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durante
a Bienal / during the Biennial
XXV Bienal de São Paulo
Alexandre
Vogler RJ Amilcar
Packer SP André
Amaral Niterói Bernardo
Damasceno RJ Blay
SP Bruno de Carvalho
RJ Camila Rocha
RJ Claudia Medeiros
Cardoso Bremen Alemanha Cristina Camara RJ Domitilia Coelho SP Ducha RJ Eduardo Climachauska SP Elder Rocha DF Felipe Barbosa RJ Giordani Maia RJ Grupo Valdisney Olinda Helmut Batista RJ Katia Prates Porto Alegre Laércio Redondo Estocolmo
Suécia Lenora de Barros SP Livia Flores RJ Marco Veloso RJ Marilá Dardot RJ Maurício Dias & Walter
Riedweg RJ Newton
Goto Curitiba Paulo
Pereira Salvador Rafael Assef SP Rodrigo Cardoso RJ Rogério Canella SP
1ª Mostra RIO ARTE
Contemporânea
17 de abril a 9
de junho de 2002
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Av. Infante Dom Henrique 85
Aterro do Flamengo - Rio de janeiro
21 2240-4944
terça a sexta, das 12h às 18h, e sábado, domingo
e feriado, das 13h às 19h.
A 1ª Mostra Rio Arte Contemporânea apresenta
obras inéditas dos 29 artistas selecionados por um júri de cinco especialistas
do Rio, de São Paulo, Recife e Porto Alegre e duas salas complementares:
"Violência e Paixão", sob curadoria da crítica de arte Ligia Canongia, e
"Hélio Oiticica: obra e estratégia", sob curadoria do artista plástico Luciano
Figueiredo. Os três segmentos ocupam todo o segundo andar do museu.
Os artistas selecionados ganham o prêmio-participação
de R$ 1.000,00. Na abertura da exposição, serão divulgados os nomes dos cinco
ganhadores do prêmio máximo de R$ 10.000,00 para cada um, indicados pelo
júri de premiação formado por Fernando Cocchiarale (curador do MAM-RJ), o
colecionador Gilberto Chateaubriand e Glória Ferreira (curadora e professora
da Escola de Belas Artes/UFRJ).
A Comissão de Seleção da Mostra, formada
por Glória Ferreira, Jailton Moreira (diretor do Torreão, de Porto Alegre),
Lisette Lagnado (curadora e crítica de arte, São Paulo), Luiz Camillo Osorio
(crítico de arte, Rio de Janeiro) e Moacir dos Anjos (curador e diretor do
MAMAM, Recife), avaliou ao todo 1.051 projetos, de 17 estados brasileiros.
A coordenação da Mostra é de Alberto Benzecry
e Claudia Saldanha. O investimento da Prefeitura do Rio de Janeiro para o
evento, através da Secretaria das Culturas e do RIOARTE, chega a R$ 1.000.000,00.
O que os selecionados vão mostrar:
O carioca Alexandre Vogler, 28 anos,
usa fitas adesivas preta e amarela para desenhar na parede placas de sinalização,
indicando "Museu" e "Monumento", na obra Regras Gerais de Circulação (Atrativos
Turísticos). O artista é Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ, fez duas
individuais, no Rio e Porto, e participa de coletivas desde 1998, no Brasil,
na Itália e em Portugal. O chileno de 27 anos Amilcar Packer, residente em
São Paulo, mostra três fotografias (still de vídeo) resultantes do entrecruzamento
de performance, vídeo e fotografia. Ele monta cenários nos quais realiza performances
privadas e registra-as em vídeo para fotografá-las. Cor e contraste são manipulados
para a obtenção de uma imagem saturada e contrastada. Packer é bacharel em
Filosofia pela USP, expõe desde 1997 e fez uma individual em São Bernardo
do Campo, SP.
André Amaral, 29 anos, paulista residente
em Niterói, apresenta a instalação Cubo. São oito círculos de madeira na
parede, ligados por linhas, desenhando um imenso cubo de 3,4 m de aresta,
em perspectiva, explorando as ambigüidades visuais entre as formas de representação
bidimensional e tridimensional. André é formado em pintura pela UFRJ, participou
de todas as edições do "Arte de Portas Abertas" e dos projetos de arte pública
"Atrocidades Maravilhosas" e "Intervenções Urbanas", em 99.
Bernardo Damasceno, paulista residente
no Rio, 32 anos, traz a instalação Blow up-Beco, uma miniatura cercada por
três ampliações fotográficas, que passaram por uma redução do número de grãos
fotográficos, resultando na "explosão" da quantidade de informação visual.
O título é uma referência ao filme de Antonioni, de 1968, "Blow up" (explodir,
estourar, fazer saltar, ampliar, revelar). O artista participa de coletivas
desde 1995 e fez duas individuais no Rio de Janeiro.
Do artista Blay, paulista, 36 anos,
a Mostra apresenta a videoinstalação performática Au Revoir Monsieur Hullot,
utilizando monitores de TV, vídeo, projetor e carrinho de chá para criar
três diferentes momentos: "vídeo-objeto" (A quebra da virtualidade), uma
"imagem em movimento" (A equilibrista) e uma imagem projetada (O intervalo).
Blay, formado em Arquitetura e graduando em Artes Visuais pela UNESP, trabalha
com vídeo desde 1987 e instalações desde 1996.
Veraglam, do carioca Bruno de Carvalho,
23 anos, projeta 65 slides sobre piso de vinil branco, em seqüência e sobreposição
automáticas. As imagens são espaços internos de edifícios, definidos pelo
artista como "canyons de concreto". A cada 10 imagens, é exibida uma que
revela o céu entre os prédios. O artista trabalha com vídeo desde 1997, fez
uma individual no Rio e participa de coletivas desde 98 em diversas cidades
brasileiras.
Em Catalogação de novas espécies de plantas,
a paulista Camila Rocha, 24 anos, moradora do Rio de Janeiro, mostra
cerca de 100 das 2.780 novas espécies de plantas aéreas, aquáticas, terrestres
e hidropônicas criadas por ela e catalogadas sobre papel. Camila é formada
em Artes Plásticas pela FAAP e participa de coletivas, em São Paulo e no
Rio de Janeiro, desde 1998.
A paulista Claudia Medeiros Cardoso,
residente na Alemanha, apresenta os videostills de A a B, de B a A e um terceiro,
sem título, realizados em 2001. Nos dois primeiros, momentos diferentes de
uma mesma paisagem urbana, tirados de imagens de vídeo e sobrepostos digitalmente.
O terceiro é parte de gravações feitas com web-cam. Claudia estudou arquitetura
na Universidade Católica de Santos e artes plásticas na HfK Bremen, fez três
individuais na Alemanha, participou de três salões da Bahia e coletivas na
França, Alemanha e República Tcheca.
A carioca Cristina Camara, 38 anos,
apresenta o vídeo Š69 ou 70Š, que mostra a relação de dois personagens entre
si e com um terceiro, por trás da câmera. Os três dividem tempo e espaço
e se posicionam em pequenas narrativas, além da central, sem uma seqüência
cronológica definida. A artista estudou fotografia na EAV do Parque Lage,
é formada em artes pela Central Saint Martins College of Art & Design
e estudou na Chelsea College of Art & Design, ambas em Londres. Participa
de coletivas desde 1997 e fez duas individuais, em Londres e em BH.
A paulista Domitilia Coelho, 31 anos,
divide seu espaço na Mostra com um painel que, de um lado, sustenta lâmpadas
iluminando uma sala branca, e do outro, uma foto de um ambiente de decoração
impressa sobre lona, numa área pintada de preto. A artista fez individual
em São Paulo e expõe em coletivas desde 1999, quando participou do Panorama
de Arte Brasileira.
After Sherrie Levine é a obra de Ducha,
carioca, 25 anos. São seis pinturas conceituais monocromáticas justapostas.
Baseando-se no trabalho da artista norte-americana Sherrie Levine (After
Van Gogh, After Man Ray, After DuchampŠ), Ducha torna a obra de Levine objeto
da sua, assim como ela faz com grandes nomes das artes. O artista é formado
em pintura pela UFRJ, expõe desde 2000 e participou do Panorama de Arte Brasileira
de 2001.
O artista Eduardo Climachauska, paulista,
44 anos, apresenta três trabalhos de 180 x 150 cm, cada. São desenhos de
objetos do seu ateliê, que se dividem entre a figura e a abstração. Climachauska
é formado pela ECA-USP, expôs no antigo Salão Nacional de Artes Plásticas
de 1995 e participou de exposições em Madri, São Paulo e no Rio.
Des(re)conhecer é a obra do goiano Elder
Rocha, 41 anos, que mora em Brasília. O artista realiza diretamente sobre
a parede uma "pintura instalada" com tinta acrílica, grafite, tela de tecido,
um parquete de freijó recortado, bolhas de acrílico e bonecos de borracha.
O trabalho pretende confundir as fronteiras entre o "objeto pintura" e o
"espaço construído". Elder é mestre em pintura pelo Chelsea College of Art
and Design, Londres, e expõe desde 1981 em coletivas pelo Brasil e individuais
em Brasília.
Felipe Barbosa, carioca, 23 anos, apresenta
Mórulas: duas "células" esféricas sobre o chão, de 40 cm e 48 cm de diâmetro,
feitas com 80 mil fósforos virgens cada uma. O nome da obra vem do tecido
vivo resultante da divisão do óvulo, após a fecundação. Felipe é formado
em pintura pela UFRJ. Expõe desde 2001. Atualmente é bolsista do Rumos Visuais
Itaú Cultural para intercâmbio no Citè des Arts, Paris.
Em Extensão: Relações formais dentro de um
espaço-tempo informal, Giordani Maia, carioca de 31 anos, estende
um antigo projeto, contratando dois artistas de rua para fazerem performance
de autoria deles, utilizando as palavras conservas, obras de arte e corpo
turbulento. O artista é formado pela UERJ em Educação Artística e História
da Arte, participou da exposição Arttrain'ee-2 e apresentou trabalhos no
projeto Zona Franca, ambos no Rio.
O Grupo Valdisney, de Olinda-PE, formado
pela dupla Daniela Brilhante e Lourival Batista, propõe o 1º concurso
mundial do Mickey feio, a ser realizado no Rio. As pessoas serão solicitadas
a representar Mickeys que serão emoldurados, numerados e expostos para que
o público da exposição eleja o melhor ou o pior. Os artistas apostam que
as obras serão representações feias, pois o que se lembra normalmente são
as orelhas do personagem.
O carioca Helmut Batista, 37 anos,
mostra três reproduções noturnas de objetos na praia, fotografados apenas
com a luz local. As fotos são impressas sobre lambda, em formato de 32 x
42 cm. Helmut fez 15 individuais, em vários países europeus, no Canadá e
no Japão, e teve dois livros publicados na Áustria e um na Alemanha. Participa
da Bienal Internacional de SP de 2002.
As bordas da imagem como abstração e como
figura é a questão abordada no projeto Árvore, da gaúcha Katia Prates,
37 anos. São fotografias que mostram apenas imagens da natureza "recortadas"
da paisagem, sem referências de horizonte ou céu. Katia é formada em artes
plásticas pela UFRGS, fez cinco individuais em Porto Alegre e no Rio e participa
de coletivas desde 1996.
O paranaense Laercio Redondo, 34 anos,
residente em Estocolmo, apresenta I don't love you anymore, um vídeo em câmera
lenta onde um fio de linha queima até o fim, remetendo à memória pessoal
e seus apagamentos. Laercio estudou arte em Perugia, Itália, em Varsóvia,
Polônia, e em São Paulo. É formado pela Konstfack University College for
Art, Craft & Design de Estocolmo, participa de coletivas desde 1992 e
fez individuais em Goiânia e São Paulo.
A paulista Lenora de Barros, 48 anos,
apresenta um "ping-poem" aéreo, em sua obra Deve haver nada a ver. São 88
bolinhas de pingue-pongue que rolam sobre placas acrílicas transparentes,
suspensas. Nas bolinhas estão escritas variações da frase que dá nome à obra.
Os visitantes receberão cd players e headphones para ouvirem a oralização
do texto. Lenora de Barros é formada em Linguística pela USP. Expõe desde
1990, fez individual em Milão e em São
Paulo.
As janelas do MAM serão a peça principal
de Fundos, obra da artista carioca Livia Flores,
42 anos, que utiliza vinil preto, com pequenas frestas, para escurecer o
ambiente e criar projeções invertidas da paisagem externa, reconfigurando-a
no ambiente interno. A artista é graduada pela Academia de Artes de Düsseldorf,
na Alemanha, e mestre em Comunicação e Tecnologia da Imagem pela UFRJ. Começou
a participar de exposições no início dos anos 80. Suas individuais mais recentes
foram no Porto, Portugal e no então Agora/Capacete, no Rio.
Marco Veloso, carioca, 42 anos, mostra
as séries de desenhos 11, 13 e 14, formando três painéis. Enquanto a série
11 não possui motivação específica, foi feita em procedimento de automatismo
puro, as outras abordam temas específicos, como "o(a) filho(a) escolhe(m)
os pais", na série 13, e "- desaparecimento e morte de Rafaela", um fato
real, na série 14. Marco estudou desenho com Aluísio Carvão, no MAM-RJ. Fez
individuais no Rio e participou da coletiva Novas Aquisições da Coleção Gilberto
Chateaubriand, MAM-RJ, em 2000.
Marilá Dardot, mineira de 29 anos,
residente no Rio, apresenta Hic et nunc, uma projeção sobre lousa branca.
No vídeo, uma lista de 72 verbos (esquecer, experimentar, multiplicarŠ) vai
sendo escrita pela mão direita e apagada com a esquerda. Em 2002 a artista
participou do Rumos Itaú Cultural Artes Visuais e inaugura individual este
mês, no Museu de Arte da Pampulha, BH. Marilá é mestranda em Linguagens Visuais
pela EBA/ UFRJ.
Š porque eu poderia perder-te, videoinstalação
do brasileiro Maurício Dias e do suíço Walter Riedweg, resulta
de uma série de intervenções artísticas em espaço público. São duas projeções,
frente a frente, que mostram o indivíduo em confronto com a massa de desconhecidos
no cotidiano urbano. O piso entre as projeções é um instável colchão de ar.
Desde 1993, o duo Dias & Riedweg realiza projetos interativos e interdisciplinares
no campo das artes plásticas e da performance contemporâneas. A dupla participa
da Bienal Internacional de SP de 2002.
O curitibano Newton Goto, 31 anos,
apresenta a instalação Pça NS da Pça Pública - Canto 1: Asfalto estacionado,
com uma escada em espiral, pedaços de asfalto ondulados e um objeto de tubos
de plástico e adesivos, instalando uma "praça" na exposição. O artista é mestrando
em Linguagens Visuais na UFRJ. Participa de coletivas desde 1994 e fez três
individuais em Curitiba, Rio e BH.
Presença ou Ausência, instalação do baiano
Paulo Pereira, 40 anos, se apropria de uma barraca com banco de madeira,
onde a "presença" é sinalizada por uma mancha escura feita pelo ombro das
pessoas que encostam no balcão. Paulo é formado pela EBA/UFBA, expõe em coletivas
desde 1988 no Brasil e no exterior e participou da I Bienal Internacional
de Buenos Aires. Em 96, fez individual no MAM-Bahia.
O paulista Rafael Assef, 31 anos, mostra
três ampliações fotográficas da série Matemática Áurea, de cortes em peles
humanas, criando figuras construídas nas proporções áureas (4x7, 3x5 e 2x3).
Na obra, criam-se dois aspectos opostos: pele e natureza versus corte e razão
áurea. O artista expõe em coletivas desde 1997 e fez sua primeira individual
em Curitiba ano passado.
Rodrigo Cardoso, carioca, 41 anos,
cria uma atmosfera com referências a jardins e navios, em sua instalação Jardim/Nave,
com um banco/vaso com uma árvore plantada e uma caixa de som reproduzindo
o apito de um navio. No chão, trinta elementos coloridos de alumínio e pedra,
formando, com o vaso, uma elipse. Rodrigo, que é mestre em artes plásticas
pelo Pratt Institute de NY, participa de coletivas desde 1987, quando esteve
no Salão Nacional de Artes Plásticas, em BH, e fez quatro individuais no Rio
e em São Paulo.
Rogério Canella, paulista, 28 anos,
apresenta as fotografias Retratos (guindastes), Retratos (caçambas) e Simetria
VII. Nas duas primeiras, imagens de objetos abandonados, que pela arte ganham
individualidade. A terceira foto, tirada em uma demolição, confirma a decadência
do local, que desaparece para que se construa uma nova estrutura, com outra
função. Desde 1998, o artista, formado em artes plásticas pela FAAP, participou
de várias coletivas no Brasil e em 2000 fez individual em São Paulo.
Prefeitura do Rio de Janeiro Secretaria
das Culturas RIOARTE Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro