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setembro 28, 2007

Catálogos MAMAM: Desenhos, de Gil Vicente

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Catálogos MAMAM: Desenhos, de Gil Vicente

Preço: R$ 45 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 23 x 28 cm
Nº páginas: 87
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 585g
Edição bilíngüe: português/inglês
Textos: Agnaldo Farias, Marcus Lontra, Moacir dos Anjos
Projeto gráfico: Módulo Design & Ilustração
Fotos: Flávio Lamenha
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto de Agnaldo Farias

O desenho é grande, por volta de um metro e meio por um e setenta. Para realizá-lo, o artista dividiu p papel em seis pedaços iguais. Um papel espesso e resistente, capaz de suportar as sucessivas camadas de nanquim com as quais ele era empapado. Bastante poroso também. O nanquim escorria pela sua superfície e infiltrava se em seus alvéolos, como se quisesse apagar desde dentro, do âmago, a luz branca e intensa que de lá se elevava.

O processo continha poucos passos e o artista levava-o desenvolto, sem se alhear do movimento em volta, um pouco ao ritmo da música que aumentava o calor já grande daquela hora, consciente dos funcionários que por ali trançaram desempenhando suas tarefas, sem deixar de dar atenção ao amigo que veio visitá-lo e que desfiava piadas recostado no batente da porta para melhor aproveitar a brisa inexistente Com a atenção bifurcada entre dentro e fora don trabalho que estava executando, ele definitivamente não possuía a parentesco com a imagem romântica do artista atormentado, para quem a solidão e o silêncio são os únicos companheiros aceitáveis. De quando em quando, aplicava com destreza pinceladas largas, carregadas de nanquim, justapostas, até recobrir toda a área previamente pintada. Em seguida, buscando uma difusibilidade maior do nanquim, borrifava todo o papel até quase encharcá-lo. Depois, sem amainar a conversa, esperava-o secar. Avaliava então o resultado e reiniciava o processo.

Posted by João Domingues at 2:00 PM

setembro 24, 2007

Catálogos MAMAM: 2000-1

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Catálogos MAMAM: 2000-1
Alexandre Nóbrega, Betânia Luna, Carlos Mélo, Eudes Mota, Flávio Emanuel, Giovanna Pessoa, Ismael Portela, Marcelo Coutinho, Marcelo Silveira, Oriana Duarte, Paulo Meira

Preço: R$ 8 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 23 x 23 cm
Nº páginas: 36
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 210g
Textos: Betânia Luna, Fernando Cocchiarale, Flávio Emanuel, Marcus de Lontra Costa, Marcelo Coutinho, Moacir dos Anjos, Tadeu Chiarelli
Projeto gráfico: Cuadro design
Fotos: Elpídio Suassuna, Flávio Lamenha, Hans Manteuffel
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife

Fragmento do texto Outras palavras, de Marcus de Lontra Costa

Trata-se de reivindicar a ocupação de um espaço institucional pela ação inevitavelmente contestadora da arte contemporânea. Trata-se de reconhecer a pertinência da dúvida, inquietude do gesto, o desafio, o abismo. Trata-se de criar uma nova ordem em meio ao caos, construindo um corpo tangível que dialogue entre os suores, entre os olhares. Esse seu olhar, quando encontra o meu, fala de umas coisas que não posso acreditar...

A geografia, se existe, não se justifica pela tatuagem. Ela supera a epiderme, penetra, invade, contamina as víceras. A cicatriz é apenas o registro interno dessa incisão num corpo, num Ser, numa existência. Todos trazemos em nosso próprio corpo as marcas de todas as histórias vividas, sentidas, pressentidas. Elas são o raio de nossas estranhas geometrias. Quero ficar no teu corpo feito tatuagem, que é pra te dar coragem...

Posted by João Domingues at 4:24 PM

Catálogos MAMAM: Gravuras Engravings, de Alexandre Nóbrega

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Catálogos MAMAM: Gravuras, de Alexandre Nóbrega

Preço: R$ 11 + correio

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Formato fechado: 21 x 27 cm
Nº páginas: 28
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 205g
Edição bilíngüe: português/ inglês
Textos: Moacir dos Anjos
Tradução: Alquimia
Fotos: Elpídio Suassuna, Flávio Lamenha, Rômulo Fialdini
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife

Fragmento do texto Dez pedaços de um território vasto , de Moacir dos Anjos

São dez gravuras e dez teorias. A ambição de que expliquem o universo, anunciada no título da obra, não deve ser tomada por desmedida. Nem por sua suposta amplitude nem por subverter os termos usuais de reconhecimento do que é portador de estatuto teórico e científico. Já na primeira Teoria, Alexandre Nóbrega fornece indicações dos limites simbólicos que estabelece como fundadores desses novos trabalhos e demarcadores de seu alcance: ao esboçar a imagem de uma figura humana no centro do espaço gravado, parece sugerir que é a partir do homem que o universo ao qual se refere se organiza. 0 fato de que em diversas outras teorias/ gravuras se encontrem imagens que são recorrentes nas suas pinturas/ desenhos revela, ademais, que o escopo do universo que investiga é aquele que ele próprio inventa, por meio de seus trabalhos, no decorrer do tempo.

Mesmo munido dessa chave explicativa não cabe avançar, por meio do uso da palavra, interpretações sobre os sentidos de cada uma das teorias. Fazê-Io significaria objetar o poder cognitivo que elas declaram possuir e contestar sua capacidade de, prescindindo de quase todo o resto, afirmar a visualidade como o campo privilegiado de conhecimento que rege o processo criativo do artista.

Posted by João Domingues at 3:32 PM

Catálogos MAMAM: Gilvan Samico

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Catálogos MAMAM: Gilvan Samico

Preço: R$ 17 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 11 x 17 cm
Nº páginas: 84
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 98g
Textos: Agnaldo Farias, Ariano Suassuna, Ferreira Gullar, Frederico Morais, Moacir dos Anjos, Weydson Barros Leal
Projeto Gráfico: Zoludesign
Fotos: Breno Laprovítera
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife

Fragmento do texto O outro lado do rio, de Moacir dos Anjos

Em cada xilogravura de Gilvan Samico há o sinal do aprendizado que matura e se assenta. Nas primeiras, feitas ainda na década de 1950, era clara a presença dos mestres do ofício escolhido - Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi -, dos quais recebeu lições diversas: do primeiro, a autonomia gráfica e a exuberância do traço: do segundo, o uso contido da cor e do espaço. Lições que, nesse período formativo, serviram à representação de seu entorno provisório (São Paulo inicialmente, depois Rio de Janeiro) ou de lugares distantes lembrados (Recife, sobretudo). Deixando-se levar, alternadamente, pela força dos ensinamentos que herdou - ou combinando-os, de modo singular, em uma mesma imagem -, soube, com inventividade e rigor, depois transmudá-los em linguagem nova. Transformação que se dá no início do decênio seguinte, quando o artista confronta as técnicas adquiridas com o universo criativo do romanceiro popular do nordeste do Brasil.

Posted by Leandro de Paula at 3:14 PM | Comentários (1)

setembro 17, 2007

Catálogos MAMAM: Carlos Mélo e Elida Tessler

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Catálogos MAMAM: Carlos Mélo e Elida Tessler
MAMAM no Pátio

Preço: R$ 11 + correio

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Formato fechado: 15 x 18 cm
Nº páginas: 16
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 37g
Fotos: Flávio Lamenha
Textos de Ana Luisa Lima, Joana D'arc de Spusa Lima e Júlia Rebouças
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife

Fragmento do texto A vida [somente no pátio] modo de usar, de Ana Luisa Lima

Parece que a obra de arte desde que deixou a bidimensionalidade e expandiu-se no espaço criou um hiato entre ela e público. Nem tão óbvia, nem tão obscura, a arte contemporânea apenas requer um pouco mais de esforço por parte dos seus perscrutadores. A liberdade na forma e conteúdo da linguagem da arte-agora tornou os parâmetros mais elásticos, exigindo que o observador seja cada vez mais cuidadoso. Quando for se deparar diante de uma obra, objeto, ambiente de arte, aquele olhar estático e imediato já não será suficiente para absorver este novo modelo.

A artista gaúcha Elida Tessler produz obras que se entranham. Aproximar-se de uma proposta como a dela requer uma outra instância de percepção da arte que permita enxergar a obra não como um trabalho singular com significado encravado em si mesmo, mas como parte de uma trajetória: o como ela foi feita, quando e por quem.

Posted by João Domingues at 4:40 PM

setembro 14, 2007

Catálogos MAMAM: Hanging

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Catálogos MAMAM: Hanging
Alejandra Icaza, Alessandro Raho, Beatriz Milhazes, Christian Schumann, Elizabeth Peyton, Franz Ackerman, Hiroshi Sugito, Nicola Tyson, Richard Phillips, Sean Landers

Preço: R$ 8 + correio

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Formato fechado: 16 x 22 cm
Nº páginas: 24
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 89g
Edição bilíngüe: português/inglês
Texto: Márcia Fortes
Organização: Paço Imperial - MinC / Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto Hanging out, de Márcia Fortes

Minha função é definir e, ao mesmo tempo, preservar a indefinição. hanging é uma compilação de obras feitas por dez jovens artistas, vindos de distintos pontos do globo - Ásia, Europa, Américas do Norte e SuI. Sem fronteiras geográficas, temáticas ou estilísticas, hanging é um amálgama das sensibilidades que compõem a paisagem da mais recente pintura contemporânea.

São artistas que escolheram pintura como uma opção sobre outras mídias dominantes, como fotografia, vídeo, ou instalação, Existem todos esses outros meios para se comunicar com uma audiência criada pela televisão, propaganda e informação global. Mas o desejo básico de fazer uma pintura ainda está aqui. É um antídoto intimista, por exemplo, para todas essas atividades de grupo que vêm acontecendo nos últimos anos - movimentos de sexo, raça, identidades genéricas. Pintar é a coisa mais solitária que se pode fazer.

Posted by João Domingues at 2:06 PM

Catálogos MAMAM: Adoração, de Nelson Leirner

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Catálogos MAMAM: Adoração, de Nelson Leirner

Preço: R$ 40 + correio

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Formato fechado: 16 x 22 cm
Nº páginas: 140
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 285g
Edição bilíngüe: português/inglês
Texto: Moacir dos Anjos
Entrevista: Adolfo Montejo Navas, Agnaldo Farias, Moacir dos Anjos
Tradução: Sarah Bailey
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto Adoração, de Moacir dos Anjos

Logo no início do romance O Jogo da Amarelinha, seu autor, Julio Cortázar, faz uma advertência aos leitores: o que eles têm nas mãos não é um livro apenas, mas muitos. Para provar seu intento criativo sugere, ele mesmo, duas possibilidades de leitura. A primeira seria lê-lo na forma corrente até o capítulo 56 e prescindir dos 99 restantes, sem prejuízo da construção de um sentido para o que havia escrito. A segunda forma de ler o livro seria inicia-lo já no capítulo 73, daí passar para o 1,o 2,o 116, etc., seguindo uma ordem indicada ao fim de cada um dos 155 capítulos. Há ainda, contudo, o desejo implícito de que o próprio leitor "crie" outros livros, articulando os capítulos de modos distintos ou suprimindo parte deles, alterando, com isso, o significado dos acontecimentos narrados e a reação dos personagens a essas novas situações.

A extensa obra de Nelson Leirner também não é somente uma, mas muitas. Há nela sentidos diversos que se sobrepõem ou se apartam no tempo. Sentidos que são postos à luz ou mantidos em sigilo a depender de quais trabalhos são dados a ser vistos e de que maneira são articulados entre si pelo artista. Ao longo dos anos, alguns desses significados foram mostrados em exposições amplas e discutidos em publicações de caráter antológico ou retrospectivo. Em outras ocasiões, apenas fragmentos de sua obra foram exibidos, fazendo alusões fortes, contudo, aos sentidos possíveis que o conjunto de seus trabalhos possui.

Posted by João Domingues at 11:04 AM | Comentários (1)

setembro 13, 2007

Catálogos MAMAM: Armazém do Tudo, de Marcelo Silveira

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Catálogos MAMAM: Armazém do Tudo, de Marcelo Silveira

Preço: R$ 42 + correio

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Formato fechado: 17 x 20 cm
Nº páginas: 116 / capa dura
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 457g
Edição bilíngüe: português/francês
Texto: Moacir dos Anjos
Tradução: François Tardieux
Projeto gráfico: Martinho Patrício e Valquíria Farias
Fotos: Flávio Lamenha, Jailton Moreira, Manoel Veiga, Wilton Montenegro
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto Armazém do Tudo, de Moacir dos Anjos

A obra de Marcelo Silveira expressa, desde quase o seu início, a natureza imprecisa e híbrida da produção visual contemporânea, em que os meios se misturam e o espaço da produção artística se confunde com o âmbito alargado da cultura. Embora se deixe, em contato ligeiro, classificar como escultura, parte significativa dela não cabe nas convenções que demarcam o campo escultórico,esgarçando mais ainda as fronteiras, há muito já frágeis, que apartam esse campo dos terrenos da pintura, do desenho ou da instalação. Trabalhos de épocas distintas tipificam, de formas as mais diversas, esse desconforto de origem que anima a produção do artista. Ainda na primeira metade da década de 1990, Marcelo Silveira fez peças esculpidas em madeira e recobertas com caulim,interferindo na argila clara (riscando-a e apondo-Ihe pequenas peças de metal) de modo a realçar suas nuances cromáticas. Embora já deixasse evidente, nesses trabalhos, o seu interesse pela criação tridimensional (e o pouco apego à representação), também neles incorporava, sem hierarquais claras, as informações sobre pintura que trazia do lugar (Recife) e do momento (década de 1980) em que primeiro se formara como artista. Também exemplares sobre a indistinção dos meios que emprega são os muitos objetos de arame retorcido e enrolado, por ele chamados de Rabiscos [1994], nos quais se aliavam uma inequívoca autonomia como objetos e a sugestão de serem, como o título indica, riscos efêmeros com que parecia querer desenhar no espaço o que não caberia em qualquer superfície. Noutro trabalho de classificação ambígua [Cajacatinga, 1997], Marcelo Silveira recorta, Iixa e fura diversos e pequenos pedaços de madeira, atravessando-os depois com fios de arame e prendendo-os à parede em linhas paralelas. Assim dispostos, evocam sinais caligráficos desconhecidos que poderiam, em potência, construir quaisquer vocábulos sobre o pIano onde estão atados; assemelham-se também, contudo, a traços feitos em madeira que esperam somente a vontade do artista para transmutar-se em formas decididamente tridimensionais. Nesse inventário de construções incertas, inclui-se o objeto alongado que, feito um pouco mais tarde e esculpido igualmente em madeira, serve de molde para desenhos realizados diretamente sobre a parede, onde o próprio objeto é afixado, por fim, como parte do trabalho.

Posted by João Domingues at 12:20 PM

Catálogos MAMAM: Sandra Cinto

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Catálogos MAMAM: Sandra Cinto

Preço: R$ 11 + correio

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Formato fechado: 15 x 18 cm
Nº páginas: 12
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 35g
Texto: Moacir dos Anjos
Projeto gráfico: Zolu design
Fotos: Flávio Lamenha
Exposição: 22 de maio a 31 de agosto de 2003
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto A salvação dos restos, de Moacir dos Anjos

Ao longo já de alguns anos, Sandra Cinto inventaria o que não está mais (ou ainda) ao seu alcance, expressão de vontade utópica e postura ética de opor-se à perda das coisas do mundo. Fiel a esse intento, a sala onde instala o seu trabalho desperta a impressão vaga do reconhecimento ou rememoração nebulosa do que foi já vivido em outro canto. Com as paredes cobertas por um tom sossegado de verde antigo, o ambiente se enche de luz e prepara os sentidos para a travessia temporal que os elementos nele dispostos sugerem ao visitante.

Sobre pautas musicais - lugar onde se anota o tempo - , a artista desenha imagens saídas do repertório conciso de símbolos que povoam a sua produção: escadas que dão acesso ao nada, pontes que vão a lugar nenhum, velas acesas, candelabros, árvores sem folhas ou frutos, balanços. Afixando fotografias dessas intervenções gráficas sobre as paredes da sala, Sandra Cinto transborda, em seguida, os traços delgados ali feitos para além dos limites dos papéis fotografados: ocupa o espaço quase inteiro com imagens reconhecíveis de experiências sensíveis sem engendrar - deslocadas que elas estão de toda causalidade ou ordem narrativa alguma.

Posted by João Domingues at 12:14 PM

setembro 12, 2007

Catálogos MAMAM: Martinho Patrício

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Catálogos MAMAM: Martinho Patrício

Preço: R$ 8 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 15 x 21 cm
Nº páginas: 12
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 61g
Edição bilíngüe: português/inglês
Texto: Moacir dos Anjos
Tradução: Maria das Vitórias de Lima
Projeto gráfico: Zolu design
Fotos: Flávio Lamenha
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto O Tecido Como Abrigo, de Moacir dos Anjos

Os objetos de Martinho Patrício reunidos nessa mostra são feitos quase de tecidos somente: veludo, cetim ou linho; alguns lisos. outros tramados em bicos, crepes ou rendas São trabalhos representativos de pouco mais de dez anos de atividade, nos quais o artista criou uma obra singular na arte brasileira contemporânea. Tendo iniciado, na segunda metade da década de 1980, como pintor fortemente influenciado por diversos matizes da arte construtiva (suprematismo, arte concreta, neoplasticismo), logo se deixou impregnar pelo acento forte das coisas que o cercam em seu lugar de origem (Paraíba), promovendo o amolecimento gradual da rigidez construtiva diante da maciez da matéria eleita para uso. Atualiza e expande, assim, o projeto neoconcreto brasileiro, o qual buscava contrapor-se à exacerbação racionalista da arte e torná-la em algo perto da experiência vivida.

A utilização do tecido como suporte privilegiado desses trabalhos se ancora em referências fortes do cotidiano do artista, desde cedo cercado por um repertório variado de formas litúrgicas e lúcidas feitas de engenho e pano. Embora próximas a formas construtivas cultas, essas outras formas não são fixas ou rijas, cedendo ao sopro do vento e à proximidade do corpo humano.

Posted by João Domingues at 11:39 AM

setembro 11, 2007

Catálogos MAMAM: Inventário, de Emil Forman

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Catálogos MAMAM: Inventário, de Emil Forman

Preço: R$ 17 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 15 x 18 cm
Nº páginas: 16
Impressão: offset, 4 x 4 cores
Peso: 45g
Texto: Ileana Pradilla Cerón
Projeto gráfico: Zolu design
Fotos: Flávio Lamenha
Exposição: 11 de maio a 9 de julho de 2006
Organização: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM, Prefeitura do Recife


Fragmento do texto Emil Forman | Inventário, de Ileana Pradilla Cerón

Ainda adolescente, Emil Forman costumava ocupar espaços de sua casa com seu universo imaginário. Acumulações e montagens non sense de objetos encontrados ou apropriados, invadiam o seu quarto e outros ambientes do apartamento da família, alterando esses locais, usualmente devotados à privacidade doméstica. Igualmente, desde a sua primeira exposição individual, em 1973, com apenas 19 anos, Emil começou a ocupar o espaço público da arte com o seu mundo particular, expondo objetos familiares, imagens do seu próprio quarto, fotografias de sua mãe. a sua intimidade, enfim, subtraindo Ihe o seu caráter reservado.

Aparentemente alheias aos movimentos transgressores da contracultura, que marcaram a década de 1970; longe também das atitudes mais ruidosas de protesto contra a situação política do país, naquele momento, essas operações de deslocamento e emaranhamento dos espaços público e privado, propostas por Emil, não deixavam de ser, entretanto, procedimentos perturbadores da ordem. Embora não necessariamente inovadores (deslocamentos em arte acontecem, pelo menos, desde Duchamp e o dadaísmo) eram suficientemente contundentes, porém, para criar estranhamento num mundo pouco vulnerável à surpresa estética.

Posted by João Domingues at 12:04 PM