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CE/PE/RJ/SP Programa Meridianos: Gonzalo Díaz e José Damasceno na Cinemateca do MAM-Rio / Sobre a louca da razão por Gilberto Vieira
ANO 11 - N. 60 / 11 DE AGOSTO DE 2011

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AGENDA DE EVENTOS
James Kudo na Zipper, São Paulo
Projeto Zona Oculta - Entre o público e o privado no CCJF, Rio de Janeiro
Programa Meridianos - Gonzalo Diaz e José Damasceno na Cinemateca do MAM, Rio de Janeiro
CIRCUITO
Bob Wolfenson na Galeria da Gávea, Rio de Janeiro
Maíra Ortins na Livraria Cultura, Fortaleza
CURSOS E SEMINÁRIOS
Trabalhos da arte - práticas sociais e mnemônicas nas artes contemporâneas com Cris Ribas no CFAV, Recife
Curadoria e mediação crítica no Centro Cultural da Espanha, São Paulo
COMO ATIÇAR A BRASA
Entrevista: Crítica de arte com Juliana Monachesi por Chris Valias, Paraty em Foco
Museu Afro Brasil vive crise na direção por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Delírio tropical por Paula Alzugaray, Istoé
ARTE EM CIRCULAÇÃO Sobre a louca da razão por Gilberto Vieira
REDE
Arte fora do museu
oi pessoal podem me ajudar neste campanha por R$1? por Lourival Cuquinha

James Kudo na Zipper
James Kudo

James Kudo
Topofilia

13 de agosto, sábado, 12h

Zipper Galeria
Rua Estados Unidos 1494, São Paulo - SP
11-4306-4306 ou zipper@zippergaleria.com.br
www.zippergaleria.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado 11-17h
Exposição até 10 de setembro de 2011

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Deborah Alves deborah@zippergaleria.com.br
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Projeto Zona Oculta - Entre o público e o privado no CCJF
Maria Lynch

Projeto Zona Oculta
Entre o público e o privado
Adriana Varela, Aleteia Daneluz, Aline Reis, Ana Dantas, Ana Durães, Ana Lucia Siguad, Ana Luisa Flores, Angela Nabuco, Chica Granchi, Claudia Lyrio, Claudia Malagutti, Coletivo 13 Numa Noite, Eloa Carvalho, Evany Cardoso, Fernanda Braz, Fernanda Chemalle, Helena Wassersten, Ines Soares, Isabel Carneiro, Julia Fu, Julie Brasil, Karla Gravina, Laura Magalhães, Lea Soibelman, Leticia Nabuco, Lia Do Rio, Luane Aires, Lúcia Avancini, Lucia Figueiredo, Lucia Vilaseca, Marcia Cavalcanti, Marcia Magda, Maria De Lourdes Mader, Maria Luisa Serra De Castro, Maria Lynch, Maria Manoela, Marilou Winograd, Monica Mansur, Monina Rapp, Patrizia D'angello, Paula Barreto, Renata Barros, Rita Manhães, Roberta Paiva, Sandra Tavares, Sonia Santoro, Sonia Wysard, Yolanda Freyre

12 de agosto, sexta-feira, 18h

Centro Cultural da Justiça Federal
Av. Rio Branco 241, Centro, Rio de Janeiro - RJ
21-3261-2550
www.ccjf.trf2.gov.br
www.zonaoculta.com.br
Terça a domingo, 12-19h
Exposição até 25 de setembro de 2011

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Lúcia Avancini lucia.avancini@gmail.com
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Programa Meridianos
Gonzalo Diaz e José Damasceno

Mediação de Luiz Camillo Osorio

Curadoria de Eugenio Valdés Figueroa

13 de agosto, sábado, 11h

Cinemateca do MAM-Rio
Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-2240-4944 ou mam@mamrio.org.br
www.mamrio.org.br
Terça a sexta, 12-18h; sábado, domingo e feriado, 12-19h
Organização: Casa Daros

Sobre o Programa Meridianos com Gonzalo Diaz e José Damasceno

Enviado por Beatriz Caillaux beatriz@cwea.com.br
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Bob Wolfenson na Galeria da Gávea
Bob Wolfenson

CIRCUITO
Bob Wolfenson
Cinépolis

Curadoria de Isabel Amado

8 de julho a 27 agosto de 2011

Galeria da Gávea
Rua Marquês de São Vicente 431, loja A, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2274-5200 ou contato@galeriadagavea.com.br
www.galeriadagavea.com.br
Segunda a sexta, agendar visitas por telefone; sábado, 11-18h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Anna Accioly anna.accioly@adoiscom.com
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Maíra Ortins na Livraria Cultura
Maira Ortins (Foto: Silas de Paula)

CIRCUITO
Maira Ortins
Paisagem suspensa: um ensaio sobre a solidão

1 a 31 de agosto de 2011

Livraria Cultura
Av. Dom Luís 1010, Meireles Fortaleza - CE
Segunda a sábado, 10-22h; domingo e feriado, 15-21h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Maíra Ortins mairaortins@gmail.com
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Trabalhos da arte - práticas sociais e mnemônicas nas artes contemporâneas

Ministrante: Cris Ribas

A Oficina “Trabalhos da arte - práticas sociais e mnemônicas nas artes contemporâneas” pretende criar um ambiente de informação, diálogo e criação sobre práticas artísticas que se valem de um contato social envolvendo-se com comunidades ou com questões específicas elencadas por artistas e seus pares em diálogo com a sociedade. Como pensar então essa interface que o artista cria, agenciando uma relação social que se escreve como evento artístico? Por isso perguntamos: quais os trabalhos da arte? Como ela opera nessa interface? O que isso implica em termos de linguagem para o campo da arte? Como se agencia essas criações com as demais realizações artísticas? Como operam as produções e capturas de valor do que se cria?

29 de agosto a 2 de setembro, 14-17h

Inscrições de 10 à 24 de agosto através do site www.cfavrecife.org

Taxa de Inscrição: R$ 20

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e seminários

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CURSOS E SEMINÁRIOS
Curadoria e mediação crítica

Convidados: Cayo Honorato e a dupla Javier Rodrigo & Antonio Collados (projeto Transductores)

Mediação: Graziela Kunsch

A crescente incorporação da pedagogia nas práticas artísticas e curatoriais. Estudo de projetos educativos integrados a projetos curatoriais, para além das visitas guiadas de exposições. Ver como referência o projeto Transductores http://issuu.com/blogguerrero/docs/transductores.

Inscrição até 19 de agosto de 2011. Realização: 12 a 16 de setembro, segunda, quarta e sexta, 18-22h

Atividade pública: 15 de setembro, quinta-feira, 19h30-22h30

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e seminários

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COMO ATIÇAR A BRASA
Entrevista: Crítica de arte com Juliana Monachesi

Entrevista feita por Chris Valias originalmente publicada no blog Paraty em Foco em 6 de julho de 2011.

Um dos maiores gargalos da produção cultural é a crítica. O trabalho sensível produzido pelo homem, quando exposto, cria um diálogo, e a tradução desta percepção é melhor refletida no papel dos críticos: é do texto de um crítico que vem boa parte da compreensão de uma obra artística. Para entender um pouco mais sobre o assunto, fizemos uma entrevista com Juliana Monachesi, crítica, curadora e jornalista especializada em artes visuais, mestre em Comunicação e Semiótica. Ela nos conta um pouco sobre sua experiência e como funciona esse mercado.

Chris Valias Conte um pouco sobre sua experiência como curadora em exposições de fotografia.
Juliana Monachesi Das mais de dez curadorias que já assinei, todas nos anos 2000, nenhuma deixou de fora a fotografia. É uma linguagem absolutamente incontornável. E uma forma de expressão dos nossos tempos. Mas a exposição em que a fotografia foi protagonista absoluta entre as mostras de que fui curadora foi, sem dúvida, afotodissolvida, que aconteceu no Sesc Pompéia em 2004. Nesta curadoria, a intenção foi investigar como o advento da tecnologia digital estava modificando o dia-a-dia das redações de jornal, da produção artística em geral e, claro, do ofício dos fotógrafos.
Queria entender como a passagem hiper-veloz que eu estava vivenciando na redação do contato fotográfico em papel ao arquivo digital desmaterializado, e também do álbum fotográfico material à pasta de computador no cotidiano das pessoas, ou mesmo da imagem com referente real àquela completamente fictícia construída digitalmente pelos artistas, como essa passagem, essa dissolução da fotografia estava impactando a cultura contemporânea.

Leia a entrevista completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Museu Afro Brasil vive crise na direção

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 2 de agosto de 2011.

Instituição ligada ao governo paulista demitiu diretor-executivo e perdeu cinco conselheiros no mês passado

Diretor-geral, Emanoel Araujo, chama episódio de 'desentendimento' e secretário da Cultura diz que é 'contornável'

Uma crise se instalou na direção do Museu Afro Brasil. Depois que foi demitido o diretor-executivo, Luiz Henrique Neves, a presidente do conselho, Lígia Ferreira, e outros quatro membros do grupo abandonaram seus cargos.

Saíram do conselho em julho, além da presidente, Maria Cristina de Oliveira Bruno, Vagner Gonçalves da Silva, Renato de Almeida Vieira e Silva e Lourivaldo Ribeiro.

Leia a matéria completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Delírio tropical

Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada no caderno de Cultura da revista Istoé em 5 de agosto de 2011.

Cinema experimental renasce em "Ex Isto", de Cao Guimarães, projeto incentivado pelo Itaú Cultural

No mundo da arte, o espaço cartesiano corresponde ao cubo branco. Trata-se de um espaço neutro, organizado de forma a se manter o mais distante possível da complexidade da vida exterior. Assim são construídos os museus e as galerias, sob os preceitos da arquitetura moderna. Já na literatura e no cinema, ao cartesianismo correspondem as narrativas lineares. Ser cartesiano é combater o caos com as luzes da lógica e da razão. Assim determinou o filósofo francês René Descartes (1596-1650), entre outros iluministas, para tirar a Europa das trevas. Mas “e se René Descartes tivesse vindo ao Brasil com Mauricio de Nassau?” Talvez tivesse perdido a razão para os delírios e os desvarios dos trópicos. Essa é a tese do escritor Paulo Leminski (1944-1989) no romance “Catatau” (1976), que ganha versão de Cao Guimarães para o cinema, em projeto incentivado pelo Itaú Cultural. Leminski e Guimarães, dois artistas que não se deixaram domar pelas leis do cubo branco, se encontram em “Ex Isto”, em cartaz nos cinemas a partir de 12 de agosto, em várias capitais brasileiras.

Leia a matéria completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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Sobre a louca da razão por Gilberto Vieira
Ex Isto, Cao Guimarães

ARTE EM CIRCULAÇÃO
Sobre a louca da razão

Gilberto Vieira
Especial para o Canal Contemporâneo

René Descartes chegou ao Brasil inundado de seu pensamento cartesiano sobre a razão, a condição humana, o funcionamento das coisas do mundo. Vestido da roupa batava que lhe garantia poder e estranhamento europeu, desvendou o que pode com olhos de peixe. Nas singelas observações sobre as coisas do trópico, ele pirou.

Esse René Descartes, de Paulo Leminski (1944-1989), é o tema da nova obra cinematográfica de Cao Guimarães (1965) - Ex isto. Pouco interessado no cinema hermético (a sala escura, a película), Cao, ainda assim, aceitou a encomenda do Itaú Cultural e partiu em busca do que pudesse dizer sobre o emblemático poeta brasileiro que viveu e criou na efervescência nacional dos anos 1970. Leu com a calma e o cuidado necessários, O Catatau (1975). Poema-prosa que afronta a razão pura, a soberania e imponência filosófica do branco europeu, a obra se presta a divagar sobre a possível visita de René Descartes (1596-1650), o pai da filosofia moderna, ao Brasil.

Leia o texto completo e publique seu comentário no blog Arte em circulação

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REDE
Arte fora do museu

Arte fora do museu

http://www.arteforadomuseu.com.br

O projeto Arte Fora do Museu pretende mapear na cidade de São Paulo as obras de arte que estão nas ruas, ao alcance de qualquer cidadão, mas que passam despercebidas por já fazerem parte da paisagem. Paredes, prédios e até canais de esgoto escondem trabalhos sofisticados e pouco reconhecidos no dia a dia.

A capital paulista conta com pinturas, esculturas, construções arquitetônicas e grafites em espaços públicos, sem que seja preciso entrar em uma instituição ou pagar para apreciar cada uma dela. Mesmo com essa facilidade, muitas pessoas sequer sabem da existência destas peças. Como identificar o autor de um grafite somente pelos traços do artista? Sem um conhecimento prévio fica difícil reconhecer o autor de uma pintura, escultura ou peça arquitetônica.

O Arte Fora do Museu faz este trabalho ao mapear algumas destas obras e dar uma sinopse detalhada junto do comentário de um especialista, transformando o site em uma visita guiada pela cidade. O conteúdo jornalístico de pesquisa e análise de cada item deste projeto compõem um material que ajuda o cidadão a (re)descobrir o lado artístico da cidade.

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REDE
oi pessoal podem me ajudar neste campanha por R$1? por Lourival Cuquinha

http://www.facebook.com/video/video.php?v=10150295388194673&comments

Lourival Cuquinha
Av. Marcos Freire 5703, Rio Doce Olinda-PE CEP 53040 010

Quem tem notas de 1 real ainda? Quem tiver e quiser poderá se tornar investidor deste projeto artístico financeiro. Preciso das notas para a parte verde do Brasil, pois a pesar do novo código florestal aprovado, ainda temos muitas matas. Poucas são notas de um real em circulação e a parte verde precisa de mais 200, estas que já estão na bandeira são só 20. Quando a obra completa for vendida quem me deu a nota ganha proporcional, do mesmo jeito que as outras bandeiras este é mais um projeto de Financial Art, ou Arte Financeira mesmo já que se trata da bandeira brasileira... Estarei no Brasil em JUL e AGO (REC, RIO e SAMPA) quem quiser investir podemos combinar!

Who has notes of 1 real yet?
Who could have and want to become a financial investor of this financial art project.
I need the notes of R$1 to the green of the Brazilian Flag, because in despite of the fact new forest code approved, we still have many forests. Few notes in circulation and the real green portion needs more 200 notes, those who are already on the flag are only 20. When the work is complete and sold the investors will take their proportional profit, just like the other flags, this is another project Financial Art, or Projeto de Arte Financeira cause it is the BRAZILIAN flag ... I'll be in Brazil in JUL and AUG (REC RIO SAMPA and) who want to invest? we can match!

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TEXTOS DO E-NFORME
Sobre o Programa Meridianos com Gonzalo Diaz e José Damasceno

A Casa Daros e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresentam no próximo dia 13 de agosto de 2011, às 11h, na Cinemateca do MAM, o encontro aberto ao público dos artistas Gonzalo Díaz [1947, Santiago do Chile] e José Damasceno [1968, Rio de Janeiro]. Ambos têm trabalhos na Coleção Daros Latinamerica, sediada em Zurique, que reúne 1.100 obras, de 106 artistas, e irão conversar sobre seu trabalho.

Este é o terceiro encontro do programa, que já reuniu os artistas Carlos Cruz-Diez e Waltercio Caldas, em maio, e Teresa Serrano e Lenora de Barros, em julho. Ainda este ano participarão de encontros públicos os artistas Leandro Erlich [1973, Buenos Aires] e Vik Muniz [1961, São Paulo], no dia 04 de outubro, às 19h, no Oi Futuro do Flamengo, e Julio Le Parc [1928, Mendoza, Argentina] e Iole Freitas [1945, Belo Horizonte], no CCBB Rio.

Isabella Nunes e Eugênio Valdes, diretores da Casa Daros, explicam que Meridianos atende a um dos principais objetivos da instituição, que é “o dar voz ao artista e colocar em debate a conjuntura da sua obra”. “Além disso, o programa traduz a essência da Casa Daros, que reúne arte, educação e comunicação”, afirmam.

O encontro de José Damasceno e Gonzalo Díaz será mediado pelo curador do MAM Rio, Luiz Camillo Osorio. Devido à capacidade limitada de lugares na Cinemateca do MAM Rio, os interessados devem confirmar presença pelo email meridianos@casadaros.net.

Até o dia 21 de agosto de 2011 o MAM exibe a mostra “José Damasceno”, com mais de 50 trabalhos do artista – desenhos, maquetes de instalações e esculturas. Dentre as maquetes está a da obra “Agregados” (1999), pertencente à Coleção Daros Latinamerica.

Programa de reflexão e memória
Meridianos pretende abranger as áreas de reflexão, registro, memória e pesquisa, e além dos encontros dos artistas com o público, o programa prevê ainda a realização de um DVD e a produção de um livro a serem destinados a bibliotecas e acervos documentais de outras instituições. O DVD irá conter entrevistas com cada um dos artistas, o registro de visitas dos artistas estrangeiros a ateliês de artistas brasileiros, e a cobertura das mesas-redondas realizadas. O livro conterá as falas dos artistas, além de outras informações relacionadas a eles, como biografia e obra. “Meridianos tem como objetivo reunir e disseminar informações valiosas sobre a arte latino-americana”, informa Isabella Nunes.

Por conta da monumental e detalhada obra de restauro e reforma do casarão de 1866, a Casa Daros irá realizar os encontros públicos em instituições parceiras, como o MAM Rio, Oi Futuro e CCBB. A Casa Daros está com abertura ao público prevista para 2012.

Meridianos
O nome “Meridianos” foi retirado de uma fala do venezuelano Carlos Cruz-Diez durante uma mesa-redonda em 2008, em Zurique, por ocasião da exposição “Face to Face”, no espaço de exibição da Daros Latinamerica. Ele explicava sua decisão de deixar sua cidade para viver e trabalhar em Paris na década de 1960, pois lá era a “cidade pela qual passava um dos meridianos da arte e da experimentação”.

“Desde então pensamos em realizar algo a partir dessa afirmação”, conta Isabella Nunes, diretora da Casa Daros, à frente do programa junto com o diretor de arte e educação Eugênio Valdes. Eles ressaltam que a própria Daros Latinamerica pode ser percebida dentro deste parâmetro de cruzamento de meridianos, “já que se trata de uma coleção de arte da América Latina baseada na Suíça, com um programa para o continente a partir do Rio de Janeiro”. “Essa conjuntura singular atravessa distintos objetivos e ideias, que estimulam o debate rico em torno da arte no ano que antecede a abertura da Casa Daros”, afirma Eugênio Valdes.

“A noção de meridiano não tem a ver somente com um aspecto espacial, cartográfico. Um meridiano é uma localização que leva em consideração referências espaciais e temporais que cada um decide ‘habitar’”, ressalta.

Gonzalo Díaz
Nascido em Santiago, Chile, em 1947, Gonzalo Díaz se formou na Escola de Belas Artes da Universidade do Chile, com licenciatura em Pintura. Seguiu seus estudos na Itália e foi contemplado, posteriormente, com uma bolsa da Fundação Simon Guggenheim. Ainda que tenha se mantido dentro das tendências figurativas, sua produção se aprofundou em uma permanente crítica ao sistema de representações das artes plásticas.

A necessidade de uma nova reflexão em torno de suas tarefas cotidianas o levou a questionar, experimentar e transpassar fronteiras da tradição artística. Começou a introduzir-se no âmbito da chamada arte conceitual, movimento que, segundo ele, utiliza todas as conquistas da investigação artística do século XX. A partir dos anos 1980 seu trabalho começou a evoluir de uma linguagem pictórica bidimensional até obras que incorporavam objetos, espaços e instalações, convertendo-se em uma forma de refletir sobre acontecimentos do mundo e seu contexto político e social.

Em “Unidos en la Gloria y en la Muerte”, instalação do artista no Museu Nacional de Belas Artes de Santiago do Chile – que incluía uma intervenção na fachada do mesmo edifício –Gonzalo Díaz chamou atenção do público para um conceito de arte menos tradicional, que monumentalizava o momento de fundação do “Estado-nação”. Integrou, em 1992, a chamada “Escola de Santiago”, que surgiu da exposição “El Museo Imaginario”. O grupo contestava com ironia os mitos da sociedade contemporânea.

Díaz é um importante expoente das artes visuais, principalmente no que diz respeito à busca por meios expressivos de manifestação de suas inclinações e preocupações. Entre diversos reconhecimentos, inclusive internacionais, como sua participação nas Bienais de La Habana, São Paulo, Veneza e em Documenta 12, destacam-se os mais recentes: Prêmio Nacional de Arte 2003 e Prêmio Fondart 2005. Suas obras estão em diversas coleções e museus pelo mundo, incluindo a Coleção Daros Latinamerica em Zurique e o MoMA, em Nova York.

José Damasceno
Nascido no Rio de Janeiro em 1968, José Damasceno é um significativo representante do desenvolvimento da escultura e da instalação brasileira nos últimos anos. Suas criações exploram os limites da forma escultórica com materiais industriais e elementos improváveis – peças de xadrez, cartões postais, papel milimetrado e massa de modelar – que constroem um espaço de estranhamento. Em fotografias, maquetes, esculturas e instalações, busca a subjetividade do atrito de sentidos entre ideia, volume, escala e textura, transformando tudo em ferramenta para produção e distorção de realidades.

Sua obra, muito variada, não tem uma constância formal, técnica, ou de uso de determinados procedimentos. Não há definição imediata de um estilo: seu trabalho é uma sucessão de aventuras e surpresas e, mesmo assim, se criações distintas forem comparadas, é perceptível um sentido de unidade e comunicação.

Desde 1997, na série “Organograma”, o artista mistura e repete as palavras “ontem”, “hoje” e “amanhã” e conceitos relacionados a elas, coexistentes em diversas soluções estruturais, questionando abertamente a ideia de tempo linear e progressivo.

Participou da Bienal de São Paulo, em 2002, da Bienal do Mercosul, em 2003 e da Bienal de Veneza em 2005 e 2007. No ano seguinte, sua mostra “Coordenadas y Apariciones” ocupou todos os espaços, incluindo os não expositivos, do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri. Desde junho até o dia 14 de agosto de 2011, José Damasceno é tema de uma exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que apresenta mais de 50 trabalhos criados na década de 1990.

Suas obras fazem parte de coleções como Daros Latinamerica, em Zurique, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.

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