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dezembro 5, 2019

Da Academia ao Virtual na Galeria André, São Paulo

Com curadoria de Mario Gioia, a mostra comemora os 60 anos da galeria, trazendo 80 obras de 60 artistas de diversos períodos e correntes estéticas, de modernistas, surrealistas, abstratos, aristas imigrantes, paisagistas e artistas de vanguarda a artistas contemporâneos

A Galeria de Arte André abre, dia 12 de novembro (terça-feira) a exposição Da Academia ao virtual, com curadoria do crítico de arte Mario Gioia. A mostra traz cerca de 80 obras de 60 artistas que foram icônicos na trajetória da galeria, tendo participado de exposições coletivas ou individuais ao longo dos 60 anos de existência, comemorados em 2019 com uma série de eventos celebrando a data. A exposição terá uma abertura prévia durante o Art Weekend, dias 9 e 10 de novembro, sábado e domingo, das 10h às 18h, com visita guiada do curador Mario Gioia, às 12h, nos dois dias. Como parte das comemorações de 60 anos, também será lançado um livro comemorativo, contando toda a trajetória da galeria, em data a ser definida.

A mostra reúne obras de diversos períodos e correntes estéticas, como os cânones do modernismo Di Cavalcanti, Portinari, Vicente do Rego Monteiro, Cicero Dias, Guignard, Pancetti e Antonio Bandeira, os surrealistas Inos Corradin, Vito Campanella, Djanira e Sônia Menna Barreto, os abstratos Manabu Mabe, Tikashi Fukushima e Arcangelo Ianelli, obras de aristas imigrantes como os do Grupo Santa Helena Clóvis Graciano e Fúlvio Pennacchi e os orientais Jorge Mori e Tomie Ohtake, paisagens de Francisco Rebolo, naturezas-mortas de Burle Marx, Carlos Scliar e Aldo Bonadei e pintura de Darcy Penteado, um dos precursores do movimento LGBT. Um dos núcleos da exposição traz esculturas e objetos de artistas contemporâneos como Alina Fonteneau e Cássio Lázaro, eao lado de artistas renomados como Victor Brecheret, Bruno Giorgi, Sonia Ebling, Calabrone, entre outros.

O curador Mario Gioia fez uma imersão profunda no histórico da galeria, nas suas seis décadas, centenas de catálogos de mostras individuais e coletivas, entrevistas e conversas para chegar a esta mostra. Além da exposição, haverá o lançamento de um livro histórico da galeria, até o fim do ano, com a fortuna de textos críticos e o trabalho de um grupo de especialistas que se debruçou sobre o potente legado do espaço, que começou na Avenida Vieira de Carvalho, centro de São Paulo, passou pela Alameda Jaú, teve um prédio dedicado somente ao tridimensional na Gabriel Monteiro da Silva e hoje é localizada numa tríade de avenidas bem paulistanas, entre a Rebouças, Avenida Estados Unidos e Gabriel Monteiro da Silva.

Dividida em 12 núcleos temáticos, a exposição traz artistas que traçam o percurso histórico da galeria. Fora do lugar traz os artistas surrealistas e fantásticos como Inos Corradin, Vito Campanella, Iracema Arditi, Djanira, Philip Hallawell e Sônia Menna Barreto, que recentemente expôs na galeria a individual Realidade Imaginada. Aqui, cabe o aporte histórico a respeito do artista de origem britânica Hallawell. A individual do artista na galeria, feita em 1976, foi uma revolução em termos editoriais na cidade. A galeria foi precursora ao realizar um primeiro catálogo para uma exposição, tendo sido pioneira nessa produção gráfica, em texto escrito por Pietro Maria Bardi, figura central na arte brasileira e muito próximo da galeria.

Em O triunfo da beleza, o espanhol Augustin Salinas y Teruel traz três raras pinturas paisagísticas de escala intimista, e o campineiro Aldo Cardarelli apresenta um quadro com uma típica paisagem do interior de São Paulo. No núcleo Desterros, a origem imigrante é a tônica, com artistas oriundos do Grupo Santa Helena como Clóvis Graciano e Fúlvio Pennacchi, artista que inaugurou a atual sede da galeria, em 1982, além dos orientais Michinori Inagaki, Jorge Mori e Tomie Ohtake.

O pintor e arquiteto Antonio Augusto Marx, além de Raquel Taraborelli, Jenner Augusto, Francisco Rebolo e Darcy Penteado estão no núcleo Panoramas do sensível, dedicado à paisagem. Em sua última exposição ainda vivo, em 1986, Darcy Penteado, já sabendo seu diagnóstico HIV positivo, promoveu na galeria um concerto da cantora lírica Majú de Carvalho, fazendo uma performance como a Dama Negra, presente em diversas pinturas do artista. Foi sua despedida como artista. De Raquel Taraborelli, a mostra também exibe uma aquarela que retrata o prédio da galeria, com suas conhecidas colunas vermelhas.

Na natureza posada, artistas como Burle Marx, Sérgio Ferro, José Moraes, Carlos Scliar, artista muito próximo da galeria, que teve cinco individuais durante sua trajetória, e Aldo Bonadei, mostram, cada um com sua poética, suas naturezas mortas. Essas obras estarão ladeadas, no projeto expográfico, com as obras tridimensionais, do núcleo Em meio a. Nele, esculturas e objetos de artistas contemporâneos como Alina Fonteneau e Cássio Lázaro, estarão ao lado de artistas renomados como Victor Brecheret, Bruno Giorgi, Sonia Ebling, Calabrone, entre outros.

Domenico Calabrone abriu a filial da galeria na Gabriel Monteiro da Silva, totalmente dedicada ao tridimensional -uma ousadia à época-, que funcionou durante 30 anos mostrando esculturas modernas e contemporâneas. O artista viajou para a Itália para escolher e preparar peças em mármore de Carrara. Outro destaque desse núcleo é Sonia Ebling, uma artista com formação europeia e vasta produção, e que teve suas esculturas trabalhadas com exclusividade pela galeria. Ainda nesse núcleo, está Sonia Menna Barreto, artista com uma trajetória com a galeria, já que foi André Blau quem a estimulou a aperfeiçoar sua técnica com Jorge Mori, lhe propôs sua primeira exposição e um contrato de exclusividade.

No embate de formas e cores demonstra o apreço da galeria pela abstração, com nomes como Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, Arcangelo Ianelli e Walmir Teixeira. Modernistas e modernidades traz cânones atuais como Di Cavancanti, Portinari, Vicente do Rego Monteiro, Cicero Dias, Guignard, Pancetti e Antonio Bandeira estão nesse núcleo. Di Cavalcanti, por exemplo, sempre esteve presente na galeria, tendo inclusive morado perto e visitado a galeria algumas vezes para oferecer seus quadros.

No núcleo Por sobre as superfícies estão desenhos e pinturas de artistas como Carlos Scliar, Aldo Bonadei, Sônia Menna Barreto, Philip Hallawell, Carybé e Aldemir Martins. Os dois últimos foram apresentados pelo escritor Jorge Amado em suas individuais na galeria. De Carybé ainda houve uma iniciativa inovadora para a época de sua mostra individual. A galeria fez uma itinerância com suas serigrafias por 13 cidades brasileiras, para tornar a sua arte acessível para além do eixo Rio –São Paulo. Entre os fios traz um importante eixo da história da galeria, que são os tapetes de origem asiática, que por décadas foram muito valorizados e contaram com um mercado bastante ávido.

Por fim, Aqui, agora, os contemporâneos Fernando Cardoso, Herton Roitman, Rodrigo Cunha e João César de Melo mostram suas produções ativas e experimentos em diversas linguagens e aponta novos desdobramentos e continuidade da história da galeria. O hiper-realismo não fica de fora: Armando Sendin, Rafael Resaffi e Marco Stellato, representam a corrente artística no núcleo Em condições normais.

Sobre o curador Mario Gioia

Nascido em São Paulo, em 1974, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Integrou o grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas. Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2016, a mostra Topofilias, com sua curadoria, no Margs (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, foi contemplada com o 10º Prêmio Açorianos, categoria desenho. É colaborador de periódicos de artes como Select e foi repórter de artes visuais e arquitetura da Folha de S.Paulo de 2005 a 2009. De 2011 a 2016, coordenou o projeto Zip'Up, na Zipper Galeria, destinado à exibição de novos artistas e projetos inéditos. Na ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto de Territórios Forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia). Em 2018, assinou a seção dedicada ao Brasil na Pinta (Miami, EUA) e a curadoria de Esquinas que me atravessam, de Rodrigo Sassi (CCBB-SP).

Sobre a Galeria de Arte André

Uma das galerias de arte mais tradicionais da cidade de São Paulo, a Galeria de Arte André completa 60 anos em 2019 como a maior galeria de arte da América Latina e anuncia a fusão de suas sedes e acervos. Atualmente dirigida por Juliana Blau, a casa fundada em 1959 pelo romeno André Blau (1930-2018) ajudou a forjar o mercado de arte no Brasil e passou por diversos endereços até se consolidar na Rua Estados Unidos, entre a Avenida Rebouças e a Alameda Gabriel Monteiro da Silva.

Referência no mercado de arte brasileira, há décadas a Galeria de Arte André acolhe gerações de artistas e incentiva o surgimento de colecionadores e amantes das artes. Conhecida pelo seu acervo de esculturas e obras de artistas como Di Cavalcanti, Candido Portinari, Alfredo Volpi, Aldemir Martins, Manabu Mabe, Hector Carybé, Roberto Burle Marx, entre muitos outros, a casa oferece ao público exposições periódicas e projetos educacionais e culturais.

Posted by Patricia Canetti at 10:45 AM