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julho 22, 2013

Lia Chaia - Contratempo na Vermelho, São Paulo

A Galeria Vermelho apresenta, de 23 de julho a 17 de agosto, as individuais “Contratempo” de Lia Chaia [salas 1 e 2], e “João-ninguem” de Rafael Assef [sala 3]. Com essas aberturas a galeria, inaugurada em 2002, chega à sua centésima exposição. Ainda no dia 23, o Tijuana, projeto dedicado a criação, apresentação e comercialização de livros de artista, publicações e múltiplos, inaugura seu novo espaço expositivo. Instalado no pátio da galeria, o novo projeto combina banca de jornal a espaço expositivo, reafirmando a característica inovadora do projeto criado em 2008 pela Vermelho.

Lia Chaia - Contratempo, Galeria Vermelho, São Paulo, SP - 24/07/2013 a 17/08/2013

[Scroll down to read in English]

“Contratempo” apresenta uma série de novos trabalhos criados a partir de 2012, que se desdobram em desenhos, fotografias, esculturas, vídeo e instalações. A princípio distintas, essas obras tecem entre si um único discurso que reafirma a questão do conflito entre natureza e civilização, tema recorrente na obra da artista. O corpo surge mais uma vez como elemento questionador das obrigatoriedades do cotidiano.

Vulnerável às múltiplas indicações de direção, “Contratempo” revela o individuo acuado em busca de saídas. Essa ideia aparece na instalação “Curva de Jardim”, 2013, criada por Chaia para a fachada da Vermelho, e que reaparece miniaturizada na sala 2 da galeria. Criada com módulos de ferro dobrado, montados lado a lado formando uma cerca, “Curva de Jardim” restringe a mobilidade dos visitantes, determinando, portanto, seu deslocamento e apreensão da exposição como um todo.

Conteúdo semelhante aparece em “Lança”, 2013. Instalada no hall de entrada da galeria, a colagem reproduz grades de ferro na forma de lanças pontiagudas. Chaia emprega o desenho original desses objetos, normalmente utilizadas em casas e edifícios como forma de proteção contra presenças nem sempre bem vindas, com o objetivo de questionar sua eficiência.

No caso de “Alambrado”, 2011-2013, que emprega telas de proteção também utilizadas para proteger propriedades, a trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável. Assim, a função da tela protetora, cuja função é excluir é colocada em questão.

A percepção aguçada de Chaia do caótico cenário urbano ressurge em “Escrita”, 2013. A instalação, composta por fios elétricos manipulados pela artista, lembra pichações típicas da cidade de São Paulo. Fios elétricos reaparecem na série de fotografias “Fiação”, 2012-2013. Sobre essas imagens fotográficas que lembram os “gatos” de qualquer poste da cidade de São Paulo, Chaia apresenta imagens de um céu cinza, rasuradas com ponta seca e cortadas por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano.

Na obra “Folha-leito”, 2013, a fotografia é utilizada como instrumento documental, criando um comentário sobre a passagem do tempo que aponta para a transitoriedade do humano e do orgânico. Já em “Quadrada”, 2013, folhas verdes perdem seus contornos orgânicos, adquirindo ângulos retos, indicando a versatilidade inata de todo organismo em se adequar a lógica da convivência.

“A queda”, 2013, recupera a imagem das folhas caídas e esparramadas pelo chão. Para cria-la, Chaia fotografou o processo de deterioração das folhas, ou seja, a passagem das folhas verdes para folhas secas.

Completa a individual o vídeo “Aleph”, 2013. Captado numa das várias regiões áridas da cidade de São Paulo, o vídeo sobrepõe centro e periferia, e aparece numa pequena esfera de vidro que desliza no braço de uma mulher.

No seu fazer artístico, Lia Chaia opera com paradoxos, sendo relevante aquele que reúne potência poética e visão trágica do mundo. Rearticulando constantemente seus temas e priorizando novas pesquisas de linguagem, Lia Chaia, lança um olhar crítico e ao mesmo tempo poético sobre as circunstâncias atuais.

Lia Chaia: seleção de exposições individuais - Anônimo- Galeria Vermelho, São Paulo, Brasil [2010]; Rodopio, Centro Cultural Mariantonia, São Paulo, Brasil [2009]; Pelos Tubos, Ateliê Aberto, Campinas, Brasil [2007]; Entre Vias, Museo Laboratorio di Arte Contemporanea dell'Università di Roma, Roma, Itália [2006]; Experiências com o Corpo, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil [2002]. Seleção de exposições coletivas - Circuitos Cruzados: o Centre Pompidou encontra o MAM, Museu de Arte Moderna [MAM SP], São Paulo, Brasil [2013]; 11ª Bienal de la Habana: Praticas Artisticas e Imaginários Sociales, Havana, Cuba [2012]; Os Primeiros Dez Anos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil [2011]; Rhodislândia, Hélio Oiticica - Museu é o Mundo, Itaú Cultural, São Paulo, Brasil [2010]; Brazil Contemporary, Nederlands Fotomuseum, Rotterdam, Holanda [2009]; GLOW - Fórum of Light in Art and Architecture, Eindhover, Holanda [2008].


From July 23 to August 17, Galeria Vermelho is presenting the solo shows Contratempo by Lia Chaia [halls 1 and 2], and João-ninguem by Rafael Assef [hall 3]. With these openings the gallery, inaugurated in 2002, has hit the 100th exhibition milestone. Also on July 23, Tijuana – a project dedicated to the creation, release and commercialization of artist’s books, publications and multiples – is inaugurating its new exhibition space. Installed in the gallery’s patio, the new project combines a newspaper stand with the exhibition space, reaffirming the innovative character of the project created in 2008 by Vermelho.

Lia Chaia - Contratempo, Galeria Vermelho, São Paulo, SP - 24/07/2013 til 17/08/2013

Contratempo [Setback] presents a series of new works created from 2011 onward, which are unfolded in drawings, photographs, sculptures, videos and installations. Made initially as distinct works, they nevertheless weave among themselves a unique discourse that reaffirms the question of the conflict between nature and civilization, a recurring theme in the artist’s oeuvre. The body arises once again as an element for the questioning of everyday imperatives.

Vulnerable to the multiple indications of direction, Contratempo reveals the repressed individual in search of escape. This idea appears in the installation Curva de Jardim [Garden Curve], 2013, created by Chaia for Vermelho’s façade, and which reappears miniaturized in the gallery’s Hall 2. Created with modules of bent iron, mounted side-by-side to form a fence, Curva de Jardim restricts the mobility of the visitors, therefore determining their movements and their understanding of the exhibition as a whole.

Similar content appears in Lança [Spear], 2013. Installed in the gallery’s entrance hall, the collage reproduces iron gratings in the form of sharp spears. Chaia uses the original design of these objects, normally used in houses and buildings as a form of protection against not-always-welcome presences, as a way of questioning their effectiveness.

Alambrado [Wire Fence], 2011–2013, uses mesh fencing likewise used to protect properties, though here the wire mesh and the hardness of the metal are transformed into a malleable network. Thus, the function of the protective fence – to exclude – is brought into question.

Chaia’s keen perception of the chaotic urban scene reemerges in Escrita [Writing], 2013. This installation, composed of electrical wires manipulated by the artist, recalls the typical graffiti “tagging” seen on walls in the city of São Paulo. Electrical wires reappear in the series of photographs Fiação [Wiring], 2012–2013. Above these photographic images that recall the tangle of wires often seen on electrical power poles in the city of São Paulo, Chaia presents images of a gray sky, scratched with a printmaker’s drypoint and cut by electrical wires. This series has a gloomy light and emphasizes the emptiness and fragility of the urban scenario.

In the works Folha-leito [Leaf-Bed] and A queda [The Fall], 2013, photography is used as a documental instrument, creating a commentary on the passage of time that points to the fleetingness of the human and the organic. In Quadrada, 2013, green leaves lose their organic outlines, acquiring right angles, indicating the innate versatility of every organism to adapt itself to the logic of living together with its environment.

The solo show is capped off with the video Aleph, 2013. Recorded in one of the various barren regions in the city of São Paulo, the video overlays the downtown to the city’s periphery, as it appears in a small glass sphere that slides on a woman’s arm.

In her artistic practice, Lia Chaia operates with paradoxes, blending poetic power with a tragic view of the world. Constantly re-articulating her themes and prioritizing new researches involving language, Lia Chaia offers a critical and simultaneously political look at current circumstances.

Lia Chaia: selected solo shows – Anônimo, Galeria Vermelho, São Paulo, Brazil [2010]; Rodopio, Centro Cultural Mariantonia, São Paulo, Brazil [2009]; Pelos Tubos, Ateliê Aberto, Campinas, Brazil [2007]; Entre Vias, Museo Laboratorio di Arte Contemporanea dell'Università di Roma, Roma, Italy [2006]; Experiências com o Corpo, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil [2002]. Selected group shows - Circuitos Cruzados: o Centre Pompidou encontra o MAM, Museu de Arte Moderna [MAM SP], São Paulo, Brazil [2013]; 11ª Bienal de la Habana: Praticas Artisticas e Imaginários Sociales, Havana, Cuba [2012]; Os Primeiros Dez Anos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil [2011]; Rhodislândia, Hélio Oiticica - Museu é o Mundo, Itaú Cultural, São Paulo, Brazil [2010]; Brazil Contemporary, Nederlands Fotomuseum, Rotterdam, The Netherlands [2009]; GLOW - Fórum of Light in Art and Architecture, Eindhover, The Netherlands [2008].

Posted by Patricia Canetti at 12:10 PM