivau de C4nn3$”, em 2019, no Galpão Terra (São Paulo).

Manata Laudares (dupla formada desde 1996 pelos artistas Franz Manata e Saulo Laudares, que vivem no Rio de Janeiro). O duo teve início a partir da observação acerca do universo do comportamento e da cultura da música contemporânea e, ao longo dos anos, vem investigando o papel do artista e sua relação com a tradição na era da economia da informação. Seus trabalhos assumem diversos formatos, como espaços de imersão, instalações, programas de residência e cursos, que se desdobram em produtos: fotografias, vídeos, objetos sonoros etc. Os artistas vêm realizando programas de residência e participando de mostras, individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil. Foram contemplados com o Prêmio Interferências Urbanas (2008) e possuem trabalhos em importantes coleções e acervos. Desde 2009 coordenam o programa Arte Sonora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Moisés Patrício (São Paulo, 1984). Nascido na zona sul da capital paulista, mudou-se para o Leste mais tarde, próximo ao centro da cidade, local com muitas referências de economia, cultura e história, e também o local que lhe deu a oportunidade de conhecer o artista argentino Juan José Balzi (1933-2017), de quem foi assistente. Auto intitulando-se “sacerdote-artista”, seu primeiro contato com a arte foi aos nove anos de idade. Atualmente trabalha com fotografia, vídeo, performance, pintura, rituais e instalações em obras que tratam de elementos da cultura latina, afro-brasileira e africana. Desde 2006, Moisés realiza ações coletivas em espaços culturais em São Paulo. Compõe obras que tratam de elementos sagrados da cultura ameríndia e afro-brasileira. Uma característica significativa de seu trabalho é a alusão ao candomblé, para quem o sagrado passa pelo corpo e seu potencial manual. Entre as exposições das quais participou destacam-se: Histórias Afro-Atlânticas, MASP e Instituto Tomie Ohtake, (São Paulo, 2018) Bienal de Dakar no Museum Of African Arts (Senegal, 2016), “A Nova Mão Afro Brasileira” no Museu Afro Brasil (São Paulo, SP, 2014), “Papel de Seda” no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos – IPN Museu Memorial (Rio de Janeiro, RJ, 2014), Metrópole: Experiência Paulistana, Estação Pinacoteca, curadoria Tadeu Chiarelli, São Paulo – SP, “OSSO Exposição-apelo ao amplo direito de defesa de Rafael Braga” curadoria Paulo Miyada no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, SP, 2017).

Nadam Guerra (Rio de Janeiro, 1977). Coordena a Residência de Arte na ecovila Terra UNA, na Serra da Mantiqueira. Cria obras em texto, vídeo, objeto, jogo e performance. Ele se interessa pelas conexões entre arte e magia ou em como a imaginação se torna vida. Em 2019 concluiu o doutorado em História da Arte pela UERJ, com a tese “Como Tornar-se artista mago”. Desde 2008 é professor na EAV Parque Lage, onde leciona Performance, Sonho e Tarô. Tem obras em parceria com artistas como Michel Groisman, Grupo UM e Opavivará! Psicografou o livro “Os 12 passos da Virgem do Alto do Moura” (2014), publicou o tarô “Materializador de sonhos” (2012) e os livros “Rupestre Contemporâneo” (2013) e “Complexiótica” (2001).

PV Dias (Belém, 1994) vive entre o Rio de Janeiro e o Pará, comunicólogo, mestrando em Ciências Sociais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e com formação pela EAV Parque Lage em 2019. Sua pesquisa pensa possíveis rasuras na estruturação das imagens de um território. Junto a essa frente, está trabalhando sobre intervenções em violências coloniais dos lugares por onde o artista percorre captando registros, que se dividem entre Amazônia e o sudeste do Brasil. De 2013 a 2015, participou da organização do Festival de Audiovisual de Belém. Em 2019 participou de exposição coletiva “Arte Naif: Nenhum Museu a Menos”, na EAV Parque Lage, no Rio, com curadoria de Ulisses Carrilho. Assinou a capa da antologia poética “Poesias para se ler antes das notícias”, da Revista Cult (agosto de 2019), integrou a coletiva no espaço Caixa Preta, em 2019, no Rio de Janeiro, com curadoria de Rafael Bqueer; e, expôs no Instituto Goethe da Bahia, com curadoria do Tiago Sant'Ana e no espaço Pence, com curadoria de Silvana Marcelina 2019. Em 2020, participou da exposição “Estopim e Segredo”, na EAV Parque Lage, com curadoria de Ulisses Carrilho, Gleice Kelly e Clarissa Diniz.

Roberta Carvalho (Belém do Pará, 1980), é mestranda em Artes da UNESP (PPGARTES). Seus trabalhos inserem a imagem digital fotográfica ou em vídeo no espaço público, seja urbano ou rural. Várias imagens construídas e projetadas são de personagens comuns e muitas vezes às margens da sociedade, refletindo uma relação simbólica com o entorno onde a ação artística acontece, suscitando questões identitárias e sociais, como em “Symbiosis, série iniciada em 2007, onde faces de ribeirinhos amazônicos são projetadas em áreas verdes nestas próprias comunidades. Foi vencedora de diversos prêmios, entre eles, o Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais (2014), Prêmio Diário Contemporâneo (2011) e Prêmio FUNARTE Microprojetos da Amazônia Legal (2010). Foi bolsista de pesquisa e criação artística do Instituto de Artes do Pará (2006 e 2015). Dentre as exposições, mostras e festivais que participou, destacam-se: “Amazon Connection” (Brulexas, 2018), Arte Pará 2017, 7ª Mostra SP de Fotografia (São Paulo, 2016), “Visualismo – Arte, Tecnologia, Cidade” (Rio de Janeiro, 2015), SP ARTE/FOTO (2014), Grande Área Funarte (São Paulo 2014), “Pigments” (Martinica, 2013), Festival Paraty em Foco (Paraty, 2012), “Tierra Prometida” (Barcelona, 2012), e “Vivo Art.Mov” (Belém, 2011). É idealizadora do Festival Amazônia Mapping, iniciado em 2013. Suas obras integram os acervos do Museu de Arte do Rio (primeira obra em realidade aumentada do Museu), Museu de Arte Contemporânea Casa das 11 Janelas (PA) e Museu da Universidade Federal do Pará.

Regina Pessoa (São Paulo, SP, 1984) vive no Rio de Janeiro. Desenvolve trabalhos em múltiplas linguagens: desenho, pintura, fotografia, objeto, videoinstalação, videoarte e performance. Tem obras no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio, Museu Nacional da República, em Brasília, Secretaria da Cultura de Brasília e Casa do Brasil, em Madri, além de coleções particulares. Em 2016 expôs “Calçadas”, no Museu Nacional da República, em Brasília, projeto selecionado pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura/DF). Em 2017 criou o movimento "Luto, Verbo e Arte", cujo foco é a mobilização coletiva para ocupação dos espaços públicos por meio da arte. Em 2011 foi premiada no II Salão de Artes Plásticas das Regiões Administrativas do DF com a obra “Só eu e tu”, na categoria desenho. Neste mesmo ano realizou em parceria com Renato Barbieri a videoinstalação “corpoalma”, na Galeria Cal/UnB, Casa da Cultura da América Latina, em Brasília. Em 2007 é agraciada com o Prêmio Gerdau, Medalha de Prata, Desenho, na I Bienal Internacional de Artes de Sorocaba, em São Paulo.

Vinícius Monte (Rio de Janeiro, 1988) possui uma formação livre e interdisciplinar em artes. Em suas pesquisas, realiza operações que entrelaçam diferentes eixos de pesquisa em associações “que se ocultam e revelam”. Através de colagens, jogos, transformações físicas, performances e mídias diversas, utiliza seu corpo como ferramenta de crítica institucional, autoconhecimento e cura, criando narrativas que incluem e atingem o espectador. Também atua como curador independente, diretor e idealizador do projeto Caixa Preta. Participou das exposições coletivas “Impávido Colosso”, na Amesa (Rio de Janeiro, 2019); Lavra – Festival de performance, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2019), “Flutuantes”, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2018), entre outras.

Material de imprensa realizado por CWeA Comunicação

Posted by Patricia Canetti at 12:28 PM