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junho 18, 2020
Grupo p.art.ilha finaliza primeira ação com saldo positivo
Projeto impulsionou vendas em boa parte das galerias de arte participantes, beneficiando quase 100 artistas, além de contribuir com doações para cinco instituições
O projeto p.art.ilha se apresenta como uma estratégia de fortalecimento do mercado de arte diante da crise sanitária e econômica mundial, criando também uma rede de apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade.
Lançado em maio, reuniu 17 galerias de arte de diversas cidades do Brasil, incluindo duas de Curitiba, que durante todo o mês realizaram um evento virtual chamado p.art.ilha: ação#1, em que cada obra vendida dava ao comprador um crédito de igual valor para novas aquisições de outros artistas da mesma galeria.
Saldo da ação#1
Ao final dos 31 dias desta primeira ação, foi contabilizado um total de 209 obras comercializadas, de 99 artistas e a destinação de R$ 11.000 doados para cinco instituições comunitárias geridas ou que privilegiam o atendimento de artistas e minorias em situação de vulnerabilidade: Casa Chama (SP), Lá da Favelinha (MG), Lanchonete (RJ), Por Nossa Conta (SP) e Salvando Vidas (SP).
O projeto tem continuidade com uma nova ação coletiva em junho, com mais galerias participantes e ao final doará parte do valor arrecadado para a A.C.A.H. – Ação Coletiva Art Haldler´s, uma associação de montadores de exposições – classe que ficou descoberta devido à pandemia do novo coronavírus.
O p.art.ilha trabalha para que mais artistas, agentes do campo da arte e colecionadores possam se beneficiar de suas ações, em um círculo virtuoso de união, solidariedade e amor à arte.
Galerias participantes
aura (sp)
@galeria_aura
aura.art.br
b_arco (sp)
@galeria.b_arco
barco.art.br
c.galeria (rj)
@c.galeria
www.cgaleria.com
carcara photo (SP)
@carcaraphotoart
carcaraphotoart.com
casanova (sp)
@casanovaartecultura
casanovaarte.com
desapê (sp)
@des_ape
desape.com
eduardo fernandes (sp)
@galeriaeduardofernandes_
galeriaeduardofernandes.com
janaina torres (sp)
@janainatorresgaleria
janainatorres.com.br
karla osorio (df)
@galeriakarlaosorio
karlaosorio.com
mamute (poa)
@galeriamamute
galeriamamute.com.br
mapa (sp)
@galeriamapa
galeriamapa.art.br
lume (sp)
@galerialume
galerialume.com
oma (sbc)
@omagaleria
omagaleria.com
periscópio (bh)
@periscopioarte
periscopio.art.br
sé (sp)
@segaleria
segaleria.com.br
soma (ctba)
@somagaleria
somagaleria.com
ybakatu (ctba)
@ybakatu
ybakatu.com
Instagram do grupo @p.art.ilha
junho 17, 2020
Centenário León Ferrari, exposição online na Nara Roesler
A Galeria Nara Roesler orgulha-se em comemorar o centenário de León Ferrari com exposição virtual León Ferrari em São Paulo com curadoria de Luis Peréz-Oramas. A mostra acontece à partir de 4 de junho de 2020 no Artsy e no website da Galeria.
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Entre 1976 e 1991, León Ferrari (1920-2013) se exilou em São Paulo. Durante esse período, o artista pode renovar sua produção ao conceber tipologias formais previamente inexistentes em seu trabalho, enquanto sistematizava sua crítica sarcástica e radical ao poder e à religião.
1976 foi o ano infame em que o golpe militar impôs um longo período de ditadura na Argentina. Sentindo ameaças sobre si e sua família, Ferrari decidiu se instalar em São Paulo. Os primeiros anos após o golpe foram marcados pelo medo e a ansiedade em relação ao paradeiro de seu filho Ariel, ativista político que, junto com sua esposa, havia sido seqüestrado, aprisionado ilegalmente e assassinado pelas forças militares na Argentina. León e Alicia Ferrari jamais puderam enterrar os restos de seu filho. Uma longa luta pela justiça iniciou-se. Ferrari incessantemente buscou auxílio de inúmeras organizações e instituições internacionais, reivindicando justiça para seu filho. Surpreendentemente, é nesse momento decisivo de sua vida que Ferrari revisita sua prática de desenho abstrato, técnica que havia dominado com maestria no início da década de 1960.
Ao repetir a forma característica das línguas de fogo, combinada com um traçado gestual completamente original, ele concebe uma nova tipologia abstrata. Admiravelmente, esses desenhos, testemunhos de uma das experiências mais dramáticas na vida do artista, figuram como metáforas abstratas do inferno judaico-cristão realizadas por alguém que, mais tarde em sua vida, dirigiria uma carta ao Papa exigindo o cancelamento da noção do Inferno.
Em São Paulo, Ferrari também alcançou um dos ápices de sua prática escultórica ao utilizar emaranhados de arame na produção de estruturas prismáticas que remetem a gaiolas, ou a jaulas em volumes modulares; algumas delas, em escala monumental, foram desenhadas como elementos para eventos participativos, performáticos e sonoros.
A sujeição à cidade esmagadora contribuiu também para um novo conjunto de trabalhos conhecidos como 'Arquitetura da loucura', manifesto em desenhos e gravuras, e desdobrado através de diversas técnicas reprodutivas, como xeroxes, plantas arquitetônicas, cianotipias, etc., nas quais enfatizou o absurdo da vida cotidiana e a alienação das massas. Seu duradouro interesse pela linguagem também se apresenta em desenhos e colagens onde bestiários, alfabetos, séries numéricas e linhas emaranhadas ecoam suas esculturas e fazem colidir diversos conjuntos herméticos, eróticos e irônicos de codificação.
O legado mais interessante da produção brasileira de Ferrari está ligado às suas releituras da Bíblia e à denúncia dos horrores políticos e da violência institucional. Através da apropriação de imagens de guerras, da história e da história da arte, Ferrari reinventou completamente a colagem, voltando-a para a desconstrução do poder – como se verifica no “Juízo Final” de Michelangelo, que, submetido à defecação de pássaros, exemplifica uma de suas grandes e maduras composições performáticas, assim como a conjunção de figurações cristãs com imagens eróticas orientais.
León Ferrari (1920-2013) lived in exile in São Paulo from 1976 to 1991. During this period the artist was able to renovate his production, conceiving new formal typologies previously unseen in his work while systematizing his radical, sarcastic, critique of Power and Religion.
1976 was the infamous year when a military coup imposed a long period of dictatorship in Argentina. Sensing danger for him and his family, Ferrari decided to settle in São Paulo. The initial years were tainted by fear and anxiety related to the whereabouts of his son Ariel, a political activist who, alongside his wife, had been abducted, illegally imprisoned and murdered by the military forces in Argentina. León and Alicia Ferrari would never have the possibility to bury the remains of their sons. A long struggle for justice began, as Ferrari ceaselessly reached out to numerous international organizations and institutions claiming justice for his son. Strikingly, it was at this crucial moment in life that Ferrari revisited his abstract drawing practice, which he had masterfully dominated in the early 1960s.
Repeating a signature shape resembling tongues-of-fire, using a completely new gestural tracing, he then conceived a new typology of abstraction. Strikingly, these drawings, testimony one of the most dramatic experiences in the life of the artist, appearing like abstract metaphors of Judeo Christian hell by someone who, later-on in life, would address a letter to the Pope demanding the cancellation of the notion of Hell.
In São Paulo Ferrari also reached a peak in his sculptural practice using tangled metal wire to produce prismatic-like sculptures resembling cages, or modular, jail-like volumes, some of them monumental in scale and designed as elements for participatory, performative and sound-based events.
The exposure to the overwhelming city contributed to a new set of works labeled as 'architecture of madness', manifest in unprecedented drawings, prints and unfolding into various reproductive techniques such as Xeroxes, blueprints, cyanotypes, etc.in which he stressed the absurdity of ordinary life, the alienation of multitudes. His long-lasting interest in language is also present in drawings and collages where Bestiaries, Alphabets, numeric series, and tangled lines echo his sculptures and collide in various hermetic, erotic, ironic sets of codification.
Ferrari's most compelling legacy within his Brazilian production relates to his re-reading of the Bible and the denunciation of political horrors and institutional violence. In appropriating images of war, history and art history Ferrari entirely re-invented collage for the purposes of his deconstruction of Power - such as Michelangelo's Final Judgment that was submitted to the defecation of birds in a major mature performative work - as well as conflating Christian imagery with Oriental erotic images.
Galeria Nara Roesler is proud to celebrate León Ferrari's centennial anniversary with this virtual show featuring his landmark Brazilian production.
junho 14, 2020
Papo Petrobras Cultural em Live no Facebook no Theatro Municipal do Rio
Papo Petrobras Cultural convida três grandes nomes da cultura carioca: Danielle Barros, Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ, Aldo Mussi, Presidente do Theatro Municipal do RJ e Fabio Szwarcwald , Diretor- executivo do MAM Rio em Educar através da Cultura
15 de junho de 2020, segunda-feira, às 17h
Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Live no Facebook
Sobre Danielle Barros
Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.Funcionária de carreira da educação do município do Rio de Janeiro, Danielle Barros é professora e atuou em todo estado do Rio como Delegada Federal de Desenvolvimento Agrário, conhecendo todos os 92 municípios e suas particularidades.Apaixonada por toda cultura fluminense e seus museus, quilombos, festivais e artes, está há seis meses na função de Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa com a missão de redemocratizar o acesso à cultura, dando oportunidade para todos acompanharem peças, teatros, filmes e demais movimentos artísticos e aumentando a geração de emprego e renda com uma economia criativa e pulsante em todos os municípios.
Sobre Aldo Mussi
Aldo Mussi Lopes Teixeira vem somando à sua carreira de gestor público, direcionada em sua maior parte para a área cultural, cargos assumidos com destacada atuação na área de marketing e de gerência executiva. Natural de Macaé, Mussi, de 54 anos, foi secretário municipal de Cultura e Turismo de sua cidade. Como empresário, tornou-se diretor da Rádio 95 FM Macaé. Exerceu a diretoria de marketing da TurisRio e foi subsecretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro antes de tornar-se vice-presidente da Fundação Teatro Municipal, função que acumulou com a presidência interina do dia 1º de janeiro de 2019 até o dia 1º de fevereiro, quando foi efetivado como presidente da FTM. Nesse período, Mussi também ocupou o cargo de diretor-geral da Sala Cecília Meireles até 16 de setembro de 2019. Bacharel em Artes pela Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), apaixonado por música erudita e ópera, Aldo igualmente direcionou sua vocação artística para incentivar a atividade cinematográfica fluminense. Foi fundador do Festival de Cinema de Búzios e diretor do Centro Cultural Rio Cine e do Rio Cine Festival. Colaborou, como consultor, na implantação do Centro Cultural Cesgranrio, que desde 2013 concede um dos mais importantes prêmios teatrais do país. Em sua bagagem internacional estão a coordenação da mostra de cinema “It’s time for Brazil”, em Nova York, evento realizado pela Embratur; da mostra de filmes brasileiros nos festivais internacionais de Dresden e Leipzig, na Alemanha; e a realização da I Mostra Mercosul de Dança.
Sobre Fabio Szwarcwald
É formado em Economia pela UERJ, com MBA em Finanças pelo IBMEC, em gestão empresarial pela FGV, e análise de conjuntura econômica pela UFRJ. Trabalhou no mercado financeiro por 22 anos. Foi Diretor da EAV Parque Lage de 2017-2019 (2 anos e 8 meses), e desde 13 de janeiro deste ano assumiu a Diretoria Executiva do MAM Rio. É do Conselho internacional do New Museum de NY. Foi do conselho da EAV Parque Lage por 7 anos, da Residência Capacete por 3 anos e do conselho de aquisição do MAM Rio por 6 anos. Foi jurado do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça em 2019.
not cancelled Brazil
Bem-vindo à not cancelled Brazil, um evento de arte digital de um mês que apresenta galerias do Brasil. De 10 de junho a 8 de julho, apresentaremos um emocionante programa de eventos de arte digital e uma exibição on-line de nossas galerias participantes. A cada semana, mudamos um pouco, então verifique novamente!
Welcome to not cancelled Brazil, a month-long digital art event that features galleries from Brazil. From June 10 – July 8, we are presenting an exciting program of digital art events and an online exhibition of our participating galleries. Each week we change it up a little, so make sure to check back!
bruno dunley | not cancelled art fair
Bruno Dunley recorded this statement on the occasion of the online art fair Not Cancelled, in which Galeria Nara Roesler showcased a solo presentation by the artist. Dunley is part of a generation of Brazilian painters often referred to as the 200e8 group: a collective based in São Paulo founded with a common interest for painting, with the aim of enabling its eight members to develop a critical approach to painting within the contemporary art scene. Bruno Dunley's process can be traced back to a continuous and relentless intrigue for visual repertoires - a quest to gather, study and understand different imageries, methods and aesthetic theories - which he integrates and subsequently investigates in his own production. His work is not an iteration, but rather the result of a huge internal network of references, intertwined, tangled, interpreted and expressed as a means of exploring the realm of painting.
Tiago Tebet, A Resposta dos Artistas from Luciana Brito Galeria on Vimeo.
Tiago Tebet, A Resposta dos Artistas
Entrevista com Cadu from Daniela Ejzykowicz on Vimeo.
Entrevista Realizada com o artista Cadu em sua exposição na Galeria Anita Schwartz em 2019
