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novembro 26, 2019

Estruturas encontradas na Nara Roesler, São Paulo

Encerrando o calendário 2019 de exposições da galeria, a mostra coletiva reúne trabalhos de nove artistas

A Galeria Nara Roesler | São Paulo tem o prazer de apresentar Estruturas Encontradas, exposição coletiva que reúne trabalhos dos artistas Brígida Baltar, Cao Guimarães, Fabio Miguez, Lucia Koch, Milton Machado, Paulo Bruscky, Raul Mourão e Sérgio Sister, além do artista convidado Marlon Azambuja. Encerrando o calendário de exposições de 2019, a mostra é um exercício curatorial de Luis Pérez Oramas, que a partir de 2020 atuará oficialmente como Diretor Artístico do novo projeto curatorial da galeria.

[scroll down for English version]

Partindo da noção moderna de ‘objeto encontrado’ em que uma obra de arte não seria produto da técnica, mas do acaso, em Estruturas Encontradas, Pérez-Oramas propõe a olhar, em suas palavras, “aquilo que já estava ali, encontrando, ao acaso, vínculos nas e entre as obras, assim como confluências de significado, analogias inesperadas, deslocamentos de sentido e novas interpretações”.

Segundo o curador, o conceito de ‘objeto encontrado’ – ‘objet trouvé’, em francês – atravessou o legado da modernidade por inteiro: da invenção da ‘collage’, nos primórdios do Cubismo, à instituição do ‘ready-made’ por Marcel Duchamp até a invenção do ‘parangolé’ por Hélio Oiticica, revolucionando assim, o pensamento estético ocidental, que até então era determinado puramente pela técnica e pela vontade de representar.

Muitas vezes é no cotidiano que os artistas vão encontrar as estruturas e formas que servem de mote para a realização de seus trabalhos. Paulo Bruscky percebe poemas nos moldes de revistas de moda feminina, assim como Lucia Koch transforma embalagens e caixas de produtos em espaços arquitetônicos. Cao Guimarães cataloga, na série Gambiarras, a infinidade de soluções criativas tipicamente brasileiras para contornar pequenos problemas do dia-a-dia. Raul Mourão e Sérgio Sister apreendem estruturas como grades de segurança ou engradados de madeira, e as utilizam como pontos de partida para a criação de trabalhos visuais a partir de investigações cinéticas ou cromáticas.

Marlon Azambuja contrapõe pássaros de porcelana, que nos remetem a bibelôs, a impessoais cubos de concreto. Milton Machado e Brígida Baltar ressignificam os elementos cotidianos a partir de novos arranjos, ao passo que Fábio Miguez busca na própria história da pintura as estruturas para suas composições. Nas obras presentes na mostra, o acaso, que propicia o encontro dos artistas com essas formas e objetos no mundo, emerge mais uma vez, agora pelo seu oposto: a articulação entre as obras, faz surgir encontros inusitados a partir de suas configurações formais e temáticas.

Em Estruturas Encontradas, é explorada a possibilidade de pensar a lacuna entre as obras e as relações criadas ao acaso entre elas, como geradoras de sentido. Segundo Pérez-Oramas, é a partir desse espaço que “a significação de uma obra de arte pode transcender seu ‘programa’, e, até mesmo, o regime de intenções que a produziu; é assim que as obras de arte podem significar para além de seu tempo e espaço originários.”

Luis Pérez-Oramas

Escritor, poeta e historiador da arte. Cursou Doutorado em História da Arte sob orientação de Louis Marin e Hubert Damisch na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (EHESS, 1994). Curador-chefe da 30ª Bienal de São Paulo (2012); curador de arte latino-americana no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York (2003-2017); curador da Coleção Patricia Phelps de Cisneros, em Caracas (1995-2002).

Pérez-Oramas foi curador e co-curador de inúmeras exposições, principalmente durante seu período no MoMA: Transforming Chronologies: An Atlas of Drawings (2004), retrospectiva de Armando Reverón (2007); New Perspectives in Latin American Art: 1930-2006 (2007); O alfabeto enfurecido: León Ferrari e Mira Schendel, na Fundação Iberê Camargo (2009), em Porto Alegre, e no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) (2010), em Madri; Lygia Clark. O Abandono da Arte (2014); Joaquín Torres-García. The Arcadian Modern (2015), no Museo Picasso, em Barcelona; e Tarsila do Amaral. Inventando Arte Moderna no Brasil, no The Art Institut of Chicago (2017), em Chicago, e no Museum of Modern Art (2018), em Nova York.

Professor de História da Arte na Université de Haute Bretagne-Rennes 2 e na École Regional Regional de Beaux Arts Nantes, na França (1987-1993); Professor de História e Teoria da Arte no Instituto de Estudios Superiores de Artes Plásticas Armando Reverón, na Universidade Central da Venezuela, em Caracas, Venezuela (1995-2002). Pérez-Oramas foi convidado a palestrar em diversas universidades e museus, mais recentemente na INHA e na EHESS, em Paris (2013); no Barnard College-Columbia University (2016); na Princeton University (2017-2018-2019); no Museo del Prado (2015- 2017); no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), em Madri, e na Gainsville University, Flórida (2019). Pérez-Oramas é o autor de sete coletâneas de poesia (sendo a mais recente La dulce astilla, 2015, Editorial Pre-textos) e cinco coletâneas de ensaios (mais recentemente Olvidar la Muerte. Pensamiento del toreo desde América, 2016, Editorial Pre-textos), assim como de inúmeras contribuições para catálogos de exposições e publicações de arte especializadas. A Editorial Pre-textos (Valência, Espanha) publicará em 2020 uma coletânea de ensaios intitulada A inactualidad de la pintura y vericuetos de la imagen.

A Galeria Nara Roesler é uma das principais galerias de arte contemporânea do Brasil. Representa artistas brasileiros e internacionais, estabelecidos e em início de carreira, e conta com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York. Fundada em 1989 por Nara Roesler, a Galeria fomenta o desenvolvimento e a difusão dos trabalhos de seus artistas através de um consistente programa de exposições, sólidas parcerias institucionais e diálogo constante com curadores de destaque no cenário artístico contemporâneo. Desde 2002, a galeria desenvolve anualmente o projeto Roesler Hotel, que tem como objetivo promover o diálogo entre as comunidades artísticas nacional e internacional, convidando curadores e artistas a realizar experimentos em seu espaço.


Closing the gallery’s 2019 exhibition program, this group show brings together artworks by nine artists

It is with great pleasure that Galeria Nara Roesler | São Paulo presents Estruturas Encontradas [Found Structures], a group exhibition bringing together artworks by Brígida Baltar, Cao Guimarães, Fabio Miguez, Lucia Koch, Milton Machado, Paulo Bruscky, Raul Mourão and Sérgio Sister, as well as contributions by invited artist Marlon Azambuja. Closing the 2019 exhibition program, the show is a curatorial exercise conceived by Luis Pérez Oramas. From 2020, Pérez-Oramas will officially take on the role of Artistic Director for the gallery’s new curatorial project.

Taking as a starting point the modern notion of ‘found object’, according to which an artwork is not the outcome of technique but a product of chance, Pérez-Oramas incites us “to look at things that are already there, in the artworks and between them, in order to unearth random links, converged meanings, unexpected analogies, displaced senses and new interpretations”.

According to the curator, the concept of the ‘found object’ – objet trouvé, in French – has cut across the entire legacy of modernity: from the invention of collage in the early stages of Cubism, to Marcel Duchamp’s ‘ready made’ and Hélio Oiticica’s Parangolés, ultimately revolutionizing Western aesthetics, which had previously been dominated by technique and a desire to represent.

It is often in their everyday lives that artists find the structures and forms that shape their works. Paulo Bruscky creates poems based on women’s fashion magazines; Lucia Koch transforms product packaging and boxes into architectural spaces. In his series Gambiarras, Cao Guimarães catalogs an infinite array of typically Brazilian creative solutions to minor everyday problems. Raul Mourão and Sérgio Sister incorporate common structures, such as security fences and wooden boxes, as a starting point to create visual works that draw on kinetic or chromatic investigations.

Marlon Azambuja contrasts porcelain knick-knacks in the shape of birds with impersonal concrete cubes. Milton Machado and Brígida Baltar re-signify everyday elements into new arrangements, whilst Fábio Miguez delves into the history of painting to find the framework for his compositions. The element of chance, which has allowed the artists to establish a connection with these forms and objects in the world, emerges once again in the artworks featuring in this exhibition, but this time this is conjured as contrast: the interactions between the artworks trigger unexpected links based on formal and thematic configurations.

Found Structures explores the possibility of considering the gap between the artworks and the relationships that are randomly activated between them, as a way of generating meaning. According to Pérez-Oramas, it is in this gap that ‘the meaning of an artwork can transcend its ‘agenda’ as well as the intentional system that has produced it. This is how artworks can signify something beyond their original time and space’.

About Luis Pérez-Oramas (b. Caracas, 1960)

Writer, poet and art historian. He received a PhD in History of Art, under the direction of Louis Marin and Hubert Damisch, from the Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Paris (EHESS, 1994). Chief-Curator of the 30th Bienal de São Paulo (2012); Latin American Art Curator at the Museum of Modern Art (MoMA), in New York (2003-2017); Curator of the Patricia Phelps de Cisneros Collection, in Caracas (1995-2002).

Pérez-Oramas was the curator and co-curator of a number of exhibitions, particularly during his role at MoMA, including: Transforming Chronologies: An Atlas of Drawings (2004), a retrospective of the work of Armando Reverón (2007); New Perspectives in Latin American Art: 1930-2006 (2007); O alfabeto enfurecido: León Ferrari e Mira Schendel, at Fundação Iberê Camargo (2009), in Porto Alegre, and at the Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) (2010), in Madrid; Lygia Clark. O Abandono da Arte (2014); Joaquín Torres-García. The Arcadian Modern (2015), at the Museo Picasso, in Barcelona; and Tarsila do Amaral. Inventando Arte Moderna no Brasil, at The Art Institute of Chicago (2017), in Chicago, and at the Museum of Modern Art (2018), in New York.

He taught Art History at the Université de Haute Bretagne-Rennes 2 and at the Ecole Supérieure de Beaux Arts de Nantes, in France (1987-1993). He taught Art History and Theory at the Instituto de Estudios Superiores de Artes Plásticas Armando Reverón and at the Universidade Central da Venezuela, in Caracas, Venezuela (1995-2002). Pérez-Oramas has been invited to lecture at several universities and museums, including, recently, at the INHA and EHESS, in Paris (2013); Barnard College-Columbia University (2016); Princeton University (2017-2018-2019); Museo del Prado (2015- 2017); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), in Madrid and the Gainesville University, Florida (2019). Pérez-Oramas is the author of seven collections of poems (of which the most recent is La dulce astilla, 2015, Editorial Pre-textos) and five collections of essays (of which the most recent is Olvidar la Muerte. Pensamiento del toreo desde América, 2016, Editorial Pre-textos), as well as his numerous collaborations in exhibition catalogs and specialized art publications. In 2020, Editorial Pre-textos (Valencia, Spain) will publish a collection of his essays entitled A inactualidad de la pintura y vericuetos de la imagen.

Galeria Nara Roesler is a leading Brazilian contemporary art gallery, which represents established and prominent emerging Brazilian and international artists, with headquarters in São Paulo, Rio de Janeiro, and New York. Founded by Nara Roesler in 1989, the gallery has fomented the development and the diffusion of its artists’ work through a consistent exhibition program, solid institutional partnerships and constant dialogue with leading curators in the contemporary art scene. Since 2002, the gallery fosters the Roesler Hotel program, which is aimed at promoting dialogues between national and international art communities, inviting artists and curators to develop artistic experiments at the gallery space.

Posted by Patricia Canetti at 9:22 AM