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RJ/SP Dora Longo Bahia na Leme / Daros Latinamerica no Rio, por Luiz Camillo Osorio
ANO 7 - N. 88 / 6 DE AGOSTO DE 2007

NESTA EDIÇÃO:
Luiz Monken na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
Projeto TechNô: Amilcar Packer, André Parente, Katia Maciel, Ricardo Carioba no Oi Futuro, Rio de Janeiro
Projeto Circuito Novos Artistas: 2007 Uma Odisséia No Parque... na EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Rosa Oliveira na Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro
Alice Shintani e Renata Tassinari na Virgilio, São Paulo
Dora Longo Bahia na Leme, São Paulo
CURSOS E SEMINÁRIOS  Oficinas de arte - 2º semestre - E.D.E.Nº343, São Paulo
ARTE EM CIRCULAÇÃO  Daros Latinamerica no Rio, por Luiz Camillo Osorio

CANAL INFOS&LINQUES




Luiz Monken - Meu Negro Meu Madeira Meu Mamoré

Luiz Monken
Sobrevôos

8 de agosto a 6 de setembro de 2007

Mercedes Viegas Arte Contemporânea
Rua João Borges 86, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2294-4305 ou galeria@mercedesviegas.com.br
Segunda a sexta, 14-19h; sábados, 16-20h

Sobre a exposição

Enviado por Produção Mercedes Viegas - Mariana Veluk producao@mercedesviegas.com.br
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Amilcar Packer - Vídeo #04

Projeto TechNô
Amilcar Packer, André Parente, Katia Maciel, Ricardo Carioba

Curadoria de Alberto Saraiva

8 a 26 de agosto de 2007

Espaço Cultural Oi Futuro
Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-3131-3060
www.oifuturo.org.br
Terça a domingo, 11-20h
Realização: Oi Futuro

Sobre as exposições

Sobre os artistas

Enviado por Marcio Batista marcio.batista@oifuturo.org.br
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Projeto Circuito Novos Artistas
2007 Uma Odisséia No Parque...
Adriana Macedo, Alan Rodrigues, Alexandre Hypólito, Bruno Miguel, Cadu D`Oliveira, Camila Rocha, Daniel Bardusco, Diana Marth, Eduardo Tristão, Eri Corrêa, Flavia Metzler, Frederico Motta, Gabriela Mureb, Gabriele Lemanski, Gisela Milman, Guilherme de Mattos, Ilcio Lopes, Ivana Monteiro, João Penoni, Leonardo Ayres, Mel Guerra, Ophélie Dorgons, Pontogor,Sandra Schechtman, Sérgio Torres, Tiago Primo, Victor Saveno

7 de agosto, terça-feira, 19h

Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ
21-2538-1878 / 1091
www.eavparquelage.org.br
Segunda a quinta, 9-22h; sexta a domingo, 10-17h
Exposição até 16 de setembro de 2007
Em sua terceira edição, o Circuito Novos Artistas tem como proposta divulgar a produção recente dos trabalhos realizados pelos alunos do curso Arte Hoje, ministrado por Bob N e Marcio Botner
A cada terça-feira haverá um novo grupo se apresentando nos dias, já que a mostra será apresentada em seis etapas com a duração de uma semana cada uma
No dia 9 de agosto, às 19h, haverá uma palestra com Alexandre Sá e Claúdia Saldanha, para discutir as possibilidades da produção contemporânea

Enviado por Maria da Gloria Lampreia mlampreia@uol.com.br
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Rosa Oliveira
Prata

8 a 31 de agosto de 2007

Galeria Anna Maria Niemeyer
Rua Marques de São Vicente 52 loja 205, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2239-9144 / fax 21-2259-2082 ou galamn@centroin.com.br
www.annamarianiemeyer.com.br
Segunda a sábado, 10-22h

Enviado por Galeria Anna Maria Niemeyer galamn@centroin.com.br
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Alice Shintani - Quimera 3, por Sergio Guerini

Alice Shintani
Quimera

Renata Tassinari

8 de agosto, quarta-feira, 20h

Galeria Virgilio
Rua Dr Virgilio de Carvalho Pinto 426, Pinheiros, São Paulo - SP
11-3062-9446 / 11-3061-2999 ou artevirgilio@uol.com.br
www.galeriavirgilio.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábados, 10-17h
Exposições até 1 de setembro de 2007

Sobre a exposição de Renata Tassinari

Leia o texto crítico sobre a exposição de Alice Shintani, de Guy Amado, no Blog do Canal

Leia o texto crítico sobre a exposição de Renata Tassinari, de Taísa Helena P. Palhares, no Blog do Canal

Veja o portfolio de Renata Tassinari no Canal Contemporâneo

Enviado por Silvia Balady baladycom@gmail.com
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Dora Longo Bahia
7 pecados capitais + 92 delitos veniais

8 de agosto, quarta-feira, 19h

Galeria Leme
Rua Agostinho Cantu 88, São Paulo - SP
11-3814-8184 ou info@galerialeme.com
www.galerialeme.com
Segunda a sexta, 10-19h; sábados, 10-17h
Exposição até 6 de setembro
Realização: Galeria Leme e a Galeria Luisa Strina

Sobre a exposição

Enviado por Galeria Leme info@galerialeme.com
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Oficinas de arte - 2º semestre
A Ilustração de Livros; Arte Contemporânea: Conservação e Prevenção; Discussões sobre curadoria e montagem de exposições; Grupos de acompanhamento de processos artísticos; Jornalismo cultural: percepção e proposição; O curso do texto - Da escrita cotidiana à criação literária; Teoria da Arte: Moderno & Contemporâneo

Inscrições abertas

Espaço de Experimentação Nº 343 - E.D.E.Nº343
Rua Mario Amaral, 343, Paraíso, São Paulo - SP
11-3885-0440 ou eden343@uol.com.br
www.eden343.com.br
Coordenação: Tania Rivitti e Juliana Monachesi

Veja a programação das oficinas e publique seu comentário no Cursos e Seminários

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ARTE EM CIRCULAÇÃO
Daros Latinamerica no Rio

LUIZ CAMILLO OSORIO

A coleção Daros da Suíça abrirá no Rio de Janeiro um espaço monumental onde além de mostrar sua coleção desenvolverá um forte projeto educacional, aliado a biblioteca, residência de artistas, workshops e seminários. Em um imóvel do século XIX adquirido da Santa Casa e que foi usado durante anos como colégio, entre os bairros de Botafogo e Copacabana, na zona sul carioca, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha redesenha o espaço arquitetônico para acomodar as múltiplas atividades artístico-educacionais a serem desenvolvidas pela futura Casa Daros. A idéia norteadora é a de ser uma casa de encontro e de formação, reunindo não só as obras, mas os artistas, críticos, curadores e o público em geral. A qualidade da coleção e as possibilidades de curadoria dentro dela, certamente ajudarão. O fato de ser uma instituição suíça, com tradição de projetos de longa duração e com orçamento regular, é uma esperança de que não repetiremos a fórmula, tão brasileira, de belas idéias e boas intenções, porém com pouca dotação orçamentária e nenhuma continuidade.

A história de colecionismo da Daros teve início nos anos 80, através de Alexander Schmidheiny, junto ao galerista suíço Thomas Ammann, tendo como foco a produção norte-americana do pós-guerra. Com a sua morte em 1992, o irmão Stephan Schmidheiny iria assumir a coleção e criar a Fundação que logo depois se denominaria Daros. Este industrial, responsável pela criação do Conselho Mundial de Desenvolvimento Sustentável, vai desdobrar a coleção com o segmento de arte da América Latina no ano 2000 - que hoje já conta com cerca de mil obras. Quem passaria a dirigir este segmento e decidir sobre as aquisições seria Hans-Michael Herzog. Atualmente ele é o diretor das duas coleções, o que irá naturalmente facilitar o desejado diálogo, criando projetos comuns que tendem a fortalecê-las. Está prevista para Outubro de 2007, por exemplo, a primeira parte da exposição intitulada “Face to Face”, na sede de Zurich, que se propõe a discutir a arte conceitual internacional e latino-americana, juntando as duas coleções e destacando as especificidades e paralelismos entre elas. Este contágio promete abrir possibilidades interpretativas do maior interesse.

É sabido que as divisões geográficas não são muito produtivas para a compreensão das singularidades artísticas. Daí que pode sempre soar redutora a definição de uma coleção como latino-americana. No entanto, a idéia desde o começo foi de reunir segmentos contemporâneos da produção continental que estivessem em diálogo aberto com os movimentos internacionais, apostando, acima de tudo, que as diversidades culturais criariam atritos e tensões interessantes para uma compreensão heterogênea do mundo atual. Como observou o crítico Keith Wallace em texto sobre a coleção por ocasião de uma exposição no Canadá, “a Daros-Latinamerica é uma coleção ao mesmo tempo subjetiva e especializada - ela é jovem, exploratória e focada. Inclui vários nomes internacionais, assim como artistas conhecidos apenas dentro dos seus respectivos países e regiões”1. A combinação de gerações e a particularidade de ser ao mesmo tempo focada e exploratória são elementos a se destacar nesta coleção.

Leia a continuação e publique o seu comentário no Arte em circulação

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TEXTOS DO E-NFORME

Luiz Monken na Mercedes Viegas

O artista carioca Luiz Monken, mostrará uma série de 34 obras inéditas, realizadas nos dois últimos anos. Azulejos brancos riscados e cortados juntam-se para formar os objetos “desenhos cicatrizes”, denominação dada pelo crítico Márcio Doctors. Algumas obras apresentam-se quase planas, apenas com linhas executadas através de incisões na sua superfície. Outras se expandem no espaço através da superposição em camadas do material quebrado, formando relevos consideráveis.

Para complementar e dialogar com os novos trabalhos, Monken fará uma remontagem da instalação “Meu Negro Meu Madeira Meu Mamoré”, criada em 1997 e exposta no XVI Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM do Rio de Janeiro. As 54 pecas, esculpidas em madeira, depois de carbonizadas, serão dispostas no piso da galeria formando uma lâmina negra com características de superfície liquida.

Tanto nos desenhos e volumes, quanto na instalação, são evidentes a sugestão de espaços paisagísticos, os movimentos de águas, pedras, que são percebidos por uma visão aérea do observador. Característica presente em toda a obra do artista. Surgindo daí o nome da exposição: Sobrevôo

Os trabalhos são criados a partir de milhares de fragmentos de ladrilhos e carvão, provenientes de sobras de obra civil, sendo racional e cuidadosamente agrupados dando origem a objetos que variam de tamanho, cor, textura e disposição. Luiz Monken realiza através de resíduos da destruição uma nova construção, cujo resultado final ele mesmo denomina poeticamente de “paisagens geométricas”.

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Projeto TechNô: Amilcar Packer, André Parente, Katia Maciel, Ricardo Carioba no Oi Futuro

O Oi Futuro apresenta exposições individuais de Amilcar Packer, André Parente, Kátia Maciel e Ricardo Carioba – artistas de gerações e trajetórias muito distintas, mas que têm em comum a utilização de mídias digitais. As exposições fazem parte do projeto TechNô, uma iniciativa que pretende dar ao público a oportunidade de conhecer melhor a produção contemporânea.

Com concepção e curadoria de Alberto Saraiva, curador de Artes Visuais do Oi Futuro, TechNô é um incentivo à criação artística voltada para experiências poéticas unindo arte e tecnologia. TechNô reúne já em seu nome os conceitos de high-tech e tradição, representada pelo tradicional teatro Nô japonês, indicando que é impossível pensar em uma coisa sem a outra. O projeto deixa de lado o modelo convencional de exposições onde os artistas aparecem com apenas uma obra, para abrir espaço para a apresentação de um portifólio, ou um outro modelo de exposição proposto pelo artista. Essa concepção diferenciada abre espaço para uma leitura mais ampla de sua produção, reunindo em uma única exposição um conjunto de trabalhos.

Os convites também têm um formato diferenciado, funcionando como um portifólio. Para cada artista é produzido um folder, que reúne um texto de apresentação do artista e sua obra, além de um conjunto de imagens de trabalhos. Todos os folders seguem os padrões de tamanho da coleção Arte e Tecnologia, publicada pelo Oi Futuro. Agrupados, esses folders vão formar uma nova publicação dentro da coleção.

“Essa é uma rara oportunidade não só do público conhecer mais profundamente o trabalho dos artistas, mas também do próprio meio de arte – galeristas, colecionadores, curadores e outros artistas – conhecerem o conjunto de um trabalho”, resume Alberto Saraiva. “A possibilidade de conhecer de verdade o trabalho de um artista é o mais importante nesse projeto”, completa.

A exposição reúne nos pisos 2 e 5 do Oi Futuro quatro artistas de gerações diferentes: os paulistanos Amílcar Packer e Ricardo Carioba, e os cariocas André Parente, Kátia Maciel. A entrada do prédio também participa das exposições. Lá, telas de plasma vão apresentar ao público um conjunto de trabalhos realizado pelos quatro artistas. A maioria das obras é inédita no Rio de Janeiro. Enquanto Amílcar Packer e Ricardo Carioba nunca apresentaram uma exposição individual na cidade, André Parente e Kátia Maciel estão mais acostumados a expor no exterior, como no ZKM – Centro de Arte e Mídia de Karlsruhe, na Alemanha, fundado em 1989 e que hoje é referência para a arte e tecnologia na Europa.

Com trajetórias e produções muito distintas, os quatro artistas exploram diferentes possibilidades do trabalho com mídias digitais. “A idéia é que as próximas edições tragam nomes de outras partes do Brasil. Ao longo do tempo teremos um panorama do que o país tem feito em relação às mídias digitais”, aponta Alberto Saraiva.

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Amílcar Packer
Os trabalhos de Amilcar Packer costumam lidar com deslocamentos e colocar em xeque convenções como tempo, equilíbrio, hierarquia, além de subverter usos e utilidade de objetos do cotidiano. Alberto Saraiva ressalta ainda outra característica forte da produção do artista: “Amílcar Packer aproxima imagens retiradas de vídeo, de pinturas. Em vídeo, ele trabalha com elementos como cores e texturas, elementos tradicionais da pintura”. Na TV localizada na entrada do Oi Futuro, Amílcar apresenta um conjunto de sete trabalhos realizados entre 2002 e 2006. O conjunto deixa claro como o corpo tem papel fundamental na produção de Amilcar Packer, que usa o próprio corpo em seus trabalhos ao invés de contratar atores. Em um dos trabalhos, um vídeo registra a tentativa do artista de vestir quatro camisas que foram abotoadas circularmente uma na outra, resultando em uma peça de roupa nova, sem frente nem costas, sem lado direito ou esquerdo. Ele aparece vestindo e desvestindo a peça, em um movimento constante na tentativa de preencher todos os espaços destinados ao corpo.

Já na sala de exposição, Amílcar apresenta dois trabalhos. Em Vídeo # 11 (2006), 12 mesas de cores, estilos, e tamanhos diferentes, são movimentadas pelo artista, que parece buscar um encaixe entre elas. Como são diferentes entre si, apesar de todas serem mesas, o encaixe não acontece. Já em Vídeo # 14 (2006), uma cadeira aparece em uma vertiginosa e altíssima queda livre. Esse é o primeiro trabalho do artista onde ele não aparece. “São trabalhos que têm um tempo circular, sem início ou fim. As pessoas podem começar a ver a partir de qualquer momento e construir uma leitura própria deles”, aponta Amilcar.

André Parente
“Os trabalhos do André Parente se apropriam de elementos de construção de uma imagem digital”, ressalta Alberto Saraiva. A instalação interativa “Estereoscopia” (2005) recebe o nome de um processo fotográfico que produz efeito tridimensional graças à utilização de dois registros simultâneos, em duas perspectivas diferentes, do mesmo assunto. Duas imagens fotográficas, de um casal que se olha em campo e contracampo, serviram de imagem para criação deste trabalho, um filme interativo no qual o artista propõe a troca de papeis e perspectivas. Quando o espectador movimenta o mouse sobre a tela, a imagem de um homem, o próprio artista, vai distanciando-se (ou aproximando-se) ate se tornar uma segunda imagem, a da mulher do artista. Em loop ,as vozes dos personagens também se alternam: "Eu quero ver o que você esta vendo de mim do que eu estou vendo de você do que você esta vendo de mim...".

Ainda na sala de exposição está a videoinstalação “Entre-margens” (2004). Já na tela de plasma estão reunidos quatro trabalhos, que juntos apresentam um panorama amplo da produção do artista. Dos primeiros anos, estão “O Homem do Braço” um vídeo realizado em 1978, e “Curto-circuito”, um filme de 1979. Mais recentes são “Visorama”, realizado entre 1997 e 2000, e “Circulado”, de 2007.

Kátia Maciel
Há 15 anos trabalhando com mídias digitais, Kátia Maciel já realizou filmes, vídeos, vídeo instalações e instalações interativas. “Nos últimos anos Kátia Maciel desenvolve uma pesquisa voltada para videoinstalações, que na maioria dos casos são interativas, pedem a participação do público”, ressalta Alberto Saraiva. Desde o primeiro trabalho, feito em 1993, até hoje, ela desenvolve a idéia de “transcinema” – um cinema que experimenta novas arquiteturas, narrativas e formas de interação, buscando sempre o envolvimento do espectador.

Na exposição do Oi Futuro ela apresenta Um dia de nuvens listradas vindas do mar (2005), uma videoinstalação onde a presença do espectador interfere no movimento das ondas do mar projetadas na tela. Na TV, Kátia reúne 15 trabalhos que cobrem seus 15 anos de produção. Estão lá trabalhos realizados em 1993, como O Banho, até trabalhos realizados em 2007, como Mareando, Vista Chinesa e Para Elisa.

Ricardo Carioba
Artista com formação em pintura, fotografia e vídeo, Ricardo Carioba passou das telas para os meios digitais através da fotografia e do seu interesse pela construção de uma imagem possível, através de elementos visuais e sonoros. Na exposição ele apresenta um conjunto de três trabalhos inéditos, feitos especialmente para esta ocasião. “São ambientes que dão continuidade às minhas pesquisas. Neles, o visitante não vai assistir a um vídeo e sim ter uma experiência sensorial, através do som, da luz e do movimento”, resume o artista. Já na TV instalada na entrada do prédio, o público terá a oportunidade de conhecer outros oito trabalhos do artista, entre videontalações e pesquisas com áudio e vídeo, realizadas nos últimos sete anos.

“A construção de seus vídeos está baseada na apreensão das formas/signos geradas pelo próprio meio ao qual se dispõe a trabalhar. O resultado é um universo de novas formas, significantes, que impulsionam a visualidade digital contemporânea. À experiência de animação de um conteúdo digital solicitou a elaboração do áudio, ao mais especificamente da música eletrônica”, aponta Alberto Saraiva. “O vídeo surgiu pela necessidade de criar um espaço de experimentação como eu vinha fazendo com a fotografia. Ele ampliava essas possibilidades. A possibilidade de expansão do espaço da imagem com o vídeo e a criação do espaço tridimensional através da luz passou a ser uma característica dos trabalhos. Neste sentido o áudio entrou como um elemento estrutural destas construções. Se a luz cria um espaço com a energia elétrica o som cria um espaço através da energia mecânica”, completa Ricardo Carioba.

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Renata Tassinari na Virgilio

A Galeria Virgilio abre mostra de Renata Tassinari com série de 15 trabalhos resultantes de pesquisas cromáticas tendo como suporte moldura acrílica e madeira. Pela primeira vez, a artista passou a pintar o verso das molduras acrílicas e obteve um efeito contrastante entre as cores e os materiais utilizados.

Renata, cujo trabalho com a cor é destacado pela crítica, sendo comparado ao de Henri Matisse e ao de Alfredo Volpi, pretende que sua pintura ganhe contornos de objeto. A madeira, por exemplo, entra na obra mais como efeito de colagem e não propriamente como pensamento da pintura. A artista pretende que o observador identifique o material como ele é – por isso a madeira está sempre em estado bruto para destacar sua cor e textura.

Parte desse efeito ela já havia obtido em exposição realizada em 2003, no Centro Universitário Maria Antônia, quando apresentou entre suas obras um exemplar realizado com moldura acrílica. Mas, naquela ocasião, ela havia pintado apenas o lado de fora do suporte. Com a técnica atual, a superfície acrílica pintada do lado interno tem seu brilho realçado. A artista identifica um frescor em sua produção atual.

Renata diz que vê seu trabalho no limite, dentro das discussões sobre a pintura nos dias de hoje. “Procuro saber o que já foi feito no contexto da história da arte e pensar quais são as possibilidades de obter uma poética própria na pintura”, explica. E isso ela consegue utilizando elementos do pop e do minimalismo, por exemplo.

A crítica Taísa Palhares, que acompanha o trabalho da artista, identifica como uma das grandes qualidades de seu trabalho a capacidade de dividir de modo rigoroso os campos da tela para depois reuni-los mediante relações de cor, sem que essas mesmas divisões desapareçam ao final do processo, anulando a dependência de cada uma das partes. Ao pintar agora o lado interno da moldura acrílica, a artista conseguiu destacar o filete branco que circunda as placas, funcionando como uma moldura tradicional que circunscreve o espaço de cada cor. O caráter artesanal é reforçado pela preocupação de Renata em criar suas próprias tintas para chegar a cores que não encontra comercialmente.

O espectador vai também identificar o trabalho com objetos com os quais convive em seu dia-a-dia e com forte ligação com a arquitetura. Os materiais usados e o resultado obtido na obra lembram fachadas de prédios, esquadrias de janelas e elementos da cultura pop que já fazem parte do inconsciente coletivo. Taísa Palhares diz que a força da obra de Renata Tassinari reside numa espécie de dupla instantaneidade. “Reconhecemos prontamente aquilo que vemos, seja pela familiaridade com os materiais que, afinal, fazem parte do mundo cotidiano, seja pela proximidade espacial das pinturas na medida em que estas se projetam para fora, ao encontro do espaço do espectador.”

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Dora Longo Bahia na Leme

A exposição é formada por sete pinturas feitas entre 1991 e 1992, em óleo sobre tela e de grande formato, que representam os Sete Pecados Capitais, valendo-se de cenas que ilustram a vaidade, a luxúria, a preguiça, a gula, a avareza, a ira e a inveja. Todas as pinturas mostram a frase “Cuidado Deus Observa”, apropriada de uma obra de Hieronymus Bosch, pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI, que retratava cenas de infrações e tentação em suas obras.

A artista apresenta também um diário de desenhos e pinturas sobre papel, feitos entre 1990 e 1999, encadernado em couro com gravação em ouro.

Estas grandes pinturas negras instaladas na arquitetura sóbria da Galeria Leme, com seu pé direito alto e suas paredes de concreto iluminadas pela luz incidente do alto, remetem ao ambiente de adoração, contemplação e reflexão das igrejas góticas.

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CANAL INFOS&LINQUES

Abaixo-assinado MuBE: PÚBLICO OU PRIVADO?
Leia o texto de Apoio à Prefeitura do Município de São Paulo em favor da retomada do MuBE pelo poder público

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