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BA/GO/PE/RJ/EUA/França Palestra de Oliver Grau na Comunicação da UFRJ / Salão Nacional de Arte de Goiás – 5ª Prêmio Flamboyant
ANO 5 - N. 26 / 16 DE MARÇO DE 2005


NESTA EDIÇÃO:
Suzana Queiroga na Galeria 90, Rio de Janeiro
Hugo Houayek na Maria Martins, Rio de Janeiro
Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea no MAM Bahia, Salvador
Antonio Vargas e Yiftah Peled na La Peña, EUA
Adriana Varejão na Cartier, França
Palestra com Renato Valle e Marco Hanois no MAC, Olinda
Palestra de Oliver Grau na Comunicação da UFRJ, Rio de Janeiro
INSCRIÇÕES
Salão Nacional de Arte de Goiás – 5ª Prêmio Flamboyant


Suzana Queiroga

Suzana Queiroga
Velatura

17 de março a 17 de maio de 2005


Galeria 90 Arte Contemporânea
Rua Marquês de São Vicente 90, Gávea, Rio de Janeiro RJ
21- 2513-7144 ou galeria90@veloxmail.com.br
Terça a domingo, das 14h às 20h

Sobre a nova galeria e a exposição


Sobre a artista


Texto crítico de Angélica de Moraes

Enviado por Wagner Vall wagner@ascesecom.com.br
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Hugo Houayek

Hugo Houayek

17 de março de 2005, quinta-feira, 19h

Galeria Maria Martins
Universidade Estácio de Sá / Campus Tom Jobim
Avenida das Américas 4200 bloco 11, Centro Empresarial Barra Shopping, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
21-2503-7078 ou universidarte@estacio.br
www.estacio.br/site/universidarte
Segunda a sexta, das 10h às 22h; sábados, das 10h às 18h

Exposição até 9 de abril de 2005

Sobre a exposição

Comentário crítico de Álvaro Seixas

Enviado por Vera Condé vconde@estacio.br e Hugo Houayek houayek@uol.com.br
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Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea
António Ole,
Daniel Lima, Eustáquio Neves, Maria Magdalena Campos-Pons, Mário Cravo Neto

Curadoria de Solange Farkas

Ves Rencontres de la Photographie Africaine Bamako
Aliou Mbaye, Fatou Kandé Senghor, Matar Ndour e Pape Seydi

Curadoria de Koyo Kouoh


18 de março a 17 de abril de 2005

Museu de Arte Moderna da Bahia
Avenida Contorno s/n, Solar do Unhão, Salvador - BA
71-3329-0660

Realização: Associação Cultural Videobrasil

Sobre o evento

Enviado por Teté Martinho tetemartinho@uol.com.br
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Antonio Vargas
21 imagens grotescas
Yiftah Peled
O passo

Encontro com os artistas
19 de março, sábado, 18h às 20h

18 de março, sexta-feira, 18h

Galeria La Peña
227 Congress Avenue, Austin, Texas, EUA
1-512-477-6007 ou lapena@igc.apc.org
www.lapena-austin.org
Segunda a sexta, das 9h às 17h; sábados e domingos, das 9h às 15h
Exposição até 11 de abril de 2005

Enviado por Yiftah Peled c2yp@udesc.br
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Adriana Varejão
Chambre d'echos

18 de março a 5 de junho de 2005

Fondation Cartier pour l'art contemporain
261 Boulevard Raspail, Paris 14, França
T. 33-1-4218-5650 F. 4218-5612
www.fondation.cartier.com
Terça a domingo, das 12h às 20h

Enviado por www.fondation.cartier.com
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Palestra com os bolsistas
Renato Valle e Marco Hanois
Selecionados no 45º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco

17 de março, quinta-feira, 18h30

MAC Olinda
R. 13 de maio 149, Varadouro, Olinda - PE
81- 3429-2587
Terça a sexta, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 14h às 17h
A exposição Resultado Dois (Augusto Japiá, Eudes Mota, Renato Valle e Grupo Corgo) vai até 7 de abril de 2005

Enviado por Ana Luisa Araujo salaopernambucano2004@yahoo.com.br
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Palestra
Oliver Grau
Relembrando a Fantasmagoria
Arte Virtual do século XIX e seu futuro

18 de março, sexta-feira, 14h

Escola de Comunicação da UFRJ
Auditório da Central de Produção Multimidia/CPM
Avenida Pasteur 250, Praia Vermelha, Rio de Janeiro - RJ
21-38735079

Apoio Cultural: Goethe Institut Rio
Realização: Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ, Escultura/BAB/Escola de Belas Artes da UFRJ
Organização: Profa. Ivana Bentes, Profa. Simone Michelin

Sobre a palestra e o palestrante

Enviado por Simone Michelin sm07@terra.com.br
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Salão Nacional de Arte de Goiás – 5ª Prêmio Flamboyant

Prêmios
Selecionados - R$ 2 mil
5 Aquisições de R$ 10 mil

Inscrições até 6 de maio de 2005

Flamboyant Shopping Center
Av. Jamel Cecílio 3.300, Jardim Goiás, Goiânia-GO
62-546-2000 / 546-2257
Diariamente, das 10h às 22h
Imprima a ficha de inscrição do www.salaonacionaldeartedegoias.com.br

Veja o regulamento no Salões&Prêmios

Enviado por Assessoria de Comunicação - Dienys Rodriguescomunicacao@flamboyant.com.br
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TEXTOS DO E-NFORME

Galeria 90 : novo espaço para a arte contemporânea

O Rio de Janeiro ganha um novo espaço para a arte contemporânea a partir de março. Localizada numa simpática vila na Gávea, zona sul do Rio, a Galeria 90 Arte Contemporânea abre as portas no dia 17 abrigando uma instalação inédita e inusitada da artista plástica Suzana Queiroga, que este anocompleta 25 anos de produção artística. O novo espaço tem como proposta apresentar trabalhos de artistas de diferentes trajetórias e meios expressivos, criando uma troca de informações, relações, sensações e idéias entre artistas e público.

Em 2005, a Galeria 90 mostrará ao público, dentro de seu calendário de exposições, trabalhos inéditos de artistas como Carli Portela, Denise Catilina, Fernanda Junqueira, Jacqueline Siano e o coletivo Imaginário Periférico, além do acervo com obras dos principais artistas e novos talentos da arte contemporânea.

A artista plástica Suzana Queiroga inaugura o calendário da galeria com a instalação "Velatura" , um penetrável onde o público terá a sensação de mergulhar numa imensa pintura

Expoente da Geração 80, Suzana Queiroga criou para o novo espaço uma obra inflável penetrável em plástico PVC, transparente e vermelho, com cavidades e oríficios que serão percebidos pelo público como colunas e que ocupará todo o interior da galeria, do chão ao teto (ilustração abaixo). Uma das paredes da galeria será revestida por um espelho, duplicando a percepção da obra e proporcionando ao espectador a experiência de estar literalmente imerso numa grande pintura.

"O deslocamento dos visitantes entre as colunas é refeito a todo instante através do reflexo no espelho, provocando diferentes reações táteis. O vermelho transparente do material fará com que inúmeras gamas, tons e semitons de vermelho sejam percebidos de forma cambiante durante o percurso no espaço", explica Suzana.

Suzana Queiroga

A artista plástica carioca Suzana Queiroga surgiu no cenário nacional nos anos 80, época em que a exposição "Como vai você, Geração 80?", de 1984, apresentou a produção de vanguarda. Queiroga é um dos nomes mais representativos deste núcleo de artistas, ao lado de Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leda Catunda, Delson Uchoa, Nuno Ramos, entre outros. Pinturas, esculturas, instalações e intervenções urbanas são as várias expressões em que Suzana Queiroga se debruça.

A artista é Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ e professora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Participou de vários Salões de Artes, tendo sido premiada nos IX e X Salão Nacional de Artes Plásticas;VI e VII Salão Carioca de Arte, entre outros. Recebeu a Bolsa RioArte em 1999, com projeto de Pintura no espaço urbano. Participou de inúmeras exposições coletivas como Mostra Rio Gravura, EAV/RJ; A cor e suas Poéticas, CCPC/RJ; Impressões Brasil, Casa do Brasil, Madrid, Espanha; Mostra comemorativa dos 20 anos da Geração 80, intitulada "Como está você, Geração 80?", no CCBB/RJ em 2004.

Dentre as várias exposições individuais destacam-se Pinturas, galeria Artespaço/RJ; Pinturas, Galeria Sergio Milliet/IBAC/RJ; Pinturas "As três graças", Paço Imperial/RJ; Pinturas Museu Nacional de Belas Artes/RJ; Pinturas, espaço Cultural Sérgio Porto/RJ, Tropeços em Paradoxos, Galeria LGC Arte Hoje/RJ e In Between, individual nos 3 espaços das Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ em 2004.

Velaturas

ANGÉLICA DE MORAES

Suzana Queiroga instaura no espaço uma arte luminosa, de denso cromatismo, que nos convoca a analisar e experimentar, camada por camada, a eterna sedução da pintura. Há nesta obra total sintonia com a expansão de meios da contemporaneidade, fenômeno que ampliou o pensamento pictórico para muito além dos seus horizontes tradicionais. São outros os suportes e materiais, mas ainda e sempre é pintura. Pintura expandida. (1)

Ao mergulhar o observador na própria matéria que ele irá examinar, a artista organiza aproximações sucessivas, fluxos de percepção provocados pelo deslocamento do corpo e do olhar. Tempo e espaço. Camadas. Velatura. Percepções rebatidas e duplicadas, seja pela memória, seja pela retina. Não há mais a “janela” da pintura. O espaço real e o espaço da arte, interligados, potencializam a fruição pictórica.

Há a luz e as imagens desse espaço interno devolvidas pela refração do espelho mas também a transparência do plástico que filtra e confere estrutura à cor/luz que o penetra. São continentes e conteúdos. Poros/colunas interligam dentro e fora, vazam arquitetura quase imaterial, configurada e sustentada pela tensão superficial da epiderme de PVC. Colunas de diâmetros diversos, dispostas de modo assimétrico, estabelecem relações espaciais descontínuas.

Este inflável/instalação é o terreno sedimentar de várias acumulações trazidas pela história da pintura e a decantação de uma trajetória artística dedicada à pintura. São essencialidades atingidas por Suzana Queiroga ao trabalhar em paralelo tanto a tradicional pintura-pintura quanto a expansão do pictórico para novos meios. Nesse ir e vir, está atenta ao efeito polinizador que um procedimento traz ao outro, abolida qualquer suposta hierarquia entre eles.

A filiação mais evidente desta Velatura é o legado neoconcretista, que incorporou à obra de arte o espaço no entorno dela. Algo que desborda da bidimensionalidade da tela para os sólidos geométricos, como fez Aluisio Carvão (1920-2001) com o vermelho Cubocor, em 1960.

A pintura contemporânea e suas expansões, ao contrário das vanguardas do século 20, não se faz de rupturas. Fertiliza-se na hibridação. Afinal, o cerne mais íntimo da pintura não reside nas moléculas de tinta depositadas na tela pelos pincéis. Ela é feita de sinapses de conceitos, de trocas elétricas incorporadas ao nosso olhar pelo convívio com a extensa e rica trajetória dessa técnica ao longo dos séculos de sua história. Tem algo de rizomático, no sentido estabelecido por Deleuze e Guattari. (2)

A arte de Suzana Queiroga, ao nos envolver em epidermes vermelhas, nos remete a outra velatura: nosso próprio corpo e seu interior, também vermelho. É quando sentimos que podemos ser/conter as pulsações da arte, músculo sensório e motor de vida.

1. Expressão que aproprio do conceito de campo expandido utilizado por Rosalind Krauss para analisar a escultura contemporânea (The Originality of the Avant-garde and Other Modernist Myths, 1985, The M.I.T. Press, Cambridge, Mass., EUA)

2. DELEUZE, G. e GUATTARI, F., Mil Platôs, Vol.1. Editora 34, São Paulo, 1999)

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Hugo Houayek - Mostra individual do artista selecionado pelo júri da Universidarte XII, composto por Luiz Camillo Osorio e Reynaldo Roels Jr.

A exposição está divida em dois módulos; o primeiro modulo faz parte da série “Desenhos de Arquitetura”. Apresentando 5 trabalhos de pintura de grandes proporções sobre lona plástica , colocados na parede não na vertica,l mas encostados, inclinados, evidenciando suas características como objeto estético. Monocromáticos as formas geométricas criam a perspectiva evidenciando a relação com o desenho de arquitetura.

O segundo módulo se caracteriza por pesquisas desenvolvidas no atelier em 2004, de formatos que variam do médio ao pequeno, possuem referencias às embalagens e outros à paisagem.

Sobre “Desenho de arquitetura”

ÁLVARO SEIXAS

Na série intitulada ‘Desenho de arquitetura’, Hugo Houayek promove a junção de duas proposições de espaço: a primeira refere-se ao espaço físico – real, material e palpável – onde a lona e a tinta industrial, materiais corriqueiros utilizados na construção e no ato de erguer da concretude a obra arquitetônica, são agora a superfície por meio da qual um segundo espaço é elaborado: simulado, irreal, ilusório e perceptivo - o da representação de tal arquitetura .

Por outro lado, confere a tais materiais mundanos e muitas vezes negligenciados pela sociedade o estatuto não mais de secundários, mas de peças principais – a lona e a tinta depositada sobre a primeira não estão mais à serviço de determinada estrutura a ser construída, não mais serão deixados de lado após o processo - eles agora se constituem objeto final - de valor - dignos de nobreza.

E talvez esse seja um dos principais méritos e estratégias da arte – um procedimento já muito utilizado por certos sábios do oriente – conferir ao mundano, ao mínimo, ao precário, ao quase que insignificante, a qualidade de nobre, de sublime e de realeza, para destes serem capazes de extrair uma filosofia profunda.

Álvaro Seixas é artista plástico, graduando da UFRJ.
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Capital da diáspora negra - Salvador sedia Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea, evento inédito no Brasil

O termo diáspora surgiu para designar a dispersão do povo judeu, no decorrer dos séculos, por todo o mundo. Entretanto, seu uso não é mais estanque, tornando-se recorrente quando se trata de outros povos. Assim como a arte, ele se tornou universal.

Salvador sedia, entre os dias 18 de março e 17 de abril, a Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea. O evento, inédito no Brasil, traça um panorama da atual produção de artistas africanos e afro-descendentes, que buscam através de suas obras dialogar com a questão da diáspora africana. Totalmente gratuita, inclui artes plásticas, instalações, fotografia, debates e uma mostra do maior festival de cinema africano, o Festival Pan-Africano do Cinema e da Televisão de Ouagadougou (FEPASCO), e será realizada no Museu de Arte Moderna da Bahia [MAM] e na Sala Walter da Silveira [Biblioteca Publica do Estado – Barris]. A escolha do MAM para receber a Mostra tem um significado especial: foi lá que o primeiro navio negreiro aportou no Brasil no século XVI, passo importante para a construção da miscigenada cultura brasileira.

É nesse cenário envolto em história que será realizada, na sexta-feira (18 de março), a partir das 20h, a abertura da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea. O evento para convidados terá como um dos pontos altos a presença do artista Daniel Lima, que dará início à instalação Coluna Laser III – Mar, pensada especialmente para a cidade de Salvador. O potente raio laser apontado para a entrada da Baía de Todos os Santos sinaliza, como um anti-farol – nas palavras do artista – o trajeto dos navios negreiros. A obra tem consultoria do Doutor Eduardo Landulfo, da USP. A noite também contará com a apresentação do instrumentista Ramiro Musotto. O músico – que já se apresentou ao lado de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte e Zeca Baleiro – mostrará seu último trabalho, o elogiado CD Sudaka, indo do tradicional berimbau a imagens projetadas que criam uma instalação dentro do show, trazendo referências a ritmos afro-brasileiros, caribenhos e indígenas.

Abertura da Mostra de filmes

No sábado (19 de março), às 20h, na Sala Walter da Silveira, será a vez da abertura da mostra de filmes, com a exibição seguida de coquetel, para convidados, de Filhas do vento, estréia em longa-metragem de ficção do cineasta Joel Zito Araújo. O pré-lançamento do trabalho na Bahia marca o início da mostra de 18 filmes do Festival Pan-Africano do Cinema e da Televisão de Ouagadougou, que acontece entre os dias 20 e 29 de março, aberta gratuitamente ao público.

Conexões

Dentre as questões-chave da Mostra, o resgate de uma história muitas vezes conturbada. Toda a concepção baseou-se nas conexões e nos diálogos possíveis – e necessários – entre o continente africano e as demais regiões do mundo, sobretudo os países do sul geopolítico. Habitados por descendentes do fluxo populacional provocado pelo tráfico de seres humanos para trabalho escravo, essas nações acabaram por abrigar novos povos. Não por acaso, Salvador – cidade brasileira com o maior contingente populacional de afro-descendentes do Brasil – foi escolhida para sediar um evento de tamanha magnitude.

A Mostra tem como objetivo maior uma reflexão sobre a conformação dessas novas sociedades. Esses elementos podem ser percebidos nas obras apresentadas. Um exemplo disso é a literatura feita pelo escritor angolano José Eduardo Agualusa – um dos maiores autores do continente africano, elogiado por Chico Buarque e Caetano Veloso –, que estará presente na Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea.

Realizada pela Associação Cultural Videobrasil, a Mostra tem patrocínio da Petrobras e conta com o apoio institucional da Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, do Itamaraty e da Embaixada da França no Brasil. Na Bahia, a mostra tem o apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia através da Diretoria de Artes Visuais e Multimeios – Dimas e da Aliança Francesa. A curadoria é assinada por Solange Farkas, presidente da Associação Cultural Videobrasil. A instituição também é responsável pelo Festival Internacional de Arte Eletrônica, que acontece a cada dois anos em São Paulo e que esteve em Salvador no ano passado, através de sua forma itinerante, o Videobrasil na Bahia.

Segundo a curadora Solange Farkas, a Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea é, até o momento, o maior esforço para promover a arte como caminho para entender as ligações entre os continentes africano e americano. Além disso, ainda persiste atualmente um forte estereótipo de cultura tribal atribuído à produção de artistas africanos e afro-descendentes, fruto de um discurso dominador e elitista.

Sinônimo de tristeza para os que aqui chegavam após penosa viagem e inspiração para os artistas contemporâneos que se debruçam sobre a questão da diáspora negra, o Atlântico sul, cheio de contradições, foi o ponto de partida do trabalho curatorial. “O homem era ao mesmo tempo mercador e mercadoria. Na lógica do comércio triangular entre África, Américas e Europa, a mão-de-obra escrava era um importante item comercial. O homem escravizado era uma commodity a ser negociada”, aponta a curadora da Mostra.

A curadora

A baiana Solange Farkas, nascida em Feira de Santana, é uma das articuladoras mais ativas da produção de arte eletrônica do circuito sul. Diretora e curadora do Festival Internacional de Arte Eletrônica – evento que criou em 1983 em São Paulo - exibe seleções de videoarte brasileira e sul-americana nos principais festivais do gênero no mundo. Preside a Associação Cultural Videobrasil, que mantém a maior coleção de arte eletrônica do país. Solange organizou, em 2000, a Mostra Africana de Arte Contemporânea, na capital paulista.

O convite para a realização de um grande evento ligado à atual produção artística da África partiu da Fundação Cultural Palmares, entidade pública ligada ao Ministério da Cultura que busca o reforço à cidadania e identidade do povo brasileiro. Para a concepção e realização da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea, a curadora começou a pesquisar e se articular em meados de 2000, reunindo pesquisadores e acentuando o número de viagens à África. Esse processo permitiu a Solange Farkas estreitar sua relação com a realidade africana, podendo assim captar melhor suas diferentes nuanças, além de entrar em contato com artistas locais. Para ela, “as obras de arte são responsáveis pela revelação gradual do contato histórico entre espaços divergentes, comunidades diversas e até mesmo continentes. Nenhum espaço permanece inocente e alheio à condição global de interligação dos espaços. A noção do contato nos ajuda a aprofundar nosso entendimento coletivo e repensar os resíduos de fatos históricos como a escravidão, o colonialismo e a busca pela dominação de povos e recursos. A mostra busca evidências e as reconstrói, lançando um novo olhar sobre as relações transatlânticas contemporâneas”.

A Mostra, com programação gratuita é dividida em três grandes eixos. Um ligado às artes visuais (de 18 de março a 17 de abril), outro voltado à filmografia do continente (de 19 a 29 de março) e um terceiro que agrupa pensadores e acadêmicos (dias 19 e 20 de março).

Artes visuais

Os espaços do MAM serão ocupados por artistas díspares que, através do uso de diversos meios e suportes, buscam expressar, em menor ou maior grau, questões ligadas à diáspora africana. A própria escolha do local para abrigar grande parte da programação da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea é motivo de acurada análise. Primeiro local a receber africanos para trabalhar nas terras baianas como escravos, a imponente construção certamente se revelava uma verdadeira masmorra para seus habitantes temporários, tidos na época como inferiores. Como sintetiza Solange Farkas no catálogo do projeto: “A escolha do local para abrigar a Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea que aqui apresentamos tem um significado tão forte e natural quanto a escolha da cidade de Salvador, que preserva a memória e transforma de maneira criativa as influências e a herança africanas. São exatamente essas transformações e hibridizações, a reflexão sobre a diáspora negra, o papel da arte sobre a própria construção de uma identidade afro-descendente o centro desta exposição”.

Expositores

O primeiro andar do centenário casarão abrigará uma instalação inédita de Mario Cravo Neto. Mais conhecido pelas novas gerações pelo seu trabalho como fotógrafo – no qual dialoga com o imaginário da religiosidade católica e do candomblé –o baiano possui uma consistente trajetória no campo das artes plásticas, tendo participado diversas vezes da Bienal de São Paulo.

Feita especialmente para a Mostra, a obra presente no casarão apresenta elementos que remetem às águas do Oceano Atlântico, palco penoso do trajeto pelos que foram capturados pelos mercadores de escravos. O artista criou especialmente para a mostra Somewhere over the rainbow, a primeira instalação de seu vasto currículo. O horizonte e o mar, que ao mesmo tempo unem e separam o Brasil da África predominam na obra de Mário Cravo Neto. A idéia original de Somewhere over the rainbow surgiu a partir de um sonho do baiano. Nele, o orixá Exu olhava o mundo do alto – talvez como uma espécie de testemunha dos desmandos cometidos nas travessias.

Subindo a magnífica escada do MAM, o visitante encontrará o perturbador estilo do mineiro Eustáquio Neves. Para o artista, a imagem realista, tal qual a vemos de forma natural, é apenas o principio gerador das obras. Manipulando química e fisicamente formas, cores e texturas, descobre novas possibilidades a partir do que poderia ser considerado óbvio. De sua instalação emergem questões ligadas à desigualdade e à história dos afro-descendentes no Brasil.

Outros navios é o nome da instalação do mineiro na capital baiana e consiste na projeção de diversas séries de trabalhos fotográficos de Eustáquio Neves: em Arturos o mote central é um antigo quilombo em Minas Gerais. A ausência de negros em propagandas e o preconceito subliminar do mundo da publicidade – área que manuseia supostos desejos das pessoas – é explicitado em Objetização do corpo. Boa aparência traz a forma velada de anúncios de empregos que exigem “boa aparência”. Máscara de punição surge a partir de elementos do Museu do Escravo (MG) e de fotos da mãe do artista.

A antiga capela recebe um artista proveniente de um país que divide com o Brasil a mesma herança colonizadora portuguesa. O angolano António Ole traz para sua exposição em Salvador obras que também possuem o mar como tema central. Canoa quebrada e Hidden pages, stolen bodies são instalações do artista.

Engajado, Ole faz da arte seu manifesto. Para tanto, utiliza diversos elementos, como objetos perdidos no oceano atlântico, ou como diz Agualusa, “a memória de naufrágios, maresias, máscaras e mascarados, o grito das gaivotas, o marulhar das águas de encontro a velhos molhes, a glória de crepúsculos desgarrados, o último fôlego de tardes entre ruínas”, analisando as obras de Ole.

Antonio Ole começou cedo a trilhar pela pintura para, em seguida, explorar meios como fotografia, escultura, filme e instalação. Nos anos 1980 diplomou-se pelo American Film Institute, nos Estados Unidos. Para Ole, uma de suas principais preocupações é tornar visível a história de Angola, marcada nas últimas décadas por uma guerra civil que durou mais de 25 anos, e que só teve fim em 2002. Com sua sensibilidade, traduz as dores e os anseios de um povo que sofre com profundas cicatrizes, visíveis ou não.

Uma tênue ponte, quase intangível, contudo extremamente marcante. A parte externa do Museu receberá Coluna Laser III – Mar, instalação de Daniel Lima. O jovem artista planejou para o espaço uma complexa máquina que projetará um potente feixe de raio laser em direção a África, recriando simbolicamente a ligação entre os continentes – um dia unidos. A ponte virtual luminosa é fruto de outros trabalhos já desenvolvidos pelo artista usando o raio laser. O artista de 31 anos vive em São Paulo e pesquisa intervenções transformadoras do cotidiano urbano, explorando possibilidades do desenho e do espaço em questão. A obra de Daniel Lima conta com o suporte do departamento de Física da Universidade de São Paulo – USP, presente em Salvador através do Doutor Eduardo Landulfo.

Em 2002, Daniel Lima assumiu os trabalhos de coordenação do núcleo de mídia A Revolução Não Será Televisionada, criador de programas que registram experimentos em videoarte. Para ele, a grande proposta do projeto assinado por Solange Farkas é utilizar a arte como forma de revelar o passado do Brasil, perverso e camuflado por uma série de discursos.

Outra região cuja formação societária foi influenciada pela diáspora negra é o Caribe. Nascida em Cuba e estabelecida nos Estados Unidos desde o início da década de 90, Maria Magdalena Campos-Pons traz a Salvador suas obras e seus relatos sobre antigas e novas formas de deslocamento. Extremamente autoral, a criação da artista é marcada pelas tradições e memórias de pessoas inseridas em processos de diáspora. Voluntárias ou não, essas mudanças afetam os locais de partida e destino, bem como a vida de todos os envolvidos. As três instalações da cubana na Mostra tratam de deslocamentos e identidade: Nesting, When I am not here. Estoy alla e Threads of memory. Da infância, elementos tipicamente cubanos, como os canaviais e a santeria, culto afro-cubano que mescla tradições religiosas iorubás e do catolicismo.

A carreira de Campos-Pons começou com pinturas nas quais a sexualidade e as diversas formas de representação feminina eram constantes. Atualmente, a produção da artista é marcada pela junção de vídeo, performance e fotografia. As instalações imaginadas por Campos-Pons remetem à diáspora africana, à vida de descendentes de escravos em Cuba e nos Estados Unidos e ao legado e à marginalização dessa história.

Bamako em Salvador

A fotografia ganha espaço dentro da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea através da exposição de 47 imagens integrantes da representação oficial do Senegal, em 2003, nos Ves Rencontres de la Photographie Africaine Bamako, o mais renomado festival de arte do continente africano. Koyo Kouoh curadora do encontro, realizado no Mali, estará em Salvador para acompanhar a abertura da Mostra e também participar do ciclo de debates.

A África testemunhou os primeiros experimentos com máquinas capazes de registrar imagens ainda no século XIX. Antes mero equipamento técnico e objeto de curiosidade, a câmera fotográfica logo passou a servir como instrumento para construção de discursos, alçando a fotografia ao patamar de arte no século XX.

A reunião desses trabalhos expostos em Bamako atesta o olhar sensível de Aliou Mbaye, Fatou Kandé Senghor, Matar Ndour e Pape Seydi. Uma nova idéia do continente surge a partir da observação dos trabalhos, revelando características físicas e sociais que muitas vezes fogem às imagens estabelecidas nas – e muitas vezes pelos – países economicamente desenvolvidos.

Arte em película

A Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea também cede espaço para a contundente filmografia do continente. Em parceria com a Embaixada da França no Brasil, a mostra – aberta ao público de 20 a 29 de março - apresenta 18 filmes que participaram do Festival Pan-Africano do Cinema e da Televisão de Ouagadougou, em Burkina Fasso, uma das mais bem-sucedidas iniciativas de difusão e reflexão sobre o cinema africano.

As mudanças no cinema afro-brasileiro estarão exemplificadas em Filhas do vento, que abre a mostra de filmes do projeto no dia 19 de março, às 20h, na Sala Walter da Silveira. A estréia do mineiro Joel Zito Araújo em longas-metragens de ficção terá seu pré-lançamento em Salvador. O trabalho do cineasta – que tem pós-doutorado pelo African Diaspora Program – Center for African & African American Studies da Universidade do Texas – será exibido em sessão única para convidados.

Filhas do vento é o primeiro filme inteiramente produzido e atuado por negros no Brasil. A obra foi destaque no último Festival de Cinema de Gramado, quando ganhou oito Kikitos, incluindo melhor filme pela crítica e melhor diretor (para Joel Zito Araújo). “Pela primeira vez todos os prêmios de atuação foram para artistas negros”, orgulha-se Joel Zito. Ruth de Souza e Lea Garcia dividiram o Kikito de melhor atriz. Milton Gonçalves e Rocco Pitanga saíram vitoriosos nas categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente. Por fim, Thalma de Freitas e Taís Araújo receberam o prêmio de atriz coadjuvante.

Aberta ao público entre os dias 20 e 29 de março, a mostra de filmes do Festival Pan-Africano do Cinema e da Televisão de Ouagadougou traz contundentes visões do continente africano. As exibições ocorrem sempre às 19 e 21h. Na seleção, 18 filmes que tratam de questões presentes na linha curatorial estabelecida por Solange Farkas, como, por exemplo, En attendant le bonheur – Heremakono (Esperando a felicidade - Mauritânia, 2002). A produção de Abderrahmane Sissako, premiado na FESPACO, traz às telas a história de um menino que, enquanto espera para viajar à Europa, tenta decifrar o mundo que o rodeia. O filme recebeu o prêmio da crítica internacional do Festival de Cannes de 2003. Outro exemplo é o filme Madame Brouette (Madame Brouette - Senegal, 2002), dirigido pelo escritor e músico senegalês Moussa Sene Absa. Os dois realizadores estarão presentes em Salvador, participando do ciclo de debates.

Reflexões através das palavras

Como a reflexão acerca de diversos temas é o mote principal do evento imaginado por Solange Farkas, foi montada uma programação de debates. Aberta ao público, essa parte da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea será realizada nos dias 19 e 20 de março, no MAM e na sala Walter da Silveira, respectivamente. A ordem é aglutinar, levando-se em consideração alguns critérios para que não haja sobreposição: “A intenção da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea é levantar questões comuns a países tão diferentes quanto o Brasil e Burkina Fasso, Cuba e Angola, os Estados Unidos e Gana. A arte e o pensamento são eficazes meios de aproximação, instrumentos que permitem a compreensão de experiências aparentemente distantes que passam a ser partilhadas com grande familiaridade”, pontua Solange Farkas.

Os debates são Encontro com artistas e curadores do eixo Artes Visuais, Encontro com cineastas e críticos do eixo Cinema, Memória e Escravidão: caminhos reconquistados? e Encontro com intelectuais do eixo Pensamentos. Além da curadora e dos artistas participantes da mostra, os ciclos de debates contarão com a presença de diversos intelectuais e acadêmicos brasileiros e estrangeiros.

Participantes

Além dos artistas que integram a parte de artes visuais da Mostra, os debates contarão com a presença de:

Koyo Kouoh - A curadora dos Ves Rencontres de la Photographie Africaine -Bamako é uma pesquisadora incessante. Visitando laboratórios no Mali, descobriu a herança deixada pelos fotógrafos de estúdio e o vigor de uma prática até hoje comum no país: a fotografia itinerante, que acompanha eventos sociais e políticos, e que convive com a chamada fotografia de arte. Para Kouoh, um fotógrafo, assim com qualquer escritor, é um contador de histórias.

João Carlos Rodrigues - Jornalista por formação, o carioca João Carlos Rodrigues é pesquisador, escritor, roteirista e diretor. Foi editor da revista “Filme Cultura”, co-roteirista do longa-metragem "Rio Babilônia", dirigido por Neville d'Almeida. Estudioso do cinema brasileiro, é autor de livros que analisam a produção nacional e a caracterização de personagens como índios e negros.

José Eduardo Agualusa – Um dos maiores escritores do continente africano. Alguns artistas brasileiros já declararam predileção pelo angolano, como Chico Buarque e Caetano Veloso. Alternando entre Luanda (atual capital da ex-colônia portuguesa) e Lisboa (que controlou Angola até 1975), o jornalista é reflexo vivo da diáspora africana.

Rod Stoneman – Especialista em cinema africano, o inglês é diretor da Hudson School of Film & Digital Media da Universidade Nacional da Irlanda. Stoneman também já produziu diversos filmes e ajudou a divulgar a cinematografia africana na Europa, através do canal de televisão Channel Four.

Cheryl Finley - A norte-americana Cheryl Finley é curadora, consultora, crítica de arte e colunista, tendo como áreas de interesse a fotografia, a arte afro-americana e o turismo cultural. Doutora em Estudos Afro-Americanos e História da Arte na Universidade de Yale, Finley trabalha em artigos que serão publicados nos próximos anos sobre o Atlântico Negro e, também, sobre a artista cubano-americana Maria Magdalena Campos-Pons.

Zita Nunes - Igualmente nascida nos Estados Unidos, Zita Nunes é professora assistente do Departamento de Inglês e Literatura Comparada da University of Maryland e autora de diferentes trabalhos que abordam temas como cultura

política, raça e democracia. Entusiasta do modernismo brasileiro, aplica a noção de antropofagia a idéias sobre a formação da identidade nos Estados Unidos do século XX.

Abderrahmane Sissako – O diretor do filme En attendant le bonheur – Heremakono imprimiu em sua obra um forte caráter autobiográfico. Originário da pequena vila de Sokolo, no Mali, Sissako vive atualmente na França, mas busca, através de seu trabalho, manter os laços com sua terra natal.

Armindo Bião – Doutor pela Universidade de Sorbonne, Bião é atualmente o diretor-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Além de seu lado acadêmico, é também reconhecido pela sua contribuição ao teatro.

João Reis – Doutor pela Universidade de Minessota, João Reis é professor do departamento de História da Universidade Federal da Bahia (UFBa). Além das atividades ligadas ao ensino superior, ele integra o conselho deliberativo do Centro de Estudos Afro-Orientais, em Salvador.

Laënnec Hurbon – Doutor em teologia pelo Instituto Católico de Paris e em sociologia pela Sorbonne, Hurbon é um dos maiores intelectuais do Haiti. Seus trabalhos versam sobretudo sobre as relações entre religião, política e cultura.

Moussa Sene Absa – Cineasta senegalês, Absa estudou cinema na França. Ele acompanha em Salvador a exibição de seu filme Madame Brouette dentro da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea. Escritor e músico, o senegalês começou no cinema como ator e roteirista (foi premiado pelo roteiro de Les Enfants de Dieu no Festival de Filmes Francófonos). Absa também produz um popular programa de comédia na TV senegalesa.

Sérgio Guedes – Ator, foi professor no Instituto de Estudos de Teatro na Universidade Sorbonne Nouvelle em Paris. Sérgio Guedes trabalha atualmente na Fundação Cultural do Estado da Bahia.

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Palestra de Oliver Grau na Comunicação da UFRJ

O meio Fantasmagoria, desenvolvido a partir da Lanterna Mágica e de parte da história da imersão, abriu a profundidade virtual do espaço da imagem pela primeira vez como uma esfera de transformações dinâmicas. Na Fantasmagoria, associam-se fenômenos que estamos experimentando novamente na arte e representação visual contemporânea – a palestra irá discutir artistas contemporâneos que trabalham com tais mídias. Em contraste com o Panorama do século XIX, a Fantasmagoria sugere que pode-se estabelecer contato com a psique, os mortos, ou com formas de vida artificial. É um modelo para a ‘manipulação dos sentidos’, o funcionamento do ilusionismo, a convergência de realismo e fantasia, a real base material de uma obra de arte imaterial.
*Fantasmagoria: Arte de fazer aparecer, de fazer ver, figuras luminosas na escuridão.

Oliver Grau é historiador de arte e pesquisador de mídia e professor na Humboldt University em Berlim. É professor visitante na Art University Linz e diretor do projeto Arte Imersiva em Berlim na Academia de Ciência Alemã (German Science Foundation). Desde 2000 está desenvolvendo o primeiro banco de dados internacional de arte virtual. Foi professor em diversos países, recebeu vários prêmios e tem publicado importantes livros na área. Recentemente publicou "Virtual Art: From Illusion to Immersion" pela MIT-Press, em 2003. Sua pesquisa está direcionada para a história da imersão e da emoção, história, conceitos e cultura da telepresença, arte genética e inteligência artificial. Grau é membro da Berlin-Brandenburg Academy of Sciences e atualmente é o diretor de "Refresh! First International Conference on the Histories of Media Art, Science and Technology, Banff 2005". Grau desenvolve em Berlin a “Database of Virtual Art” http://virtualart.hu-berlin.de/.

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