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julho 12, 2017

André Penteado no MNBA, Rio de Janeiro

Mostra foi criada a partir de seu novo livro, Missão Francesa, no qual o artista procura no Rio de Janeiro atual resquícios de uma formação que se iniciou em 1816

André Penteado fotografou o Rio de Janeiro de fevereiro de 2015 até janeiro de 2017 para o segundo livro da trilogia Rastros, Traços e Vestígios, que será lançado em maio pela editora Madalena. Missão Francesa busca relacionar passado e presente a partir da formação de artes no Brasil, pelos franceses, em locais emblemáticos como o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu D. João VI e o solar Grandjean de Montigny, e a personificação do que esse processo representou, em retratos de alunos e professores da Escola de Belas Artes da UFRJ, retratos de descendentes de Nicolas-Antoine Taunay e desenhos, pinturas e esculturas dos artistas que compuseram a Missão, assim como de seus alunos, pertencentes aos acervos das instituições visitadas.

“Para os livros do projeto Rastros, traços e vestígios, escolhi temas que considero relevantes na história do país e que são anteriores à invenção da fotografia, logo não possuem iconografia fotográfica de época. Acredito que existe um paralelo entre o trabalho do fotógrafo e do historiador: se tanto a fotografia quanto a historiografia partem da realidade, é possível dizer que ambas são resultado de decisões ideológicas daqueles que as criam. Sendo assim, nestes livros, quero que a fotografia do presente sirva como um instrumento para reflexão sobre a construção das narrativas do nosso passado”, afirma o autor.

A ideia é que fotografia sirva como uma mola propulsora para a reflexão do leitor. Em cada livro, o artista inclui também textos historiográficos selcionados. Estes textos não são explicativos da obra mas sim parte dela. “No livro reproduzi em tamanho maior do que o original uma publicação de uma carta do líder da Missão Joachim Lebreton, que foi traduzida pelo historiador Mário Barata para a edição de 1959 da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico e Histórico Nacional”, completa.

O livro é dividido em três partes: na primeira, que representa o tempo presente, o leitor se depara com uma série de imagens, todas relacionadas de alguma forma com a história da Missão Francesa (há legendas no fim do livro que identificam cada uma delas), e que sugerem uma reflexão sobre a ideia de que copiar modelos resolverá os problemas e a dificuldade em seguir com o planejamento de projetos; a segunda, representando o passado, contém a reprodução do Plano de Lebreton para o estabelecimento de uma escola de Belas Artes no país, o documento fundamental desta história; e a terceira, apontando para o futuro, contém retratos de alunos da Escola de Belas Artes da UFRJ, instituição que “descende” diretamente da Academia Imperial de Belas Artes, mas traz também uma interrogação: “Se os diversos espectros da sociedade brasileira estão também nas escolas de artes, alguma mudança ocorreu, mas, se o prédio da Universidade está depauperado, qual educação está sendo oferecida a eles?”, se pergunta o fotógrafo.

Para a exposição de Missão Francesa no MNBA, André Penteado selecionou um grupo de trinta e três fotografias que resumem as discussões levantadas no livro. Estas imagens serão impressas em tamanhos diferentes, variando entre 48,8 x 60 cm e 136,5 x 110 cm. Os diferentes tamanhos e a disposição nas paredes das fotografias buscam permitir ao observador uma narrativa visual diferente do livro mas que busca manter sua complexidade.

“André Penteado, da geração de novos fotógrafos brasileiros, é quem sabe um dos mais interessantes, pela leitura complexa que faz de nossa sociedade. Sua trilogia trata da história do Brasil sem o glamour de outrora ou a depressão das muitas crises. A sua sutileza transforma histórias de um período não fotográfico, ou seja, do ontem, em algo que poderia ser comparada a uma exposição de artefatos arqueólogo, onde resquícios encontrados são colocados lado a lado em busca do sentido e impacto que a chegada dos artistas franceses teve na cultura nacional”, afirma Iatã Cannabrava, coordenador editorial da trilogia.

André Penteado (1970) nasceu e trabalha em São Paulo. Voltado principalmente para a fotografia, sua obra é centrada na ideia de que esta mídia, dada a sua ubiquidade no mundo de hoje, é uma das mais interessantes e pertinentes ferramentas para a discussão das complexas questões do mundo contemporâneo. Produzindo desde 1998, André vem desenvolvendo projetos que investigam temas da história brasileira – como a Cabanagem e a Missão Francesa –, momentos de grande intensidade emocional – como a perda do pai – e também a própria natureza da imagem fotográfica. André já realizou oito exposições individuais e participou de mais de duas dezenas de coletivas, muitas no exterior. Em julho de 2017, lançará seu quarto livro, Missão Francesa. Seu trabalho pode ser visto em detalhes no site www.andrepenteado.com.

Posted by Patricia Canetti at 12:04 PM