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abril 10, 2018

Sara Ramo no Fortes D'Aloia & Gabriel - Galpão, São Paulo

A Fortes D’Aloia & Gabriel tem o prazer de apresentar duas exposições individuais simultâneas: Hiato de Rodrigo Matheus e Cartas na mesa de Sara Ramo ocupam o Galpão (Barra Funda) de 12 de abril a 19 de maio de 2018. Na ocasião da abertura, Rodrigo Matheus lança ainda seu livro monográfico pela Editora Cobogó, uma publicação com textos de Matthieu Lelièvre, Philip Monk e Kiki Mazzucchelli que abrange sua trajetória artística dos últimos 10 anos.

[scroll down for English version]

Cartas na mesa, a nova exposição de Sara Ramo em Fortes D’Aloia & Gabriel | Galpão, apresenta esculturas, colagens e intervenções e os configura como objetos cênicos repletos de alegorias. Invocando as particularidades do teatro, em especial o teatro do absurdo, a artista reage de maneira poética às atuais tensões políticas e sociais para questionar os elementos que nos constituem enquanto nação.

O trabalho que dá título à mostra é uma série de 10 colagens feitas com tecido, papel, tinta e costura que guardam forte relação com estandartes festivos. Três dessas peças integram a exposição, como cartas perdidas de um jogo de adivinhação. Quando reunidos, os títulos de cada colagem formam uma espécie de poema ou marchinha de carnaval.

CARTAS NA MESA
1) À fé de todos, espelho meu
2) Às filhas e aos filhos deste solo
3) Margens não tão plácidas
4) Há histórias não contadas
5) O rei está nu
6) Berços de ouro
7) Ganância não é tudo
8) Festejar importa
9) A alegria nos move
10) Salve o sonho delirante!

Os ideais de coletividade do poema também são desenvolvidos em outras obras. Em Contrato social, a artista equilibra pedras falsas em varetas de metal enquanto uma pedra de verdade se avizinha do conjunto, mas solta no chão. Detrito-origem, também com pedras falsas, traz cédulas de dinheiro incrustadas nas peças. Aqui, a artista realiza uma geologia do desejo pelo viés do consumo: o modo como o dinheiro se estrutura em nossas vidas e condiciona nossas experiências e relações.

Seu interesse por criar vestígios geológicos se reflete ainda nas obras Evidência e Buraco negro. Se na primeira a artista promove a verticalização do solo – um triângulo de terra deslocado na parede –, na segunda a operação é inversa: Sara abre um orifício cavernoso na parede, suscitando curiosidade e repulsa.

Bianca Dias, em texto criado especialmente para a exposição, afirma: “A dimensão alegórica se presentifica não como velamento, mas como maneira de tocar o real, como ficção que engendra o que há de horror e de abjeto na cultura. Como uma ética que contorna, pelo chiste e pela ironia fina – este lugar impossível que não para de se inscrever e que vem se realizar tanto como lugar de gozo como de causa do desejo.”

Sara Ramo nasceu em Madrid em 1975. Atualmente vive e trabalha em São Paulo. Suas exposições individuais recentes incluem: Para Marcela e as outras, Capela do Morumbi (São Paulo, 2017); Punto Ciego, EAC - Espacio de Arte Contemporáneo (Montevidéu, 2014); Desvelo y Traza, Matadero (Madrid, 2014) e Centre d’Art la Panera (Lérida, 2014); Penumbra, Fundação Eva Klabin (Rio de Janeiro, 2012). A artista já participou das Bienais do Mercosul (Porto Alegre, 2013 e 2007), de Sharjah (Emirados Árabes, 2013), de São Paulo (2010), de Veneza (2009), entre outras. Sua obra está presentes em importantes coleções como Fundación Botin (Santander, Espanha), Fondazione Cassa di Risparmio di Modena (Itália), MAM (Rio de Janeiro), Pinacoteca (São Paulo), Inhotim (Brumadinho), entre outras.


Fortes D'Aloia & Gabriel is pleased to present two exhibitions Hiato [Hiatus], by Rodrigo Matheus and Cartas na Mesa [Cards on the Table] by Sara Ramo at the Galpão (Barra Funda) from April 12 to May 19, 2018. On the occasion of the opening, the artist will also launch his monograph by Editora Cobogó, a publication with texts by Matthieu Lelièvre, Philip Monk and Kiki Mazzucchelli that cover his artistic career over the last 10 years.

Sara Ramo’s new exhibition at Fortes D'Aloia & Gabriel | Galpão, Cartas na mesa [Cards on the Table], presents sculptures, collages, and interventions arranging them as props filled with allegories. Invoking singularities of the theatre, in particular of the Theatre of the Absurd, the artist reacts poetically to the current political and social tensions in order to question the elements that make us as a nation.

The work from which the show is named after is a series of ten collages made with fabric, paper, ink, and sewing that are strongly related to celebratory banners. Three of these pieces are part of the exhibition, such as lost cards from a guessing game. When combined, the titles of each collage constitute a kind of poem or carnival march.

CARDS ON THE TABLE
1) To everyone's faith, my mirror
2) To this land's daughters and sons
3) Not such placid riverbanks
4) There are untold stories
5) The emperor has no clothes
6) Silver spoons
7) Greed is not all there is
8) Celebrating matters
9) Joy moves us
10) Save the delusional dream!

The poem's ideals of collectivity are also developed in other works. In Contrato social [Social Contract], the artist balances fake gems on metal rods while a real gem lies near the set, dropped on the floor. Detrito-origem [Detritus-Inception], also featuring fake gems, has money bills encrusted in the pieces. The artist creates a geology of desire through a consumption bias here: the way money is structured in our lives and shapes our experiences and relationships.

Her interest in creating geological remains is also reflected in Evidência e Buraco negro [Evidence and Black Hole]. Whether in the former the artist brings about the verticalization of the ground – a soil made triangle shifted on the wall –, in the latter the action is reversed: Sara opens a cavernous hole in the wall, arousing curiosity and repulsion.

In an essay specially created for the exhibition, Bianca Dias states: “The allegorical dimension appears not as veiling, but as a way of approaching reality, as fiction which engenders what is horrible and abject in culture. Like ethics that bypass (through jokes and irony) this impossible place which doesn't stop inscribing itself and which happens as a place of joy as well as a cause of desire.”

Sara Ramo was born in Madrid in 1975. She currently lives and works in São Paulo. Her most recent solo exhibitions include: Para Marcela e as outras, Capela do Morumbi (São Paulo, 2017); Punto Ciego, EAC - Espacio de Arte Contemporáneo (Montevideo, 2014); Desvelo y Traza, Matadero (Madrid, 2014) and Center d'Art la Panera (Lleida, 2014); Penumbra, Fundação Eva Klabin (Rio de Janeiro, 2012). The artist has taken part in the followings Biennials: Mercosur (Porto Alegre, 2013 and 2007), Sharjah (United Arab Emirates, 2013), São Paulo (2010), Venice (2009), among others. Her work is featured in important collections such as Fundación Botin (Santander, Spain), Fondazione Cassa di Risparmio di Modena (Italy), MAM (Rio de Janeiro), Pinacoteca (São Paulo), Inhotim (Brumadinho), among others.

Posted by Patricia Canetti at 10:01 AM