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DF/PA/RJ/SP SP-Arte no Pavilhão da Bienal / 9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia - Inscrições e informações
ANO 11 - N. 32 / 9 DE MAIO DE 2011

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AGENDA DE EVENTOS
Mariko Mori no CCBB Rio, Rio de janeiro
Encontro: Marcelo Campos e Thales Leite no CCJF, Rio de Janeiro
SP-Arte no Pavilhão da Bienal, São Paulo
Rubem Grilo na Caixa Cultural, Brasília
CIRCUITO
Carolina Ponte e Pedro Varela na Caixa Cultural, Salvador
Hélio Oiticica – Museu é o Mundo em Espaços Culturais, Belém
Alexandre da Cunha e Débora Bolsoni no CCSP, São Paulo
SALÕES E PRÊMIOS 9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia
CURSOS E SEMINÁRIOS Chamada de Trabalhos - 10° Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#10.ART): modus operandi universal
COMO ATIÇAR A BRASA
Europalia: Relato das negociações por artistas, curadores e produtores
Europalia: Carta à Ministra da Cultura Ana de Hollanda / Ao Presidente da FUNARTE Antonio Grassi
Ministra na berlinda por Jotabê Medeiros, estadao.com.br
Adriano de Aquino cria projeto enxuto para o festival Europalia por Suzana Velasco, O Globo

Mariko Mori no CCBB Rio
Mariko Mori, Oneness, 2003

Mariko Mori
Oneness

10 de maio a 10 de julho de 2011

CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março 66, Centro, Rio de Janeiro - RJ
21-3808-2020 ou ccbbrio@bb.com.br
www.bb.com.br/cultura
Terça a domingo, 10-21h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Patricia Klingl patricia@palavraonline.com
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Encontros - Fotografia Contemporânea e Desdobramentos
Véus, um Olhar Crítico

Participantes: Marcelo Campos e Thales Leite

11 de maio, quarta-feira, 19h

Centro Cultural Justiça Federal - Sala de Leitura da Biblioteca
Av. Rio Branco 241, Cinelândia, Rio de Janeiro - RJ
21-3261-2550
www.ccjf.trf2.gov.br

Leia resumo da exposição Véus de Thales Leite
english

Enviado por Claudia Oliveira claudiaolive@terra.com.br
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SP-Arte no Pavilhão da Bienal
Ana Elisa Egreja, Penteadeira, 2011 (Galeria Laura Marsiaj)

SP-Arte 2011
Argentina: GC Estudio de Arte, Ignacio Liprandi Arte Contemporáneo Bahia: Paulo Darzé Galeria de Arte Colômbia: Galería El Museo Distrito Federal: Referência Galeria de Arte Espanha: Galería Elba Benítez, Galería Fernando Pradilla, Galeria Horrach Moyá, Galería La Caja Negra, La Fabríca Estados Unidos: Hasted Kraeutler, Leon Tovar Gallery Inglaterra: Stephen Friedman Gallery México: Galería Enrique Guerrero Minas Gerais: Celma Albuquerque Galeria de Arte, Galeria Murilo Castro, Lemos de Sá Galeria de Arte Paraná: Ybakatu Espaço de Arte Pernambuco: Amparo 60 Galeria de Arte, Dumaresq Galeria de Arte, Galeria Mariana Moura Portugal: Vera Cortês Agência de Arte Rio de Janeiro: A Gentil Carioca, Almacén Galeria de Arte, Amarelonegro Arte Contemporânea, Anita Schwartz Galeria de Arte, Athena Galeria de Arte, Espaço Eliana Benchimol, Artur Fidalgo Galeria, Galeria da Gávea, Galeria de Arte Ipanema, Galeria Jean Boghici, Galeria Laura Marsiaj, Galeria Tempo, Gustavo Rebello Arte, H.A.P. Galeria, Lurixs: Arte Contemporânea, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Pequena Galeria 18, Progetti, Ronie Mesquita Galeria, Silvia Cintra Galeria de Arte + Box 4, Mul.ti.plo Espaço Arte Rio Grande do Sul: Bolsa de Arte de Porto Alegre São Paulo: Almeida & Dale Galeria de Arte, Arte 57, Baró Galeria, Casa Triângulo, Choque Cultural, Dan Galeria, DConcept, Emma Thomas, Estúdio Buck, FASS, Fólio Livraria Antiquaria, Galeria Berenice Arvani, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri, Galeria de Babel, Galeria Sylvio Nery, Galeria Eduardo Fernandes, Galeria Leme, Galeria Estação, Galeria Fortes Vilaça, Galeria Luisa Strina, Galeria Mezanin, Galeria Millan, Galeria Motor, Galeria Nara Roesler, Galeria Oscar Cruz, Galeria Raquel Arnaud, Galeria Steiner, Galeria Thomas Cohn, Hilda Araújo Escritório de Arte, Luciana Brito Galeria, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Marilia Razuk Galeria de Arte, Mendes Wood, Mônica Filgueiras Galeria de Arte, Pinakotheke Cultural Paulo Kuczynski, Escritório de Arte, Ricardo Camargo Galeria, Soso Arte Contemporânea Africana, Studio Art Nóbrega, Vermelho, ArtEEedições Ltda, Zipper Galeria Uruguai: Galería SUR

12 a 15 de maio de 2011

Pavilhão da Bienal – Parque do Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral s/nº, Portão 3, São Paulo - SP
www.sp-arte.com
Quinta e sexta, 14-22h; sábado e domingo, 12-20h
Ingresso: R$ 30,00

Sobre a SP-Arte

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Paula Correa paulacorrea@a4com.com.br
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Rubem Grilo na Caixa Cultural
Rubem Grilo, Deslocamento do olhar

Rubem Grilo
Xilográfico 1985-2011

Curadoria de Rubem Grilo

10 de maio, terça-feira, 19h

Caixa Cultural - Galeria Principal
Setor Bancário Sul quadra 4, lotes 3/4, Brasília - DF
61-3206-9448/9449
www.caixacultural.com.br
Terça a domingo, 9-21h
Exposição até 26 de junho de 2011

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Adriana Maciel adria.maciel@yahoo.com.br
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Carolina Ponte e Pedro Varela na Caixa Cultural
Pedro Varela, Pontos de encontro caixa

CIRCUITO
Pontos de Encontro
Carolina Ponte e Pedro Varela

Curadoria de Daniela Name

20 de abril a 5 de junho de 2011

Caixa Cultural Salvador
Rua Carlos Gomes 57, Salvador - BA
71-3421-4200 ou cultura.ba@caixa.gov.br
Terça a domingo, 10-18h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Pedro Varela pedro@pedrovarela.com
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Hélio Oiticica – Museu é o Mundo em Espaços Culturais
Museu Histórico do Pará (Foto de Cesar Oititica Filho)

CIRCUITO
Hélio Oiticica – Museu é o Mundo

Curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cocchiarale e Wagner Barja

6 de abril a 5 de junho de 2011

Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP)
Palácio Lauro Sodré - Praça Dom Pedro II s/nº, Cidade Velha, Belém - PA
91-4009-8838 ou sim.sec@veloxmail.com.br
Terça a sexta, 10-18h; sábado e domingo, 10-16h; feriado, 9-13h

+

Museu do Forte do Presépio
Praça Dom Frei Caetano Brandão s/nº, Cidade Velha, Belém - PA
91-4009-8828 ou fortedopresepio@velox.com.br
Terça a sexta, 10-18h; sábado e domingo, 10-16h; feriado, 9-13h

+

Estação Docas
Av. Assis de Vasconcelos, Belém - PA
Segunda a domingo, 12-24h

+

Forum Landi
Rua Siqueira Mendes 60, Cidade Velha, Belém - PA
Segunda a sexta, 9-18h

+

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR)
Av. Gentil Bittencourt 650, Nazaré, Belem - PA
Diariamente, 9-22h

+

Espaço Cultural Casa das 11 Janelas
Dom Frei Caetano Brandão s/n, Cidade Velha, Belém - PA
91-4009-8821 ou onzejanelas@veloxmail.com.br
museucasadasonzejanelas.blogspot.com
Terça a sexta, 10-18h; sábado e domingo, 10-16h; feriado, 9-13h

Leia o resumo na agenda Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP) / Museu do Forte do Presépio / Estação Docas / Forum Landi / Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR) / Espaço Cultural Casa das 11 Janelas
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Enviado por Beatriz Caillaux beatriz@cwea.com.br
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Alexandre da Cunha e Débora Bolsoni no CCSP
Débora Bolsoni, Sala do trono – Sentinelas, Rei, Bobo da Corte e Calendário, 2004

CIRCUITO
Alexandre da Cunha e Débora Bolsoni
Dublê

18 abril a 12 de junho de 2011

Centro Cultural São Paulo - Piso Caio Graco
Rua Vergueiro 1000, Paraíso, São Paulo - SP
11-3397-4002 ou ccsp@prefeitura.sp.gov.br
www.centrocultural.sp.gov.br
Terça a sexta, 10-20h; sábado, domingo e feriado, 10-18h

Sobre a exposição
Sobre os artistas

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Emi Sakai imprensaccsp@prefeitura.sp.gov.br
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SALÕES E PRÊMIOS
9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia

Criado em 2000, o Prêmio incentiva a criação artística brasileira em mídias eletrônicas e digitais por meio de divulgação dessa produção através da distribuição de prêmios, realização de exposições e simpósios.

Em sua 9ª edição, distribui R$ 160 mil entre quatro criadores iniciantes e outros dois em meio de carreira, além do tradicional Prêmio Hors Concours.

Curadoria de Giselle Beiguelman

Comissão de seleção: Adriana Amaral (RS), Clarissa Diniz (PE), Eduardo Jesus (MG), Priscila Farias (SP) e Marcos Boffa (SP).

Comissão de seleção dos finalistas e de premiação: Cícero Silva (SP), Tiago Mesquita (SP), Ivana Bentes (RJ) e Claudia Assef (SP).

Inscrições até 30 de junho de 2011

Informações para o artista sobre o custo-benefício de editais
As informações abaixo, todas de caráter objetivo, copiadas do edital, servem para ajudar o artista iniciante a decidir sobre a sua participação no evento em questão. Leia sobre esta iniciativa do Canal no Salões&Prêmios.

GANHO PARA INSCRITOS: nenhum

GANHO PARA PREMIADOS:
- Serão conferidos 4 (quatro) prêmios, no valor bruto de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cada. Neste Regulamento, são considerados criadores em início de carreira aqueles que comprovem atuação no segmento de Arte e Tecnologia há pelo menos 2 (dois) anos.

- Serão conferidos 2 (dois) prêmios no valor bruto de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) cada. Neste Regulamento, são considerados criadores em meio de carreira aqueles que comprovem atuação no segmento de Arte e Tecnologia há pelo menos 10 (dez) anos.

- Será conferido 1 (um) prêmio no valor bruto de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) a um criador com atuação de destaque reconhecida pela comunidade artística no segmento de Arte e Tecnologia no Brasil, indicado pelas Comissões de Organização, Seleção e Premiação.

CUSTOS OPERACIONAIS:
- Cada inscrito poderá concorrer em apenas uma categoria de premiação, mediante a apresentação de um portfólio.

- Os criadores contemplados com o 9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia desde já autorizam o Instituto Sergio Motta, realizador do Prêmio, ou terceiros por ele autorizados, a utilizar suas imagens, textos, material audiovisual, dados biográficos e currículos, constantes em seus portfólios, sem limitação do número de vezes, no Brasil e no Exterior, por período indeterminado,
especificamente em eventos e materiais de divulgação relacionados ao Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia.

- Os finalistas indicados pelas Comissões de Seleção e Premiação se comprometem a participar de uma leitura de seus portfólios através de apresentação a uma mesa formada por críticos especialmente convidados pelo Instituto Sergio Motta. Para tal, os finalistas deverão enviar aos cuidados da Comissão de Organização, uma versão de seu portfólio traduzido para o idioma inglês.

- Após o preenchimento do Formulário de Inscrição, será fornecido um número de inscrição, também enviado para o e-mail principal indicado pelo inscrito no Formulário. Este deverá ser impresso e assinado para envio junto ao portfólio.

- Após o preenchimento da inscrição, o participante deverá enviar ao Instituto Sergio Motta, uma cópia impressa e uma mídia digital (CD ou DVD) do portfólio, contendo os seguintes materiais:
- Formulário de Inscrição e Regulamento assinados pelo proponente;
- Verbete biográfico (até 500 caracteres) – Individual, da Dupla ou do Coletivo;
- Currículo completo (até 5000 caracteres) de cada integrante;
- Textos explicativos e críticos sobre a produção do inscrito;
- Imagens e arquivos audiovisuais das principais obras e exposições da trajetória do inscrito.

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios


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CURSOS E SEMINÁRIOS
Chamada de Trabalhos - 10°Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#10.ART): modus operandi universal

O Programa de Pós-Graduação em Arte, e suas linhas de pesquisa, Arte e Tecnologia, poéticas contemporâneas, teoria e história da arte do departamento de Artes Visuais, do Instituto de Artes, da Universidade de Brasília, com apoio do Museu Nacional da República, iniciou a chamada de trabalhos para o 10° Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#10.ART): modus operandi universal.

O 10° Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#10.ART): modus operandi universal comemora 22 anos de existência como evento focado na produção artística que discute a relação entre arte, ciência e tecnologia. Nesse sentido, o #10.ART propõe pensar que o conhecimento não é apenas o que se adquire ou se expressa pela linguagem. Há um conhecimento artístico. Para isso, o #10.ART busca ir além de diferenças culturais, para procurar recorrências, que segundo Lúcia Santaella1, um tal recorte semântico, pressagiando o futuro de uma outra espécie de corpo, nas interfaces do humano e do maquínico, é aquele que, sem dúvida, tem dominado no entendimento do pós-humano.

Inscrições até 2 de junho de 2011, pelo site www.medialab.ufg.br/art


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COMO ATIÇAR A BRASA
Europalia: Relato das negociações por artistas, curadores e produtores

Aos artistas, produtores, curadores, críticos, professores e demais profissionais de artes visuais

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2011.

Os que assinam este RELATÓRIO são artistas, curadores e produtores formalmente convidados a participar do festival Europália, a se realizar na Bélgica ainda em 2011. O engajamento nas ações abaixo relatadas se deu de maneira voluntária, independente de qualquer órgão ou associação representativa, como resposta ao modo pelo qual o Ministério da Cultura do Brasil conduziu as negociações em curso desde a gestão passada.

Inicialmente, relatamos as etapas de nossa mobilização; no final do documento, apontamos uma pauta de sugestões encaminhadas ao MinC/Funarte.

Leia o relato completo e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Europalia: Carta à Ministra da Cultura Ana de Hollanda / Ao Presidente da FUNARTE Antonio Grassi

À Ministra da Cultura Ana de Hollanda
Ao Presidente da FUNARTE Antonio Grassi

Excelentíssima Senhora Ministra da Cultura,
Ilustríssimo Senhor Presidente da Funarte

Nós, artistas visuais e profissionais da área, reunidos nacionalmente em torno do Festival Europalia 2011 - mostra de repercussão internacional que acontece bienalmente desde 1969 na Bélgica, cujo tema deste ano será o Brasil - manifestamos nossa apreensão quanto à condução da organização do referido projeto por este Ministério, órgão que deve implementar a política que promoverá a cultura produzida no
país, dentro e fora deste.

Desde maio de 2010 vínhamos desenvolvendo um diálogo com os curadores do Festival sobre as obras que deveriam ser elaboradas para o evento. Datam de novembro de 2010 e janeiro de 2011 as cartas-convites oficiais que recebemos da produção do evento e do MHKA - Museu de Arte Contemporânea da Antuérpia - para participar da exposição intitulada “Rua”, assinadas pelo curador, Dieter Roelstraete, por Bart De Baere, curador da exposição e diretor do Museu, e por Paulo Herkenhoff, curador geral do Festival Europalia 2011 e co-curador da exposição.

Leia a carta completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Ministra na berlinda

Matéria de Jotabê Medeiros originalmente publicada no cultura do estadao.com.br em 4 de maio de 2011.

No Congresso, no PT e entre os ativistas, crescem boatos sobre sua queda iminente

Cresce a possibilidade concreta de a presidente Dilma Rousseff trocar a chefia do Ministério da Cultura. Após 5 meses à frente da pasta, a ministra Ana de Hollanda dá sinais de esgotamento e isolamento - e fontes do governo dizem que a presidente está incomodada com a "paralisia" no setor cultural. No Congresso Nacional, os deputados da base de apoio ao governo já pressionam fortemente para que seja tomada uma decisão que destrave o MinC - falando abertamente na demissão da ministra.

"Uma pessoa não pode continuar no Ministério da Cultura para barrar uma política que já foi aprovada nas urnas. É isso que está em jogo. Se não existisse uma política construída, poderíamos ter um grau de tolerância maior (em relação à ministra), mas se ela achar que não pode conduzir essa política, deve ser substituída. Senão, pode acabar respingando na presidenta", disse o deputado José Nazareno Cardeal Fonteles, do PT do Piauí.

Leia a matéria completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Adriano de Aquino cria projeto enxuto para o festival Europalia

Matéria de Suzana Velasco originalmente publicada no jornal O Globo em 24 de fevereiro de 2011.

Paulo Herkenhoff deixa a curadoria do evento dedicado ao Brasil

No site do festival belga Europalia, que será dedicado ao Brasil este ano, há uma extensa lista de exposições com curadoria-geral de Paulo Herkenhoff. O crítico de arte, porém, deixou o projeto, e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, nomeou o artista plástico Adriano de Aquino para cuidar do evento bienal de arte e cultura. Existente desde 1969, ele é sempre dedicado a um país e organizado em parceria entre o Estado belga - que está há 255 dias sem governo - e o homenageado. Aquino e sua equipe viajaram ontem para apresentar aos organizadores o novo conceito do festival, que será realizado de 4 de outubro de 2011 a 15 de fevereiro de 2012, incluindo artes visuais, teatro, música, dança, literatura TV e debates.

O diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas, afirma que Herkenhoff nunca fora oficializado como curador, apenas apresentara um projeto que extrapolou o orçamento do MinC, sobretudo após o recente corte de gastos com a mudança de governo. Em vídeo no site do Europalia, porém. Herkenhoff aparece discursando numa grande coletiva de imprensa na Bélgica, em novembro passado. E, convidados pelo curador, artistas como Eduardo Frota e Rosana Palazyan já trabalhavam em projetos para o festival.

Leia a matéria completa e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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TEXTOS DO E-NFORME
Dublê
Sobre a exposição

Depende de operações simples - do posicionamento, de acoplagens, revestiduras ou pequenas adaptações - para que um carrinho de mão desempenhe papel de trono em determinada situação; para que as tiras de uma cadeira de praia conformem num chassi uma espécie de pintura descendente do abstracionismo geométrico; para que borrachas de desentupidores de pia sobre uma base de escultura aludam à cerâmica; ou para que um punhado de paçoca imite, depois de modelado no piso, um quebra-molas de asfalto, desses usados no controle de velocidade de automóveis. Em resumo, objetos e materiais arquiconhecidos adquirem, com muito pouco, condições de se passar por algo com o qual nem sequer se relacionam, pelo menos à primeira vista, e sem deixar de ser o que de fato são. Vem daí o título desta mostra, da capacidade atribuída a itens ordinários de fazer as vezes de outros, de mimetizar ou disfarçar-se de elementos diversos de si próprios, mas também reconhecíveis, seja na vida prática, seja por reportar a uma visualidade, uma tipologia ou um procedimento notável na história da arte.

Perceber aspectos de certas coisas na visão de outras informa a natureza icônica das peças que compõem a exposição: em sua maioria, tridimensionais com potencial gráfico, sobretudo por incorporar ou reproduzir o design de utilitários - ou, quem sabe, justamente por isso, não são imagens sintéticas com a espessura de objetos? Nesse jogo de representação e metamorfose há um pouco, sim, da imaginação em atividade, porém, longe de dar vazão a fantasias, somente a fim de exercitar possibilidades de ilusão ótica e de enganos perceptivos. Porque, a partir de experiências visuais da mais imediata realidade, insinuam-se, aqui, processos de ideação e projeção, por exemplo, no vislumbre de uma linha de horizonte em um haltere improvisado com barra de ferro e latas de óleo, de um conjunto de livros de capa-dura em blocos de cimento revestidos com azulejo...

Correspondências entre noções, materiais e contextos muitas vezes díspares ou antagônicos que, por estranhamento e humor, instigam o visitante a equacionar dados sobre o que o trabalho dá a ver, sobre os itens que o constituem e sobre o que estes representam (ou "dublam") agora, incorporados ao campo da arte.

Dublê apresenta cerca de 30 obras de Alexandre da Cunha e de Débora Bolsoni realizadas em mais de 10 anos, desde o início das trajetórias, na virada para a década de 2000, até peças recentes e inéditas. A reunião dos trabalhos tem por objetivo a análise das produções no curso desse período, assim como a formulação de hipóteses sobre pontos de contato e diferenças entre uma e outra. De saída, em comum, os dois artistas se apropriam da materialidade do "mundo das coisas". Revelam-na manejável, dotada de possibilidades além daquelas já conhecidas em sua arena funcional e normativa, tão somente com montagens e decisões que se apoiam nas características físicas dos elementos, nada mais. Ainda assim, o que é maleável, poroso, macio, passa por rígido num relance, e vice-versa; o inanimado ganha sugestões de uma animação; e formas, cores, objetos habituais tornam-se diferentes, vívidos e inesperados. É um pouco como se um desfecho incerto se abrisse onde, por suposição, houvesse apenas mesmices da rotina.

Débora Bolsoni e Alexandre da Cunha também revolvem categorias artísticas, vertentes estéticas, gêneros tradicionais e, às vezes, obras específicas de determinados artistas, ao evocá-los pelo ardil de associações e coincidências fisionômicas com materiais domésticos, do comércio popular, do mobiliário urbano, da arquitetura. Sem cerimônia e com um registro cômico de questionamento, os trabalhos "des-hierarquizam" a ordem empírica de tudo isso que estava disperso no tempo e no espaço, e lhes confere, com tais combinações, a força inaugural de um encontro imprevisto. Jamais na base da paródia, ao contrário. Alusões aos minimalistas, à paisagem, retrato e natureza-morta, às chamadas "esculturas públicas", ao "círculo negro" de Kazimir Malevich, rejeitam qualquer sorte de essencialismo e, com isso, passam por certo apagamento de prerrogativas. Não são apenas escolhas afetivas, mas o são também, junto com o interesse analítico; e a existência dessas escolhas só se realiza por meio de outros materiais, por meio de um círculo desenhado com giz branco em tabuletas comerciais pintadas de preto, ou por meio de dezenas de cobogós justapostos no piso, formando um quadrado cujas áreas vazadas foram preenchidas com espumas amarelas (numa espécie de cruzamento de Carl André com Donald Judd). De resto, continuam sendo os cobogós, as espumas, as tabuletas, o desenho em giz - e não as evocações à história da arte -, que instituem a situação e as próprias condições de aparecimento.

Em formalizações claras e decididas - boa parte a envolver junção, empilhamento ou encaixe -, os dois trabalhos internalizam problemas relativos a valores de uso e de troca, monetários e simbólicos, fatores que contribuem para a definição, nas esferas pública e privada, do estatuto da arte e das matérias com que lidam. Estas e aquela, a arte e suas matérias, são pensadas por Alexandre e Débora como detentores de significação socioeconômica e cultural, considerando aí o lugar distintivo que ocupam e a função que cumprem no interior dos sistemas por que circulam - nos quais são classificados como conhecimento e negócio, objetos especiais ou triviais, nobres ou banais, coloquiais ou cultos, de bom ou mau gosto, autorais ou anônimos, manufaturados ou industriais, de acordo com esta ou aquela linhagem, com esta ou aquela filiação artística, marcados sempre por sinais de classe. Embora não "tematizem", as produções deixam entrever o que, nestes circuitos, são aspirações baratas de consumo, presunções "literárias" de repertório erudito, o kitsch, os protocolos de sofisticação etc. Tanto que as aproximações com experiências rotineiras de Alexandre da Cunha e de Débora Bolsoni ocorrem por meio de enganos, desvios, ambiguidades e contradições, por despistes aos regimentos e hábitos da cultura oficial em que estão inseridos. Há, de fato, um sentido ao mesmo tempo agregador e combativo nesses trabalhos, ambos em contínuo exame sobre as respectivas possibilidades de se instalar entre os demais acontecimentos do mundo. Sem perder de vista que, no perigo, é o dublê quem assume os riscos.

José Augusto Ribeiro
Curador de Artes Visuais do CCSP

Sobre os artistas

Alexandre da Cunha
(Rio de Janeiro, RJ, 1969)
Vive e trabalha em Londres.
Mestre em Fine Art pelo Chelsea College of Art and Design, em Londres, onde vive desde 1998, Alexandre da Cunha formou-se em Artes Plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em 1996. Entre as coletivas nas quais esteve presente nos últimos anos estão Making is Thinking, Witte de With (Holanda, 2011); The View from Here - New Acquisitions, na Tate Modern(Londres, 2006); 50° Bienal de Veneza (2003); e Bienal de Liverpool (2002). Entre suas exposições individuais estão mostras no Camden Arts Centre (Londres, 2009), Paço das Artes (São Paulo, 2006) e Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, 2005). Este ano abriu a mostra Fair Trade, na Galeria Luisa Strina, depois de três anos sem expor individualmente em São Paulo.

Débora Bolsoni
(Rio de Janeiro, RJ, 1975)
Vive e trabalha em São Paulo.
Mestranda em artes visuais na USP, onde graduou-se em 2000, Débora Bolsoni iniciou sua formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e na Saint Martin School of Art, em Londres, na década de 1990. Em 2004 foi selecionada para o programa de residência em artes do Centro de Cultura Remisen-Brande, na Dinamarca, e, em 2005, foi bolsista residente do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. A artista apresentou suas obras em exposições individuais, entre as quais estão Debora Bolsoni, na Galeria Marília Razuk (São Paulo, 2007); Temporada de Projetos, no Paço das Artes (São Paulo, 2008); Fazer Crer, no MAMAM no Pátio (Recife, 2007); e Porta com Medalha, no Centro Universitário Maria Antônia (São Paulo, 2006). Destacam-se entre as exposições coletivas de que participou De Perto, De Longe, no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo, 2008); Contraditório - 30° Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo, 2007); Alcalá 31 (Madri, Espanha, 2008); e Investigações, no Itaú Cultural (São Paulo, 1999).

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