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MT/PR/SP Rogério Ghomes na Ybakatu / Revista Cultura e Pensamento
ANO 7 - N. 93 / 17 DE AGOSTO DE 2007

NESTA EDIÇÃO:
CIRCUITO  Por um Fio no CPFL, Campinas
Rogério Ghomes na Ybakatu, Curitiba
TECNOPOLITICAS  Web 2.0 não é inovação, diz Pierre Lévy, por Marcos Strecker, Folha de São Paulo
CURSOS E SEMINÁRIOS
Seminário Mutações - as novas configurações do mundo no SESC Avenida Paulista e Vila Mariana, São Paulo
Seminário do Programa Rumos Pesquisa: Gestão Cultural, Cuiabá
ARTE EM CIRCULAÇÃO  Ritual de Devoração, por Rubens Pileggi Sá
REDE  Revista Cultura e Pensamento
CANAL INFOS&LINQUES



Dias & Riedweg - Pau da bandeira

CIRCUITO
Por um Fio
André Parente, Duva & Sukorski, Caetano Dias, Dias & Riedweg, Ernesto Neto e Marcão Oliveira, Fernanda Chieco, Giselle Beiguelman, Marcia Xavier, Nino Cais, Paulo Meira, Rachel Rosalen, Rodrigo Matheus, Samantha Moreira, Sylvia Furegatti, Vik Muniz

Curadoria de Daniela Bousso

7 de agosto a 30 de setembro de 2007

Espaço Cultural CPFL
Rua Jorge Figueiredo Côrrea 1632, Chácara Primavera, Campinas - SP
19-3756-8000
www.espacoculturalcpfl.com.br
Terça a domingo, 12-22h
A exposição criou-se a partir de uma parceria entre Paço das Artes e Espaço Cultural CPFL. Colaborando para o deslocamento do eixo Rio-São Paulo nas artes, a mostra será exibida antes em Campinas, para a partir de 22 de outubro chegar ao Paço das Artes.

Enviado por Paço das Artes (Thais Gurgel) pacodasartes@gmail.com
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Rogério Ghomes
Todos precisam de um espelho para lembrar quem são

18 de agosto, sábado, 11-15h

Galeria Ybakatu Espaço de Arte
Rua Itupava 414, Curitiba - PR
41-3264-4752 ou ybakatu@ybakatu.com.br
www.ybakatu.com.br
Terça a sexta, 14-19h; sábados, 10-13h
Exposição até 15 de setembro de 2007

Sobre a exposição

Leia o texto Eu também preciso acreditar que ao fechar os olhos continuarei neste mundo…, de Ricardo Resende

Enviado por Ybakatu Espaço de Arte ybakatu@ybakatu.com.br
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TECNOPOLITICAS
Web 2.0 não é inovação, diz Pierre Lévy

Matéria de Marcos Strecker, originalmente publicada na Folha de São Paulo, no dia 14 de agosto de 2007

Teórico da revolução digital rejeita a idéia de que houve mudança nos conceitos da internet e pesquisa linguagem para expandi-la

Pensador, que está no Brasil para ciclo de palestras, diz que Second Life é fenômeno menos relevante que jogos colaborativos on-line

Nada abala o otimismo de Pierre Lévy com a internet. Um dos principais teóricos da revolução digital, filósofo da informação e professor de comunicação na Universidade de Ottawa (Canadá), Lévy acha que a grande questão colocada hoje para a rede é apenas aumentar as informações disponíveis, o que é o objeto de sua linha de estudo atual.

É basicamente o que deve dizer hoje à noite em palestra que vai proferir em Porto Alegre, como convidado do ciclo "Fronteiras do Pensamento", na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Lévy foi quem propôs o conceito de "inteligência coletiva" no começo dos anos 90, quando a internet comercial ainda engatinhava. Hoje, "sem falsa modéstia", diz que seu conceito virou um padrão.

Ao contrário do que muitos poderiam esperar, Lévy não acha que a web 2.0 ou web participativa, um dos principais focos de discussão atual sobre a rede, seja uma novidade.

"A web 2.0 significa apenas que tem muito mais gente se apropriando da tecnologia da internet, o que a torna um fenômeno social de massa. Significa que não é mais necessário recorrer a intermediários ou técnicos. Do ponto vista de conceito de base não há uma grande diferença em relação à internet original", disse Lévy, em entrevista à Folha.

Leia a continuação e publique o seu comentário no Tecnopolíticas

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CURSOS E SEMINÁRIOS
Seminário Mutações - as novas configurações do mundo

Inscrições abertas

SESC Avenida Paulista
Avenida Paulista 119, Paraíso, São Paulo - SP
Informações e inscrições: 11-3179-3700 / 3716 ou seminario@avenidapaulista.sescsp.org.br
www.sescsp.org.br

SESC Vila Mariana
Rua Pelotas 141, São Paulo - SP
11-5080-3000
Seminário Mutações - as novas configurações do mundo: 22 de agosto a 5 de outubro de 2007

Taxas de inscrição: R$ 10 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes, estudante, aposentado e professor da Rede Pública), R$ 15 (usuário matriculado), R$ 20 (demais interessados)

Formas de pagamento:
Depósito bancário
Nome: Serviço Social do Comércio - SESC Avenida Paulista
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0235
C/C: 1307-5

Rede SESC
O pagamento da taxa de inscrição pode ser feito em todas as unidades pelo Sistema Ingresso SESC.

A inscrição será validada após o envio do comprovante de pagamento da taxa de inscrição para o fax 3179-3765. O fax deve ser acompanhado da ficha de inscrição ou conter nome completo, telefone e e-mail do inscrito.

Veja a programação e publique seu comentário no Cursos e Seminários

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CURSOS E SEMINÁRIOS
Seminário do Programa Rumos Pesquisa: Gestão Cultural
Experiências de gestão cultural no setor público
Palestrantes: Cláudia Sousa Leitão, Enrique Saravia, João Roberto Peixe, Robério dos Santos Pereira Braga
Mediação: Mário Mazzilli

20 de agosto, segunda-feira, 19h30

Secretaria Municipal de Cultura - Espaço Clube Feminino
Rua Barão de Melgaço 3677, Cuiabá - MT
65-3025-7491
Organização: Programa Rumos Pesquisa Gestão Cultural

Saiba mais e publique seu comentário no Cursos e Seminários

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ARTE EM CIRCULAÇÃO
Ritual de Devoração

RUBENS PILEGGI SÁ

“Ela pede pra batê / Ela gosta di apanhá!”
Refrão ouvido em baile funk, no morro da Coroa

Arte como consciência
A arte pode se dar de várias formas. Pode se dar até por contradição dela mesma. Pode fazer sentido, ou pode ser sentida. Pode se perder na fantasia, ou estar completamente incrustrada na realidade. Pode representar, pode ser. Pode estar. Dependendo do período histórico, a arte pode valer por certas características que, em outros períodos, nada valem. De todo modo, arte e contexto são indissociáveis. E tudo, absolutamente tudo, está sujeito à interpretações e associações, uma vez que o ser humano sempre busca a consciência dos atos que realiza. E - em casos mais elaborados - a consciência enquanto produção de um ato. A isso chamamos arte.

Uma dupla
Maurício Dias e Walter Riedweg formam uma dupla de videoartistas, que se conheceram em 1993. O primeiro é brasileiro, o segundo, suiço, mas depois do encontro com o brasileiro, ele agora é suiço-carioca. Usam o vídeo para contar histórias de porteiros; mostrar a realidade de garotos de programa; a situação de imigrantes; o drama de prisioneiros ou; a noite fria de cucarachas querendo entrar nos Estados Unidos. Mostram isso de um modo em que os personagens se tornam co-autores de suas propostas, indicando o caminho para o trabalho se concretizar.

Entre tantas exposições em que exibiram o que fazem, pode-se destacar uma grande mostra no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; uma instalação no meio de um camelódromo da zona oeste de São Paulo, no evento ArteCidade e; bienais como a de São Paulo, Havana e Veneza. Agora estão participando da badalada Documenta de Kassel, na Alemanha, o evento mais concorrido e com maior visibilidade global do meio artístico.

Leia a continuação e publique o seu comentário no Arte em circulação

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REDE
Revista Cultura e Pensamento
Temas como esfera pública e diagnósticos da situação do teatro e da música no Brasil são alguns dos assuntos deste primeiro número

Faça o download da Revista Cultura e Pensamento

Esfera pública, TV pública, rádios comunitárias, cultura popular, cultura erudita, cultura digital, novas tecnologias da comunicação. Esses e outros temas que na maioria das vezes ficam restritos apenas aos debates acadêmicos, contam agora com mais uma forma de divulgação no Brasil. Já está disponível no site do Programa Cultura e Pensamento a versão em PDF do primeiro número da Revista Cultura e Pensamento.

A versão digital da revista e a publicação gratuita de tiragem trimestral assumem o compromisso de ser um fórum a mais de debates sobre temas contemporâneos relevantes. A idéia é contar com colaboradores de vários estados brasileiros e com diferentes pontos de vista teóricos.

A revista Cultura e Pensamento é uma publicação gratuita, de tiragem trimestral. Seu objetivo é dar desdobramento ao programa, funcionando, ao mesmo tempo, como um boletim deste e como uma publicação que visa a ser mais um fórum de debates sobre temas contemporâneos relevantes.

A intenção é contar com colaboradores de vários Estados brasileiros e com diferentes pontos de vista teóricos. A unidade editorial, nesse caso, deverá estar mais na vinculação aos debates já promovidos pelo programa e no mapeamento da reflexão de qualidade produzida em cada canto do país.

Conheça a Revista Cultura e Pensamento no sítio do Ministério da Cultura

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TEXTOS DO E-NFORME

Rogério Ghomes na Ybakatu

Rogério Ghomes vem se apropriando da fotografia como meio para realizar seu trabalho. Temas como identidade e ausência permanecem e, constroem sua poética. O artista é formado em desenho industrial pela PUC - PR (1988), freqüentou o Centro de Artes Visuais da UFMG e atualmente é mestrando na Universidade Estadual Paulista.

Em sua terceira exposição individual na Galeria Ybakatu, Rogério Ghomes apresentará trabalhos em fotografia em que as obras se apresentam numa fotomontagem. As fotos são colocadas em série, mas não são as mesmas imagens, apesar de serem muito próximas. Paisagens marinhas, pedras e o movimento de cortinas na janela foram fotografados pelo artista num pequeno intervalo de tempo. As fotos apresentam uma sutil diferença e funcionam como pequenas narrativas.

Este procedimento já vem sendo utilizado pelo artista desde sua exposição anterior, assim como o uso de pequenos textos junto às imagens.

Rogério Ghomes nasceu em Ponta Grossa - PR (1966) e vive atualmente em Londrina – PR onde ministra aulas no curso de desenho industrial da UNOPAR. Participa de exposições desde 1988, e em 1997 participou do Panorama da Arte Brasileira no MAM-SP e da Bienal de Havana em Cuba, Em 1998 sua exposição Preferencial na Galeria Ybakatu Espaço de Arte integra a programação da Bienal Internacional de Fotografia. O artista possui obras no acervo do Museu de Arte Contemporânea do PR, Fundação Cultural de Curitiba, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Americana – SP e na Coleção de Fotografia Contemporânea de Joaquim Paiva.

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Eu também preciso acreditar que ao fechar os olhos continuarei neste mundo…

RICARDO RESENDE

Silencioso e triste daquele homem que perambula solitário por uma praia acompanhado de seu cachorro. Leva ao seu redor um vermelho escaldante, desolador e imenso criado nos ambientes imateriais de um computador. Nada mais que um gesto pictorialista diante dos novos recursos de criação de imagem que nos tiram artificialmente do lugar comum. Na foto, um homem e seu animal se tornam pequenas figuras ou nada mais que pequenos vultos imersos naquela paisagem simbólica, de tão alterada que foi. É a arte com o seu poder de transformar realidades ou nada mais que uma lincença poética que paira sobre este mundo.

Tal procedimento não se repete tão claramente na imagem central em que se vê o oceano em sua crueza de um cinza nebuloso e assustador, como uma pintura de Tuner. Aqui a imagem está rodeada pelos vermelhos das imagens anteriores como em uma pintura construtivista. No entanto, ela foge do confinamento com o impacto central de sua força. Rigidez quebrada apenas pelo branco que as linhas das ondas que arrebentam na praia desenham no horizonte em que mar e céu se confundem. Trata-se de uma instalação ou fotomontagem levadas diretamente no plano da parede. Procedimento que vai se repetir em outras situações criadas no espaço de exposição quando Rogério Ghomes vai propor aproximações entre imagens que até se parecem idênticas. Mas não são. Nas suas pequenas diferenças captadas na passagem do tempo, as paisagens que estão em constante transformação, nos indicam que um instante é diferente do outro e não mais se repete. O fluxo natural da vida. Como Atlas que desejava equilibrar o planeta Terra. O artista, na mesma visão utópica do deus grego, tenta a seu modo prender aquele mundo. Rogerio Ghomes, num gesto desesperado com sua máquina fotográfica, deseja captar o tempo presente. Que nasce e morre. Que nasce e morre. Que nasce e morre... Nada mais que um desejo que resulta no congelamento dramático do que já foi.

Estas aproximações que o artista faz ao colocar imagens lado a lado, funcionam como pequenas narrativas topográficas que trazem uma dose de âmbigüidade nesta disposição. O artista parece não querer apenas fazer um registro, mas mais do que isto, captar com extrema dureza o tempo. Ou será delicadeza? Ao colocar neste olhar, um viés romântico e desejar nos explicitar nossa insignificância diante das paisagens propostas, mesmo que pequenas ou, inversamente majestosas.

Num primeiro olhar parecem carregadas de emoção, mas se observadas com mais cuidado, percebe-se um olhar distanciado, até mesmo, frio. É contraditória esta minha observação. Ao mesmo tempo em que percebo a beleza nestas imagens de Rogério Ghomes, percebo também uma dureza nessa objetividade de suas fotografias. Uma descoberta que nos assusta diante de fotos como as quais observam duas ilhas distantes em meio a um oceano de matizes do mesmo azul acinzentado e triste. Não se sabe novamente onde termina e começa mar e céu nesta mistura sutil de tonalidades. Nestas imagens percebemos a noção nostálgica da impossibilidade do infinito, enquanto transcendência.

No entanto, sutis diferenças pictóricas, naturais, na profundidade das duas fotografias postadas lado a lado em que a única informação capaz de alterar este ambiente contemplativo do silêncio proposto por Rogério Ghomes, é a passagem de umas poucas nuvens. Transformações quase imperceptíveis em meio a pesada atmosfera das vistas panorâmicas. É como se tudo tivesse um outro ritmo e tempo no lado exterior das imagens quando levadas à parede. O entorno e o ritmo do espectador circula em outra velocidade diante do quê se observa e que nos determina também uma outra relação objetiva com a escala das coisas no mundo.

Em outros dois trabalhos apresentados lado a lado, pedras cobertas do verde intenso do musgo e debruçadas no espelho negro e profundo de um riacho, parecem à espera de narciso(s) a se jogarem naquele silêncio de pequenas sutilezas. Um outro canto romântico do mundo, proposto pelo artista.

Mais imagens e nos deparamos com ambientes cortinados com tecidos translúcidos.

A fotografia agora, comumente associada ao registro da realidade, assume ares de representação. Janelas das janelas. Percebe-se novamente o silêncio a mirar a luz que vem de fora. Vestígios da dualidade do dentro-fora num jogo mútuo de esconder-se do próprio tempo. Imagem, ficção e realidade se confundem em vistas planificadas e indiferentes do mundo exterior vistas do mundo interior.
São as outras licenças poéticas que o trabalho de Rogério Ghomes permite aos incautos como eu, capazes de simplificar e procurar beleza, em tudo que nos cerca, em uma época em que há pouco espaço na sociedade contemporânea para a contemplação. Ou simplesmente espaço para este tipo de exercício que aqui me habilito. Pensar e refletir e pensar sobre o tempo perdido. O sublime ou o belo são marginais em uma época saturada de tensões e imagens banais e velozes. Será que temos realmente a cabeça nas nuvens?

Ao me deparar com o trabalho de Ghomes, fiquei à procura num primeiro instante, das pequenas sensações que suas fotografias me provocavam. Como um observador qualquer, ainda sem o compromisso e responsabilidade do texto.

Obviamente, que o trabalho tem complexidades que o primeiro olhar, não é capaz de captar nas sutilezas do poder implícito das imagens, ditadas pela sociedade contemporânea, período em que são permitidas manobras técnicas, como digitalização de uma fotografia. O que, perigosamente, permite revelar ou simular realidades e as não-verdades.

Ao assumir-se como artista, o fotógrafo Rogério Ghomes, no entanto, licencia-se do compromisso com a realidade dos homens comuns que se percebe apenas na superficialidade das coisas. Ele num gesto artístico ultrapassa esta camada do mundo e capta não só a matéria, mas os fenômenos que se escondem nos planos de suas fotografias. Temos sede de não realidades.

Desejei antes de tudo incitar o belo como possibilidade de arte na atualidade, ao pensar nas fotos de Rogério Ghomes. No entanto, deparo-me com outras inquietações sobre o tempo. O ritmo do silêncio, os impulsos do movimento.

Hoje, fotografar tornou-se um gesto tão fácil que tudo ficou registrável e, portanto, retocável com estes novos avanços tecnológicos na geração da imagem. A pureza ética então, há tempos acabou. E o acaso tomou lugar da testemunha ocular dos fatos naturais e humanos. Aquela fotografia que registrava a vida cotidiana como lembranças vividas perdeu lugar, conseqüentemente, diante da quantidade de imagens banais que circulam por meio destes novos dispositivos eletrônicos.

Como se fotografa tudo sem a preocupação de selecionar no clic à espera do instante certo, da percepção do momento sublime, fotografar também não requer mais originalidade.
As imagens de Rogério Ghomes são fortes na sua simplicidade e lembram desolação e silêncio(s) ao nos despertarem como se olhássemos através de janelas, para sentimentos como a percepção da passagem silenciosa do fenômeno tempo. Apenas formas e cores, luzes e sombras fixados por sua câmera fotográfica na nossa noção de tempo.

Restou então ao artista, na era da imagem digital e diante de tais recursos, diferenciar-se em meio à mesmice no gesto fotográfico e registrar o que realmente deveríamos observar e memorizar, como disse sutilmente Susan Sontang. As potenciais anotações do mundo.

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CANAL INFOS&LINQUES

Abaixo-assinado MuBE: PÚBLICO OU PRIVADO?
Leia o texto de Apoio à Prefeitura do Município de São Paulo em favor da retomada do MuBE pelo poder público

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