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agosto 20, 2018

Artur Lescher na Nara Roesler, São Paulo

Depois de ser apresentada no México, a Galeria Nara Roesler traz a São Paulo a produção recente de Artur Lescher, em Asterismos. O substantivo plural, que dá título à exposição, designa um padrão proeminente ou conjunto de estrelas que, visto da Terra, remete a formas geométricas e figuras reconhecíveis. Ao contrário de uma constelação, no entanto, o termo não tem reconhecimento oficial pela comunidade científica. As cerca de dez esculturas e uma instalação reunidas transformam o cubo branco em um novo espaço cósmico inspirado na ideia de “asterismo”, esse lugar indecifrável pela ciência.

[scroll down for English version]

Além da leveza que já atribuía a suas obras em metal ou madeira, nesta nova série de trabalhos, Artur Lescher (1962, São Paulo, Brasil) evidencia a transparência ao utilizar fios de multifilamento em algumas de suas esculturas e, principalmente, na instalação pensada especialmente para o espaço da Galeria. Desde o começo de sua produção, aos 22 anos de idade, o artista tem permanente interesse pela síntese, pela tensão e pela instabilidade no território das formas e do espaço, como meio de construção de paisagens incomuns.

A instalação, ao fundir várias formas geométricas, cilindros e cones feitos de latão, fios de multifilamento e aço inoxidável, dissolve as peculiaridades de cada elemento e forja algo que não se limita aos cânones da geometria e da arquitetura. Segundo Lescher, os materiais são atores, com inclinações e potências próprias que, combinadas, compõem um diálogo entre si e com o espaço circundante.

A exposição na Galeria Nara Roesler SP contará com texto de autoria de Juliano Pessanha, autor convidado da Flip 2018 e ganhador do prêmio APCA pelo livro Testemunho Transiente (Cosac Naify, 2015).

Há mais de trinta anos, Lescher apresenta um sólido trabalho como escultor, resultado de uma pesquisa em torno da articulação de matérias, pensamentos e formas. Neste sentido, o artista tem no diálogo singular, ininterrupto e preciso com o espaço arquitetônico e o design, e na escolha dos materiais, que passam pelo metal, pedra, madeira, feltro, sais, latão e cobre, elementos fundamentais para reforçar a potência deste discurso.

Ao mesmo tempo que o trabalho de Lescher está atrelado fortemente a processos industriais, atingindo requinte e rigor extremos, sua produção não tem por fim único a forma, está para além dela. Essa contradição abre espaço para o mito e a imaginação, ingredientes essenciais para a construção da sua Paisagem mínima [Galeria Nara Roesler, 2006].

Ao escolher nomear obras como Rio Máquina, Metamérico ou Inabsência (Projeto Octógono Arte Contemporânea, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2012), Lescher propõe uma extensão do trabalho, sugerindo uma narrativa, por vezes contraditória ou provocativa, que coloca o espectador em um hiato, em um estado de suspensão.

Artur Lescher nasceu em São Paulo, Brasil, 1962, onde vive e trabalha. Participou das 19ª e 25ª edições da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil (1987 e 2002), e da 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre/RS, Brasil (2005). Expôs em diversas coletivas na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, além de duas mostras individuais, a primeira no Instituto Tomie Ohtake (ITO), São Paulo/ SP, Brasil (2006), e a segunda no Palais d’Iéna, Paris, França (2017).


Galeria Nara Roesler is pleased to present Asterismos (Asterisms), a presentation of Artur Lescher’s latest works and an iteration of a presentation at Mexico’s OMR Gallery. The show’s title, Asterisms means a prominent pattern or set of stars which, as seen from the Earth, are reminiscent of recognizable geometric shapes or figures. Unlike constellations, however, the term is not officially recognized by the scientific community. The exhibition, composed of fourteen sculptures and one installation, converts the the gallery into a new cosmic space, which when inspired by the notion of “asterism,” becomes indecipherable and undefinable by science.

Besides the levity imparted by his earlier metal and wood pieces, Lescher’s newest series explores transparency by using multifilament wires in some of the sculptures, but mostly in the installation specially designed for the gallery space. Since the beginning of his career, at age 22, Lescher has highlighted his interest in ideas of synthesis, tension and instability when it comes to shapes and space as a means of constructing uncommon landscapes.

The fusion of various geometric shapes, cylinders and cones built from tin, multifilament wire and stainless steel, the installation dissolves the nuances in each element as it forges something that isn’t restrained to the canons of geometry and architecture. According to Lescher, the materials are forces unto themselves, with their own inclinations and potencies, which convere with each other and the surrounding space.

The exhibition at Galeria Nara Roesler | São Paulo will feature a text by Juliano Pessanha, a guest author for Flip 2018 and the winner of the APCA prize for his book Testemunho Transiente (Transient Testimony, Cosac Naify, 2015).

Artur Lescher’s work investigates the tangible qualities of objects and their interaction with architecture. His preference for single volumes, suspended and subjected to the force of gravity creates a unique tension between the proportions of the space and the object. At the core of his practice is a focus on perceived boundaries, between, for example, reality and its represen- tation. This is further intensified by the use of materials such as metal, stone, wood, brass and copper, which have been removed from their usual functions and rearranged. Lescher gained broader recognition after his participation in the 19th Bienal de São Paulo (1987). He was also featured in the 2002 edition of the São Paulo Biennial and the 2005 Mercosul Biennial. The artist has been the subject of solo exhibitions in Latin America, Europe and the United States, includ- ing two exhibitions at the Tomie Ohtake Institute in São Paulo (2006) and, more recently, a solo exhibition at the Palais d’léna in Paris (2017).

Posted by Patricia Canetti at 12:46 PM