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BA/GO/PE/RJ/EUA/França Palestra de Oliver Grau na Comunicação da UFRJ / Salão Nacional de Arte de Goiás – 5ª Prêmio Flamboyant ANO 5 - N. 26 / 16 DE MARÇO DE 2005
Galeria
Maria Martins
Universidade Estácio
de Sá / Campus Tom Jobim
Avenida das Américas 4200 bloco 11, Centro Empresarial Barra Shopping,
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
21-2503-7078 ou universidarte@estacio.br www.estacio.br/site/universidarte Segunda a sexta, das 10h às 22h; sábados, das 10h às 18h Exposição até 9 de abril de 2005
Antonio
Vargas 21 imagens grotescas Yiftah Peled
O passo
Encontro com os artistas
19 de março, sábado, 18h às 20h
18 de março, sexta-feira, 18h
Galeria La Peña
227 Congress Avenue, Austin, Texas, EUA
1-512-477-6007 ou lapena@igc.apc.org www.lapena-austin.org Segunda a sexta, das 9h às 17h; sábados e domingos, das 9h às 15h Exposição até 11 de abril de 2005
Fondation Cartier pour l'art contemporain
261 Boulevard Raspail, Paris 14,
França
T. 33-1-4218-5650 F. 4218-5612 www.fondation.cartier.com Terça a domingo, das 12h às 20h
Palestra
com os
bolsistas Renato Valle e Marco Hanois
Selecionados
no 45º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco
17 de março, quinta-feira, 18h30
MAC Olinda
R. 13 de maio 149, Varadouro, Olinda - PE
81- 3429-2587 Terça a sexta, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 14h às 17h
A exposição Resultado Dois (Augusto Japiá, Eudes Mota, Renato Valle e
Grupo Corgo) vai até 7 de abril de 2005
Palestra Oliver Grau
Relembrando a Fantasmagoria
Arte Virtual do século XIX e seu futuro
18 de março, sexta-feira, 14h
Escola de
Comunicação da UFRJ
Auditório da Central de Produção Multimidia/CPM
Avenida Pasteur 250, Praia Vermelha, Rio de Janeiro - RJ
21-38735079
Apoio Cultural: Goethe Institut Rio
Realização: Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ, Escultura/BAB/Escola
de Belas Artes da UFRJ
Organização: Profa. Ivana Bentes, Profa. Simone Michelin Sobre a palestra e o palestrante
Galeria 90 : novo espaço para a arte contemporânea
O Rio de Janeiro ganha um novo espaço para a arte contemporânea a
partir de março. Localizada numa simpática vila na Gávea, zona sul do
Rio, a Galeria 90 Arte Contemporânea abre as portas no dia 17 abrigando
uma instalação inédita e inusitada da artista plástica Suzana Queiroga,
que este anocompleta 25 anos de produção artística. O novo espaço tem
como proposta apresentar trabalhos de artistas de diferentes
trajetórias e meios expressivos, criando uma troca de informações,
relações, sensações e idéias entre artistas e público.
Em 2005, a Galeria 90 mostrará ao público, dentro de seu calendário de
exposições, trabalhos inéditos de artistas como Carli Portela, Denise
Catilina, Fernanda Junqueira, Jacqueline Siano e o coletivo Imaginário
Periférico, além do acervo com obras dos principais artistas e novos
talentos da arte contemporânea.
A artista plástica Suzana Queiroga inaugura o calendário da galeria
com
a instalação "Velatura" , um penetrável onde o público terá a sensação
de mergulhar numa imensa pintura
Expoente da Geração 80, Suzana Queiroga criou para o novo espaço uma
obra inflável penetrável em plástico PVC, transparente e vermelho, com
cavidades e oríficios que serão percebidos pelo público como colunas e
que ocupará todo o interior da galeria, do chão ao teto (ilustração
abaixo). Uma das paredes da galeria será revestida por um espelho,
duplicando a percepção da obra e proporcionando ao espectador a
experiência de estar literalmente imerso numa grande pintura.
"O deslocamento dos visitantes entre as colunas é refeito a todo
instante através do reflexo no espelho, provocando diferentes reações
táteis. O vermelho transparente do material fará com que inúmeras
gamas, tons e semitons de vermelho sejam percebidos de forma cambiante
durante o percurso no espaço", explica Suzana.
Suzana Queiroga
A artista plástica carioca Suzana Queiroga surgiu no cenário nacional
nos anos 80, época em que a exposição "Como vai você, Geração 80?", de
1984, apresentou a produção de vanguarda. Queiroga é um dos nomes mais
representativos deste núcleo de artistas, ao lado de Beatriz Milhazes,
Daniel Senise, Leda Catunda, Delson Uchoa, Nuno Ramos, entre outros.
Pinturas, esculturas, instalações e intervenções urbanas são as várias
expressões em que Suzana Queiroga se debruça.
A artista é Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ e professora da
Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Participou de vários Salões de
Artes, tendo sido premiada nos IX e X Salão Nacional de Artes
Plásticas;VI e VII Salão Carioca de Arte, entre outros. Recebeu a Bolsa
RioArte em 1999, com projeto de Pintura no espaço urbano. Participou de
inúmeras exposições coletivas como Mostra Rio Gravura, EAV/RJ; A cor e
suas Poéticas, CCPC/RJ; Impressões Brasil, Casa do Brasil, Madrid,
Espanha; Mostra comemorativa dos 20 anos da Geração 80, intitulada
"Como está você, Geração 80?", no CCBB/RJ em 2004.
Dentre as várias exposições individuais destacam-se Pinturas, galeria
Artespaço/RJ; Pinturas, Galeria Sergio Milliet/IBAC/RJ; Pinturas "As
três graças", Paço Imperial/RJ; Pinturas Museu Nacional de Belas
Artes/RJ; Pinturas, espaço Cultural Sérgio Porto/RJ, Tropeços em
Paradoxos, Galeria LGC Arte Hoje/RJ e In Between, individual nos 3
espaços das Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ em
2004.
Velaturas
ANGÉLICA DE MORAES
Suzana Queiroga instaura no espaço uma arte luminosa, de denso
cromatismo, que nos convoca a analisar e experimentar, camada por
camada, a eterna sedução da pintura. Há nesta obra total sintonia com a
expansão de meios da contemporaneidade, fenômeno que ampliou o
pensamento pictórico para muito além dos seus horizontes tradicionais.
São outros os suportes e materiais, mas ainda e sempre é pintura.
Pintura expandida. (1)
Ao mergulhar o observador na própria matéria que ele irá examinar, a
artista organiza aproximações sucessivas, fluxos de percepção
provocados pelo deslocamento do corpo e do olhar. Tempo e espaço.
Camadas. Velatura. Percepções rebatidas e duplicadas, seja pela
memória, seja pela retina. Não há mais a “janela” da pintura. O espaço
real e o espaço da arte, interligados, potencializam a fruição
pictórica.
Há a luz e as imagens desse espaço interno devolvidas pela refração do
espelho mas também a transparência do plástico que filtra e confere
estrutura à cor/luz que o penetra. São continentes e conteúdos.
Poros/colunas interligam dentro e fora, vazam arquitetura quase
imaterial, configurada e sustentada pela tensão superficial da epiderme
de PVC. Colunas de diâmetros diversos, dispostas de modo assimétrico,
estabelecem relações espaciais descontínuas.
Este inflável/instalação é o terreno sedimentar de várias acumulações
trazidas pela história da pintura e a decantação de uma trajetória
artística dedicada à pintura. São essencialidades atingidas por Suzana
Queiroga ao trabalhar em paralelo tanto a tradicional pintura-pintura
quanto a expansão do pictórico para novos meios. Nesse ir e vir, está
atenta ao efeito polinizador que um procedimento traz ao outro, abolida
qualquer suposta hierarquia entre eles.
A filiação mais evidente desta Velatura é o legado neoconcretista, que
incorporou à obra de arte o espaço no entorno dela. Algo que desborda
da bidimensionalidade da tela para os sólidos geométricos, como fez
Aluisio Carvão (1920-2001) com o vermelho Cubocor, em 1960.
A pintura contemporânea e suas expansões, ao contrário das vanguardas
do século 20, não se faz de rupturas. Fertiliza-se na hibridação.
Afinal, o cerne mais íntimo da pintura não reside nas moléculas de
tinta depositadas na tela pelos pincéis. Ela é feita de sinapses de
conceitos, de trocas elétricas incorporadas ao nosso olhar pelo
convívio com a extensa e rica trajetória dessa técnica ao longo dos
séculos de sua história. Tem algo de rizomático, no sentido
estabelecido por Deleuze e Guattari. (2)
A arte de Suzana Queiroga, ao nos envolver em epidermes vermelhas, nos
remete a outra velatura: nosso próprio corpo e seu interior, também
vermelho. É quando sentimos que podemos ser/conter as pulsações da
arte, músculo sensório e motor de vida.
1. Expressão que aproprio do conceito de campo expandido utilizado por Rosalind Krauss para analisar a escultura contemporânea (The Originality of the Avant-garde and Other Modernist Myths, 1985, The M.I.T. Press, Cambridge, Mass., EUA)
2. DELEUZE, G. e GUATTARI, F., Mil Platôs, Vol.1. Editora 34, São Paulo, 1999) volta ao topo
Hugo Houayek - Mostra individual do artista
selecionado pelo júri da Universidarte XII, composto por Luiz Camillo
Osorio e Reynaldo Roels Jr.
A exposição está divida em dois módulos; o primeiro modulo faz parte da
série “Desenhos de Arquitetura”. Apresentando 5 trabalhos de pintura
de grandes proporções sobre lona plástica , colocados na parede não na
vertica,l mas encostados, inclinados, evidenciando suas características
como objeto estético. Monocromáticos as formas geométricas criam a
perspectiva evidenciando a relação com o desenho de arquitetura.
O segundo módulo se caracteriza por pesquisas desenvolvidas no atelier
em 2004, de formatos que variam do médio ao pequeno, possuem
referencias às embalagens e outros à paisagem.
Sobre “Desenho de arquitetura”
ÁLVARO SEIXAS
Na série intitulada ‘Desenho de arquitetura’, Hugo Houayek promove a
junção de duas proposições de espaço: a primeira refere-se ao espaço
físico – real, material e palpável – onde a lona e a tinta industrial,
materiais corriqueiros utilizados na construção e no ato de erguer da
concretude a obra arquitetônica, são agora a superfície por meio da
qual um segundo espaço é elaborado: simulado, irreal, ilusório e
perceptivo - o da representação de tal arquitetura .
Por outro lado, confere a tais materiais mundanos e muitas vezes
negligenciados pela sociedade o estatuto não mais de secundários, mas
de peças principais – a lona e a tinta depositada sobre a primeira não
estão mais à serviço de determinada estrutura a ser construída, não
mais serão deixados de lado após o processo - eles agora se constituem
objeto final - de valor - dignos de nobreza.
E talvez esse seja um dos principais méritos e estratégias da arte – um
procedimento já muito utilizado por certos sábios do oriente – conferir
ao mundano, ao mínimo, ao precário, ao quase que insignificante, a
qualidade de nobre, de sublime e de realeza, para destes serem capazes
de extrair uma filosofia profunda.
Álvaro
Seixas é artista plástico, graduando da UFRJ. volta ao topo
Capital da diáspora negra - Salvador sedia Mostra
Pan-Africana de
Arte Contemporânea, evento
inédito no Brasil
O termo diáspora surgiu para designar a dispersão do povo judeu, no
decorrer dos séculos, por todo o mundo. Entretanto, seu uso não é mais
estanque, tornando-se recorrente quando se trata de outros povos. Assim
como a arte, ele se tornou universal.
Salvador sedia, entre os dias 18 de março e 17 de abril, a Mostra
Pan-Africana de Arte Contemporânea. O evento, inédito no Brasil, traça
um panorama da atual produção de artistas africanos e
afro-descendentes, que buscam através de suas obras dialogar com a
questão da diáspora africana. Totalmente gratuita, inclui artes
plásticas, instalações, fotografia, debates e uma mostra do maior
festival de cinema africano, o Festival Pan-Africano do Cinema e da
Televisão de Ouagadougou (FEPASCO), e será realizada no Museu de Arte
Moderna da Bahia [MAM] e na Sala Walter da Silveira [Biblioteca Publica
do Estado – Barris]. A escolha do MAM para receber a Mostra tem um
significado especial: foi lá que o primeiro navio negreiro aportou no
Brasil no século XVI, passo importante para a construção da miscigenada
cultura brasileira.
É nesse cenário envolto em história que será realizada, na sexta-feira
(18 de março), a partir das 20h, a abertura da Mostra Pan-Africana de
Arte Contemporânea. O evento para convidados terá como um dos pontos
altos a presença do artista Daniel Lima, que dará início à instalação
Coluna Laser III – Mar, pensada especialmente para a cidade de
Salvador. O potente raio laser apontado para a entrada da Baía de Todos
os Santos sinaliza, como um anti-farol – nas palavras do artista – o
trajeto dos navios negreiros. A obra tem consultoria do Doutor Eduardo
Landulfo, da USP. A noite também contará com a apresentação do
instrumentista Ramiro Musotto. O músico – que já se apresentou ao lado
de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte e Zeca
Baleiro – mostrará seu último trabalho, o elogiado CD Sudaka, indo do
tradicional berimbau a imagens projetadas que criam uma instalação
dentro do show, trazendo referências a ritmos afro-brasileiros,
caribenhos e indígenas.
Abertura da Mostra de filmes
No sábado (19 de março), às 20h, na Sala Walter da Silveira, será a vez
da abertura da mostra de filmes, com a exibição seguida de coquetel,
para convidados, de Filhas do vento, estréia em longa-metragem de
ficção do cineasta Joel Zito Araújo. O pré-lançamento do trabalho na
Bahia marca o início da mostra de 18 filmes do Festival Pan-Africano do
Cinema e da Televisão de Ouagadougou, que acontece entre os dias 20 e
29 de março, aberta gratuitamente ao público.
Conexões
Dentre as questões-chave da Mostra, o resgate de uma história muitas
vezes conturbada. Toda a concepção baseou-se nas conexões e nos
diálogos possíveis – e necessários – entre o continente africano e as
demais regiões do mundo, sobretudo os países do sul geopolítico.
Habitados por descendentes do fluxo populacional provocado pelo tráfico
de seres humanos para trabalho escravo, essas nações acabaram por
abrigar novos povos. Não por acaso, Salvador – cidade brasileira com o
maior contingente populacional de afro-descendentes do Brasil – foi
escolhida para sediar um evento de tamanha magnitude.
A Mostra tem como objetivo maior uma reflexão sobre a conformação
dessas novas sociedades. Esses elementos podem ser percebidos nas obras
apresentadas. Um exemplo disso é a literatura feita pelo escritor
angolano José Eduardo Agualusa – um dos maiores autores do continente
africano, elogiado por Chico Buarque e Caetano Veloso –, que estará
presente na Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea.
Realizada pela Associação Cultural Videobrasil, a Mostra tem patrocínio
da Petrobras e conta com o apoio institucional da Fundação Cultural
Palmares, do Ministério da Cultura, do Itamaraty e da Embaixada da
França no Brasil. Na Bahia, a mostra tem o apoio da Fundação Cultural
do Estado da Bahia através da Diretoria de Artes Visuais e Multimeios –
Dimas e da Aliança Francesa. A curadoria é assinada por Solange Farkas,
presidente da Associação Cultural Videobrasil. A instituição também é
responsável pelo Festival Internacional de Arte Eletrônica, que
acontece a cada dois anos em São Paulo e que esteve em Salvador no ano
passado, através de sua forma itinerante, o Videobrasil na Bahia.
Segundo a curadora Solange Farkas, a Mostra Pan-Africana de Arte
Contemporânea é, até o momento, o maior esforço para promover a arte
como caminho para entender as ligações entre os continentes africano e
americano. Além disso, ainda persiste atualmente um forte estereótipo
de cultura tribal atribuído à produção de artistas africanos e
afro-descendentes, fruto de um discurso dominador e elitista.
Sinônimo de tristeza para os que aqui chegavam após penosa viagem e
inspiração para os artistas contemporâneos que se debruçam sobre a
questão da diáspora negra, o Atlântico sul, cheio de contradições, foi
o ponto de partida do trabalho curatorial. “O homem era ao mesmo tempo
mercador e mercadoria. Na lógica do comércio triangular entre África,
Américas e Europa, a mão-de-obra escrava era um importante item
comercial. O homem escravizado era uma commodity a ser negociada”,
aponta a curadora da Mostra.
A curadora
A baiana Solange Farkas, nascida em Feira de Santana, é uma das
articuladoras mais ativas da produção de arte eletrônica do circuito
sul. Diretora e curadora do Festival Internacional de Arte Eletrônica –
evento que criou em 1983 em São Paulo - exibe seleções de videoarte
brasileira e sul-americana nos principais festivais do gênero no mundo.
Preside a Associação Cultural Videobrasil, que mantém a maior coleção
de arte eletrônica do país. Solange organizou, em 2000, a Mostra
Africana de Arte Contemporânea, na capital paulista.
O convite para a realização de um grande evento ligado à atual produção
artística da África partiu da Fundação Cultural Palmares, entidade
pública ligada ao Ministério da Cultura que busca o reforço à cidadania
e identidade do povo brasileiro. Para a concepção e realização da
Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea, a curadora começou a
pesquisar e se articular em meados de 2000, reunindo pesquisadores e
acentuando o número de viagens à África. Esse processo permitiu a
Solange Farkas estreitar sua relação com a realidade africana, podendo
assim captar melhor suas diferentes nuanças, além de entrar em contato
com artistas locais. Para ela, “as obras de arte são responsáveis pela
revelação gradual do contato histórico entre espaços divergentes,
comunidades diversas e até mesmo continentes. Nenhum espaço permanece
inocente e alheio à condição global de interligação dos espaços. A
noção do contato nos ajuda a aprofundar nosso entendimento coletivo e
repensar os resíduos de fatos históricos como a escravidão, o
colonialismo e a busca pela dominação de povos e recursos. A mostra
busca evidências e as reconstrói, lançando um novo olhar sobre as
relações transatlânticas contemporâneas”.
A Mostra, com programação gratuita é dividida em três grandes eixos. Um
ligado às artes visuais (de 18 de março a 17 de abril), outro voltado à
filmografia do continente (de 19 a 29 de março) e um terceiro que
agrupa pensadores e acadêmicos (dias 19 e 20 de março).
Artes visuais
Os espaços do MAM serão ocupados por artistas díspares que, através do
uso de diversos meios e suportes, buscam expressar, em menor ou maior
grau, questões ligadas à diáspora africana. A própria escolha do local
para abrigar grande parte da programação da Mostra Pan-Africana de Arte
Contemporânea é motivo de acurada análise. Primeiro local a receber
africanos para trabalhar nas terras baianas como escravos, a imponente
construção certamente se revelava uma verdadeira masmorra para seus
habitantes temporários, tidos na época como inferiores. Como sintetiza
Solange Farkas no catálogo do projeto: “A escolha do local para abrigar
a Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea que aqui apresentamos tem
um significado tão forte e natural quanto a escolha da cidade de
Salvador, que preserva a memória e transforma de maneira criativa as
influências e a herança africanas. São exatamente essas transformações
e hibridizações, a reflexão sobre a diáspora negra, o papel da arte
sobre a própria construção de uma identidade afro-descendente o centro
desta exposição”.
Expositores
O primeiro andar do centenário casarão abrigará uma instalação inédita
de Mario Cravo Neto. Mais conhecido pelas novas gerações pelo seu
trabalho como fotógrafo – no qual dialoga com o imaginário da
religiosidade católica e do candomblé –o baiano possui uma consistente
trajetória no campo das artes plásticas, tendo participado diversas
vezes da Bienal de São Paulo.
Feita especialmente para a Mostra, a obra presente no casarão apresenta
elementos que remetem às águas do Oceano Atlântico, palco penoso do
trajeto pelos que foram capturados pelos mercadores de escravos. O
artista criou especialmente para a mostra Somewhere over the rainbow, a
primeira instalação de seu vasto currículo. O horizonte e o mar, que ao
mesmo tempo unem e separam o Brasil da África predominam na obra de
Mário Cravo Neto. A idéia original de Somewhere over the rainbow surgiu
a partir de um sonho do baiano. Nele, o orixá Exu olhava o mundo do
alto – talvez como uma espécie de testemunha dos desmandos cometidos
nas travessias.
Subindo a magnífica escada do MAM, o visitante encontrará o perturbador
estilo do mineiro Eustáquio Neves. Para o artista, a imagem realista,
tal qual a vemos de forma natural, é apenas o principio gerador das
obras. Manipulando química e fisicamente formas, cores e texturas,
descobre novas possibilidades a partir do que poderia ser considerado
óbvio. De sua instalação emergem questões ligadas à desigualdade e à
história dos afro-descendentes no Brasil.
Outros navios é o nome da instalação do mineiro na capital baiana e
consiste na projeção de diversas séries de trabalhos fotográficos de
Eustáquio Neves: em Arturos o mote central é um antigo quilombo em
Minas Gerais. A ausência de negros em propagandas e o preconceito
subliminar do mundo da publicidade – área que manuseia supostos desejos
das pessoas – é explicitado em Objetização do corpo. Boa aparência traz
a forma velada de anúncios de empregos que exigem “boa aparência”.
Máscara de punição surge a partir de elementos do Museu do Escravo (MG)
e de fotos da mãe do artista.
A antiga capela recebe um artista proveniente de um país que divide com
o Brasil a mesma herança colonizadora portuguesa. O angolano António
Ole traz para sua exposição em Salvador obras que também possuem o mar
como tema central. Canoa quebrada e Hidden pages, stolen bodies são
instalações do artista.
Engajado, Ole faz da arte seu manifesto. Para tanto, utiliza diversos
elementos, como objetos perdidos no oceano atlântico, ou como diz
Agualusa, “a memória de naufrágios, maresias, máscaras e mascarados, o
grito das gaivotas, o marulhar das águas de encontro a velhos molhes, a
glória de crepúsculos desgarrados, o último fôlego de tardes entre
ruínas”, analisando as obras de Ole.
Antonio Ole começou cedo a trilhar pela pintura para, em seguida,
explorar meios como fotografia, escultura, filme e instalação. Nos anos
1980 diplomou-se pelo American Film Institute, nos Estados Unidos. Para
Ole, uma de suas principais preocupações é tornar visível a história de
Angola, marcada nas últimas décadas por uma guerra civil que durou mais
de 25 anos, e que só teve fim em 2002. Com sua sensibilidade, traduz
as dores e os anseios de um povo que sofre com profundas cicatrizes,
visíveis ou não.
Uma tênue ponte, quase intangível, contudo extremamente marcante. A
parte externa do Museu receberá Coluna Laser III – Mar, instalação de
Daniel Lima. O jovem artista planejou para o espaço uma complexa
máquina que projetará um potente feixe de raio laser em direção a
África, recriando simbolicamente a ligação entre os continentes – um
dia unidos. A ponte virtual luminosa é fruto de outros trabalhos já
desenvolvidos pelo artista usando o raio laser. O artista de 31 anos
vive em São Paulo e pesquisa intervenções transformadoras do cotidiano
urbano, explorando possibilidades do desenho e do espaço em questão. A
obra de Daniel Lima conta com o suporte do departamento de Física da
Universidade de São Paulo – USP, presente em Salvador através do Doutor
Eduardo Landulfo.
Em 2002, Daniel Lima assumiu os trabalhos de coordenação do núcleo de
mídia A Revolução Não Será Televisionada, criador de programas que
registram experimentos em videoarte. Para ele, a grande proposta do
projeto assinado por Solange Farkas é utilizar a arte como forma de
revelar o passado do Brasil, perverso e camuflado por uma série de
discursos.
Outra região cuja formação societária foi influenciada pela diáspora
negra é o Caribe. Nascida em Cuba e estabelecida nos Estados Unidos
desde o início da década de 90, Maria Magdalena Campos-Pons traz a
Salvador suas obras e seus relatos sobre antigas e novas formas de
deslocamento. Extremamente autoral, a criação da artista é marcada
pelas tradições e memórias de pessoas inseridas em processos de
diáspora. Voluntárias ou não, essas mudanças afetam os locais de
partida e destino, bem como a vida de todos os envolvidos. As três
instalações da cubana na Mostra tratam de deslocamentos e identidade:
Nesting, When I am not here. Estoy alla e Threads of memory. Da
infância, elementos tipicamente cubanos, como os canaviais e a
santeria, culto afro-cubano que mescla tradições religiosas iorubás e
do catolicismo.
A carreira de Campos-Pons começou com pinturas nas quais a sexualidade
e as diversas formas de representação feminina eram constantes.
Atualmente, a produção da artista é marcada pela junção de vídeo,
performance e fotografia. As instalações imaginadas por Campos-Pons
remetem à diáspora africana, à vida de descendentes de escravos em Cuba
e nos Estados Unidos e ao legado e à marginalização dessa história.
Bamako em Salvador
A fotografia ganha espaço dentro da Mostra Pan-Africana de Arte
Contemporânea através da exposição de 47 imagens integrantes da
representação oficial do Senegal, em 2003, nos Ves Rencontres de la
Photographie Africaine Bamako, o mais renomado festival de arte do
continente africano. Koyo Kouoh curadora do encontro, realizado no
Mali, estará em Salvador para acompanhar a abertura da Mostra e também
participar do ciclo de debates.
A África testemunhou os primeiros experimentos com máquinas capazes de
registrar imagens ainda no século XIX. Antes mero equipamento técnico e
objeto de curiosidade, a câmera fotográfica logo passou a servir como
instrumento para construção de discursos, alçando a fotografia ao
patamar de arte no século XX.
A reunião desses trabalhos expostos em Bamako atesta o olhar sensível
de Aliou Mbaye, Fatou Kandé Senghor, Matar Ndour e Pape Seydi. Uma nova
idéia do continente surge a partir da observação dos trabalhos,
revelando características físicas e sociais que muitas vezes fogem às
imagens estabelecidas nas – e muitas vezes pelos – países
economicamente desenvolvidos.
Arte em película
A Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea também cede espaço para a
contundente filmografia do continente. Em parceria com a Embaixada da
França no Brasil, a mostra – aberta ao público de 20 a 29 de março -
apresenta 18 filmes que participaram do Festival Pan-Africano do Cinema
e da Televisão de Ouagadougou, em Burkina Fasso, uma das mais
bem-sucedidas iniciativas de difusão e reflexão sobre o cinema africano.
As mudanças no cinema afro-brasileiro estarão exemplificadas em Filhas
do vento, que abre a mostra de filmes do projeto no dia 19 de março, às
20h, na Sala Walter da Silveira. A estréia do mineiro Joel Zito Araújo
em longas-metragens de ficção terá seu pré-lançamento em Salvador. O
trabalho do cineasta – que tem pós-doutorado pelo African Diaspora
Program – Center for African & African American Studies da
Universidade do Texas – será exibido em sessão única para convidados.
Filhas do vento é o primeiro filme inteiramente produzido e atuado por
negros no Brasil. A obra foi destaque no último Festival de Cinema de
Gramado, quando ganhou oito Kikitos, incluindo melhor filme pela
crítica e melhor diretor (para Joel Zito Araújo). “Pela primeira vez
todos os prêmios de atuação foram para artistas negros”, orgulha-se
Joel Zito. Ruth de Souza e Lea Garcia dividiram o Kikito de melhor
atriz. Milton Gonçalves e Rocco Pitanga saíram vitoriosos nas
categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente.
Por fim, Thalma de Freitas e Taís Araújo receberam o prêmio de atriz
coadjuvante.
Aberta ao público entre os dias 20 e 29 de março, a mostra de filmes do
Festival Pan-Africano do Cinema e da Televisão de Ouagadougou traz
contundentes visões do continente africano. As exibições ocorrem sempre
às 19 e 21h. Na seleção, 18 filmes que tratam de questões presentes na
linha curatorial estabelecida por Solange Farkas, como, por exemplo, En
attendant le bonheur – Heremakono (Esperando a felicidade - Mauritânia,
2002). A produção de Abderrahmane Sissako, premiado na FESPACO, traz às
telas a história de um menino que, enquanto espera para viajar à
Europa, tenta decifrar o mundo que o rodeia. O filme recebeu o prêmio
da crítica internacional do Festival de Cannes de 2003. Outro exemplo é
o filme Madame Brouette (Madame Brouette - Senegal, 2002), dirigido
pelo escritor e músico senegalês Moussa Sene Absa. Os dois realizadores
estarão presentes em Salvador, participando do ciclo de debates.
Reflexões através das palavras
Como a reflexão acerca de diversos temas é o mote principal do evento
imaginado por Solange Farkas, foi montada uma programação de debates.
Aberta ao público, essa parte da Mostra Pan-Africana de Arte
Contemporânea será realizada nos dias 19 e 20 de março, no MAM e na
sala Walter da Silveira, respectivamente. A ordem é aglutinar,
levando-se em consideração alguns critérios para que não haja
sobreposição: “A intenção da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea
é levantar questões comuns a países tão diferentes quanto o Brasil e
Burkina Fasso, Cuba e Angola, os Estados Unidos e Gana. A arte e o
pensamento são eficazes meios de aproximação, instrumentos que permitem
a compreensão de experiências aparentemente distantes que passam a ser
partilhadas com grande familiaridade”, pontua Solange Farkas.
Os debates são Encontro com artistas e curadores do eixo Artes Visuais,
Encontro com cineastas e críticos do eixo Cinema, Memória e Escravidão:
caminhos reconquistados? e Encontro com intelectuais do eixo
Pensamentos. Além da curadora e dos artistas participantes da mostra,
os ciclos de debates contarão com a presença de diversos intelectuais e
acadêmicos brasileiros e estrangeiros.
Participantes
Além dos artistas que integram a parte de artes visuais da Mostra, os
debates contarão com a presença de:
Koyo Kouoh - A curadora dos Ves Rencontres de la Photographie Africaine
-Bamako é uma pesquisadora incessante. Visitando laboratórios no Mali,
descobriu a herança deixada pelos fotógrafos de estúdio e o vigor de
uma prática até hoje comum no país: a fotografia itinerante, que
acompanha eventos sociais e políticos, e que convive com a chamada
fotografia de arte. Para Kouoh, um fotógrafo, assim com qualquer
escritor, é um contador de histórias.
João Carlos Rodrigues - Jornalista por formação, o carioca João Carlos
Rodrigues é pesquisador, escritor, roteirista e diretor. Foi editor da
revista “Filme Cultura”, co-roteirista do longa-metragem "Rio
Babilônia", dirigido por Neville d'Almeida. Estudioso do cinema
brasileiro, é autor de livros que analisam a produção nacional e a
caracterização de personagens como índios e negros.
José Eduardo Agualusa – Um dos maiores escritores do continente
africano. Alguns artistas brasileiros já declararam predileção pelo
angolano, como Chico Buarque e Caetano Veloso. Alternando entre Luanda
(atual capital da ex-colônia portuguesa) e Lisboa (que controlou Angola
até 1975), o jornalista é reflexo vivo da diáspora africana.
Rod Stoneman – Especialista em cinema africano, o inglês é diretor da
Hudson School of Film & Digital Media da Universidade Nacional da
Irlanda. Stoneman também já produziu diversos filmes e ajudou a
divulgar a cinematografia africana na Europa, através do canal de
televisão Channel Four.
Cheryl Finley - A norte-americana Cheryl Finley é curadora, consultora,
crítica de arte e colunista, tendo como áreas de interesse a
fotografia, a arte afro-americana e o turismo cultural. Doutora em
Estudos Afro-Americanos e História da Arte na Universidade de Yale,
Finley trabalha em artigos que serão publicados nos próximos anos sobre
o Atlântico Negro e, também, sobre a artista cubano-americana Maria
Magdalena Campos-Pons.
Zita Nunes - Igualmente nascida nos Estados Unidos, Zita Nunes é
professora assistente do Departamento de Inglês e Literatura Comparada
da University of Maryland e autora de diferentes trabalhos que abordam
temas como cultura
política, raça e democracia. Entusiasta do modernismo brasileiro,
aplica a noção de antropofagia a idéias sobre a formação da identidade
nos Estados Unidos do século XX.
Abderrahmane Sissako – O diretor do filme En attendant le bonheur –
Heremakono imprimiu em sua obra um forte caráter autobiográfico.
Originário da pequena vila de Sokolo, no Mali, Sissako vive atualmente
na França, mas busca, através de seu trabalho, manter os laços com sua
terra natal.
Armindo Bião – Doutor pela Universidade de Sorbonne, Bião é atualmente
o diretor-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Além de seu
lado acadêmico, é também reconhecido pela sua contribuição ao teatro.
João Reis – Doutor pela Universidade de Minessota, João Reis é
professor do departamento de História da Universidade Federal da Bahia
(UFBa). Além das atividades ligadas ao ensino superior, ele integra o
conselho deliberativo do Centro de Estudos Afro-Orientais, em Salvador.
Laënnec Hurbon – Doutor em teologia pelo Instituto Católico de Paris e
em sociologia pela Sorbonne, Hurbon é um dos maiores intelectuais do
Haiti. Seus trabalhos versam sobretudo sobre as relações entre
religião, política e cultura.
Moussa Sene Absa – Cineasta senegalês, Absa estudou cinema na França.
Ele acompanha em Salvador a exibição de seu filme Madame Brouette
dentro da Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea. Escritor e músico,
o senegalês começou no cinema como ator e roteirista (foi premiado pelo
roteiro de Les Enfants de Dieu no Festival de Filmes Francófonos). Absa
também produz um popular programa de comédia na TV senegalesa.
Sérgio Guedes – Ator, foi professor no Instituto de Estudos de Teatro
na Universidade Sorbonne Nouvelle em Paris. Sérgio Guedes trabalha
atualmente na Fundação Cultural do Estado da Bahia. volta ao topo
Palestra de Oliver Grau na Comunicação da UFRJ
O meio Fantasmagoria, desenvolvido a partir da Lanterna Mágica e de
parte da história da imersão, abriu a profundidade virtual do espaço da
imagem pela primeira vez como uma esfera de transformações dinâmicas.
Na Fantasmagoria, associam-se fenômenos que estamos experimentando
novamente na arte e representação visual contemporânea – a palestra irá
discutir artistas contemporâneos que trabalham com tais mídias. Em
contraste com o Panorama do século XIX, a Fantasmagoria sugere que
pode-se estabelecer contato com a psique, os mortos, ou com formas de
vida artificial. É um modelo para a ‘manipulação dos sentidos’, o
funcionamento do ilusionismo, a convergência de realismo e fantasia, a
real base material de uma obra de arte imaterial.
*Fantasmagoria: Arte de fazer aparecer, de fazer ver, figuras luminosas
na escuridão.
Oliver Grau é historiador de arte e pesquisador de mídia e professor na
Humboldt University em Berlim. É professor visitante na Art University
Linz e diretor do projeto Arte Imersiva em Berlim na Academia de
Ciência Alemã (German Science Foundation). Desde 2000 está
desenvolvendo o primeiro banco de dados internacional de arte virtual.
Foi professor em diversos países, recebeu vários prêmios e tem
publicado importantes livros na área. Recentemente publicou "Virtual
Art: From Illusion to Immersion" pela MIT-Press, em 2003. Sua pesquisa
está direcionada para a história da imersão e da emoção, história,
conceitos e cultura da telepresença, arte genética e inteligência
artificial. Grau é membro da Berlin-Brandenburg Academy of Sciences e
atualmente é o diretor de "Refresh! First International Conference on
the Histories of Media Art, Science and Technology, Banff 2005". Grau
desenvolve em Berlin a “Database of Virtual Art”
http://virtualart.hu-berlin.de/. volta ao topo
Como
mandar o seu material para a pré-seleção do Canal Contemporâneo:
1 - Envie sua
divulgação para canal@canalcontemporaneo.art.br;
2 - Com 15 dias de
antecedência, mande as informações básicas;
3 - No assunto coloque
a data, nome do artista e local;
4 - No corpo do emeio
coloque as informações de serviço completas:
data, nome do evento, nome do artista, local, endereço, telefones,
horários e conexões;
5 - Inclua textos de
imprensa, currículo e crítico em arquivos anexos;
6 - 2 a 3 imagens em
jpg, em RGB, 200 dpis, com 500 pixels no menor
lado;
7 – Caso você ainda
não tenha as imagens e os textos, mande-nos uma
previsão de envio.
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E INSTITUIÇÕES
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e informação excessivos, daremos preferência ao
material enviado pelas galerias e
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