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RJ/SP/EUA/França Mídia Tática Brasil no SESC Av. Paulista / Encontro com Philippe Van Cauteren no MAM
ANO 3 N. 25 / 04 de março de 2003




NESTA EDIÇÃO:
Cildo Meireles no MAMC de Strasbourg, França
Encontro com Philippe Van Cauteren no MAM, São Paulo
Mídia Tática Brasil no SESC Av. Paulista, São Paulo

Moratorium Day Against the War no Metropolitan, EUA
Afundação do Guggenheim no Arpoador, Rio de Janeiro  HOJE
Comentários de Adriana Varella sobre o Gug., EUA



Cildo Meireles


6 de março, quinta-feira, às 18h30

Musée d'Art moderne et contemporain
1, place Hans Jean Arp
67000 Strasbourg
33-3-8823-3131
http:// www.musees-strasbourg.org
Terça a sábado, das 11h às 19h; quintas, das 12h às 22h; domingos, das 10h às 18h; segundas, fechado.
Exposição até 18 de maio de 2003.

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encontro com curador belga
Philippe Van Cauteren
curador da Bienal Ceará América - De Ponta Cabeça

6 de março, quinta-feira, às 19h30

MAM-SP - Sala Paulo Figueiredo
 Parque do Ibirapuera, portões 2 e 3
11-5549-9688 / 5085-1300
http://www.mam.org.br
Entrada franca / Estacionamento gratuito no local

Philippe Van Cauteren, de 33 anos, ao lado do colega Jan Hoet (curador da Documenta IX, realizada em 1992 na cidade alemã de Kassel), reuniu na exposição a arte emergente de 40 artistas. A maior presença foi de brasileiros como Odires Mlászho, Maurício Coutinho, Paulo Climachauska, Felipe Barbosa, Rosana Ricalde e o grupo Transição Listrada. Pelo seu desempenho foi convocado para fazer a curadoria da próxima bienal cearense.

O curador conceituou a exposição ao se basear na obra emblemática, "O Norte é o Sul", do artista uruguaio Joaquín Torres-Garcia. O trabalho subverte a configuração geográfica mundial ao colocar a América Latina no lado norte do planeta - onde ideologicamente estão os países que ditam as regras internacionais.

Na carreira do jovem curador constam curadorias na Bélgica, Alemanha, Holanda e México, desde 1996. Philippe Van Cauteren é formado em sociologia e história da arte pela Universidade de Gent e realiza projetos para o Museu de Arte Contemporânea de Gent (Bélgica). Ele escreveu textos sobre artistas consagrados como Louise Bourgeois, Masato Kobayashi e Micha Üllman.

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MÍDIA TÁTICA BRASIL
Perspectivas de inclusão digital e política participativa

MESA REDONDA: Comunidades em Rede e Inclusão Digital
moderador: Gilberto Gil - ministro da cultura;
John Perry Barlow – vice-presidente da electronic freedom foundation (usa);
Danilo Santos de Miranda – diretor regional sesc sp / internet livre;
Beá Tibiriçá – coordenadora geral do governo eletrônico prefeitura de são paulo / telecentros;
Evandro Prestes – coordenador do núcleo de inovação tecnológica e desenvolvolvimento integrado do senac sp / cidadão on line;
Richard Barbrook – coordenador do hypermedia research centre da universidade de westminster (uk);
Ricardo Rosas – editor chefe do site rizoma.net e integrante da comissão organizadora do mídia tática brasil.

7 de março, sexta-feira, às 17h

SESC AV. PAULISTA
Av. Paulista, 119 – São Paulo
Inscrições gratuitas: http:://www.sescsp.org.br / informações: 0800-118220
O evento Mídia Tática Brasil ocorrerá de 13 a 16 de março de 2003, no SESC Av. Paulista, Casa das Rosas e Fundação Japão.
Confira a programação de conferências, debates, palestras, workshops, performances, apresentações, e inscreva-se gratuitamente no http://www.sescsp.org.br

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Moratorium Day Against the War
DRAW-IN

5 de março, quarta-feira, das 9h30 às 17h30
THE MOST EFFECTIVE TIME IS: 11h30-12h30

Metropolitan Museum of Art
Near-Eastern / Assyrian gallery
Nova Iorque   EUA

Por favor, espalhe para todo artista ou amante da arte que você conhecer!
Please spread the word to everyone you know anywhere who is an artist or a lover of art!

Artists and others are invited to gather.

We will respectfully draw with pencil on paper the art around us, which wascreated as early as five thousand years ago in the land now known as Iraq, where urban life and the written word originated. Our goal is to call attention to all of the civilizations which have flourished in Mesopotamia under so many names and cultures: Sumer, Babylonia, Assyria, the Arab/Muslim Abbasid Empire and contemporary Iraq.

This is a peaceful vigil, made in protest against US foreign policy under George W. Bush. If someone asks what we are doing, we will speak quietly with them and explain our position, then continue to draw. We will keep in mind the intention:  to pay homage to this land, culture and people, which our government is planning to destroy. We are deeply concerned about an imminent threat to human life, and to the memory and history embedded in all of Mesopotamia, modern Iraq.

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Afundação do Guggenheim
ou vade retro abacaxi!
Enredo do Carnaval 2003


4 de março, terça-feira, às 16h
concentração e acabamento das fantasias, às 15h

Praia do Arpoador
(na praça, junto a pedra)
Ipanema   Rio de Janeiro

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o Guggenheim  e O sistema de arte

Comentários sobre os Comentários
sobre o Estudo de Viabilidade, de Maria de Lourdes Parreiras Horta e Maria Inez Turazzi.

Toda essa crise me parece muito positiva, pois vejo como um expurgo de uma situação que começa tocar a consciência de todos nós. Uma situação que sempre esteve aí, mas encoberta por muitos fatores que não nos permitia uma maior reflexão, por estarmos completamente fora de campo de tais interesses internacionais (diretamente). Penso… que talvez fosse melhor, refletirmos os vários lados e possibilidades da situação antes de cairmos em algum tipo de “extremismo”. O que gostaria de dizer é que não devemos eliminar uma possibilidade em detrimento de outra, mas sim tentarmos englobá-las (antropofagicamente, como é o nosso estilo) …estes extremismos… ou seja, esquerda e direita / certo e errado / bem e mal / com toda sua carga no qual estamos condicionados, não tem nos proporcionado muitas conquistas e sim, reduzindo-nos em suas limitações proporcionais.

Toda esta situação nada mais é do que um macrocosmo do microcosmo que é o sistema de arte no mundo (com pouquíssimas exceções…)

Todos sabemos que os povos que detém o poder, definem e controlam consequentemente a cultura dos povos… é assim deste o Egito, Roma, etc. e não vai ser na era contemporânea  que a situação vai ficar diferente.( Por favor vamos ser realistas)… Este poder (Armado, sexual, econômico, político, etc.) controla, define e legitima o que é ou não é arte, desde sempre, assim como controla  todo o sistema histórico (escrito, organizado e revisto), estes só se deslocam de acordo com o jogo(mapa) do poder. Todos sabemos que uma das mais poderosas formas de manipulação, controle e dominação vem através da consciência (ou falta dela) e a cultura de um povo é o meio de como essa consciência entranha, contamina e absorve outras consciências.

Os povos “poderosos” sabem disso e investem pesado nisto, e é assim desde o começo da história.

Esse franchise cultural do Gug. é bom? É ruim? É tudo ao mesmo tempo!!!… Por isso, antes de atacá-lo tão ferozmente vamos refletir um pouco os dois lados da moeda (estou falando da moeda americana… é claro).

Passei muito tempo enterrada no meu atelier (um pouco isolada) como todo mundo, vocês sabem…até que um dia pensei em dar uma rodada, um giro pelo mundo…vocês sabem, estudar as relações, intercomunicações existentes entre os povos,
e… é engraçado  percebermos a nós mesmos de outros pontos de vista …

 “Nosso trabalho para o resto do mundo não é nada” (Hélio já disse isso antes e a situação não está diferente…acredite...vivemos completamente isolados, amunfiados, não estamos trocando nada, tirando Hélio e Lygia  que aliás …outro dia fui assistir um curador americano falar sobre eles em Berkley  (foi de chorar), ele conseguiu reduzí-los a uma pieguice de dar dó. Existimos como algo exótico, colonizado, típico, “latino”, já estamos devidamente classificados ... você sabe o que quero dizer…”não me venha dizer que os artistas brasileiros podem pensar a “grandearte”…que eles fiquem com as questões referentes a eles (então nos é permitido falar de características) mas não se atrevam ao universal”…”o universal pensamos nós”- “americanos e europeus”- de resto... do Japão a China, África, México ou Afeganistão…”que me tragam as suas culturas exóticas, para que possamos desfrutá-las e incorporá-las segundo nossas conveniências – Shirin Neshat que o diga... ”…E é isto que o sistema esta legitimando…e estamos jogando o jogo  muito direitinho…não é mesmo?

Vamos voltar ao SISTEMA (um pouco como funciona) participei de uma bienal na Eslovênia onde percebi uma jogada muito interessante que talvez exemplifique o que quero dizer…O patrocinador era o governo inglês, consequentemente o ganhador e os homenageados eram ingleses, ou seja, isso não é uma mera coincidência, isso é, os ingleses se afirmando. Os governos dominantes sabem da importância de afirmarem e legitimarem seus artistas…com isso eles cobrem os custos dos eventos …o país sediado fica contente, porque consegue fazer o evento e colocar seus artistas no bojo, os premiados são os patrocinadores assim como ….os grandes vencedores…assim, desta maneira  o ciclo se completa. Os governos no poder sabem como afirmar e colocar sua arte e seus artistas no mundo…

Vamos voltar a gestão do Gug. e analisar o Gug. de NY.. (por ex).. ele é uma construção nababesca? Não. É um prédio pequeno, relativamente simples com uma inteligente arquitetura e um estilo próprio... compatível com NY. Vê se o Gug. de Berlim ou Veneza, são nababescos? Não.

Eles sabem que para o sistema de arte funcionar, não é preciso meter o dinheiro em construções nababescas e sim, tirar a bunda dos curadores das cadeiras e mandá-los para o resto do mundo para defender, afirmar e levar a arte deles….Eles sabem que o segredo está em fazer muitas publicações, associações, parcerias, muitas exposições itinerantes, críticas, exibições, análises, teses, artigos, imagens e principalmente divulgação/ e publicidade…este é o segredo da arte americana e européia se impondo ao mundo…Jamais este sistema investiria num elefante branco desta natureza, isso ele passa para os “estúpidos” como os espanhóis ou/e brasileiros pagarem…porque estes são deslumbrados e embasbacados com o bando de merda que eles fabricam, sem nem ao menos questionar ou dar uma contrapartida…sinto muito, mais quando vejo um trabalho de um Bill Viola por exemplo, acho uma grande torre de merda, de um machista, com valores cafonas…suas “tramas” e “paixões” são só um bando de efeitos especiais, (isso podemos deixar com Hollywood não é mesmo)…e alguns produtores culturais ou curadores brasileiros preferem pagar pesado para este homem ir para o Brasil ( tirando a verba de várias instituições) do que financiar uma exposição de vídeo experimental do Parque Lage por exemplo…ou seja, viemos alimentando este processo não é de agora…é de muito tempo…em situações micro e macrocósmicas…

Jamais um sistema consciente pagaria para ter um prédio destes, pois se coloca o dinheiro conforme o produto  (rentabilidade e lucros)…e todos sabemos  que se deve primeiro investir na formação dos artistas e curadores…na crítica e história, para que cada vez mais os artistas, críticos, historiadores e curadores possam trabalhar...

Os americanos realmente sabem como fazer isso…Outro dia passei um dia em Alcatraz e fiquei espantada com a capacidade deste povo em tirar leite de pedra, eles vendem camisa de presidiário, chaveiro de presidiário, e toda as quinquilharias inimagináveis, os barcos estão sempre lotados para Alcatraz e o lugar não passa de um presídio fedido, desinteressante, ou seja, tudo não passa de um mito muito chato.

Enquanto nosso Pão de Açúcar.... os cabos caem diariamente por falta de verbas, não conseguimos manter o lugar ativo com shows e performances como antigamente, Acho até que vendemos um só chaveiro por mês...ou seja, não conseguimos tirar cascalho de diamante…sinto muito mas o erro é nosso…a questão é... onde estamos errando? Porque damos poder e alimentamos este sistema desta maneira?

O.K como jogar este grande jogo? Acho que o Marcoantonio Villaça entendeu o jogo e era um bom jogador…mas claro que ninguém jamais entendeu o jogo tão bem quanto Hélio, Lygia e Pedrosa, estes deram um banho…

O que quero dizer é que não precisamos descartar o Gug. Rio, podemos adaptá-lo as nossas condições, necessidades e interesses…quando o Lula nos ensina…”vou tratar os americanos da mesma maneira que eles nos tratam”…o recado está dado, a aula está ensinada…Fazemos um pequeno Gug. com parcerias e estratégias que nos convenham (pois temos que parar com o isolamento, racismo, bairrismo e todo este bando de limitações)... tem um tipo de não-nacionalismo, um tipo de mundialismo (que não é globalismo) que é bacana e muito enriquecedor para todo mundo …mas vamos ter que começar a aprender...

Adriana Varella
(artista vivendo nos EUA)
San Francisco, 7 de fevereiro de 2003

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