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abril 25, 2015

Pedras Errantes por Isabella Lenzi e Juliana Caffé

Pedras Errantes

ISABELLA LENZI E JULIANA CAFFÉ

Zip’Up: Manuela Costalima - Pedras errantes, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 29/04/2015 a 30/05/2015

[Scroll down for English version]

Por meio de múltiplos suportes, Manuela CostaLima vem desenvolvendo uma pesquisa sobre o lugar e seu processo de significação pela experiência humana. Em uma série de trabalhos recentes, a artista realiza derivas por São Paulo em busca de elementos que partilhem sua experiência no espaço urbano. Em outras obras, explora um desdobramento desse ato de deambular e transpõe o seu caminhar para o ambiente virtual. A cidade real, antes percorrida a pé e fotografada, dá lugar à cidade mapeada pelo Google Street View.

Nessas ações, a artista busca investigar o sentido de lugar, além de questionar e trazer novos significados ao ambiente virtual, que à primeira vista se apresenta frio e desprovido de vida e memória.

Os três projetos pensados para esta exposição partem do local da galeria e tratam do caminhar como um instrumento de significação de espaços e de busca por situações que marquem sua experiência.

Logo à entrada da Zipper, a artista impõe a presença do Gabião, um objeto escultórico de grandes proporções. De uma gaiola metálica repleta de pedras britadas, destaca-se uma pedra maior que rompe a trama metálica e escapa da grelha. Vista da janela da sala da exposição, a escultura cria uma ponte entre o que está presente no espaço interno da galeria e seu tema: a cidade.

O Gabião remete a uma experiência no espaço público, e seus elementos constituintes, pedra e metal, relacionam-se diretamente à materialidade das ruas e sua simplicidade brutal. A obra cria uma espécie de barreira para o público e remete a uma tensão entre indivíduo e multidão que se materializa na dinâmica das pedras que pressionam umas às outras e rompem a tela.

O elemento concreto reaparece no espaço expositivo. Na obra Wandering rocks, as vozes da cidade habitam cubos de concreto espalhados pelo espaço expositivo. Em cada um dos cubos estão gravadas as coordenadas geográficas do início e do fim de caminhos realizados em São Paulo em que a artista capta sons e vozes. Os registros desses encontros fortuitos ressaltam pontos do ambiente urbano que adquirem memória, distinguindo-se dos demais. Em conjunto, a instalação forma um grande fluxo de consciência de uma cidade polifônica, um mapeamento sonoro e geográfico, que convida o público a percorrer o espaço urbano a partir desses múltiplos estímulos.

O som que ecoa das caixas e preenche a sala não é um registro exato de cada caminho, mas uma reconstrução a partir de elementos que marcam a memória subjetiva da artista. No ambiente permanece a essência de uma experiência de espaço público. Esse espaço também é explorado em caminhadas virtuais. A partir da tela do seu computador, a artista captura cenas congeladas da cidade e, ao forçar aproximação por meio do zoom, transforma essas imagens em planos de cor. A repetição da ação traduz seu percurso virtual e o espaço urbano para uma escala cromática que dá origem à obra Geopantone.

Como em uma escala pantone, que contém o código correspondente a cada cor, junto à cada tonalidade captada estão as informações referentes ao endereço virtual daquele lugar, contidas na barra do navegador do Google Street View. A obra propõe assim uma relação com São Paulo a partir de sua paleta de cor.

Em conjunto, os três trabalhos resgatam a essência do espaço público a partir de uma síntese pessoal da experiência vivenciada. O ruído urbano é apagado e o que permanece são instantes singulares captados; as pedras são como edificações em seu estado puro e desagregado; os geopantones representam em cor características do espaço e da paisagem.

Dessa forma, a artista contrapõe instrumentos de controle e racionalização à experiência real e humana. Por meio de uma reconstrução afetiva dos espaços percorridos, busca dar significado àquilo que é frio e desprovido de identidade e apresenta uma cidade singular.

Isabella Lenzi
Juliana Caffé
2015


Wandering Stones

ISABELLA LENZI E JULIANA CAFFÉ

Zip’Up: Manuela Costalima - Pedras errantes, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 29/04/2015 a 30/05/2015

Using multiple media, Manuela CostaLima has been developing a research about the place and its signification process through the human experience. In a series of recent works, the artist performs meanderings throughout the city of São Paulo in search of elements that share her experience in the urban space. In other works, she explores an offshoot of this act of wandering and transposes her roaming to the virtual environment. The real city, previously traveled on foot and photographed, gives way to the city mapped by Google Street View.

In these actions, the artist seeks to investigates the meaning of the place, while also questioning and bringing new meaning to the virtual environment, which at first sight appears to be cold and devoid of life and memory.

The three projects conceived for this exhibition start from the gallery site and regard the act of walking as an instrument of giving meaning to spaces and of searching for situations that mark her experience.
Right at the entrance of the Zipper Gallery, the artist imposes the presence of Gabião, a sculptural object of large proportions. From a metal cage filled with crushed rocks, a larger stone stands out, breaching the metal frame and escaping the grillage. Viewed from the window of the exhibition room, the sculpture creates a bridge between what is present in the internal space of the gallery and its theme: the city.

Gabião refers to an experiment in the public space, and its constituent elements, stone and metal, relate directly to the materiality of the streets and its brutal simplicity. The work creates a sort of barrier for the public and refers to a tension between individual and crowd which materializes in the dynamics of the stones pressing against each other and breaching through the screen.

The element of concrete reappears in the exhibition space. In the piece Wandering rocks, the city voices inhabit concrete cubes spread around the exhibition space. In each of the cubes are found engraved the geographical coordinates of the start and the end points of the routes completed in São Paulo, in which the artist captures sounds and voices. The records of these chance encounters highlight locales of the urban environment which acquire memory, distinguishing it from the others. As a whole, the installation forms a large stream of consciousness of a polyphonic city, an audible and geographical mapping, which invites the public to go through the urban space starting from these multiple stimuli.

The sound that echoes from the boxes and fills the room is not an accurate record of each route, but a reconstruction from the elements that mark the artist's subjective memory. In the environment remains the essence of an experience of public space.

This space is also explored in virtual walks. From your computer screen, the artist captures frozen scenes of the city and, by zooming in, transforms these images into color planes. The repetition of the action translates this virtual route as well as the urban space into a chromatic scale that gives rise to the piece Geopantone.
As in a pantone color chart, which contains a code corresponding to each color, next to each captured tone is the information about the virtual address of that place, contained in the Google Street View browser bar. The work thus proposes a relationship with São Paulo starting from its color palette.

Together, the three works restore the essence of the public space starting from a personal synthesis of a real experience. The urban noise is cleared and what remains are singular captured moments; the rocks are like buildings in its pure and unbound state; the geopantones represent in color the characteristics of the space and of the landscape.

Thus, the artist contrasts control and rationalization instruments with the real and human experience. Through an affective reconstruction of covered spaces, she seeks to give meaning to that which is cold and devoid of identity, and presents a unique city.

Isabella Lenzi
Juliana Caffé
2015

Posted by Patricia Canetti at 11:55 AM