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janeiro 27, 2006

Gilberto Gil defende a internet como ferramenta de criação cultural

Gilberto Gil defende a internet como ferramenta de criação cultural

Matéria da Agência EFE, originalmente publicada no Globo Online do dia 24 de janeiro de 2006

BRUXELAS - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu nesta terça-feira, no Parlamento Europeu, o uso da internet como ferramenta de criação cultural e reclamou o direito da liberdade de acesso à rede e a privacidade dos usuários. Os princípios são amparados pela Carta dos Direitos da Internet, um documento que o ministro apresentou em conjunto com a co-presidente do grupo dos Verdes, a italiana Monica Frassoni, e com o eurodeputado Umberto Guidoni.

- Como cidadão e artista, acredito ser muito importante para nossa geração garantir o acesso às novas ferramentas de criação que a internet nos oferece - disse Gil.

Defensor do livre acesso à música e aos vídeos pela rede mundial, o ministro disse vislumbrar para daqui a dez anos uma liberdade total na utilização da internet. Ressaltou também que a internet "representa hoje uma poderosa ferramenta de conhecimento", que "põe milhões de livros gratuitamente à disposição de cidadãos nas bibliotecas virtuais e permite o intercâmbio de culturas regionais".

Gil reafirmou a crescente importância do Brasil no cenário mundial, colocando-se à frente de uma série de iniciativas internacionais no campo da cultura, atribuída à política social, como a que pretende estender às populações de baixa renda o acesso à internet.

- Nosso governo está decidido a promover a inclusão social no Brasil por meio da cultura. Estamos trabalhando para realizar meu sonho de fazer a cultura acessível às favelas e a outros setores excluídos - afirmou o ministro.

No entanto, ele afirmou que a cobrança do acesso deve ser realizada de forma regular e que "considere todos os aspectos e as opiniões dos grupos interessados, sempre sem perder o equilíbrio em relação às necessidades comuns".

Da sua parte, o deputado europeu Umberto Guidoni lembrou dos problemas que surgiriam com o controle da rede e da privacidade dos usuários por monopólios.

- A sociedade de informação deve ser acessível a todos, já que é um instrumento de emancipação e desenvolvimento. Por isso é hora de discutirmos formas de regular a internet - disse ele.

Elaborada por personalidades da União Européia e das Nações Unidas e amplamente respaldada pelo governo brasileiro, a Carta dos Direito da Internet é também uma clara manifestação contra alguns governos que censuram a internet e vigiam seus usuários, como é o caso de China e Tunísia.

"É tempo de firmar alguns princípios como parte da nova cidadania planetária. Só o pleno respeito desses princípios constitucionais nos permitirá alcançar o equilíbrio democrático com a exigência da segurança, do mercado e da propriedade intelectual", afirma o documento.

A iniciativa aconteceu durante as reuniões do encontro mundial da sociedade da informação, realizada na Tunísia em novembro do ano passado. Por isso a carta leva o nome de "Tunísia, meu amor".

- Essa é a nossa resposta à grande luta que travamos com as companhias de software e à necessidade de frear suas ambições - afirmou a co-presidente do grupo dos Verdes, Monica Frassoni.

Os promotores da iniciativa pretendem aprofundar a discussão sobre o tema na reunião latino-americana da União Européia, que será realizada em maio, em Viena.

- O que pode mudar a partir dessa discussão eu não sei.Mas sei que devemos fazer nosso trabalho e lutar pela liberdade de informação. Estamos mudando toda a área cultural. E a internet é fundamental nesse processo - disse o ministro brasileiro.

Posted by João Domingues at 1:47 PM

janeiro 19, 2006

Número de usuários residenciais da internet cresceu 12,4% em um ano. Tempo de navegação subiu 34%, por Ronaldo D'Ercole

Número de usuários residenciais da internet cresceu 12,4% em um ano. Tempo de navegação subiu 34%

Matéria de Ronaldo D'Ercole, originalmente publicada no jornal O Globo, seção Economia, no dia 17 de janeiro de 2006

SÃO PAULO - O número de usuários residenciais da internet em dezembro foi 12,4% maior que o do mesmo mês de 2004. Os 12,2 milhões de pessoas que acessaram de casa a internet navegaram em média 17 horas e 59 minutos durante o mês passado, um aumento de 34% sobre as 13 horas e 34 minutos de navegação média de um ano antes.

De acordo com o Ibope Inteligência, que faz esse levantamento, o Brasil continua liderando o ranking de tempo de uso da internet entre 11 países pesquisados: Estados Unidos, Japão, Austrália, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, além do Brasil.

- Quem usa conexões rápidas costuma navegar mais tempo e realizar mais tarefas do que o usuário que usa linha discada e, hoje, cerca de 62% dos internautas ativos residenciais têm banda larga - explica o coordenador de análise do Ibope Inteligência, Alexandre Sanches Magalhães.

Na comparação anual, em termos de número de usuários, todas as categorias apresentaram crescimento, exceção feita a Ocasiões Especiais, que ficou estável. Os maiores aumentos percentuais foram: Viagens e Turismo (93%), Casa e Beleza (67%), Família e Estilo de Vida (48%), Governo e Empresas Sem Fins Lucrativos (44%), Educação e Carreira (39%), Automóveis (39%), Informações Corporativas (38%) e Notícias e Informações (33%).

Posted by João Domingues at 12:13 PM

janeiro 4, 2006

França aprova lei antiterror que vigia Internet, Terra Tecnologia

França aprova lei antiterror que vigia Internet

Matéria da Agência AFP, originalmente publicada no Terra Tecnologia, no dia 22 de dezembro de 2005

O Parlamento francês aprovou definitivamente hoje uma lei antiterrorista que intensifica os dispositivos existentes e aumenta, entre outras coisas, o número de câmaras de vídeo de vigilância e o controle das conversas pela Internet.

O projeto de lei, que recebeu 202 votos a favor e 122 contra, foi apresentado pelo ministro do Interior e número dois do governo, Nicolas Sarkozy. O texto já havia sido votado separadamente nas Câmaras Baixa (Assembléia Nacional) e Alta (Senado).

A esquerda socialista e comunista se opôs ao texto por consider o mesmo uma "grande ameaça para as liberdades fundamentais invididuais".

Entre outros, o projeto de lei prevê o desenvolvimento da vigilância através de câmeras de vídeo nos transportes públicos e nos arredores das estações, assim como nos centros comerciais e nos locais de culto.

Outro ponto importante do projeto se refere à conservação durante um ano dos dados relacionados a ligações por telefonos móveis e por Internet, incluindo as realizadas a partir de cibercafés.

Também eleva de quatro para seis dias a duração da prisão preventiva para suspeitos de delitos terroristas.

Posted by João Domingues at 11:39 AM