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maio 24, 2017

Franklin Cassaro – As dobras no espaço-tempo por Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes

Franklin Cassaro – As dobras no espaço-tempo

FERNANDO COCCHIARALE E FERNANDA LOPES

Franklin Cassaro - Cassaro e as dobras no espaço-tempo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - 28/05/2017 a 02/07/2017

Esta exposição resume a trajetória poética de Franklin Cassaro. À primeira vista as dezenas de obras que a integram nos chamam a atenção para sua diversidade material e morfológica e não para as suas semelhanças – infláveis; recicloides; desenhos mordidos; vulvas e performances, por exemplo, não apontam para um imaginário dispersivo ou para a falta de “unidade de estilo” tão temida por alguns colecionadores e críticos

Tal diversidade, inversamente, caracteriza a produtiva inquietação que move o processo do artista, mas é importante lembrar que essas dobras do espaço-tempo processuais de Cassaro estão apresentadas com base em conceitos cosmológico-ficcionais que as tornam, durante a exposição, um único trabalho. Merece, também, destaque a relação do trabalho do artista com a tradição da escultura clássica. Moldado em barro, fundido em bronze, fruto do desbaste do mármore ou da madeira, o bloco escultórico sustenta seu volume e massa próprios, no espaço, a partir de base em que eram fixados os pés das figuras esculpidas. A densidade e resistência dos próprios materiais de que eram feitas não eram suficientes para mantê-las de pé.

Escultores modernos como Wladimir Tatlin (contrarrelevos) ou Alexander Calder (móbiles) puderam revolucionar a escultura tradicional liberando-a do peso do bloco. Amarrados por cabos em ângulos de paredes, ou flutuantes, graças ao efeito do vento sobre sua estrutura (montada em função de sua suspensão a partir de um único ponto fixo no teto), esses trabalhos lograram separar volume e massa.

Primeiramente nos infláveis e depois em toda sua obra subsequente, Cassaro investiga diferentes possibilidades de autossustentação da escultura sem quaisquer outros recursos que não os de sua materialidade. Entretanto, os materiais escolhidos para fazê-lo são de natureza diametralmente oposta àquela da solidez da pedra ou do metal.

Nessas esculturas, portanto, entranhas/superfície, esqueleto/pele são feitos da mesma matéria; feitas só de ar, só de latas de refrigerante, de papéis de alumínio ou de mordidas em papel, elas criam um solo poético comum que ancora essa real e positiva pluralidade. Franklin nunca desvincula a invenção de seus trabalhos, dos métodos, técnicas e materiais utilizados para produzi-los.

Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes
Curadoria

Posted by Patricia Canetti at 10:45 PM